Até chegarmos à democracia, o Brasil passou por regimes ditatoriais, retrógados, absurdamente repressores. Pessoas assassinadas, refugiadas em pátrias estranhas, torturadas, motins por toda parte.

 Depois de décadas de sofrimentos e injustiças a democracia deu o ar da graça, o povo ganhou o direito de escolher seus governantes, seja federal, estadual e municipal; Tendo como pilara ignorância política do povo, entra em jogo a política clientelista: Eu lhe dou o que você julga precisar e você vota em mim.

 A política clientelista tem sido o principal plano de governo apresentado ao eleitorado na calada da noite ou a luz do dia sem ser incomodada pela burocrática justiça. Bancada pelo capital privado e até público (desvios), a política clientelista tem soçobrado a liberdade de escolha conquistada com muito sacrifício e bravura.

 O povo pressionado pelo desemprego, lutando pela sobrevivência e sofrendo escassez em tudo não se sente parte integrante da tão propalada democracia, pelo contrário, sente-se excluído, embromado, esquecido. Imbuídos pelo sentimento de frustração muitos anulam seu voto, outros vendem seu direito de escolha por qualquer valor ou fazem o voto de protesto.

 Assim segue a democracia... Manca, apática, falha.