Se não credes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados.

 João 8:24b

AlbanísioRibeiro


 Pecado significa transgressão de lei, e especificamente seu teor religioso, algo que desagrada a Deus. Todo e qualquer transgressão irradia a toda humanidade, e é por isso que o Grande Juiz não deixa impune qualquer pecado. Na escala dessas transgressões, temos a mais grave aos olhos do Todo Poderoso que é a negação da natureza de seu próprio Filho.

            No nosso texto de cabeçalho acima, Jesus cita esta palavra de advertência aos que estavam no poder máximo da religião. Mais uma vez Ele adverte para que creiam nele como Deus. Não só no capítulo oito, mas em todo o evangelho de João, Jesus ensina explicitamente sobre sua natureza divina, usa muito a expressão ‘Eu Sou’, bem conhecida do Judeu, que é exclusiva do Deus Jeová. Jesus intitular-se assim soava como blasfêmia e por conta disso tentaram matá-lo várias vezes, só conseguindo no momento destinado, na sua paixão (Jo 5:18,  8:59, 10:31, 19:7).

A divindade de Cristo, o Eu Sou, era, e é o ponto chave aos homens. Crucial. O grande obstáculo a ser superado. Para aqueles que o rejeitavam era blasfêmia, e o crucificaram. Aos que amavam a Deus, essa era a chave do Reino. Magnífica e desafiadora essa verdade, mas um risco de vida. Nos nossos dias a coisa não é diferente. A fé em Cristo obrigatoriamente gira em torno de sua real identidade. Quem é Jesus? Deus. Todos falam que acreditam em Jesus, mas quando julgamos sua natureza, que ele é o próprio Deus que se fez homem, a coisa complica, nasce uma bifurcação. Separa-se o joio do trigo. Identifica-se o verdadeiro discípulo.

Negar Jesus é um caminho pouco tomado pelos céticos. Não é sábio. Os adversários de Cristo não o negam, mas tampouco reconhecem sua divindade. Um insulto maior? Certo que sim. Jesus é o maior homem da história? Sim. Jesus foi um grande líder? Claro. Um sábio? Sim. Um ser iluminado, um pacificador, um filósofo, um grande profeta... Eles reconhecem tudo isso e muito mais. E estão corretos. Mas o que Jesus mais defendeu de si mesmo foi a sua natureza igual a do Pai: Eu e o Pai somo um; Eu sou a ressurreição e a vida; Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; Quem tem sede venha a mim e beba; Antes que Abraão existisse Eu Sou. Esse é o ponto! Sua deidade.

Quer saber se está caminhando com a verdade? Seja sua religião, filosofia, ou na sua própria história de vida? Jesus é suficientemente Deus em sua vida? Se Cristo não é suficiente para você, mas precisa de um adendo qualquer, é por que o Cristo que você crer não é o bíblico. Jesus é Deus, e por isso ele é completo para nós.

Rejeitar Jesus como Deus é o maior de todos os pecados. Esse tem sido o grande dilema, enclave aos sábios orgulhosos deste mundo. Parece simples, mas é a verdade. É assim a sabedoria de Deus, loucura para o homem. Não existe nem uma obra, nem uma espécie de bondade, de religião, de paixão humana, de amor fora dessa verdade. Se a criatura rejeita a verdadeira essência de seu criador como poderá fazer algo fora disso? Tudo perde o sentido. Já abraçar a verdade, submeter-se a ela, é o abrir de uma comporta para outra dimensão. É tirar a venda dos olhos. Um mundo que se inicia com um novo nascimento e que jorra para uma vida sem fim, eternamente com o Pai.

Livrar-se do maior de todos os pecados nos proporciona perdão compulsório para os demais.  Mas, partir deste mundo com esse peso na bagagem é o pior de todos os males. Jesus advertiu: Creia que Eu Sou!!!

Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem a vida. (I Jo 5:12)