A ludicidade deve levar em conta o brincar como sendo uma atividade natural, espontânea e necessária expressa por toda criança, ajudando assim na sua formação. Se assim for visto pelos educadores, o processo de ensino-aprendizagem se tornará muito mais fácil, por isso que é importantíssimo levar a brincadeira e os jogos para a sala de aula.

A partir dos jogos e das brincadeiras o educando poderá explorar nas crianças sua criatividade, melhorar sua conduta no processo ensino-aprendizagem e sua autoestima.  Mas para que isso ocorra com êxito, é necessário ter o cuidado de como são colocados os jogos em seus fins pedagógicos, para que esse momento não se transforme em uma atividade dirigida e manipuladora.

Segundo Volpato (2002, p. 87) o jogo deve ser visto como “possibilidade de ser mediador de aprendizagens e propulsor de desenvolvimento no ensino formal”. O educador precisa estar atento, porque a partir do momento em que a criança é obrigada a realizar um jogo, sem demonstrar nenhum interesse ou motivação, o jogo pode perder  toda a sua característica e acabar tornando-se mais uma atividade “séria” de sala de aula.

Trabalhar o lúdico pode ser considerado como sendo  atividades essenciais da dinâmica humana, caracterizando-se por ser espontâneo funcional e satisfatório. A  palavra lúdico originou-se da palavra latina “ludus” que quer dizer “jogo”. Sendo que, lúdico pode ser considerado como sendo  uma dinâmica de integração grupal ou de sensibilização, um trabalho de recorte e colagem, uma das muitas expressões dos jogos dramáticos, exercícios de relaxamento e respiração, uma ciranda, movimentos expressivos, atividades rítmicas, entre outras tantas possibilidades.

É fundamental que o educador tenha a  consciência de que quando a criança se entrega em uma brincadeira ela não tem como não aprender algo, não desenvolver alguma habilidade ou conhecimento. O momento de brincar proporciona a interação com outras crianças, pois “o ato de jogar” desenvolve relações interpessoais que contribui para enriquecer a dinâmica das relações sociais na sala de aula. O lúdico usado como instrumento educativo faz parte da humanidade desde os tempos mais primórdios.

Chaguri (2006, p. 2) relata que: “Os jogos ajudam a criar um entusiasmo sobre o conteúdo a ser trabalhado a fim de considerar os interesses e as motivações dos educandos em expressar-se, agir e interagir nas atividades lúdicas realizadas na sala de aula.”

O educador precisa saber que uma aula inspirada no lúdico, não é necessariamente aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquela em que as características do brincar estão presentes (atividade livre, criativa, imprevisível, capaz de absorver a pessoa que brinca, não centrada na produtividade), influindo no modo de ensinar do professor, na seleção dos conteúdos e no papel do aluno.

O lúdico ajudará o educador a promover mudanças na metodologia de ensino, onde pode até contribuir para diminuir os altos índices de fracasso escolar e evasão verificados nas escolas.

Nesse contexto o papel do educador é de fundamental importância para a difusão e aplicação de recursos lúdicos, sendo que este precisa ter o conhecimento das vantagens do lúdico para o processo de ensino-aprendizagem. A formação lúdica não é importante somente para a criança, mas também para o educador.

            É de suma importância perceber e valorizar o uso do lúdico em sala de aula como sendo uma prática cada vez mais comum e presente nas escolas. Trazer novas maneiras de ensinar pode se tornar num ato significativo e ao mesmo prazeroso.