Existe profunda discussão sobre a utilização do livro didático, como principal recurso pedagógico no ensino de História. Os livros didáticos de História são questionados desde meados do século XIX, por possuírem litogravuras de cenas históricas muitas vezes não condizentes aos textos e escritos.

No entanto segundo o Prof. Alain Choppin, “Os livros didáticos não são apenas instrumentos pedagógicos: são também produtos de grupos sociais que procuram, por intermédio deles, perpetuar suas identidades, seus valores, suas tradições, suas culturas”.

Segundo a autora do texto em questão, atualmente as obras didáticas estão repletas de ilustrações que, parecem concorrer em busca de espaço, com os textos escritos. Embora a introdução de gravuras e mapas no ensino de História exista há cerca de um século, e a multiplicação de imagens apresentadas atualmente como material didático sejam importantes na cultura histórica e pedagógica escolar, as reflexões sobre o resultado que efetivamente alcançam no processo de ensino ainda é duvidosa, pois os especialistas divergem muito e a discussão é escassa.

No sentido de refletir sobre parte dessas questões, a autora no texto, apresenta algumas considerações sobre o conjunto de imagens, mais comuns no cotidiano escolar, provocando profundas indagações diante das análises educacionais. Tais como: As imagens complementam os textos ou servem apenas como ilustrações? Como são realizadas as leituras de imagens nos livros didáticos? Não são apenas gravuras fora de um contexto que visam tornar as páginas mais atrativas para os jovens leitores? Quais objetivos? No obstante tanta indagação, poderia acrescentar mais uma; substituir o livro didático pelo quê? (para muitos professores, em face do despreparo, tempo, numero excessivo de escolas e outras, o livro didático é a salvação da lavoura).

Para a autora do texto em comentário, o livro didático tem sido objeto de avaliações contraditórias nos últimos tempos. Existem aqueles que abominam (mas usam..)  e aqueles que defendem como principal auxílio para os mestres, sobretudo no ensino fundamental.