O JOVEM QUE NUNCA ERROU

Um Jovem de família pobre e que viviam em condições precárias. Era alguém que apesar de bastante obediente em casa, o que ele menos gostava era estudar, para ir à escola tinha de ser por obrigação e quando fosse havia sempre reclamação por parte dele. Mas o que ele muito admirava era que tendo consciência de que não gosta de estudar, as pessoas ao seu redor diziam-lhe que era muito inteligente, seja os vizinhos, familiares, colegas, etc. E que se continuasse assim teria muito sucesso pela frente, tudo isso devido a sua humildade. Quando o Jovem Zip reprovou pela segunda vez na sua carreira estudantil, desta vez na 5ªClasse foi então que ele repensou a sua maneira de encarar a vida e lembrou uma das frases que a sua mãe dizia muito “estuda para seres alguém no futuro”. A partir de agora estudarei não mais por obrigação, mas por prazer e pela curiosidade de aprender mais, quero ser alguém no futuro e contribuir pelo menos com um degrau na construção deste mundo que está cada vez mais na decadência – disse o Zip. Foi então que apostou na sua formação e, a partir daquele momento começou a encarar a vida de uma outra forma, para ele o ser pobre não podia ser a condição necessária para desistir dos estudos, mas sim o maior estímulo para continuar a acreditar num futuro melhor, afinal a sua a palavra de ordem era “se queres ser líder, sirva primeiro”. Mesmo em condições precárias, há sempre formas de nunca desistir dos nossos objectivos, acreditar na concretização dos nossos objectivos é uma delas. Da sua 5ªClasse para frente, só obteve sucessivos sucessos, e foi muitas vezes distinguido melhor aluno da escola e, a sua família apercebendo-se da sua brilhante carreira estudantil alegrava-se dele, mesmo não tendo condições para darem algum presente, o melhor que eles tinham era incentivarem-lhe a não desistir e continuar a melhorar as suas notas. Mas depois deste brilhantismo todo, ora que, veio uma notícia triste visto que o jovem já estava a frequentar o seu último ano do IIIº Ciclo (9ªClasse) e, no ano seguinte tinha que ser matriculado numa outra instituição que tivesse o ensino médio, para dar continuidade ao seus estudos, a sua família não tinha condições económico-financeira para matricular-lhe numa outra instituição de ensino. Ele sabendo desta realidade não baixou o ânimo continuo com notas excelentes na sua classe e, no meio do ano, uma notícia havia chegado da direcção da escola – “…nós seleccionamos os nossos melhores alunos, para integrar-lhes nas escolas onde têm o ensino médio para continuarem a estudar, estes não poderão pagar absolutamente nada, visto que a nossa instituição não têm o ensino médio, então todos aqueles que tiver média igual ou mais de 14 Valores, serão encaminhados para poderem continuar com a sua formação e, já temos dois alunos nestas condições…” O nome do Zip foi um dos que já estava nas condições de ser encaminhado para outra instituição. Contou a notícia na sua família e, todos alegraram-se muito, pois já não podia ser problema pensar na continuidade dos estudos do Zip. Para o jovem Zip aquela notícia, não o meteu descansado, mas sim, mais um estímulo para poder terminar naquela escola com êxito e assim, continuou estudando… Foi assim, que um mês antes de terminar aquele ano lectivo, a direcção da escola, vêm informar que “… devido a problemas alienígenas, não poderemos encaminhar os nossos alunos para outras instituições, pois os mesmos poderão procurar por conta própria a instituição que desejam dar continuidade aos seus estudos…” Foi uma informação que não caiu bem ao Zip e consequentemente aos seus familiares, mas o Zip como sempre com uma personalidade forte e que não se deixa abalar por qualquer situação negativa, continuou a confiança e determinação de que no ano seguinte iria continuar com a sua formação. Assim o Zip começou a procurar informações acerca de como ingressar ao ensino médio, a partir das pessoas já frequentam… E teve duas alas, uns diziam, “deves preparar no mínimo 500 USD (naquela altura muito dinheiro), para poder matricular-se no ensino médio…” e outros opinavam que “deverás inscrever-te em algumas instituições para fazer teste de admissão e, noutras apenas esperar que o nome saia…”. Neste momento, ele só tinha uma opção inscrever em diversas instituição para pelo menos sair em uma, visto que para a primeira hipótese não tinha como. Depois de terminado o ano lectivo, começou uma nova fase, que o mesmo denominou “a procura do ensino médio”. Tratou todos os documentos necessários para inscrever-se e informou-se dos locais onde estão localizados os mesmos institutos médios. Quando chegou a fase das inscrições que tinha duração de 15 dias, o Zip na altura com 16 anos de Idade, juntamente com alguns de seus colegas que terminaram a 9ªClasse começaram a inscrever-se, foi então que passando uma semana o Zip já havia feito inscrições em quatro instituições de ensino médio. E como a semana toda foi de correria, o fim-de-semana serviu de balanço e, perspectivando a semana seguinte, o mesmo em casa de seu amigo e colega balanceando a semana, foi assim, que o pai de seu amigo entra e procura saber como vai o processo de inscrição – “por agora vai muito bem”- responderam. O Pai do seu amigo mostrou-lhes o cartaz de uma instituição, que os mesmos poderiam ir inscrever-se, mas o entrave era de que aquela instituição era privada e, portanto, teriam de pagar mensalmente. E indicou-lhes mais uma instituição, desta vez uma pública, onde poderiam fazer inscrições e consequentemente o teste de admissão. Os mesmos acertaram o dia em iriam para lá. E na semana derradeira das inscrições o Zip conseguiu inscrever-se em mais três instituições públicas, totalizando sete, sendo que duas em que o Zip poderia fazer o teste de admissão e cinco apenas esperar pela sorte que o seu nome saísse. E tinha que preparar-se o máximo para as provas de admissão, o mesmo tinha esperança de que poderia ser admitido numa das instituições dos quais inscreveu-se e, sempre recebendo o apoio e coragem de sua família. E quando os nomes começaram a sair, das sete instituições pela qual inscrevera-se o seu nome saiu em três. Nas duas instituições onde fez o teste foi admitido e uma onde foi admitido pela categoria das notas. O Zip que noutrora não tinha onde estudar, naquele momento tinha onde escolher para estudar e, foi assim, que escolheu o curso em que melhor se revia e como sempre, obteve sucesso naquela instituição que frequentou e, a partir daí as oportunidades para o Zip eram muitas. Foi assim que o Zip concluiu a sua formação, hoje tem duas licenciaturas e um mestrado, tem um bom emprego, o mesmo tornou-se o responsável máximo de toda sua família e está ajudando no desenvolvimento do seu país, Ele hoje é grato por aqueles que o incentivaram a nunca desistir dos seus objectivos (principalmente a sua Mãe) e nunca deixa do princípio orientador da sua vida “ se queres ser líder sirva primeiro”. O jovem que outrora pertencia a uma família que passava por muitas dificuldades hoje, a sua família já não tem por que reclamar das necessidades básicas… visto que, o Zip hoje é empresário e funcionário público e que assiste toda sua família onde for necessário. Afinal, os problemas da vida não são para serem reclamados, mas sim para serem resolvidos. E se não vês como resolvê-los, pelo menos acredita que podes resolver e acreditando, garanto que qualquer problema há solução. A maior dificuldade do homem é pensar que pode viver sem dificuldade, ninguém está isento de problemas, nem mesmo o Deus, pois só de pensar que existe o Diabo já é um problema para Deus resolver. Os problemas começam com a vida e terminam com a morte, se estivermos a pensar que os nossos problemas são maiores que a nossa capacidade aí sim estamos a alimentar e a sustentar os problemas, não devemos criar base de sustentação dos nossos problemas devemos sim criar base para a sua superação, quem não supera um pensamento negativo, tão pouco superará um problema. As pessoas têm a mania de argumentar de que “só erra quem é humano”, mas esquecem-se que também só pensa antes de errar quem é humano. O homem deixará de errar quando começar a pensar que errar é atitude de seres inferiores à humanidade e, quando cometemos um erro estamos a baixar a nossa condição de seres humanos pois, devemos ter a consciência de suplantar o erro cometido e aprender com o mesmo para não habituarmos a ficar nesta condição. Se queres ser grande, tens que pensar grande, neste sentido, se não queres errar tens que pensar.