O Jovem e o Futuro
Publicado em 20 de agosto de 2011 por Wanderson Boareto
O Jovem e o Futuro
Wanderson Vitor Boareto
Graduação: - História
- Direito
Pós Graduado em: - História e Construção Social
- Docência do Ensino Superior
- Educação Empreendedora
Palavras Chaves: Jovem ? Mercado de trabalho - Empreendedorismo, Conflitos - Fatores formadores
Resumo
Este trabalho mostra algumas das relações de conflitos e de dificuldades da formação dos jovens brasileiros. Além da importância dos fatores formadores e sua relação direta e indireta com o meio social e empreendedor do jovem.
Neste período, em época de mudanças, onde passamos da modernidade, para a pós- modernidade, a relação do jovem está sendo discutida entre vários seguimentos da sociedade brasileira.
O que pensa este jovem? E qual é a sua perspectiva de futuro? São algumas das indagações que devemos fazer para tentar entender o contexto. O jovem que estamos falando é o adolescente a partir dos 16 anos até o adulto de 34 anos de idade. Nesta faixa etária de vivência existem grandes dúvidas? Os grandes desafios? São inúmeras as abordagem deste tema. O grande teólogo e filósofo brasileiro Leonardo Boff nos ensina que: "A lógica do mercado mundial, caracterizado por uma concorrência feroz, é profundamente vitimatória. Quem está no mercado, existe, quem não está resiste, desiste, e deixam de existir." ( Boff,p42,2000)
Dentro deste contexto o mercado de trabalho é um dos grandes desafios do jovem moderno, questões como a profissão a escolher e estabilidade profissional são os desafios encarados e cobrados na formação contínua.
Onde estão os setores formadores? Família e a escola? Cada qual com a sua realidade. Nossa educação está ainda na formação contínua e adestrada em uma grade conteúdista e limitada, apesar de estar passando por algumas mudanças em alguns setores como no empreendedorismo, que nasce de uma necessidade de mercado. A família está cada dia mais distante, devido as dificuldades para sobreviver na modernidade, que exige dos pais e mães que trabalhem em longas jornadas, para dar o básico aos seus filhos. Isso é lógico, que é uma "faca de dois gumes", para garantir o conforto e acesso a educação de qualidade aos seus filhos, os familiares se ausentam da criação, deixando muitas vezes, estes mesmos a sorte, ou ao destino, ou de uma formação exigida pelo mercado que robotiza a criação.
"Devemos ver, primeiramente, o trabalho sem ares românticos. O trabalho é aquilo que é, exatamente trabalho ( vem de trepalium, em latim, que significa instrumento de tortura, pena pesada etc.): cansativo e contudo suportável, monótono e, ao mesmo tempo, causador de humilde alegria, desgasta dor da vida e, no entanto, também mantedor da vida, vocação do homem no ato de transformar o meio- ambiente e simultaneamente fator de alienação, de castigo e de dor" (Boff,p 45,1978)
Neste sentido, o trabalho e o poder econômico passam a ser a preocupação principal deste jovem, e é o que ele mais se cobra, e é cobrado neste período. Esta cobrança vem de todos os setores formadores. A família direta e indiretamente também é bem cruel neste aspecto. Não estou analisando a preocupação e o melhor para este jovem e sim os fatores que são explícitos nas suas angustias.
A relação do certo e errado também é um fator que este jovem muito se preocupa, já que sofre as cobranças do meio que ele se relaciona. Neste aspecto a religião também tem sua influência de cobrança e de formação.
"Esse conceito sociológico e histórico não deixou de influenciar a compreensão da igreja. Surge na década de 1950 uma espécie de populismo eclesiástico: os bispos e os padres se fazem populistas; entram no mundo do povo e em seus movimentos e procuram aí implantar um tipo mais elaborado de cristianismo militante" (Boff,p 41,2004)
A relação de fé e religião tem o texto marcante na vida do jovem, que muitas vezes são guiados pelas instituições religiosas e seus dogmas, e esta conduta por vezes alienada em conceitos medievais, limita a expectativa de futuro e de formação profissional de individuo. Ressalta-se ainda que esta influência religiosa não é indispensável, pelo contrário está enraizada na formação histórica da América Latina e do Mundo. A análise é que o fanatismo de alguns grupos religiosos de proclamarem a verdade absoluta através de uma conduta baseada em dogmas de fé farisaicos levam esse jovem aos conflitos internos e a perda de sua identidade como um ser pensante e empreendedor.
"Cada homem tem a sua maneira de ver; e mesmo homem, em épocas distintas, vê diversamente os mesmos objetivos. O espírito de uma lei seria, pois, o resultado da boa ou da má lógica de um juiz, de uma digestão fácil ou penosa, da delibidade do acusado, da violência e da paixões do magistrado, de suas relações com o ofendido."(Beccaria, p22,2008)
Os conflitos e as necessidades dos jovens brasileiros é um estudo interminável e muito abrangente. A psicologia, sociologia, filosofia, antropologia e história tem muitos conceitos para estudar na realidade da vida cotidiana dos jovens que enfrentam bravamente os desafios de seu tempo histórico de existência, e têm entre outras coisas a beleza dos sonhos e das possibilidades de se tornarem pessoas melhores que constroem o seu destino e de toda a nação, que somos filhos.
Bibliografia
BECCARIA, Cesare, Dos Delitos e Das Penas, Ed Martins Claret, 2008, São Paulo ? SP
BOFF, Leonardo, Novas Fronteiras da Igreja, Ed Verus, 2004, Campinas ? SP
BOFF, Leonardo, O Destino do Homem e do Mundo, Ed Vozes, 1978, Petrópolis ? RJ
BOFF, Leonardo, Depois de 500 Anos Que Brasil Queremos? Ed Vozes, 2000, Petrópolis - RJ
Wanderson Vitor Boareto
Graduação: - História
- Direito
Pós Graduado em: - História e Construção Social
- Docência do Ensino Superior
- Educação Empreendedora
Palavras Chaves: Jovem ? Mercado de trabalho - Empreendedorismo, Conflitos - Fatores formadores
Resumo
Este trabalho mostra algumas das relações de conflitos e de dificuldades da formação dos jovens brasileiros. Além da importância dos fatores formadores e sua relação direta e indireta com o meio social e empreendedor do jovem.
Neste período, em época de mudanças, onde passamos da modernidade, para a pós- modernidade, a relação do jovem está sendo discutida entre vários seguimentos da sociedade brasileira.
O que pensa este jovem? E qual é a sua perspectiva de futuro? São algumas das indagações que devemos fazer para tentar entender o contexto. O jovem que estamos falando é o adolescente a partir dos 16 anos até o adulto de 34 anos de idade. Nesta faixa etária de vivência existem grandes dúvidas? Os grandes desafios? São inúmeras as abordagem deste tema. O grande teólogo e filósofo brasileiro Leonardo Boff nos ensina que: "A lógica do mercado mundial, caracterizado por uma concorrência feroz, é profundamente vitimatória. Quem está no mercado, existe, quem não está resiste, desiste, e deixam de existir." ( Boff,p42,2000)
Dentro deste contexto o mercado de trabalho é um dos grandes desafios do jovem moderno, questões como a profissão a escolher e estabilidade profissional são os desafios encarados e cobrados na formação contínua.
Onde estão os setores formadores? Família e a escola? Cada qual com a sua realidade. Nossa educação está ainda na formação contínua e adestrada em uma grade conteúdista e limitada, apesar de estar passando por algumas mudanças em alguns setores como no empreendedorismo, que nasce de uma necessidade de mercado. A família está cada dia mais distante, devido as dificuldades para sobreviver na modernidade, que exige dos pais e mães que trabalhem em longas jornadas, para dar o básico aos seus filhos. Isso é lógico, que é uma "faca de dois gumes", para garantir o conforto e acesso a educação de qualidade aos seus filhos, os familiares se ausentam da criação, deixando muitas vezes, estes mesmos a sorte, ou ao destino, ou de uma formação exigida pelo mercado que robotiza a criação.
"Devemos ver, primeiramente, o trabalho sem ares românticos. O trabalho é aquilo que é, exatamente trabalho ( vem de trepalium, em latim, que significa instrumento de tortura, pena pesada etc.): cansativo e contudo suportável, monótono e, ao mesmo tempo, causador de humilde alegria, desgasta dor da vida e, no entanto, também mantedor da vida, vocação do homem no ato de transformar o meio- ambiente e simultaneamente fator de alienação, de castigo e de dor" (Boff,p 45,1978)
Neste sentido, o trabalho e o poder econômico passam a ser a preocupação principal deste jovem, e é o que ele mais se cobra, e é cobrado neste período. Esta cobrança vem de todos os setores formadores. A família direta e indiretamente também é bem cruel neste aspecto. Não estou analisando a preocupação e o melhor para este jovem e sim os fatores que são explícitos nas suas angustias.
A relação do certo e errado também é um fator que este jovem muito se preocupa, já que sofre as cobranças do meio que ele se relaciona. Neste aspecto a religião também tem sua influência de cobrança e de formação.
"Esse conceito sociológico e histórico não deixou de influenciar a compreensão da igreja. Surge na década de 1950 uma espécie de populismo eclesiástico: os bispos e os padres se fazem populistas; entram no mundo do povo e em seus movimentos e procuram aí implantar um tipo mais elaborado de cristianismo militante" (Boff,p 41,2004)
A relação de fé e religião tem o texto marcante na vida do jovem, que muitas vezes são guiados pelas instituições religiosas e seus dogmas, e esta conduta por vezes alienada em conceitos medievais, limita a expectativa de futuro e de formação profissional de individuo. Ressalta-se ainda que esta influência religiosa não é indispensável, pelo contrário está enraizada na formação histórica da América Latina e do Mundo. A análise é que o fanatismo de alguns grupos religiosos de proclamarem a verdade absoluta através de uma conduta baseada em dogmas de fé farisaicos levam esse jovem aos conflitos internos e a perda de sua identidade como um ser pensante e empreendedor.
"Cada homem tem a sua maneira de ver; e mesmo homem, em épocas distintas, vê diversamente os mesmos objetivos. O espírito de uma lei seria, pois, o resultado da boa ou da má lógica de um juiz, de uma digestão fácil ou penosa, da delibidade do acusado, da violência e da paixões do magistrado, de suas relações com o ofendido."(Beccaria, p22,2008)
Os conflitos e as necessidades dos jovens brasileiros é um estudo interminável e muito abrangente. A psicologia, sociologia, filosofia, antropologia e história tem muitos conceitos para estudar na realidade da vida cotidiana dos jovens que enfrentam bravamente os desafios de seu tempo histórico de existência, e têm entre outras coisas a beleza dos sonhos e das possibilidades de se tornarem pessoas melhores que constroem o seu destino e de toda a nação, que somos filhos.
Bibliografia
BECCARIA, Cesare, Dos Delitos e Das Penas, Ed Martins Claret, 2008, São Paulo ? SP
BOFF, Leonardo, Novas Fronteiras da Igreja, Ed Verus, 2004, Campinas ? SP
BOFF, Leonardo, O Destino do Homem e do Mundo, Ed Vozes, 1978, Petrópolis ? RJ
BOFF, Leonardo, Depois de 500 Anos Que Brasil Queremos? Ed Vozes, 2000, Petrópolis - RJ