O interminável sentido do nada.  

A vida passa.

Como se o tempo.

 Não existisse.

Como se o ser não fosse.

 O que extamente não é.

Então o silêncio da vida.

Exaure o não ser.

Mesmo sendo.

O significado da contradição.

Daquilo que a vida é.

A vida passando.

Só porque tem que passar.

O tempo que não é.

Muito menos existe.

Não passa.

Exatamente por não ser.

A razão.

De tudo que não devo.

Motivamente dizer.

 Imagine então.

A distância do silêncio.

Como é interminável.

Como se antes.

Não tivesse existido ele mesmo.

 A vida é o reflexo da sua inexistência.

O que não teria que acontecer.

 Aconteceu.

A vida é esse acontecimento.

Metafórico.

A vida encontra se perdida.

Em muitos trilhos.

Que tentam conduzir algum fim.

Mas os mesmos enganam a finalidade.

Da vida.

A sua existencialidade.

Os trilhos são como o movimento.

Da terra.

Voltam se para eles mesmos.

 Todos levam somente aos pontos.

Inicias.

Iguais ao movimento girador.

Que faz com que  a vida.

 Eternamente.

Voltar ao lugar de origem.

Entao por que girar.

 Para se enganar.

 Como se movimentasse.

As encostas a solidão.

 Desse tempo.

Interminável.

Repetidor.

 Como se nele existisse uma luz.

A vida mergulha-se nessa possibilidade.

Como se nada fosse repetir.

Na acidentalidade material.

 Portanto, a vida vai e volta.

Como se ela estivesse presente.

Do mesmo modo o tempo.

A ausência dele é a sua ficção.

O que se entende.

 Como movimento.

 Com efeito, a existência.

 É o que não se realiza.

Mas aparece ao feitiço.

 Da imaginação.

Metafísica.

Ser poeta.

É como não ser.

 Buscar o entendimento.

É como fugir do saber.

 Escrever o que escrevo.

É como ficar calado.

Entender o silêncio.

 Da profundidade.

Das intuições.

 Aquelas que revelam.

 Além das possibilidades.

A escuridão da luz.

Produzida pelos fótons.

 De hidrogênio.

A relatividade do movimento.

Da compreensão dele.

A vida é o sentido dessa lógica.

Antagonicamente não racional.  

Entendo apenas a lógica.

Entretanto, não a sua irracionalidade.

Mas entender que os trilhos.

 Voltam sempre ao ponto de origem

Isso encanta o sentido.

 Da antipossibilidade.

Do mesmo modo os diversos cosmos.

É tudo que sei e posso dizer.

Precisamente.

Há esse instante.

Eterno aos pontos iniciais.

Da incompreensão da existência.

 Mas sei exatamente qual o sentido.

 Motivacional do instante indefinido.

 Ao tempo repetidor.

Da mesma natureza do silêncio.

O que vai eternamente ser.

Como serão os últimos sinais.

Verificacionista.

Desse modo o interminável.

Esquecimento.

O que se deve realizar permanentemente.   

Edjar Dias de Vasconcelos.