INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS – IASEB

FACULDADE SÃO FRANSCISCO DE BARREIRAS- FASB

 

ADILSON RODRIGUES DA SILVA

DAIZE DE SOUZA RODRIGUES

DANIELE ULLMANN

EMÍLIA SANTOS SILVA

GLENDA SETÚBAL

 

 

 

 

 

O IMPACTO DO SANEAMENTO BÁSICO NOS CUSTOS EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE BARREIRAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BARREIRAS-BA

2012

ADILSON RODRIGUES DA SILVA

DAIZE DE SOUZA RODRIGUES

DANIELE ULLMANN

EMÍLIA SANTOS SILVA

GLENDA SETÚBAL

 

 

 

 

 

O IMPACTO DO SANEAMENTO BÁSICO NOS CUSTOS EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE BARREIRAS

 

 

 

Projeto de pesquisa apresentado ao Instituto de Ensino Superior de Barreiras- FASB, como requisito parcial de avaliação da disciplina Bioestatística, sob a orientação da professora Cristiane.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BARREIRAS-BA

2012

SUMÁRIO

 

 

 

1   TEMA .................................................................................................................................. 4

    1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA  ......................................................................................... 4

2   PROBLEMA........................................................................................................................ 4

3   HIPÓTESES........................................................................................................................ 4

4   OBJETIVOS. 4........................................................................................................................ 4

    Objetivos Gerais........................................................................................................... 4 4

    Objetivos específicos................................................................................................. 4

5    JUSTIFICATIVA............................................................................................................... 5

6    FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 5

    6.1 Saneamento Básico.............................................................................................. 5

    6.2 As Doenças Causadas Pela Falta De Saneamento.............................  9

        6.2.1 CÓLERA................................................................................................................. 10

        6.2.2 DIARRÉIA.............................................................................................................. 11

        6.2.3 HEPATITE A.......................................................................................................... 11

        6.2.4 DENGUE................................................................................................................ 12

        6.2.5 FEBRE PARATIFOIDE......................................................................................... 12

        6.2.6 LEPTOSPIROSE.................................................................................................... 13

        6.2.7 TRACOMA............................................................................................................. 13

7.  METODOLOGIA............................................................................................................. 14

8. RESULTADOS ESPERADOS...........................................................................................15

REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 23

  1. 1.      INTRODUÇÃO

 

Após observar a situação da infraestrutura sanitária expressa no município de Barreiras, principal causadora de contaminação de rios e banhados e, de criação de meios de proliferação de várias doenças, surgiu uma necessidade de se investigar o motivo da significativa ausência de saneamento básico nesta região.

A história do saneamento e dos custos que envolvem estas obras de implantação serão relatadas, como surgimento, conceito e suas características. Com esta parte fundamenta-se a abrangência do saneamento, que não ultrapassa os devidos requisitos de um fornecimento de agua potável, uma rede de captação de esgoto, incluindo por alguns autores a coleta de lixo, também acompanhada de um prévio tratamento ou preparação de seu destino final. Uma cidade que porta ao menos três benefícios pode-se dizer que retém os gastos com saúde, além de promover o bem estar social.

Segundo Cavinato (1992), O homem aprendeu intuitivamente que a água suja, o lixo e outros resíduos podiam transmitir doenças. A descoberta de seres microscópicos eram os responsáveis pela moléstia que só ocorrerão séculos mais tarde, com as principais pesquisas realizadas por Pasteur e outros cientistas famosos. A partir de então, verificou-se que mesmo as águas e o solo aparentemente limpos, podiam conter micro organismos patogênicos, ali introduzidos pelas fezes (...). Esses materiais alcançando rios, poços e nascentes contaminam suas águas e, direta ou indiretamente atingem novos indivíduos.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), as doenças causadas pela contaminação e pela falta de saneamento básico respondem por 50% das internações hospitalares nos países em desenvolvimento e levam aproximadamente três milhões de crianças à morte a cada ano.

Com isso objetiva-se, analisar a situação atual de saúde do município, através de identificação e descrição dos principais problemas de saúde causados pela falta de saneamento. Dentre as mais de 100 doenças causadas pela falta de saneamento as mais frequentes são: cólera, vários tipos de diarreia, hepatite A, dengue, febre paratifoide, leptospirose, esquistossomose e tracoma. E desta forma, focando numa  analise comparativa de custos gerados para cura e prevenção de doenças, e com os custos da infraestrutura para se aplicar e evitar por longo prazo o contágio destas.

  1. 1.      TEMA

 

O impacto do saneamento básico nos custos em saúde na cidade de Barreiras.

1.2   DELIMITAÇÃO DO TEMA

Ao observar a precariedade do saneamento básico em Barreiras, considerando a possibilidade de que ao se investir em saneamento poderá reduzir os custos em saúde do município a longo prazo.

2.  PROBLEMA

Com a precariedade da situação da infra-estrutura sanitária expressa na região do Município de Barreiras, surgiu uma necessidade de se investigar o motivo da significativa ausência de saneamento básico nesta região e se não investir em saneamento o custo em saúde reduz, em caso afirmativo o que impede a sua implantação na cidade de Barreiras?

3. HIPOTESES

Um investimento em saneamento gera uma melhoria significativa, nas áreas da saúde publica, evitando os contágios de doenças e, uma economia nos fundos municipais relativas à cura das doenças causadas pela falta de um sistema de saneamento adequado em toda a cidade.

           

4. OBJETIVOS

Objetivo GeraL

  • Identificar o investimento em saneamento como alternativa na redução dos custos com a medicina curativa.

 Objetivos Específicos

  • Apontar dados estatísticos que demonstrem à significativa, ausência de saneamento básico no Município de Barreiras
  • Caracterizar as doenças causadas pela contaminação e pela falta de saneamento básico.
  • Promover educação em saúde a população, denotando a importância do saneamento básico na vida das pessoas.

5. JUSTIFICATIVA

Está esta explicita a precariedade do saneamento básico em Barreiras, se fazendo necessário o esclarecimento para a população, qual a importância do mesmo na vida de cada um. É imprescindível que a grande maioria entenda a gravidade das doenças ocorridas pela falta de um sistema eficaz de saneamento, e como evitá-las da melhor maneira possível.

Desta forma não há uma razão de que a insistência em direcionar a maior parte dos fundos municipais à secretaria de saúde ao invés de se empenhar em uma melhoria na infra-estrutura, seja melhor opção aos atuais gestores.    

Embasando-se nos valores gastos pelos municípios e nos processos de aquisição de meios de implantação destes projetos sanitários visa-se chegar a uma resposta do questionamento.       

6.  REFERENCIAL TEORICO

As praticas de saneamento básico, há séculos são desenvolvidos por várias civilizações. Ao decorrer da evolução houve varias formas de se empregar o saneamento e por vários motivos. Pode se constatar uma avançada tecnologia na pratica de saneamento em civilizações quase que primitivas, assim em épocas como a Idade Media, ocorreram varias manipulações do conhecimento sanitário. Por muitas vezes o conhecimento ficou restrito a uma minoria portadora, ou de quem pagar por ele. Apesar da ganância dos portadores deste conhecimento, essas práticas nunca desapareceram da sociedade perpetuando-o até hoje.

Um dos achados mais antigos em relação às práticas de saneamento pode- se dizer que foram em Mohenjo- Daro, no vale da Índia, e em Harappa, no Punjab, aproximadamente em 3000 a.C, onde puderam se observar ruas alinhadas, pavimentadas e drenadas com esgoto canalizadas em galerias subterrâneas, como cita José Mauro Pereira Filardi, 2006. Caracterizando que o conhecimento, como a prática de saneamento, há muito tempo são utilizadas para o bem estar geral da população.          

A utilização das práticas de saneamento na antiguidade apesar de ter o mesmo fundamento de prática a higiene, eram desenvolvidas partindo de uma visão mística, achavam eles que deveriam preservar a higiene para o agrado dos deuses, já que, ao ignorar os fundamentos de sanidade, provocavam a irá divina, e eram castigados com doenças ou as chamadas pragas.

O saneamento se desenvolveu com um acréscimo de conhecimento e tecnologia até a queda do império Greco- Romano, onde todo o conhecimento e os praticantes dos meios de saneamento se dispersaram pela Europa e para o Oriente. Com o novo império medieval surgindo, e o conhecimento sendo retido pela igreja na era cristã, a pratica de saneamento foram restritas ao clero e algumas partes da nobreza. Com esta ação de manipulação do conhecimento pode – se observar o crescente numero de pandemias pela região da Europa, justificadas pela Igreja Católica como castigos divinos quando na verdade foi pela restrição do saneamento para a população em geral, juntamente à aglomeração dos habitantes da Europa em grandes cidades.                       

  Os meios de eliminação dos dejetos e seus lixos praticados pelos habitantes da antiga Europa se caracterizavam em despejá-los nas vias públicas até um acumulo significativo, e a liberação de odores que se tornavam um incômodo. Deste ponto uma medida de limpeza era tomada, coletando-se estes dejetos das ruas e, levando-os para fora das fronteiras da cidade, este processo se repetia sempre que necessário. Apesar de se tornar uma prática comum para a época, era de conhecimento de todos que constituía o motivo pela proliferação de doenças e pragas transmissoras de enfermidades.

Após a Revolução Industrial no século XVIII, a produção havia se tornado algo em larga escala, o consumo e a praticado descartável começaram a ser incentivada pelo surgimento do capitalismo e com isso aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. “O homem  passou a viver então a era dos descartáveis, em que a maior parte dos produtos – desde guardanapos de papel e latas de refrigerante até computadores – são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez.” ( CAVINATTO, 2003).

Com o surgimento do Iluminismo e junto com ele a busca do saber, novos questionamentos sobre aspectos sociais e culturais foram trazidos à tona. Com isso, buscando respostas sobre higiene e métodos de prevenção de doenças. Com estes novos conhecimentos, a ligação da poluição com as doenças começou a ter um lado mais cientifico, em vez de místico. Os estudos se embasavam na prevenção de doenças e das formas de contagio do meio em que os dejetos eram eliminados e também do fim dado a eles.

No Brasil, a previsão pública de serviços de saneamento básico em larga escala começou apenas nos anos 70, quando o país começou ser predominantemente urbano, com 56% dos 93 milhões de habitantes vivendo nas cidades. A urbanização havia se acelerado nos anos 60m, crescendo a taxas de 5,2 % ao ano.  Entre as décadas de 60 e 70, mais de 20 milhões de pessoas havia trocado o campo pela cidade, e apenas 11,8 milhões – 12,6 % dos habitantes contavam com serviços públicos de abastecimento de água e seis milhões – 6,4 % dispunha de sistemas de esgotamento sanitário, concentrados precariamente nas cidades de maior porte, assim afirma  Marta T. S. Arretche.

Saneamento básico é um conjunto de obras que beneficia a população de uma cidade.  O escoamento de águas pluviais, tratamento de esgoto, água encanada, controle de doenças e segundo a SABESP (CIA Saneamento Básico do Estado de São Paulo), também pode ser incluído a coleta de lixo. Os itens acima citados são ações que caracterizam um completo quadro de saneamento. Desde que foram descobertas as bactérias e os vírus causadores das doenças, e onde havia a proliferação e as transmissões destas, novas formas de impedir o contagio foram elaboradas.   

       

A caracterização de um saneamento básico eficaz propõe uma infra – estrutura que abranja a população em geral e propocione um beneficiam à saúde pública. “Normalmente qualquer atividade de saneamento tem os seguintes objetivos: controle e prevenção de doenças, melhoria da qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do indivíduo e  facilitar a atividade econômica.” (ambiente Brasil, 2006).  

Uma das funções do saneamento básico se restringe a proporcionar água potável para o consumo de seus beneficiados. Após o fornecimento de água pelas estações de captação, que normalmente se localizam nas margens dos rios ou m locais estratégicos de bombeamento dos lençóis freáticos, esta água se direciona as estações de tratamento onde seus níveis de compostos nitrogenados, oxigênio consumido e cloretos são devidamente analisados e ajustados de acordo com o padrão de água potável estabelecidos pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde. Após este tratamento e adição de mais alguns compostos químicos como o flúor, esta água é direcionada para reservatórios, sendo futuramente destinadas aos domicílios para o consumo.

Apesar dos processos de tratamento da água serem conhecidos e eficazes para a prevenção de doenças, segundo a Política Nacional de Saneamento, aproximadamente 45 milhões de pessoas no Brasil não tem acesso à água potável. O que com certeza influencia no agravo a proliferação das doenças.   

Com a criação de cidades e o aumento descontrolado da população, só o problema de fornecimento de água potável não supria a necessidade de evitar a disseminação das doenças. Apesar de a população consumir água potável, era necessário dar um destino final para os dejetos produzidos pela sociedade.                                        

A criação de sistemas de escoamento de esgoto, despejos e dejetos humanos têm sua função principal afastar a possibilidades de contato com a população, além disso, da água de abastecimento e vetores de doenças e alimentos. Com este redirecionamento e controle do esgoto produzido pode – se efetuar o devido tratamento antes da liberação no meio ambiente, evitando que os custos de degradação ambiental e de tratamento dos pontos de captação posteriores, gastem valores elevadíssimos para a recuperação da água.    

Um precário sistema de esgoto pode levar a população a recorrer por outros meios que raramente são adequados. O uso de fossa séptica ou a liberação de esgoto a céu aberto são medidas extremamente inadequadas, apesar de que muitas vezes é o que se pode fazer para armazenar ou eliminar os produtos indesejáveis.

Apesar da utilização de fossas sépticas para armazenamento de dejetos, evitando assim a liberação deste produto no meio em que se vive, onde que, periodicamente haja a coleta deste produto final e o tratamento, nem sempre ocorre sem poluir ou contaminar o ambiente.  As infiltrações e os chamados suspiros em épocas de chuva são os principais meios de escoamento da água contaminada para os lençóis freáticos e a liberação para a superfície. Que com as inundações agravam mais a disseminação em todas as partes do meio.

Obedecendo estes princípios de captação e tratamento de esgotos, os benefícios como manter um meio ambiente vivo, devido a não poluição do meio natural, não interferindo nos nichos dos meios de vida que habitam os lugares que posteriormente a água irá correr ou infiltrar, vão alem de evitar a contaminação do contato de doenças com os habitantes, mas pode já compensar devido a garantia de não poluir pontos de eco turismo, locais de criação e pesca de substancia ate nascentes de rios que podem abastecer demais localidades.                                                                                                                 

 A devida composição do lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultante da atividade humana. Ele pode ser constituído de substancias putrescível, combustível e incombustível. O objetivo psicológico do lixo é o efeito de limpeza da comunidade sobre o povo.                                                                                                                                   

  O lixo, material normalmente indesejável pela maioria das pessoas, é um dos problemas do século XXI. Devido o desenvolvimento dos produtos descartáveis, o crescente acumulo do lixo vem ocasionando vários problemas incluindo o problema do espaço. No Japão e em outros países de território escassos o lixo vem sendo combatido de varia formas, a principal delas é a reciclagem.                                                                                  

A má administração do lixo pode ocasionar a poluição dos solos, das águas e piorar as condições de saúde da população em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Ate hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos são simplesmente jogados sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades. Felizmente, o homem tem a seu favor varias soluções para dispor os resíduos de forma correta, sem acarretar prejuízos ao ambiente e a saúde pública. O ideal, no entanto, seria evitar o acumulo de detritos, diminuindo o desperdício de materiais e o consumo excessivo de embalagens.                                                              

           Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo para a fabricação de novos objetos, através dos processos de reciclagem, o que apresentam economia de matéria prima e de energia fornecida pela natureza.  A partir dessas informações, pode-se afirmar que existem, hoje, várias maneiras de preservar o meio ambiente, de purificar as águas, tanto para a utilização nas cidades, quanto para a devolução desta para os rios. E o lixo cada vez em maior volume assusta os povos, vendo isso à necessidade de tratamento adequado para o mesmo se torna algo fundamental para a sociedade. Sem isso a possibilidade de ocorrer doenças na população sendo elas grave e na maioria das vezes mortais, se elevam cada vez mais.

  AS DOENÇAS CAUSADAS PELA FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO

No intuito de explicar para a população, qual a importância do saneamento básico na vida de cada um, e imprescindível que a grande maioria entenda a gravidade das doenças ocorridas pela falta de um sistema eficaz, e como evitá-las da melhor maneira possível.

“O homem aprendeu intuitivamente que a água suja, o lixo e outros resíduos podiam transmitir doenças. A descoberta de seres microscópicos eram os responsáveis pela moléstia que só ocorrerão séculos mais tarde, com as principais pesquisas realizadas por Pasteur e outros cientistas famosos. A partir de então, verificou-se que mesmo as águas e o solo aparentemente limpos, podiam conter micro organismos patogênicos, ali introduzidos pelas fezes (...). Esses material alcançando rios, poços e nascentes contaminam suas águas e, direta ou indiretamente atingem novos indivíduos” (CAVINATO,1992).

As doenças causadas pela contaminação e pela falta de saneamento básico respondem por 50% das internações hospitalares nos países em desenvolvimento e levam aproximadamente três milhões de crianças à morte a cada ano, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde).

O Brasil aplica cerca de 2% do PIB em assistência à saúde, enquanto gasta 10% do PIB em juros. A nossa constituição prescreve que assistência medica, é dever do estado e direito de todos, bem como a necessidade de um eficiente saneamento básico. Com a falta de uma rede de saneamento eficaz nos centros urbanos do Brasil, a população sofre com a existência de muitas doenças que poderiam ser evitadas.

Dentre as mais de 100 doenças, a seguir estão as mais freqüentes: cólera, vários tipos de diarréia, hepatite A, dengue, febre paratifóide, leptospirose, esquistossomose e tracoma.

CÓLERA

A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio cholerae, que é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa a diarréia. Apenas dois sorogrupos (existem cerca de 190) desta bactéria são produtores da enterotoxina. O V. cholerae O1 (biótipos “clássicos” “E1 Tor”) e o V. cholerae O139. O  Vibrio cholerae  é transmitido principalmente pela ingestão de água e alimentos contaminados. Na maioria das vezes, a infecção assintomática (mais de 90% das pessoas) ou produz diarréia de pequena intensidade. Em algumas pessoas (menos de 10% dos infectados) pode ocorrer diarréia aquosa profusa de instalação súbita, potencialmente fatal, com evolução rápida para desidratação grave e diminuição acentuada da pressão sanguínea.                 

O Vibrio cholerae penetra no organismo humano com a água ou por alimentos contaminados (transmissão fecal-oral). Se conseguir vencer a acidez do estomago, alcança o intestino delgado onde o meio é alcalino, multiplica-se intensamente, e produz a enterotoxina que pode causar a diarréia. Uma pessoa infectada elimina o Vibrio  cholerae nas fezes em média de 7 a 14 dias. A água e os alimentos podem ser contaminados, principalmente, por fezes de pessoas infectadas, com ou sem sintomas. Condições deficientes de saneamento, particularmente a falta de água tratada, são fatores essenciais para a sua disseminação.

DIARRÉIA

Diarréia é um transtorno digestivo que se manifesta pela evacuação mais freqüente do que o normal, de maior volume e conteúdo de água. As mais freqüentes são: as Infecções que são comuns em crianças e provoca além dos sintomas da diarréia comum, febre, perda de energia, e de apetite. É causada por viroses e bactérias. A Amebíase, causadora da diarréia, pode ocasionar desde leve dor de estomago e flatulência ate prisão de ventre, debilidade física e fezes aguadas com mancha de sangue. É causada por um protozoário Entamoeba histolutica que invade o sistema gastrintestinal transportado por água ou comida contaminada. A Giardíase que é causada pela giárdia, um protozoário, os seus sintomas variam da simples dor estomacal à diarréia persistente ou à presença de fezes pastosas. Sendo espalhada ao aparelho digestivo através da ingestão de água e alimentos contaminados. Recomenda-se não se esquecer de lavar bem às mãos várias vezes por dia e especialmente, antes das refeições, ferver bem águas de rios, lagos, riacho ou mesmo torneiras nos locais em que não seja tratada. Os adultos são mais resistentes, já os bebês, crianças e idosos desidratam-se com mais facilidade podendo chegar ao óbito.

 HEPATITE A

É uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da Hepatite A, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados ou indiretamente de uma pessoa para outra. A Hepatite A ocorre em todos os países do mundo, inclusive nos mais desenvolvidos. É mais comum onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou inexistente.      

O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus da Hepatite A, sendo mais comum em crianças, pois, ainda não aprenderam noções de higiene, e entre os que residem em mesmo domicilio, ou seja, parceiros sexuais. O consumo de frutos, como mariscos crus ou inadequadamente cozidos, está particularmente associado com a transmissão, uma vez que esses organismos concentrem o vírus por filtrarem grandes volumes de água contaminada.                                                                                                    

O Brasil tem risco elevado para aquisição de Hepatite A, em razão de condições deficientes ou inexistentes de saneamento básico, nas quais a população é obrigada a viver, inclusive nos grandes centros urbanos. Embora o risco de infecção pelo vírus da Hepatite A, seja alto em todas as regiões do país, pode- se presumir que, de modo semelhante às outras doenças de transmissão fecal-oral (Hepatite E, Cólera), as áreas menos desenvolvidas apresentam risco ainda mais elevado.

DENGUE

Umas das mais conhecidas doenças brasileiras, caracteriza-se por febre aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus da dengue penetra no organismo, ela sendo picada por um mosquito hospedeiro, o Aedes aegypti, os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo e dor de cabeça. É uma doença possivelmente letal, principalmente quando ela é apresentada na forma hemorrágica, considerada pelos médicos a mais perigosa.                                         Nos últimos anos, o número de casos de dengue tem crescido de forma alarmante nas cidades, o mosquito transmissor adapta-se muito bem às áreas urbanas, o clima tropical brasileiro também é um dos fatores principais para o desenvolvimento do Aedes aegypti. Os mosquitos põem suas larvas em água limpa e parada, esse tipo de ambiente pode ser encontrado em pneus vazios, bueiros, esgoto ao céu aberto, caixas d’água, vasos de plantas e até em algumas plantas cuja seu centro junta-se água como exemplo das Bromélias. O perigo é tão grande que em ate uma simples tampinha de garrafa serve de criadouro, desde que contenha água limpa, parada e sombreada.

 FEBRE PARATIFOIDE

Doença semelhante e mais rara que a febre tifóide. Causada pela Salmonella paratyphi  dos tipos “A” “B” ou “C”. Transmite-se pelas fezes que contamina as mãos, as roupas, os alimentos e água. O bacilo tifóide é ingerido com os alimentos e a água contaminada. Os sintomas variam de indivíduo para indivíduo, porém o básico é: dor de cabeça, mal- estar, fadiga, boca amarga, febre, calafrios, indisposição gástrica, diarréia e aumento do baço. O diagnostico é feito através de exame de sangue e pesquisas de bacilos nas fezes como cultura de placa. Para evitar o contágio recomenda-se o isolamento das fezes e urina, evitar a manipulação de alimentos e evitar a evicção (ida) escolar até a apresentação de 3 coproculturas negativas (Exames de fezes).

LEPTOSPIROSE

É uma doença causada pelo Schistosoma mansoni, parasita que tem no homem seu hospedeiro definitivo. Sua transmissão se dá pela liberação de seus ovos através das fezes do homem infectado. Em contato com a água, os ovos eclodem e libertam larvas que morrem se não encontrarem os caramujos para se alojar. Se os encontram, porem, dão continuidade ao ciclo e liberam novas larvas que infectam as águas e posteriormente os homens em sua pele e mucosas. Apresentam manifestações clinica como coceiras, febre, dor de cabeça, fraqueza diarréia, tosse entre outras.   A melhor maneira de enfrentar a esquistossomose é evitar que ela aconteça. Para tanto, faz-se necessária uma extensa política de saúde publica e sanitária, já que a esquistossomose está diretamente ligada aos pobres. Portanto, é preciso melhorar a qualidade de vida das populações e tomar medidas sanitárias, como a construção de sistemas adequados de esgotamento sanitário.

TRACOMA

Conhecida como “a doença dos pobres”, tracoma é uma infecção que afeta os olhos e se não for tratada pode causar cegueira. A bactéria Chlamydia trachomatis. Os sintomas mais freqüentes são olhos vermelhos, secreção, fobia à luz, dor, lacrimejamento excessivo.                                                                                                            

 O tracoma é mais freqüente entre os pobres, pois a falta de higiene é um fator preponderante  para a sua contaminação, o contato direto com secreções dos olhos, do nariz e da garganta de pessoas contaminadas ou com objetos que tiveram contato com as secreções, como toalhas, fronhas, lençóis, roupas entre outros.                                                   

 Nas casas que não possuem água potável e encanada, as pessoas normalmente utilizam a mesma água para lavar o rosto, panelas, roupas e se existir uma pessoa contaminada, por esses motivos os outros da mesma casa ficarão doentes também.                                                                                                                                                Os métodos mais eficazes para não adquirir a doença é possuir hábitos de higiene adequados. Boas condições sanitárias, a destinação adequada do lixo é o fornecimento de água potável.

 

 

 

7.METODOLOGIA

 

Buscar respostas é o objetivo deste projeto, pois está explicita a carência de saneamento em barreiras. O método dedutivo foi utilizado visando coletar material para análise dos impactos causados por uma inadequada aplicação de recursos de saneamento básico e de sua ausência. Com o intuito de mostrar que um saneamento adequado, gera uma melhoria significativa nas áreas de saúde pública, evitando os contágios de doenças e uma economia nos fundos municipais relativos à cura das doenças causadas pela falta de um sistema de saneamento eficaz em toda cidade.

                                                                                                                                                                                       Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico. (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993)

Segundo o autor acima citado, pesquisas exploratórias quantitativas caracterizam-se como sendo investigações empíricas cujo objetivo é a formulação do problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade com o fato a ser pesquisado e identificar o investimento em saneamento como alternativa na redução dos custos em medicina curativa.        

De modo que apareça a razão pela qual se direciona grande quantidade dos fundos municipais à secretaria de saúde ao invés de se investir em uma melhoria na infra-estrutura, Nessa vertente, visa-se chegar numa resposta, observando os valores gastos pelos municípios e os processos de aquisição de meios de implantação destes projetos sanitários A historia do saneamento e dos custos que envolvem as obras de implantação serão pesquisadas, como o surgimento, o conceito contemporâneo e características.

Com o crescimento acentuado do município de Barreiras torna-se cada vez mais importante e urgente a universalização do saneamento básico pelos benefícios que propiciam ao desenvolvimento social, cultural e econômico e uma sensível melhoria na saúde de uma população.

 

8. RESULTADOS  ESPERADOS

                                                     

Busca-se fazer uma analise comparativa, através de gráficos, apontando dados estatísticos que demostrem a significativa ausência de saneamento no município; Estes deverão conter custos com infraestrutura, de preservação da saúde, caracterizando as doenças em que possuem maior prevalência pela contaminação e falta de saneamento básico. Possibilitando assim responder que, investir em saneamento básico significa reduzir custos municipais com saúde. Assim também promovendo educação em saúde a população quanto a importância do saneamento básico no cotidiano das pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

CAVINATO, Vilma Maria. Lixo: de onde vem? Para onde vai?, São Paulo: Moderna Ltda, 2003.DIAS, Mauricio. Avaliação da política de esgotamento sanitário no Brasil e na cidade de Barreiras – BA. Monografia de conclusão de curso, Instituto de Educação Superior Unyahna de Barreiras, 2004.

EDUARDO, Maria Bernedete de Paula. Vigilância Sanitária, colaboração de Isaura Cristina Soares de Miranda – São Paulo: Faculdade de Saúde Publica da Universidade de São Paulo, 1998 volume 8.

FILARDI, Jose Mauro Pereira. Sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Santa Maria da Vitoria: Bahia: um diagnóstico integrado. Monografia de conclusão de curso, Instituto de Educação Superior Unyahna de Barreiras, 2004.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Átlas, 2007.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade – Metodologia do trabalho científico. 5 ed. São Paulo: Átlas, 2001.

MOESCH, Beto. Saneamento Básico. Disponível em: < http://www.saneamentobasico.com.br/>. Acesso em: 24 set. 2012.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Disponível em: < http://portal.saude.gov.br/portal/saude/default.cfm> Acesso em: 24 set. 2012.

BRASIL, Governo da Bahia. Embasa. Disponível em: < http://www.embasa.ba.gov.br/novo/> Acesso em: 24 set. 2012.

BRASIL, Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Disponível em: < http://conselho.saude.gov.br/> Acesso em: 24 set. 2012.