Esperando no aeroporto
Vi o Homem Noventa e Três
Estranho ser, homem rancoroso
Não sabia bem o que fazer

Andava o homem, passo arrastado
Parecia seguir para todo lado
No cocuruto tinha tatuado
O número que lhe fora designado

Esperou na fila, qual um homem-gado
E lá ia ele, bem na sua vez
Solitário, no mundo abandonado
O homem de número Noventa e Três