O HOMEM DA TERRA
Publicado em 12 de agosto de 2010 por Pedro Gomes da Silva
Na fazenda onde eu vivia, terra de boa cultura.
Lá pras bandas de Goiás, onde as matas reverberam,
E a natureza é pura.
Com coragem e muita fé, enfrenteis a vida dura!
Quando eu comprei estas terras,
Fruto de muita procura,
Água limpa e diamantes, tinha com muita fartura,
E muita onça pintada, rugindo na mata escura.
Entrei com foice e machado, e lá fiz boa figura.
Fiz meu rancho de barrotes
De sapé a cobertura
Serquei com lascas de sédro,
Resistente quando cura.
Pus uma placa na porta, escrito: "RANCHO ITAPURA".
Tinha uma vida selvagem,
Não vista em lugar algum.
Muitos macacos bugio, tucanos, araras e jacus,
Antas e porcos do mato,
Veado-servo e mutuns.
Nas águas do Araguaia
Onde eu pescava com vara,
Matrinchâns, piaus, pacus.
Tucunarés e pintado, tambaquis, aruanâns,
Piraibas e pirararas.
Deixei minha terra amada, nunca mais eu voltei lá,
Fiz a minha despedida, na hora de viajar,
Abracei os meus amigos e ignorando os perigos,
Viajei para o Pará.
Pedro Gomes da Silva
Lá pras bandas de Goiás, onde as matas reverberam,
E a natureza é pura.
Com coragem e muita fé, enfrenteis a vida dura!
Quando eu comprei estas terras,
Fruto de muita procura,
Água limpa e diamantes, tinha com muita fartura,
E muita onça pintada, rugindo na mata escura.
Entrei com foice e machado, e lá fiz boa figura.
Fiz meu rancho de barrotes
De sapé a cobertura
Serquei com lascas de sédro,
Resistente quando cura.
Pus uma placa na porta, escrito: "RANCHO ITAPURA".
Tinha uma vida selvagem,
Não vista em lugar algum.
Muitos macacos bugio, tucanos, araras e jacus,
Antas e porcos do mato,
Veado-servo e mutuns.
Nas águas do Araguaia
Onde eu pescava com vara,
Matrinchâns, piaus, pacus.
Tucunarés e pintado, tambaquis, aruanâns,
Piraibas e pirararas.
Deixei minha terra amada, nunca mais eu voltei lá,
Fiz a minha despedida, na hora de viajar,
Abracei os meus amigos e ignorando os perigos,
Viajei para o Pará.
Pedro Gomes da Silva