ESTADO DE MATO GROSSO

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE LETRAS

 

 

 

 

 

 

VILMA LEAL DOS SANTOS

 

 

 

 

 

 

 

 

O GOSTO PELA LEITURA LITERÁRIA INFANTO-JUVENIL DOS ALUNOS DO 6°ANO (5ª SÉRIE) DO ESNSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL PATRIARCA DA INDAPENDÊNCIA

 

 

Tangará da Serra /MT

2010

VILMA LEAL DOS SANTOS

O GOSTO PELA LEITURA LITERÁRIA INFANTO-JUVENIL DOS ALUNOS DO 6°ANO (5ª SÉRIE) DO ESNSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL PATRIARCA DA INDAPENDÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado em forma de monografia, como requisito obrigatório para obtenção do Grau de Licenciatura em Letras, sob a orientação da Professora Daniele Cristina da Silva.

 

Tangará da Serra /MT

2010

VILMA LEAL DOS SANTOS

 

 

 

O GOSTO PELA LEITURA LITERÁRIA INFANTO-JUVENIL DOS ALUNOS DO 6°ANO (5ª SÉRIE) DO ESNSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL PATRIARCA DA INDAPENDÊNCIA

 

 

Esta monografia foi julgada como requisito para obtenção do grau de Licenciada em Letras pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Departamento de Letras.

 

 

Tangará da Serra, 09 de Dezembro de 2010.

 

 

 

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Prof.ª D.Sc  Elizete

Chefe do Departamento de Letras

 

 

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Prof. M.Sc Robson Rocha

Coordenador do TCC

 

 

 

BANCA EXAMINADORA

 

 

 

Orientador: Daniele Cristina da Silva

Universidade do Estado de Mato Grosso – Departamento de Letras

 

 

 

 

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Examinador titular

Coorientadora: Prof. Esp. Maria Cleunice Fantina da Silva

 

 

 

 

Examinador titular: Prof. M.Sc Marta Helena Cocco

Universidade do Estado de Mato Grosso – Departamento de Letras

DEDICATÓRIA

 

 

Dedico aos meus pais que sempre me incentivaram e me apoiaram para nunca desanimar. Pais que mesmo nos momentos de desânimo encontram um jeito de levantar meu astral para que eu possa erguer a cabeça e continuar. Pais estes que amo, e que de forma alguma deixarei de fazer o mesmo por eles. Se não fossem eles, eu não teria escrito, quem dirá apresentado esta monografia. Dedico também ao meu marido aos meus irmãos, amigos que me ajudaram. Reservo também parte de minha dedicatória para todos os meus professores e a minha professora orientadora Daniele Cristina da Silva e à minha co-orientadora Maria Cleunice Fantinati da Silva, assim como aos funcionários desta entidade de ensino.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AGRADECIMENTOS

          Agradeço:

A Deus, por estar sempre ao meu lado, direcionando o caminho a seguir.

Aos meus pais, pelas orações, carinho e amor sem limites.

Ao meu espoco André Martins Berto, pelo amor e apoio constante. Pelo carinho e por saber compreender minha ausência em nosso lar.

Aos meus irmãos, sobrinhos e amigos pela admiração e confiança.

Aos professores da Universidade por contribuírem para minha formação.

À professora Daniela Cristina da Silva, minha orientadora, por ter depositado confiança em meu trabalho e por direcionar horizontes a serem descobertos nos momentos difíceis.

À professora Maria Cleunice Fantinati da Silva, coorientadora, por ter acreditado e confiado em mim e no meu trabalho, pela sinceridade e franqueza como orientou o caminho a seguir.

Aos sujeitos participantes que construíram o “corpus” deste trabalho.

Às minhas amigas Rosiane Veras e Marli Alda pela credibilidade e apoio que demonstraram e pela paciência e interesse em me auxiliar quando precisei.

Todos vocês são importantíssimos na minha vida. Agradeço, por me amarem como sou, por me apoiarem, por estarem sempre presentes, ao meu lado. Amo vocês.          

Obrigada por tudo!

 

EPÍGRAFE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

...o que somos é feito do que fomos, de modo, que convém aceitar com serenidade o peso negativo das etapas vencidas.

 

Antonio Candido

 

 

 

 

 

RESUMO

 

Este trabalho tem por objetivo verificar o gosto e o hábito de leitura literária dos alunos da 6ª série (5º Ano) da Escola Estadual Patriarca da Independência, localizada no Distrito de Progresso, pertencente ao Município de Tangará da Serra – MT. A fim de coletar as informações dos alunos para análise foi aplicado um questionário contendo 8 (oito) perguntas aos 19 (dezenove) alunos dessa turma. Realizamos uma prévia revisão teórica sobre o gosto da leitura literária, a sua importância na formação do cidadão, assim como o papel da escola, do professor e da família no processo de despertar e incentivar o prazer pela leitura literária nas crianças. Para tanto, recorremos aos estudos teóricos de Lajolo, Zilberman, Palo, entre outros. A partir das informações coletadas percebemos que, de alguma forma, as histórias de literatura infanto-juvenil permanece no inconsciente das crianças, sendo os títulos das histórias lidas são facilmente retomados, apesar de não lembrarem, na maioria das vezes, os autores das respectivas histórias. 

PALAVRAS-CHAVE: Gosto pela leitura; Literatura infanto-juvenil; Escola;

RESÚMEN

Este trabajo tiene como objetivo verificar el gusto y el hábito de la lectura literaria de los estudiantes de 6 º serie (5 º año) de la escuela del Estatal Patriarca da Independência, ubicada en el distrito de Progresso, propiedad del municipio de Tangará da Serra - MT. Con el fin de recopilar informaciones de los estudiantes para análisis fue aplicado un cuestionario conteniendo 8 (ocho) preguntas a los 19 (diecinueve) alumnos de esa aula. Realizamos una revisión preliminar acerca del gusto por la lectura literatura, su importancia en la formación del ciudadano, así como el papel de la escuela, del profesor y de la familia en el proceso de despertar y estimular el placer por la lectura literaria en los niños. Para eso, recurrimos a los estudios teóricos de Lajolo, Zilberman, Palo, entre otros. A partir de las informaciones recogida percibimos que, de alguna manera, las historias de la literatura infantil y juvenil permanece en el inconsciente de los niños, y los títulos de las historias que fueran leídas son fácilmente retomadas, a pesar de no recordaren, en la mayoría de las veces, los autores de las respectivas historias.

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Ler foneticamente

Dicionário - Ver dicionário detalhado

PALABLAS -LLAVE: Gusto por la literatura; literatura infantil y juvenil; escuela.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

 

 

1. INTRODUÇÃO.. 10

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.. 11

2.1. Literatura e Leitura: Conceitos Básicos. 11

2.2. Literatura Infanto-Juvenil: Conceitos Básicos. 13

2.3. Literatura na Escola: a formação do Leitor. 15

3. ANÁLISE DO CORPUS. 16

3.1. Verificando o gosto pela Leitura literária de alunos da 5ª série. 16

3.2. Análise dos questionários. 17

4. CONSIDERAÇÕES. 22

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 23

 

 

 

 


1. INTRODUÇÃO

Este trabalho trata de uma prévia discussão sobre leitura literária e, na seqüência uma discussão sobre a pesquisa a campo realizada com os alunos do 6ª ano da Escola Estadual Patriarca da Independência, a fim de descobrir qual o tipo de texto que os alunos mais gostam de ler. Essa discussão voltar-se-á para os textos literários, visto que este é o objetivo desta verificação, apesar de deixarmos livre para que os alunos apontassem o tipo de texto que eles gostam de ler, independentemente da sua tipologia ou gênero discursivo.

A metodologia empregada divide-se nas seguintes etapas de pesquisa: observação em sala de aula, entrevistas não direcionadas com a turma, na forma de um bate papo para se obter respostas espontâneas e verdadeiras

A pesquisa de campo tem a intenção de verificar o tipo de texto que os alunos selecionados gostam de ler. Nesse processo de verificação cabe observar que muitas vezes os alunos não têm a autonomia de escolher o texto que gostariam de ler na escola, apenas recebem do professor a imposição de qual texto literário eles deverão ler.

Cabe observar que o papel do professor é fundamental no processo de construção do gosto pela leitura literária por parte dos seus alunos. Como intermediário entre o texto e o aluno, o professor deve planejar suas aulas de maneira que o prazer pela leitura e o poder de imaginação dos alunos sejam os principais focos.  Além do mais, o professor do ensino fundamental deve considerar que seus alunos ainda não dominam conhecimentos teóricos e, portanto, não conseguem definir, em termos técnicos, o que venha a ser literatura, visto que este é um conhecimento está relacionado ao processo de aprendizagem, o qual se dá ao longo da vida escolar.

Nesse processo de despertar o gosto pela leitura literária, ou outro tipo de leitura, é fundamental o papel da família em parceira com o professor. Deve-se mostrar às crianças que é através da literatura que conseguimos compartilhar nossos sonhos, desejos e imaginações, pois isso irá auxiliar no processo de compreensão de textos literários, sejam eles romances, contos, poemas, etc.

Primeiramente abordaremos alguns conceitos de literatura, pois, além de nos auxiliar nas discussões sobre o papel do professor no ensino de leitura literária e o prazer do gosto de leitura por esse tipo de texto, também auxiliarão nas discussões sobre as opiniões dos alunos quanto ao tipo de texto que gostam de ler, seja literário ou não.

Na seqüência serão feitos alguns comentários sobre o papel da literatura na escola, sendo que no processo de ensino-aprendizagem da leitura literária o professor pode trabalhar em equipe para ajudar seus alunos a expor as leituras para a comunidade escolar.

 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Literatura e Leitura: Conceitos Básicos

Existe um amplo conceito do que vem a ser literatura, isso depende de cada área de conhecimento que emprega esse termo. Por exemplo, pode-se falar de literatura médica, literatura jurídica, ou seja, literatura como um grupo de referências bibliográficas sobre determinado assunto. Por outro lado, tem-se a literatura como uma forma de manifestação artística. A Literatura, segundo Marisa Lajolo, não é somente os livros clássicos, mas sim tudo o que é escrito, seja uma carta de amor, um conto que alguém escreveu e guardou.

Por que não chamar de literatura a história de bruxas e bichos que de noite, sua mãe inventava para você e seus irmãos? Por que negar o nome de literatura aos poemas mimeografados que o jovem autor vendia para a platéia depois do espetáculo ou na feira de hippie de domingo. (LAJOLO. 1995 p.10).

Não é possível ter uma definição concreta de o que é literatura, pois constantemente surgem novos conceitos que ampliam os antigos. No entanto, as produções orais só se transformam em documentos literários a partir do momento em que são registrados.

Segundo Lajolo, 1995, a literatura nasce de um mundo de representação simbólica ou realistamente da experiência que cada escritor tem em relação com a realidade histórica e social.

Lajolo, 1995 e Cegalla, 2008, definem a Literatura como arte de compor ou de escrever trabalhos em prosa ou verso com o objetivo de atingir a sensibilidade ou a emoção do leitor ou do escritor.

 Das muitas tentativas de definir literatura, podemos, por exemplo, defini-la como a escrita imaginária no sentido de ficção, uma escrita que não é verdadeira, mas se pensarmos um pouco pode ter outro conceito entre verdade de uma história e a verdade artística, sendo que alguns destes fatos podem ter valor real para alguns leitores e valor de ficção para outros. De acordo do Eagleton, 2003, o que faz uma obra ter ou não um valor literário é o fato de empregar uma linguagem de forma peculiar, visto que,

Muitas tem sido as tentativas de se definir literatura. É possível, por exemplo, defini-la como a escrita “imaginaria”, no sentido de ficção escrita que não é literalmente verídica. Mas se refletirmos ainda que brevemente, sobre aquilo que comumente se considera literatura verá que tal definição não precede”. (EAGLETON,2003, p. 1).

A literatura transforma e intensifica a linguagem seja imaginária ou verdadeira. Para alguns teóricos a literatura emprega uma linguagem de forma peculiar que representa certa violência organizada contra a fala comum que de alguma forma afasta-se sistematicamente da fala do cotidiano, que é um tipo de linguagem que chama a atenção para si mesmo, tendo sua existência material.

A literatura não é um pseudo religioso, psicológico ou sociológico, mas sim uma organização da linguagem que tem estruturas e mecanismos que devem ser estudados. A literatura não é um veículo de idéias prontas sobre uma sociedade ou de um fato, pois é feita de palavras e não de objetos ou sentimentos, portanto,

A Literatura impondo-nos uma consciência dramática da linguagem renova essas reações habituais tornando os objetos mais “perceptíveis”. Por ter de lutar com a linguagem de forma mais trabalhosa, mais autoconsciente do que o usual, o mundo que essa linguagem encerra é renovado de forma intensa. (EAGLETON, 2003p. 1).

 A literatura é o ar, o ambiente em que vivemos, que de alguma forma tivemos que mudar e renovar como respiramos, sendo que o resultado é a intensificação de nossa vida que é uma linguagem.

Rogel Samuel, 1985, define literatura também como a arte da palavra que é necessário torná-la profunda para o entendimento da leitura. Que se explica e constitui de composição de sons, unidade mínima que se denominam fonemas. A literatura sempre esteve ligada ao ensino, à aprendizagem e a formação cultural.

O termo literatura, além da simples designação da bibliografia ou texto escrito, denomina também um certo tipo de obras que teriam algo em comum com as plenamente aceitas como literatura, de caráter estritamente estético e ficcional. Por outro lado, a indústria cultural publica uma enorme quantidade de obras onde o “ficcional” predomina e que, no entanto, não são consideradas literaturas. (SAMUEL,1985, p.35).                                                                                  

Sabemos que para a compreensão da literatura é necessário entendermos a sua importância e o porquê da literatura, e também por que é definida como a arte de criar e recriar textos e de compor ou estudar escritos artísticos, além de que a compreensão do fenômeno literário tende a ser marcado na historia da cultural.

Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais interessadamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode encerrar-se nela. Em seu livro “Do mundo da leitura para a leitura do mundo”, Marisa Lajolo diz que o trajeto se cumpre sempre se refazendo. Nesse sentido, a leitura é uma prática circular e infinita.

          A literatura, de acordo com Chiappini, 2001, por ser um discurso dialógico, dialoga com o leitor que lhe atribui significações, o leitor faz sua interpretação interna com a história, vivenciando emoções, paixões, intrigas e desavenças.

 A leitura resiste ao tempo, não se esgota como o discurso informativo dos jornais e noticiários, tem um que de perenidade, parece sempre ter o que dizer ao homem que a procura, permanece na memória a qual o individuo recorre, a linguagem comum serve-nos para as nossas necessidades imediatas, assim nossa memória retém, com dificuldade, relatos que não nos prendam por laços mais emotivos. (CHIAPPINI, 2001, p. 24).

          Sendo assim, a literatura se renova no tempo com a leitura de cada novo leitor, permanece na memória do mesmo e, no caso do esquecimento, perpetua nas bibliotecas a maior memória de todos os tempos, que contém relatos e experiências de escritores de uma realidade histórica e social de épocas vividas. Através da leitura literária podemos transitar entre a realidade e o sonho, entre o presente e o passado. Além de tudo ela nos leva à compreensão do mundo ao nosso redor, é a ponte que integra-nos ao outro, pois a leitura amplia as fronteiras do conhecimento e deve ser hábito continuo.

          Portanto, a leitura de livros literários favorece o crescimento intelectual do aluno, amplia a compreensão do mundo, leva a uma formação com uma filosofia de vida e, conseqüentemente, a vários conhecimentos que são adquiridos através desse exercício.

 

2.2. Literatura Infanto-Juvenil: Conceitos Básicos

Encontrar e Encantar-se com o Encantado

O gênero literário que contempla o público infantil originou-se, na verdade, de obras escritas para adultos. A princípio adultos e crianças partilhavam da mesma literatura, pois, na Europa do século XVIII crianças eram vistas como miniatura, tendo participação ativa na vida das pessoas adultas.

No Brasil até 1880, o ensino da literatura servia basicamente para o conhecimento da Constituição do Império, do Código Criminal, dos Evangelhos, e, às vezes, do resumo da História do Brasil. A literatura infantil caracterizava-se por traduções de contos e aventuras fantásticas consolidadas mundialmente.

Com o desenvolvimento do sistema educacional, surgiam os textos direcionados ao imaginário infantil. Na verdade, os livros infantis, nessa época eram produzidos apenas para atender às necessidades pedagógicas.

No início a literatura infantil é destinada a leitores adultos gerando adaptações aos ouvintes das narrativas que eram transmitidas oralmente. Por isso, a literatura infantil surge como formas de pedagogias, sendo que,

Contar histórias para crianças sempre expressou um ato de linguagem de representação simbólica do real direcionado para a aquisição de modelos lingüísticos. O trabalho com tais signos remete o texto para alguma coisa fora dele, de modo a resgatar dados de um real verossímil para o leitor infantil. (PALO, 1932, 09)

A literatura infanto-juvenil está ligada ao processo de formação do ser humano, à capacidade de entender o que está escrito e ao seu imaginário, o que contribuirá para sua formação e também para o desenvolver de seu raciocínio. Por isso, a literatura infantil é fundamental para o desenvolvimento da criança, no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem. Ela deve ser entendida como processo de interação entre o imaginário e o real de cada aluno.

Por tanto, se consideramos que a literatura infanto-juvenil é importante para o desenvolvimento do aluno devemos, a cada instante, incentivar os alunos à prática de leitura de livro infanto-juvenil para ter um bom desenvolvimento comunicativo, ou seja, para mantê-lo em contato com o real e o imaginário, compreendendo que a leitura deve estar sempre atualizada. 

Sabemos que a literatura infantil é aquela que está sintonizada com o imaginário de cada aluno, que a lê de forma diferente a cada nova leitura, pois ela segue caminhos experimentais onde há dúvidas e descobertas com o mundo encantado de cada um.

                  O aluno que lê com freqüência literatura infantil enriquece o seu imaginário, abre horizontes e entra em contato com pensamentos e opiniões claras e abertas com relação ao mundo em que vive seja ele imaginário ou real, e assim se transformará em um grande leitor.

 

2.3. Literatura na Escola: a formação do Leitor

 

Como fonte de prazer e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos limites da escola. A compreensão da leitura só ocorre quando interage com o leitor, quando o sentido se faz através de conceitos e informações que se tem do mundo e da vida, através de suas experiências já vividas. Assim, o leitor deixa de ser um simples decodificador de palavras e passa a ser um leitor de verdade, pois se envolve com a leitura literária. Como diz Lajolo, “ninguém nasce sabendo ler, aprende-se a ler à medida que se vive. Se ler livros geralmente se aprende nos bancos da escola, outras leituras se aprende por ai na chamada escola da vida”. (2004, p. 2).

          Lajolo, 2004, coloca que é  nas práticas de professores que tem ou não sucesso no desenrolar do hábito de ler.  Existe uma cobrança insistente por parte do professor, acabando por constranger os alunos, o que torna a leitura um fardo. Diante dessa cobrança, na maioria das vezes, os alunos acabam lendo, mas sem desfrutar o prazer da leitura literária.  Temos que levar em conta que o aluno tem o direito de escolher que tipo de leitura ele quer fazer, pois o professor fragmenta o ensino da leitura inicial e dessa maneira acaba por prejudicar muito a descoberta do prazer da leitura literária por parte dos próprios alunos. Segundo a autora, isso acontece porque provavelmente o professor seja peça secundária na escola de hoje e, conseqüentemente, sua voz se faça ouvir com timidez no que diz respeito aos destinos do texto literário em classe.

          Vimos que o aluno pode escolher o que ler e até quando ler, mas na verdade sabemos que o professor também aprende no processo de ensinar. Muitas vezes, aproveita-se disso para aprender junto com os alunos e, por isso, continua obrigando os alunos a lerem algo que no momento seja inadequado para eles. Depois de definir o papel do professor a autora afirma que os editores chamam para si a competência para indicar que tipo de leitura literária deve ser utilizada pelo professor, o qual escolhe os livros a partir da orientação da editora, visto que os alunos não lêem, nem os próprios professores, o que acarreta na má escrita de ambos.

A partir da leitura é que os alunos compreendem a realidade em que estão inseridos chegando a importantes conclusões sobre o mundo em que vivem e aos aspectos que o compõe. A literatura está ligada à tradução e ao processo de formação do ser humano, à sua capacidade de convívio, atuações sociais tanto nas esferas políticas, econômicas quanto culturais.

Zilberman, 2003, considera que a literatura propicia a ascensão de modalidades culturais como a escola com sua organização atual e o gênero literário dirigido ao jovem. E a literatura é um elemento fundamental no processo ensino aprendizagem, o que se dá a partir da interação entre a própria literatura e o aluno. Deve-se considerar também que se trata de um campo de trabalho tão extenso e desconhecido pelos alunos, porque a formação do leitor de literatura não é igual ao do leitor que apenas lê, sem outro objetivo, pois para cada aluno se faz necessário um tipo de leitura que irá suprir carências. E, a escola, verificando essas necessidades, deve conduzir os seus alunos às leituras a fim de que entendam a importância da leitura literária na escola. E poderá esclarecer que o aluno que lê literatura com freqüência enriquece seu vocabulário, abre novos horizontes e entra em contato com pensamentos opiniões e diferentes pontos de vista ao ler textos literários.

O aluno busca a compreensão do texto escrito e é necessário que a escola divida a leitura com o aluno buscando ler textos literários que despertem a curiosidade deles para que possam, então, ler outros livros ou textos literários.

Em relação a essa formação pode-se afirmar que a literatura é a mais importante das artes pois sua matéria é a palavra (o pensamento, as idéias, a imaginação)  exatamente aquilo que distingue ou define a especificidade do humano. Além disso, sua eficácia como instrumento de formação do ser está diretamente ligada a uma das atividades. Básicas do indivíduo em sociedade; (  COELHO, 2000, p.10).

Quanto a essa citação é possível dizer que a literatura é um instrumento essencial para que o aluno construa conhecimento. A literatura torna-se necessária na escola, no dia-a-dia, na profissão de cada jovem, pois amplia o seu vocabulário a sua criatividade, seu senso critico e sua capacidade de argumentar. Sentimos que a escola é a principal responsável na formação de leitores literários ao oferecer livros e textos de literatura que estimulam o hábito e o gosto pela literatura.

E é importante ressaltar que através do contato do aluno com textos literários a escola encontra maneiras de conhecer mais o aluno e pode fazer com que o mesmo se envolva no mundo da literatura. 

3. ANÁLISE DO CORPUS

 

 

3.1. Verificando o gosto pela Leitura literária de alunos da 5ª série.

De acordo com Zilberman, 2005, livros lidos na infância permanecem na memória do adolescente e do adulto responsáveis que tornam por bons momentos aos quais as pessoas não cansam de regressar.

A literatura permite aos alunos transformar o mundo, conhecer e argumentar, pois, promove o desenvolvimento do ser humano preparando para a vida. Hoje a escola sofre com o total desinteresse dos alunos em relação à leitura da literatura, além é claro, dos problemas relacionados à educação e aos próprios valores. É importante ressaltar que o comportamento dos alunos com relação à literatura é preocupante, pois se nota um grande desinteresse em sala de aula ao propor leituras literárias, assim como se constata também que os alunos preferem, atualmente, estar diante do computador acessando jogos através da internet do que lendo um livro.

Em busca dessa reflexão, realizamos uma pesquisa de campo que pretendeu investigar entre os alunos da escola Patriarca da Independência, localizada na Rua Diva Martins Junqueira, 167W, Distrito de Progresso, Município de Tangará da Serra – MT. A escola funciona em três períodos, matutino, vespertino e noturno. Os alunos pertencem à classe baixa, em sua grande maioria, cerca de 60% são moradores da Zona Rural. A pesquisa foi realizada com 19 alunos da turma de 6ª ano (5ª serie) do Ensino Fundamental do período matutino. Coletamos os dados por meio de questionários.

3.2. Análise dos questionários

Para obtermos dados que permitissem verificar a prática da leitura literária dos alunos foram distribuídos questionários com 08 (oito) perguntas para um total de 19(dezenove) alunos do 6ª ano (5ª série) do Ensino Fundamental da Escola Estaduais Patriarca da Independência.  Abaixo segue transcrito, o referido questionário para melhor compreensão das respostas:

1 – Você gosta de ler?

2 – O que você gosta de ler?

3 – Você costuma ler livros de literatura?

4 – Você lê muitos livros de literatura ou poucos?

5 – O que você considera “muito” ou “pouco”?

6 – Na sua opinião, onde a leitura deve acontecer? Por quê?

7 – De que forma seus pais lhe ajudam no desenvolvimento de leitura literária?

8 – Qual livro de literatura infanto-juvenil que você já leu? Você lembra o nome do autor? E a história?

A forma de avaliação dos alunos ocorre pelo questionário escrito, através de perguntas, que foi o meio utilizado para analisar o grau de compreensão da literatura que o aluno tem sobre a leitura literária. Cada aluno foi identificado como A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A8, A9, A10, A11, A12, A13, A14, A15, A16, A17, A18 e A19. É importante ressaltar que as respostas foram transcritas conforme estão nos questionários, ou seja, não foi realizada nenhuma correção ou alteração nas respostas em relação à gramática, à concordância, ou outro aspecto da Língua Portuguesa. Os questionários analisados encontram-se em anexo.

Em relação à primeira questão (Você gosta de ler?), 11 (onze) dos alunos entrevistados responderam “sim”. Os alunos que afirmaram gostarem de ler foram A1, A2, A4, A5, A8, A6, A11, A14, A15, A18, A19. Os alunos A3, A13, A16, A17 responderam “mais ou menos”, que totaliza 4 (quatro) alunos. O aluno A7 respondeu “sim porque a leitura educa” o A9 respondeu “mais ou menos porque as vezes a gente acaba não tendo muito interesse”, o aluno A12 respondeu “sim porque é muito importante para nós alunos”. Já o aluno A10 respondeu “não muito”.

Com as respostas obtidas notamos que a maioria dos alunos afirma gostar de ler e considera a leitura importante para sua vida escolar e sua educação.

Na segunda questão, (O que você gosta de ler?) o aluno A13 respondeu que gosta de ler livros escolares e revistas, os alunos A3 e A6, responderam que gostam de ler livros de gibi, já o aluno A7, respondeu que gosta de ler “poesia”, os alunos A1 e A2, responderam que gostam de ler “livros de conto de fadas”. Os alunos A8, A10, A12, A14, A15 responderam que gostam de ler “revistas”, totalizando 6 (seis) alunos. Um total de 4 (quatro) alunos responderam “que gostam de ler livros em quadrinhos e revistas”: A11, A16, A17, A18. Quanto aos alunos A4 e A5 responderam que gostam de ler “historias de pessoas”. Já o aluno A9 respondeu que gosta de ler “revistas, noticias das celebridades, sobre novelas o que vai acontece”. Podemos perceber que os gostos em relação a tipos ou gêneros textuais são bem variados, mas o importante é que os alunos gostam de ler, mesmo que seja leitura pouco informativa.

Cabe dizer que a leitura torna-se difícil em determinados momentos, mas é importante prossegui-la, pois, é através dela que o leitor passa a entender o que está a sua volta e o que o texto está querendo dizer. Isso o ajudará a não ter comportamento de rejeição com relação a algumas leituras que tenham um nível de exigência maior. É necessário que trabalhe o significado da leitura, pois, o aluno se sentirá mais encorajado para ler livros de literatura. De acordo com Zilberman,

(...) os leitores precisam se reconhecer nas personagens, há limites para mexer com a temporalidade, e a ação precisa ter um mínimo de coerência. Outra questão é crucial: o leitor também traz algum tipo de explicação, uma bagagem de conhecimento que precisa ser respeitada, caso contrário se estabelece um choque entre quem escreve e quem lê. ZILBERMAN, (2005, p. 13).

Quanto à terceira questão, (Você costuma ler livros de literatura?) o aluno A9 respondeu que “não, porque eu não gosto desses livros”. Outros 5 (cinco) alunos responderam “não”, sendo eles respectivamente: A4, A5, A7, A17, A19. Os alunos A8, A11, A13 responderam “as vezes”, já 10 (dez) alunos responderam “sim”, os alunos que responderam sim foram os seguintes: A1, A3, A2, A6, A10, A12, A14, A15, A16, A18.

Notamos que a maioria dos alunos da 5ª série afirma gostar de ler livros de literatura. Sendo importante ressaltar que essa maioria totaliza 10 alunos e, em contrapartida, 9 ficam entre aqueles que não gostam de ler ou gosta de ler raramente. O que equivale a quase a metade da turma.

Uma possível hipótese a ser levantada sobre o motivo pelo qual os alunos gostam de ler literatura é que compreendem as histórias narradas, são capazes de atribuir um sentido completo e entendem o que a história quer dizer. Já para aqueles que não gostam de ler ou que lêem de vez em quando, poderíamos levantar a hipótese de que alguns fatores contribuem para essa falta de gosto pela leitura literária, como a falta de compreensão dos significados de algumas palavras difíceis em determinado trecho da história. Muitas vezes, os alunos não recorrem a dicionários para verificarem os significados dessas palavras desconhecidas, mas pulam as palavras e acabem por parar de ler.

Em relação à quarta questão, (Você lê muitos livros de literatura ou poucos?) 15 (quinze) alunos responderam que “lê poucos” livros de literatura, são eles: A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A8, A9, A10, A12, A13, A15, A17, A19. Os alunos A11, A16, A18 responderam que “lê muitos” livros de literatura, já o aluno A14 respondeu que lê “alguns livros”. Podemos perceber que os alunos lêem poucos livros de literatura, talvez seja por falta de incentivo ou até mesmo por não terem como adquiri os livros, ou por não terem biblioteca em sua escola.

Um aspecto importante que deve ser observado é que em relação à terceira pergunta Você costuma ler livros de literatura? 10 (dez) alunos afirmaram que “sim”, que costumam ler livros de literatura. Essa resposta torna-se questionável quando comparada às respostas obtidas através da quarta pergunta Você lê muitos livros de literatura ou poucos? em que apenas três alunos responderam que “lê muitos” livros e apenas um disse que lê “alguns livros.  

Quanto à quinta questão, (O que você considera “muito” ou “pouco”?) 8 (oito) alunos responderam “pouco”: A3, A4, A5, A6, A10, A12, A17, A19,  e 6 (seis) alunos responderam “muito”: A1, A2, A7, A11, A16, A18. Já os alunos A8, A13, A14 e A15 responderam que lê entre “um a dois livros”. O aluno A9 responde “porque eu não lembro qual foi a ultima vez que eu li um”. Pelas respostas obtidas notamos que a maioria dos alunos não assimilou bem a pergunta, apesar de ter sido explicado que este “muito” e “pouco” referia-se a quantidade de livros que leram. Apenas os alunos A8, A13, A14, A15 e A9 compreenderam a pergunta.

Na sexta questão, perguntamos ( Na sua opinião, onde a leitura deve acontecer? Por quê? Os alunos A1, A5, A10, A14, A15 e A18 responderam que a leitura deve acontecer “na escola e em casa”, o aluno A11 respondeu que a leitura deve acontecer “em casa e na escola porque ninguém te atrapalha e é mais silencio”. Já o aluno A3 respondeu que a leitura deve acontecer “na biblioteca porque lá tem muitos livros de estórias diferentes”.

O aluno A4 respondeu que a leitura deve acontecer “na escola porque na escola a professora lê para todos e explica o que leu”. O aluno A8 respondeu “na escola porque se você ou qualquer pesso que gosta de ler livros se tiver alguma duvida só é perguntar”. O aluno A 9 respondeu que “ na sala de aula com os professores vendo, porque se eles levar pra casa ele, não vão ler e vão falar que leu”. O aluno A16 respondeu que “em casa porque as nosas mães no ajuda”.  Os alunos A2 e A6 responderam que “na escola porque a gente aprende ler mais”. O aluno A13 respondeu que “em quase todos lugares”. Os alunos A7, A12 e A19 não responderam, deixaram a questão em branco e o aluno A17 respondeu, mas em condições inelegível, não sendo possível sua transcrição.

Em relação a essa questão é importante observarmos a dependência de grande parte dos alunos em relação ao auxílio do professor ou da mãe para compreenderem o que lêem. Como se verificou nas respostas dos alunos A4, A8, A9 e A16. Outra observação relevante é que seis alunos responderam que a leitura deve acontecer na escola ou em casa, mas não explicaram os motivos pelos quais fazem essas escolhas.

Na questão sétima, ( De que forma seus pais lhe ajudam no desenvolvimento de leitura literária?) 5 (cinco) alunos não responderam: A3, A7, A12, A14, A17.

O aluno A9 respondeu “me mandam ler livro que pego da biblioteca ou a minha mãe traz pra mim”.

O aluno A8 disse “incentivando a ler e cuidar dos livros para que outras pessoas posão ler”.

De acordo com as respostas dos alunos A1, A2, A11, A13, A16, A19 os pais compram livros para eles ou lhes ajudam a ler.

Os alunos A4, A5 e A6, responderam “dizendo para eu ler”, e os alunos A10, A15 e A18, “incentivando a leitura”.

É importante observarmos que respostas como as dos alunos A4, A5 E A6 revela que os pais não participam efetivamente do processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos em relação á aquisição da leitura.

Em relação à última questão, (Qual livro de literatura infanto-juvenil que você já leu? Você lembra o nome do autor? E a história?), a fim de visualizarmos apenas as obras que os alunos afirmam terem lido, os dados coletados foram inseridos na tabela abaixo:

OBRAS LIDAS

ALUNOS

A1

A2

A3

A4

A5

A6

A7

A8

A9

A10

A11

A12

A13

A14

A15

A16

A17

A18

A19

Chapeuzinho vermelho

X

X

         

X

                     

Branca de Neve

     

X

X

         

X

               

Os meninos do Chafariz

         

X

                         

Pinóquio

                   

X

X

 

X

 

X

   

X

Rapunzel

               

X

                   

Os três porquinhos

X

             

X

                   

Peter Pan

                 

X

       

X

       

Cinderela

                   

X

               

Uma professora muito maluquinha

                                 

X

 

Nota-se que as obras mais citadas pelos alunos foram Pinóquio, mencionada por 5 alunos, enquanto que Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve foram lembradas por 3 alunos cada uma.

Os alunos A3 e A17 responderam “não”, o que se subtende que querem dizer que não se lembram de nenhuma obra literária que tenham lido. Já o aluno A7 não respondeu.

Em relação aos respectivos autores das obras lidas e das suas histórias, a maioria dos alunos, (A1, A2, A4, A5, A8, A9, A10, A11, A12, A14, A15, A16 e A19), citam apenas o nome da obra que leram e não respondem nem o nome do autor nem o resumo da história.

 Somente os alunos A6 e A18 recordam o nome do autor da obra que citam. Sendo que o A6 complementa sua resposta afirmando que “ela era muito legal”.

Em relação à resposta do aluno A13 confundiu os nomes dos autores com os nomes das obras lidas, respondendo que leu “Cora Coralina de Monteiro Lobato”, sendo que Cora Coralina trata-se de uma autora e não de uma obra literária.

Notamos que, de acordo com as respostas obtidas, todos os alunos recordam de pelo menos o título de uma obra de literatura infanto-juvenil.

4. CONSIDERAÇÕES

                       

            Considerando que a literatura infanto-juvenil está ligada ao processo de formação do ser humano, à capacidade de entender o que está escrito e ao seu imaginário, a literatura deve ser entendida como processo de interação entre o imaginário e o real de cada aluno. Entendemos que a literatura permanece na lembrança da criança, pois a maioria dos alunos pesquisados recorda do título das obras que leram. Isso nos remete ao papel fundamental que tem a escola e o professor em propagar a literatura como fonte de conhecimento e prazer.

Ao término deste trabalho, verificamos o quanto a preocupação com a forma de abordagem do ensino da literatura é importante na formação do aluno leitor. Consideramos que a pesquisa realizada na Escola Patriarca da Independência trouxe resultados significativos acerca das leituras literárias que os alunos gostam de ler. Sentimos que é preciso que os alunos sejam comprometidos com a desmistificação de que ler livros de leitura literária é difícil.

 A pesquisa buscou averiguar também até que ponto os alunos praticam o ato de ler literatura, seja em sala de aula ou como exigência da escola, ou fora do espaço escolar, simplesmente como prazer. É preciso que os alunos entendam que a leitura literária não é somente um ato de codificação, é o estabelecimento de relação de vivência de mundo, e sendo assim, é um ato de que exige esforço.

Enfim, vimos que esse estudo não se esgotou, pois a literatura exerce papel importante na formação cultural do aluno leitor. Ainda há muito a se pensar e estudar sobre o gosto pela literatura, pois nas últimas décadas, mesmo na era da tecnologia este vem sendo tema de reflexão e análise. Visto que a literatura acaba tendo como concorrentes diversos meios de tecnologia de informação, o que, na maioria das vezes, torna-se mais fácil e mais atrativo do que a leitura de obras literárias, ou talvez menos exigente, para a criança. O que seria outra proposta de pesquisa, que poderá ser realizada em outro momento.

 

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário escolar da língua portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Companhia Editora, 2008.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna. 2000.

CAIAPPINI, Figra (org). Aprender e ensinar com texto de alunos. Vol. 1. São Paulo: Cortez, 1998.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. – (Biblioteca universal)

LAJOLO, Marisa. Do mundo da literatura para a leitura do mundo. 6ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.

LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. 17ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1995.

MEIRELES, Cecília. Problemas da Literatura infantil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

PALO, Maria José & OLIVEIRA, Maria Rosa. Literatura infantil: voz de criança. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2006.

SAMUEL, Rogel. Manual de teoria literária. Petrópolis: Vozes, 1985.

ZILBERMAN, Regina.  A literatura infantil na escola. 11ª ed. São Paulo: Global, 2003.

ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a literatura infantil brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2205.