O CONTO NA ESCOLA
A Origem do conto está na transmissão oral dos fatos, no ato de contar histórias, que antecede a escrita e nos remete a tempos remotos. O ato de narrar um acontecimento oralmente evoluiu para o registro escrito desta narrativa. E o narrador também evoluiu de um simples contador de histórias para a figura de um narrador preocupado com aspectos criativos e estéticos. É no inicio da Idade Moderna que o conto se consolida como literatura. Buscamos no Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, as definições para a palavra conto. 1. História fictícia; 2. Narração falada ou escrita de um acontecimento; 3. Narrar ou referir. Percebemos que as definições estão voltadas para o ato de contar ou narrar um episódio isolado de uma grande história, focalizar para acontecimentos marcantes e menores em uma trajetória longa.

            Os estudiosos da teoria do conto dizem que definir conto não é nada fácil, pois envolve uma série de peculiaridades que por vezes se esquecidas, prejudica e muito a compreensão deste gênero textual. O escritor e contista Júlio Cortazar, afirma que o conto é “um gênero de difícil definição, esquivo nos seus múltiplos e antagônicos aspectos”. (CORTAZAR, 1998, p. 6)

No estudo Teoria do conto, Nádia Battella Gotlib, nos proporciona uma visão mais ampla sobre as características do conto, onde ela junta diversas teorias e pesquisas sobre o assunto e apresenta um estudo apurado e exemplificado, inclusive com a teoria já citada antes de Júlio Cortazar.

“O segredo do conto é promover o sequestro do leitor, prendendo-o num efeito que lhe permite a visão em conjunto da obra, desde que todos os elementos do conto são incorporados tendo em vista a construção deste efeito. Neste sequestro temporário existe uma força de tensão num sistema de relações entre elementos do conto, em que cada detalhe é significativo. O conto centra-se num conflito dramático em que cada gesto, cada olhar são até mesmo teatralmente utilizados pelo narrador. Não lhe falta a construção simétrica de um episódio, num espaço determinado. Trata-se de um acidente de vida, cercado de um ligeiro antes e depois. De tal forma que esta ação parece ter sido mesmo criada para um conto, adaptando-se a este gênero e não a outro, por seu caráter de contração. Este é um lado da questão teórica referente às características específicas do gênero conto.” (GOTLIB, 1985, p. 33)

Com poucas e claras palavras podemos resumir Conto como a narrativa que oferece uma amostra da vida, por meio de um episódio, um flagrante ou instantâneo, um momento singular e representativo. Constitui-se de uma história curta, simples, com economia de meios, concentração da ação, do tempo e do espaço. Ou seja, a narrativa é nada mais que isso “ação-tempo-espaço”, portanto o conto é uma história curta, porém com um corpo bem definido com tais traços.  

Para definir o texto narrativo de forma sucinta, citamos Carlos Reis e diremos que o texto narrativo “é um processo de exteriorização, uma atitude objetiva e baseada na sucessividade”.(REIS, 1988, p. 19)

Portanto, fica fácil explicar porque o conto, que é uma narrativa curta, é um genero textual bastante comum e de grande proximidade, vamos dizer assim, entre alunos e professores. É que o texto conto é intenso e imediato, sem dispensar elementos. O conto seduz, pois retira da realidade cotidiana ou do ficcionismo flagrantes, momentos, e os transforma em episódios isolados.

CONCLUSÃO

Este projeto teve a intenção de evidenciar a importância de se pensar na educação de nossas crianças, partindo da premissa de que o ensino da leitura e da escrita deve contribuir para que eles possam aprender para continuar aprendendo fora da escola. Averiguamos ao término deste trabalho que a questão da escrita com significado é muito importante para nossos alunos, que quando eles se envolvem e buscam o conhecimento em fatos relacionados ao cotidiano deles a construção do conhecimento se torna natural e prazerosa.

      É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança, diz um provérbio africano. A intuição dos povos sábios há muito tempo já lidava de maneira bem realista com uma questão que hoje ocupa importante lugar no cenário da educação brasileira. Assim, a parceria entre a escola e a família é primordial, necessária e absoluta para a formação intelectual dos nossos alunos.

BIBLIOGRAFIA

 

CORTÁZAR, Júlio (1998), Histórias de Cronópios e de Famas, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 6. ed., trad. Gloria Rodrigues.

Dicionário de Teoria da Narrativa, São Paulo, Ed. Ática, 1988.

GOTLIB, Nádia B.,Teoria do conto. São Paulo: Ática, 1885.

http://www.jackbran.pro.br/redacao/teoria_do_conto.htm

http://www.facasper.com.br/cultura/site/noticia.php?tabela=noticias&id=398