Para alguns pesquisadores, a sociedade ocidental está chegando ao seu fim. Depois de séculos de expansão capitalista, o esgotamento ambiental parece ser a grande ameaça para a civilização ocidental e seu modelo de produção capitalista.

O capitalismo modificou profundamente a sociedade européia. Durante quase mil anos, os bárbaros que destruiram o já esgotado Império Romano tentaram reorganizar a sociedade da faixa de terra que está acima do Mar Mediterrâneo. Acabou com a servidão e a vida rural de nobres encastelados, fortalecendo a burguesia e o poder real com seus exércitos nacionais. O capitalismo se estendeu às Américas, presas fáceis, com suas sociedades ambientalmente equilibradas e tecnologia militar pouco desenvolvida. Depois estendeu suas garras pela África e Ásia com suas civilizações milenares. Fez a população mundial explodir, promoveu violentas guerras entre nações e a destruição de povos inteiros. O capitalismo fez a ciência e tecnologia chegarem a um nível muito superior do que em qualquer sociedade anterior e permitiu um padrão de renda e conforto em que um homem de classe baixa faria inveja aos reis do passado.

No entanto, parece que como todas as civilizações antigas, os ocidentais estão condenados ao declínio e destruição. Se eu estivesse escrevendo este artigo a meio século diria que a criação maciça de armas de destruição em massa pelas potências da época levariam ao risco de um holocausto nuclear. Atualmente, poderia citar a ascensão da Ásia, que embora sejam capitalistas, não são ocidentais, termo que se atribui principalmente aos europeus e americanos, e o maior risco é acima de tudo o colapso ambiental.

Para alguns, a tecnologia vai superar o problema do esgotamento das reservas de combustíveis fósseis e despoluir o planeta, acabando com o aquecimento global. Outros dizem que é preciso recriar o socialismo e adapta-lo à nova realidade. Mas é preciso ser realista, não existem grandes chances de que alguma destas soluções seja plausível.

Os combustíveis fósseis vão se exaurir e os meios de gerar energia não poluente são incapazes de manter o nível energético atuais e a tendência é que continuem a crescer de forma exponencial. Se uma nova tecnologia, como a fusão nuclear, não for desenvolvida logo, será o fim deste modelo de sociedade. Os problemas ambientais vão causar milhões de mortes anualmente, e com o esgotamento das terras cultiváveis, a fome, guerras e doenças vão reduzir a população a algumas centenas de milhões de seres, recriando a seleção natural que a medicina procura eliminar, apenas os melhores e mais fortes poderão sobreviver. Voltaremos a uma idade média, até que a natureza encontre um ponto de equilibrio e a civilização possa voltar a avançar. A humanidade deve sobreviver, mais a civilização já está em crise, desde 2008, e deve piorar entre 2020 e 2050. Já o modelo de produção deve se esgotar até o fim deste século, .com todos os eventos citados.

Este cenário é muito sombrio, e reflete o ponto de vista do autor, não é defendido por muitos cientistas, mas pode se concretizar.