O FENÔMENO RELIGIOSO NA CONTEMPORANEIDADE

 

          O fenômeno religioso na contemporaneidade visto de vários panoramas e as questões filosóficas e científicas que tentam desmistificar a religião, fatos que se alega ser devido à secularização, por vivermos uma época marcada pelo capitalismo e o progresso cientifico.

          Das religiöse Phänomen in der zeitgenössischen gesehen Mehrfachpanoramabildern und die wissenschaftlichen und philosophischen Fragen, die versuchen, die Religion zu entmystifizieren, Fakten, die behauptet, aufgrund der Säkularisation, werden durch das Leben einer Ära von Kapitalismus und wissenschaftlichen Fortschritt geprägt.

               Quando refletimos acerca da história da humanidade, é perceptível que o fenômeno religioso e a vida do homem estiveram sempre correlatos, em todas as épocas e culturas distintas. É imprescindível o papel do mito, ou seja, das religiões naturais que se estende dos primórdios dos tempos até os dias hodiernos na nossa existência. Então, faz-se premente uma reflexão acerca de théos (Deus), na contemporaneidade, em que uma grande porção da humanitate (humanidade), é marcada pala secularização, em que o profano é a eclipse da epifania do sagrado. Sob os efeitos do cientificismo na religião (Bekenntnis) formularam-se alguns pensamentos que ainda influenciam na nossa trajetória e que se levado a rigor, seria o colapso da humanidade.

            O filósofo Bernulf Kanitscheider da Universidade de Giessen chegou a pensar na possibilidade de uma “vida plena sem Deus”, e ainda, o mesmo afirma que o ser humano é uma grandeza negligencável em um universo infinito. A o frisar que somos os “únicos”, ele faz uso das palavras de Friedrich Nietzsche que afirma: "Ele não esteve aqui por um tempo infinito, foi um tempo breve e ele não permanecerá por uma infinitude. E no fim, quando ele houver desaparecido, nada terá acontecido." Em outras palavras, Kanitscheider assim como Nietzsche, certifica-se que, a nossa existência foi por acaso, e que não há e nunca houve um théos (Deus) criador de tudo, e que pela sua suprema providência conduz todas as coisas. Segundo Bernulf, diante de uma situação epistemológica tão desoladora, seria bem pouco inteligente uma pessoa racional fundar o sentido de sua vida e a sua orientação existencial sobre um ser ontologicamente tão duvidoso. Mas, a questão é que a humanidade fundou-se. Mesmo em épocas diferentes, culturas distintas e terras distantes, a mitologia esteve presente na vida do homem, e ainda o faz. Sendo que poucos foram, os que começaram a auto denominar-se senhores de si mesmo. Quando se fala em contemporaneidade, remete-se a secularização, que evoca a distinção entre dois setores da vida humana, o religioso e o sagrado. E o segundo é especificamente a-religioso, o profano. Visto que, a religiosidade é algo exclusivamente do homem e não a nenhum outro ser. Então, o que se infere é que todos os homens são religiosos por natureza, e que o profano enquanto tal é o resultado de um crescente avanço tecnológico e cientifico em escala global. Isso faz com que, o homem enquanto sujeito responsável por esse progresso seja também objeto da própria secularização em si. É obvio que, o ideal cientifico da contemporaneidade esfacelou-se, o mesmo não eliminou a religião, mas esta ficou encoberta pela utopia da contemporaneidade, sendo que todos os que não encontram segurança na mesma, refugia-se na “religião” (Bekenntnis).

       De fato, o homem cético, a-religioso nunca existiu, mas o que há de fato são “estados existências” do individuo em que o perceptível é emergente as suas necessidades, e assim, ele rompe com o passado e prende-se ao presente como sua causa última. Certamente, todos os que mataram Deus morreram, e o mito (mythos) mesmo oculto nos “enfeites”atuais, ainda é parte do destino do homem. E assim, faz-se mister ressaltar que, o homem não possui dignidade justamente pelo fato de dispor de um grau especial de liberdade cognitiva e axiológica, que o capacitam a definir individualmente o sentido da existência. Mas a religião é o âmago da eticidade pela qual o homem continua caminhando. O fenômeno religioso na contemporaneidade, quando levado a profunda reflexão torna-se exaustiva, tanto pelos que defendem a presença do sagrado (heiling), quanto pelos que negam-o. Mesmo assim Gunter G. Hasinger persiste na ideia de que “espaço para Deus fica cada vez menor”. Quando ainda não entendemos como nasceu a vida e não sabemos se há vida em outros planetas. “Contudo, suponho que, num futuro não tão distante ficaremos sabendo como a vida “funciona”, e ai este espaço não caberia mais a Deus.” No entanto, essa é apenas uma especulação baseada em leis físicas e cientificas e, no que se refere ao âmbito ontológico, encontra-se limitável e incapaz de uma conclusão tão profunda que expulse Deus. E de fato para tais explicações a ciência vai ser sempre uma modesta hospede incapacitada de sair do mundo físico para empreender vôos a priori. Mas ainda, ouso afirmar que a religião é um fenômeno real, porém em fenômeno problemático, pelo fato de referir a objetos, cuja existência é o núcleo da discussão. E eis a grande questão atual, a defesa em favor da existência de théos (Deus) através da racionalidade filosófica. Certamente, a razão especulativa ainda não dispõe de um argumento suficientemente rigoroso, detalhado e concreto, Mas os desmistificadores da religião também não.

     Em suma, é plausível refletir sobre o fenômeno religioso nos dias hodiernos, visto que todo mito da religiosidade que é especificamente humana, tem Deus (Gott) como principio e fim supremo da existência, em épocas, culturas e raças variadas. E mesmo no oculto dos dias coetâneos nada suprimiu tal fenômeno, que mantém sólido e sustenta existência e toda a esperança da humanidade. Como já afirmara Mondin Assim, concluo que a razão pura, não encontrará solução, mas discussão e que essa verdade só é encontrada mediante uma humilde e plena submissão do homem aquele que constitui o centro, a alma da esfera religiosa, este é Deus.

AUTOR: Cleonilson Oliveira Alves 4o período de filosofia Ano 2011 Estado: Piauí Cidade: Teresina Contato: [email protected] Telefone: (086)3220-1586

  REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

JAMES,W., Il Sacro, trad, it., Turim, 1966 RYLE, G. LONDRES 1a. ED. Kanitscheider, B. 1a. ED. Mondin,B. Introducione alla filosofia 17 ed