1. INTRODUÇÃO 

Este estudo procura descrever o fenômeno da crise existencial que, muitas vezes, é também chamada de angústia; assim sendo, não se pretende classificá-la nos moldes científicos de pesquisa, mas sim, explicitá-la utilizando-se de uma compreensão existencial. Não se pode dar repostas absolutas a este fenômeno, porque a pesquisa como fenômeno humano  não se esgota e, também, por ser um tema muito abrangente, onde uma simples definição ou sistematização seria indevida, e não se compreenderia a complexidade de tal assunto.

 Para compreender o fenômeno de crise existencial, primeiramente  centrar-se-á na descrição do existir. É no existir que se constitui e se apresenta o que se denomina de crise existencial, que tem como configuração o campo empírico do existir, ou seja, a existência humana; é a existência que permeia o campo de todo o conhecimento e de toda elaboração a respeito do que é  humano e do que é a  sua coletividade.

A existência é o modo de ser do homem, este ser é situacional, ou seja, é uma presença, com os outros entes. Os entes são formas fixas do Ser. Então o Ser do ente se apresenta como movimento, possibilidades.

Ora esse ente para se apresentar como possibilidade deve ter a capacidade de perguntar sobre o seu ser e de perceber que ele possui uma ambigüidade em si, que se caracteriza como ser e não ser.

 Portanto toda dinâmica de ser deste ente é unicamente ser. Este ser é o ser no mundo, ou seja dasein.