O ESTADO, A REGULAÇÃO E A EDUCAÇÃO. 

Verônica Alves de Santana.[1] 

Vivemos em tempo de profundas mudanças na sociedade, mudanças essas, permeadas pela ciência, pelo conhecimento, pela economia, pela política e pelo Estado.

A ciência e o conhecimento estão cada vez mais atrelados com a produção, à economia e com as políticas de tal modo que se faz necessário uma mudança significativa por parte do Estado, enquanto órgão regulador, para que o mesmo possa atender as necessidades da sociedade atual e para que todas as mudanças, que por sua vez, precisam produzir tecnologia com efetiva regulação social, política, econômica e científica, em seu entorno sejam de fato efetivadas, uma vez que estas interferem diretamente na produção do conhecimento.

Com o avanço da democracia em todos os recantos do mundo percebe-se que a transformação de um sistema é a condição sine qua non à manutenção da existência e coerência desse sistema, portanto, não é cabível um Estado que confere autonomia e ao mesmo tempo dita as regras ele regula sem levar em conta a autonomia conferida, ou seja, o Estado não se retira de seu papel regulador ele apenas camufla sua participação através de uma desregulação dentro de um modelo regulador isso ocorre quando o mesmo define as grandes orientações e grandes alvos a serem atingidos pelas instâncias menores como estados e municípios. Um grande exemplo é o sistema de avaliação que é montado pelo Estado para saber se os resultados desejados foram alcançados.

Nesse contexto, a educação é algo que vai para além do ambiente escolar. Tudo que se aprende socialmente através da família, da igreja, na rua, no trabalho em fim tudo é resultado do ensino, da observação, da construção, da reprodução, porém a educação escolar só se torna possível através de políticas públicas sérias e comprometidas com o conhecimento acadêmico sendo assim, em meio a tantas mudanças, para que ocorra de fato esse conhecimento é preciso que haja articulação entre partes distintas de um processo complexo como: alunos, professores, servidores, pais, comunidade e o Estado enquanto regulador das políticas públicas que têm incidência no ambiente escolar, enquanto ambiente de ensino e aprendizagem.



[1]Professora da Educação Básica do Município de Itabuna-Ba, Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Santa Cruz, especialista em Psicologia Educacional pela UNIME-FACSUL e aluna do curso de especialização em Gestão Escolar pela Universidade Estadual de Santa Cruz.