Artigo de opinião
28/06/2011

O Ensino Médio prepara os alunos para o vestibular ou para a cidadania?

Um dos temas mais discutidos a nível mundial é a situação educacional de cada país. Cada vez mais recursos são destinados para a melhoria dos sistemas educacionais, mas a qualidade ainda não é excelente.
O que faz a população ter uma educação de qualidade?
Refletir sobre essa questão leva o cidadão a exigir uma escola que realmente ensina com o paradoxo dos alunos não ter o hábito de estudo!
A educação brasileira vivenciou várias correntes pedagógicas, desde a tecnicista a progressão continuada. Mas, muitos educadores procuram num vazio a real formação do ensino médio. Houve uma época em que os estudantes eram treinados para uma mão de obra voltada para o mercado do trabalho técnico. A pauta é: qual a contribuição que um sistema de ensino que adote o sistema de progressão continuada no ensino fundamental consiga assegurar uma formação sólida para o ingresso no ensino médio voltado para um vestibular que mantém sua forma tradicional e seletiva ou uma formação cidadã?
O dilema pode estar na forma abstrata como é estruturado o ensino médio, ele não prepara nem para o vestibular e nem tão pouco para a cidadania. Estar preparado para um vestibular é dominar as técnicas operatórias elementares a mais avançadas quando se fala nas disciplinas exatas como matemática, física e química e ter um bom domínio de interpretação e facilidade escritora para enfrentar a língua portuguesa e as disciplinas como história, biologia e geografia, mas o IDEB mostra a defasagem de conteúdo dos alunos do ensino médio das escolas públicas equiparando-os a alunos do ensino fundamental. E, ser cidadão é cumprir com seus deveres e exercer seus direitos de acordo com a legislação da carta magna e estar imbuído de dignidade exercendo um trabalho que venha prover suas mínimas necessidades de saúde, lazer, educação, entre outras.
Como assegurar uma vaga de emprego num mercado de trabalho cada vez mais competitivo e seletivo? Será que os vestibulares tradicionais influenciaram as provas aplicadas aos candidatos que buscam a cidadania?
Seria prudente concomitante com o ensino médio oferecer um curso profissionalizante para que o jovem veja perspectiva no estudo? Ou voltaríamos a ter um ensino tecnicista, mas que assegure a cidadania e a dignidade de perceber seus vencimentos dentro da legalidade, sem ser atraídos por um ganho de capital fácil?