O Destino da Fantasia.

 

 

Existe um destino comum.

Entre as flores e o deserto.

Com o brilho do sol à distância.

Aqui nesse canto de terra perdidamente.

O que devo dizer ao silêncio.

Nada gnóstico ao entendimento.

O mundo não poético da solicitude.

A intuição gongórica destina se ao reino introito.

O que seria o medo da grande possibilidade do auscultar-se.

Além da realização metafísica da destinação lépida.

O que seria o sonho de um desejo no plano da representação.

Apenas um poeta as margens daquilo que nunca deveria ser dito.

Existe um segredo maravilhosamente indistinto, que faz a cada pessoa, não ser ela mesma.

Após essa revelação a outra fala o que poderia não ser descrita.

Um leva giro ideológico sem a perspectiva da dialética oposta.

Teria que lhe dizer o mais absoluto segredo, mas aquele que revelar certamente seria louco.

Pouca cultura para quem é culto esse é o único sinal.

Melancolicamente destina ao que deve ser escondido.

Nada mas natural à inexorabilidade metafórica do silêncio.  

Teria que dizer o ato da libação à léria concatenação indesejada.

Entre outra coisa úbera a linguagem contemplativa.

Como se existisse à distância o conceito ético da libertação.

Chego mesmo imaginar, isso aqui será eternamente uma caverna cega.

Platão pelo menos em parte certamente teve alguma razão.

Mas o mundo da miscigenação helênica a mais absoluta alienação.

Nada disso teve algum sentido, reflito  dizer silenciosamente.

O que devo dizer não ao silêncio do despertar ancorado ao medo.

  Os princípios de uma dialética da terceira exclusão.

Fala-me a distância de tudo isso, uma simples compreensão.

O mundo é apenas o segredo do tempo, da ausência do mesmo e da realização dele.

Dos contextos adversos a ele, das suas mediações complexas.

A vontade de sair dessas circunstâncias, mas o desejo é a mesma revelação.

Por que temos que ser reféns dessa gente, e o poder público ser tão medroso.

Ao ponto de estabelecer de forma indelével a covardia.

Não se pode levedar ao nível crítico a mais intima proposição.

Isso não é proibido, o pecado não tem sentido, o desejo não pode ser permitido.  

A ideologia da libertinagem da burguesia e seu anacronismo político.

Esqueçam os deuses, distanciem se das idiotices daqueles e de suas formações errôneas.

A liberdade é sua, apenas do seu direito, não aceite ser escravo.

A pior escravização talvez a única, depois do poder econômico, o mundo das ideias erradas.

Nada disso é certo, garanto lhes a destinação como as tontices.

Libertem se das indicações formais, sem motivo de serem, restam nelas ausências de substancias necessárias.  

Uma onda que vai acima da imaginação, o mundo está cheio de loucos e neofascistas, como se fossem defensores da democracia.

Eles não têm neles mesmos, nenhum caráter de humanismo.

Aliás, essa é a pior onda da anti-irracionalidade que o mundo o está construindo.  

Gente breca que nunca teve capacidade à solidariedade.

Incrusta se no poder forma se bandos, coletividades organizadas admiradas por um antipovo.

A loucura reina indistintamente.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.