O DESTINO A DEUS PERTENCE (PARTE 1)


A vida é mesmo cheia e repleta de mistérios, vivemos rodeados por fatos e situações que nos comovem, entristecem, alegram, enfim vida é emoção
aprendemos com os sentimentos. São eles nossos mestres do aprendizado vejamos agora uma história de vida, fictícia, mas com grande intensidade emocional. Agosto de 1995, Santa Maria, Rio grande do sul, em uma casa bem humilde, morava Bruno um menino com grande simpatia e alegria. Com apenas cinco anos, é uma criança adorável, apesar dos momentos difíceis que a família estava passando, devido às dificuldades financeiras.
Sua mãe se chama Eulália, quando ficava abatida logo a consolava.
-- Mãe, não chora tudo vai ficar bem.
A paz que cada palavra de Bruno transmitia acalmava Eulália. Edmilson,
o pai um homem forte, guerreiro trabalha no campo, com colheitadeiras.A vida dele quase que por inteira se passou no campo trabalhando em colheitas. Cléber o irmão mais velho de Bruno, com dezenove anos e com muitas responsabilidades já trabalha em um supermercado, tudo que ganha é para ajudar a família, embora Eulália não concorde, pois ela acha
que o filho deve preocupar-se consigo mesmo. Maria Eduarda a única filha, com dez anos, uma garotinha meiga e graciosa, com olhos verdes. Estava estudando em uma escola pública na quarta série ela é muito inteligente.
Quando todos saiam, ela tomava conta de Bruno, o pedido de seus pais era sempre o mesmo.
-- Minha filha tome conta de seu irmão não o deixe fazer arte!
-- Pode deixar pai, vai ficar tudo bem.
Ela respondia bem segura já acostumada a cuidar do irmão. No centro da cidade, morava um casal, com condições bem melhores os dois se chamam Humberto e Luisa, eles tinham tudo, dinheiro, uma casa enorme e espaçosa, carro ultimo modelo, mas não conseguiam ter filhos.Já tentaram de todas as maneiras, então decidiram fazer exames para Saber quem tem problema. E assim fizeram. Duas semanas depois o resultado saiu e ficou confirmado o que os dois já desconfiavam, Luisa tem problema nos ovários, estérea não pode ter filhos nunca. O casamento dos dois já estava abalado antes do exame e agora os dois passam a brigar diariamente. Muito irritada Luisa briga o tempo todo com Humberto.
-- Não posso acreditar que não podemos ter filhos.
-- Mas podemos adotar Luisa, meu amor se acalme esta tudo bem.
-- Pra você tudo esta bem, o mundo pode estar acabando, mas esta
tudo bem, não é mesmo.
-- Não vou discutir de novo, pra mim chega Luisa!
estressado Humberto deixa Luisa falando sozinha. Cléber esta de namoro
com uma garota de dezoito anos, chamada Isaura, muito cheia, metida se
acha à poderosa. E foi num sábado que Cléber teve a infeliz idéia levou a
garota na sua casa. Foi um verdadeiro fiasco, ela tinha nojo de tudo, não demorou nem dez minutos, Cléber perdeu a paciência e a força tirou Isaura de sua casa e a levou embora, acabando com o namoro. Então ela começou a armar um escândalo, na frente da própria casa. Filhinha de papai não demorou e foi amparada. Já em um tom de choro reclamou ao pai.
-- Pai ele me humilhou, diante da família dele, o senhor vai ficar ai
Parado, não vai falar nada para ele.
-- O que posso fazer, algo você fez para ele ter feito isso, não acha!
O pai dela pediu desculpas pelo barraco a Cléber, que vai feliz para casa.
Mas Isaura promete se vingar. Ao chegar a casa, Cléber vê seus pais nervosos, o motivo para tal aflição dos dois é a febre de Bruno com quase 40 graus. Imediatamente levam o menino ao pronto-socorro. Foram trinta minutos num silencio total, até receberem o resultado dos exames do médico, Bruno pegou uma virose. Logo em seguida bem mais tranqüilos Eulália e Edmilson vão para casa com o filho.
No dia seguinte pela manhã, voltando do trabalho Cléber vinha com
os amigos. Quando dobrou a esquina e foi atravessar a rua um carro em
alta velocidade o atropelou. A sorte foi que seu corpo não foi totalmente atingido pelo carro. E Isaura dirigia o veículo, propositalmente cometeu
o ato, para vingar-se da humilhação que passou. Apavorada Isaura foge com o carro, os amigos de Cléber decidem chamar a polícia. Na delegacia registram ocorrência as loucuras de Isaura estão com as horas contadas. Em seguida a garota foi detida em sua casa e seu pai quase infartou, ao dar explicações ao delegado, Isaura menti usa os artifícios da mentira para se safar.
-- Delegado eu perdi o controle do carro, devido a um problema no
acelerador é claro que eu não queria ferir ninguém! Ela explicou apavorada e com muito medo de ser presa. Então o delegado decidi estipular uma fiança a ser paga a vítima, no caso Cléber. O rapaz nem quis contar nada para Eulália para não preocupa-lá. A Família já estava bem ocupada com outros problemas. Os dias se passam o aniversário de Maria Eduarda aproximou-se, uma Bela festa esta sendo planejada, a menina esta muito feliz. Mas Bruno sempre estava contente, era o grande tesouro da família, era impossível ficar triste com uma criatura tão adorável por perto.Numa bela noite, fria e estrelada, Eulália sentou-se na na área da casa, aos fundos, e lá ficou pensando na vida e olhando as estrelas ficou abatida, e começou a chorar. Bruno levantou da cama e foi até a mãe. O menino enxugou as lágrimas da mãe, e a abraçou. Foi o abraço mais forte que o menino já havia dado, como se fosse o ultimo de despedida. No dia seguinte, a família fez a festa para Maria Eduarda, muito contente, ela fala:
-- Obrigado eu amo Vocês, estou tão feliz!
Eulália abraça a filha e diz:
-- Você merece minha filha, nos também te amamos muito!
Todos estavam bem naquele dia, mas depois que a tarde chegou Eulália e Edmilson foram ao supermercado, Cléber foi trabalhar e Maria Eduarda ficou com Bruno em casa. Sem nada para fazer os dois saem para rua. Bruninho pegou a bola, os dois ficam brincando na frente de casa. No mesmo instante, Luisa e Humberto saiam de casa, ambos apresados o Humberto estava atrasado para o serviço e Luisa apresada para ir a uma
loja que já estava por fechar. Em alta velocidade, Humberto decidiu mudar de rua, para não ir pelas ruas que tem sinaleiras e perder mais tempo. Bruno deixa escapar a bola que acaba parando no meio da rua, correndo foi buscar. Na mesma hora o casal vinha pela rua com o carro correndo, e pra completar vinham descutindo. Humberto ainda conseguiu frear, mas sem muita sorte acabou atropelando o menino, que acabou batendo a cabeça e ficando inconsciente. Maria Eduarda ficou tão chocada, que nem saiu do lugar. O casal desceu do carro ambos muito aflitos, Luisa nervosa fala:
-- Temos que levar essa criança para um pronto-socorro, ele pode
morrer, ai meu deus, o que vamos fazer?
-- Não sei, agora estamos ralados!
Nesse instante Maria Eduarda corre para perto do irmão, Luisa adorou o
menino, então teve a idéia de levá-lo, apavorado Humberto falou:
-- Pirou, você esta me assustando com essa idéia louca!
Sem pensar duas vezes, pois não podiam ter filhos, agarrou o menino e o
colocou no carro, Maria Eduarda grita:
-- Para onde estão levando meu irmão, eu vou ligar para polícia.
Luisa respondeu:
-- Estamos levando seu irmão para o hospital, liga pra sua mãe e
avisa, olha prometemos cuidar dele ouviu querida!
Rapidamente a menina foi ligar para seus pais, Eulália desmaiou diante do caixa do mercado. Edmilson conseguiu acordá-la e urgentemente sem terminarem as compras foram para casa. No hospital o garoto foi levado direto para os médicos, que logo depois informaram que o menino teve poucos ferimentos, mas algo não estava bem. Em seguida depois todos os exames serem feitos, foi constatado que o menino perdeu grande parte da memória, Luisa adorou, pois tem tudo ao seu favor. Eulália e Edmilson chamam a polícia, e começam fazer buscas aos hospitais da cidade, já estavam muito aflitos. Eulália foi até uma rádio da cidade para fazer um apelo, por Bruno ela comoveu a todos demonstrando em cada palavra sua
imensa dor.
-- Por favor, se alguém tiver alguma informação, ligue não posso
Viver sem meu filho e como se tirassem um pedaço de mim!
Ela não conseguiu conter a emoção e chorou. Enquanto isso no hospital, Luisa escutou o apelo dela pelo rádio e Humberto estava trabalhando, então ligou para ele. Já planejando fugir e levar Bruno. Poucos minutos depois ele acorda do coma, a enfermeira ao entrar no quarto aplicou remédios em Bruno, mas foi surpreendida com uma paulada na cabeça que a deixou inconsciente. Em seguida vestiu a roupa da jovem enfermeira que era bem nova, tinha pouco mais de vinte e quatro anos. Bruno ainda dormia por efeito dos remédios. Então enrolou o menino nos cobertores e desceu a polícia Já estava no local, escondida no desfarce saiu pelos fundos do prédio.Eulália e Edmilson estavam na recepção do hospital, ligaram para Cléber para contar o ocorrido, o rapaz não conseguiu conter as lágrimas e pediu perissão aos seus patrões e saiu rápido rumo ao hospital. A plocia econtrou a enfermeira que atendia Bruno seminua no quarto, só que já era tarde Lisa encontrou Humberto e fugiram de carro.
Alguns dias depois.......
Sem nenhuma notícia de Bruno Eulália entrou em depressão, não queria
comer nada estava ficando fraca. Toda a família estava muito abatida. O
sofrimento é imenso, Maria Eduarda viu Luisa e Humberto então ela foi
convidada pela polícia a fazer um retrato falado deles, acompanhada de
Eulália e Edmilson. Ocorreu tudo bem a menina conseguiu descrevê-los
e as fotos serão expostas em todas as esquinas de Santa Maria. Luisa já pensa em fugir de Santa Maria, os vizinhos podem acabar descubrindo algo. Planejam fugir a noite, para não levantarem suspeitas e acabarem sendo presos. Algumas horas depois Bruno acordou, Luisa aproximou-se dele e o abraçou. Muito confuso das idéias ele responde:
-- O que aconteceu? Onde estou?
-- Você sofreu um acidente, mas já esta tudo bem meu filho, nada
mais vai acontecer, estou aqui para te proteger.
Dois dias depois as buscas por Bruno continuaram, mas a família já esta
sem esperanças de encontrá-lo. A noite chegou Luisa e Humberto prontos
Para fugirem pegaram as malas e Bruno e se foram rumo à Porto Alegre.
O sofrimento da família só aumentava com os dias, Edmilson não
conseguia nem sair para trabalhar, mas teve que ir do contrário a situação
financeira irá piorar. Eulália foi fazer tratamento para depressão, não conseguia aceitar a situação que estava passando. Maria Eduarda sentia-se culpada pelos Fatos, mas todos deixavam claro que ela não tinha culpa nenhuma.



Em breve colocarei a (PARTE 2)

Uma obra de: ÁLAN VAZ QUADROS