sirlene mendes gomes

silvane mendes de jesus

 

RESUMO

 

Temos que reconhecer a importância do brincar para as crianças e sua influência no comportamento e no desenvolvimento da aprendizagem, enfatizando os aspectos cognitivos e emocionais através da prática escolar. Diante desse fato acredito ser importante deixar algumas considerações a respeito das brincadeiras e a sua importância.

Pois acredito que com a utilização desse recurso pedagógico, o sujeito da prática educacional poderá utilizar como um meio para analisar e avaliar aprendizagens especifica dos alunos envolvidos.

Para Kishimoto (2000, p. 17), “no Brasil termos como jogo, brinquedo e brincadeira, ainda são empregados de forma indistinta, demonstrando um nível baixo de conceituação neste campo”.

Percebe-se que os professores da atualidade precisam utilizar-se do lúdico na educação infantil, pois o mesmo em muitos casos a preocupação não se direciona para a qualidade do aprender brincando, mas para a qualidade de jogos oferecidos em certos momentos para distrair a criança, ocupar o tempo ou recompensá-la por ter feito o trabalho escolar e não como estratégia de ensino/aprendizagem e construção de conhecimentos.

De acordo com Antunes (2007, p. 166), “o desejo de conhecer vai dando lugar à obediência rígida de regras; o colorido da curiosidade infantil vai perdendo sua cor, tornando-se um espaço branco, preto ou verde, refletindo as cores da sala e do quadro negro”.

Nas escolas, as crianças permanecem durante muitas horas em carteiras escolares nada adequadas, em salas pouco confortáveis, observando horários e impossibilitada de mover-se livremente, pela necessidade de submeterem-se à disciplina escolar, muitas vezes a criança apresenta certa resistência em ir à escola.

O fato não está apenas no total desagrado pelo ambiente escolar ou pela nova forma de vida e, sim, por não encontrar canalização para as suas atividades preferidas. O crescimento, ainda em marcha, exige maior consumo de energia e não se pode permitir que isso continue a acontecer em nossas escolas.

Ao meu entender o professor é a peça chave desse processo, devendo ser encarado com um elemento essencial e fundamental, quanto maior e mais rica for a sua história profissional desse educador, maiores serão as possibilidades de desempenhar uma prática educacional consistente e significativa.

Para Brougère (1998, p. 148), “Na falta de qualquer argumento, a relação do jogo/brincar com o prazer e com a criatividade vai autorizar que se deixem as crianças a eles se entregarem durante uma parte de seu tempo, como pré-requisito necessário a toda educação”.

Deste modo o sujeito da prática educacional que lidam diretamente com as crianças, percebam o brincar como relevante para os diferentes aspectos do desenvolvimento, reconhecendo que o mesmo proporciona mudanças de comportamento, fazendo surgir novas formas de respostas e de ação às solicitações do meio em que as crianças vivem.

Pois o brincar é reconhecido em documentos oficiais nacionais e municipais essa garantia do brincar e suas contribuições para o desenvolvimento da criança seja ela no campo social, cultural e individual enquanto sujeito, é muito importante e não tem o seu merecido valor.

Concluo este trabalho acreditando que este estudo possa subsidiar reflexões e assim contribuir para que professores de educação infantil, mães, pais e outros adultos significativos, que cuidam e educam crianças vejam o brincar como uma forma de ser e estar no mundo e como fator importante para o desenvolvimento do ser humano.