O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DA FEIRA LIVRE DE UMBAÚBA, 1989 a 2009.

Edmilson Menezes da Silva

Josefina Menezes da Silva

José Edmundo dos Santos

Moisés Augustinho dos Santos

Cláudia Nunes

RESUMO:

Este artigo tem por objetivo analisar a pratica da feira livre no município de Umbaúba entre (1989 a 2009), como também mostrar a contribuição da feira livre para o desenvolvimento econômico e social deste município, com o objetivo de resgatar a história da feira de Umbaúba-SE, e sua importância para economia local. Com este estudo queremos mostrar o processo de evolução da nossa cidade relacionado com a feira. Mediante a leitura e análise de livros e trabalhos acadêmicos e embasados na história oral obtivemos dados fundamentais para entendermos a evolução sócio - econômico e cultural e algumas de suas peculiaridades. Pretendemos destacar a feira como lugar dos encontros, das tradições e das conversas. É nesse universo de feira que ocorrem as perambulações, a procura de compras, vendas, trocas, consumo, paquera, prazer, entretenimento, enfim, varias sociabilidades. Partindo desse principio, procuramos observar as transformações ocorridas na cidade, tanto na sua estrutura física como nos hábitos das pessoas. Nessa perspectiva, o estudo da feira constitui um rico patrimônio para a historiografia contemporânea, o qual ainda não foi trabalhado pela produção cientifica, porém, constituirá um patrimônio riquíssimo para pesquisas futuras relacionadas com o tema.

Palavras-chave: contexto social; consumo; economia; feira; tradição e Umbaúba.

ABSTRACT

This article aims to analyse the tradeshow free practises in the municipality of Umbaúba between (1989-2009), but also show the contribution of free economic and

social development of this municipality, in order to redeem the history of Fair de Umbaúba, and its importance for the local economy. With this study we want to show the evolution of our city in connection with the fair. By reading and analysis of books and academic and sound in oral history to understand what we have achieved basic data on socio-economic developments and some of its peculiarities. We want to highlight the show as place of meetings, traditions and conversations. That is fair universe occur perambulators, the demand for purchases, sales, trade, consumption, flertings, pleasure, entertainment, finally, several sociabilization. Assuming that principle, we observe the transformations in the city, both in its physical structure and in people's habits. Accordingly, the study is a rich tradeshow for contemporary historiography heritage, which has not yet been worked by the scientific production, however, will constitute a rich heritage for future searches related to the item.

Keywords: social context; sellings; economy; fair; traditions and Umbaúba.

INTRODUÇÃO:

No medievo a formação de excedentes de produção, acredita-se ser a principal causa da origem das feiras. E com as sobras de uns, contra as faltas de outros, é que houve a necessidade de intercâmbio de mercadorias. Com isto, verifica-se a importância das feiras para os tempos modernos.

As feiras eram organizadas de forma itinerante, porque não havia procura constante de mercadorias. Assim, os comerciantes tinham que se deslocar de um lugar para outro.A partir daí, o comércio aumentou em grandes proporções e as feiras começaram a crescer. Em virtude desse tipo de comércio, foram criados povoados próximos aos locais de instalação que, posteriormente, tornaram-se cidades. Neste sentido, a feira exerceu papel importante na implantação do dinheiro, na manutenção do capitalismo e no surgimento das cidades. Um exemplo a ser considerado é a Cidade de Veneza (Itália), devido à sua localização que facilitava a chegada e o escoamento da produção, caracterizou-se como um importante entreposto comercial.

A feira de Umbaúba assume um papel fundamental para o desenvolvimento econômico do município e na transformação da vida dos munícipes, para muitos deles a feira é um momento bastante peculiar que os feirantes deste município encontraram para manifestar a força do seu trabalho. Essa pratica ocorre semanalmente nos dias de segunda-feira. Seus participantes são na sua maioria homens do campo produtores de alimentos de origem animal e vegetal produzido pelo suor do seu trabalho, além de pessoas de outras cidades de Sergipe e do norte da Bahia, em busca de novos mercados consumidores para os seus diversos produtos, desta forma aumentando a concorrência por consumidores tornando o preço dos produtos mais atraentes.

Essa temática foi pesquisada sob a ótica econômica e cultural que permeia identificar as formas de organização espacial e as mudanças ocorridas ao longo do tempo e que se encontram inserida na memória social, individual e coletiva da população umbaubense. Vale ressaltar que não há nenhum documento no Estado de Sergipe ou em Umbaúba que aborde o desenvolvimento econômico e social de Umbaúba através da feira livre existente nesse município, o que consequentemente gerou alguns percalços à pesquisa. Desse modo, utilizamos largamente os métodos da história oral para desenvolver este trabalho, que aliado a pesquisas em livros e monografias respondeu de forma positiva às expectativas empregadas.

As razões primordialmente que nos motivaram a executar essa pesquisa foram a necessidade de preservar parte da memória do município de Umbaúba através da feira, que tem sofrido alterações constantemente governo após governo. Segundo, a pretensão de produzir um material que sirva como fonte para pesquisas de alunos, professores, acadêmicos, cidadãos umbaubenses interessados no conteúdo apresentado.

FEIRAS LIVRES

Para Braudel as feiras possuem duas funções, econômica e de divertimento. Considera ainda as feiras como uma economia de grande porte e muito importante para o desenvolvimento do capitalismo nas regiões onde se instalam. Para o autor a origem da feira é muito mais antiga que o renascimento comercial ocorrido na Europa no século XI, onde se deu grande desenvolvimento das trocas. As feiras são velhas instituições, menos antiga que os mercados (nem sempre), mergulhando no passado de intermináveis raízes. Em França, erradamente ou não, a investigação histórica recua as suas origens para lá de Roma, até a longínqua época das grandes peregrinações célticas. O Renascimento do século XI no ocidente não seria a partida do zero (que se assinala normalmente), visto que subsistiam traços de cidades, de mercados e feiras de peregrinações, em resumo, hábitos que bastariam retomar[1].

A grande maioria das cidades dos séculos XII e XIII não possuía um comércio permanente, devido a vários fatores: como não haviam meios de transportes desenvolvidos que garantissem o abastecimento dos mercados e lojas e nem havia a procura firme e constante de mercadorias. Assim essas cidades não conseguiam manter um comércio permanente. As feiras periódicas na Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha e Itália constituíam um passo em prol do comércio estável e permanente[2].

As feiras serviam de intercâmbio entre várias nações, criando verdadeiros blocos econômicos da Europa Ocidental, com a participação de mercadores de diversas partes do mundo, onde o Senhor oferecia salvo-conduto aos participantes das feiras, como aconteciam nas feiras de Champagne: Todas as companhias de mercadores e também os mercadores individuais, italianos, transalpinos, fiorentinos, milaneses, luqueses, genoveses, venezianos, alemães, provençais, e os de outros países, que não pertencem ao nosso reino, se desejarem comercializar aqui e desfrutar os privilégios e os impostos vantajosos das mencionadas feiras... podem vir sem perigo, residir e partir[3].

As feiras funcionam em períodos regulares, tendo seu próprio ritmo. Cada uma, procura funcionar em períodos alternados (circuitos) para que haja compatibilidade entre elas. Esses circuitos consistem na organização das feiras de várias localidades, acontecendo em períodos diferentes, sendo assim, os feirantes podem participar de várias feiras e terem tempo para se abastecerem de novas mercadorias. Como exemplo as feiras do Reino de Nápoles no século XV, aceitava dependências recíprocas, facilitando, dessa forma o abastecimento e a perpetuação dos circuitos.

E ainda há feiras que tema diversão o seu forte sentido de funcionar, e não privilegia o seu aspecto natural (econômico). É o caso da cidade de Bartholonew, em Londres, em que a feira é um ponto de encontro de simples divertimentos populares, sem negócios sérios.

Foram as feiras que deram origem ao sistema de credito, partindo do forte comércio de dinheiro até a vinda de mercadoria de produção local, desde a mais simples até as mais luxuosas, ou seja: a evolução das grandes feiras parece ter consistido, em geral, em dar vantagem ao credito em relação à mercadoria: ao vértice em relação à base da pirâmide[4].

AS FEIRAS LIVRES NO BRASIL E EM SERGIPE

Referente ao Brasil, Silva destaca que: No Brasil, a localização das feiras, é um fator fundamental, por constituir um espaço privilegiado, a partir do qual muitas cidades surgiram e no seu entorno aparecem outras atividades sejam elas comerciais ou sociais, mesmo tendo que em seguida mudar de lugar[5].

Presente em quase todas as cidades brasileiras, as feiras têm uma grande vinculação com a região Nordeste do Brasil, já que é a partir destas, que ocorre o abastecimento das mercadorias destinadas a atender ás necessidades da população caracterizando a presença de um mercado periódico, típico de países subdesenvolvidos, que também atrai consumidores de cidades próximas, gerando fluxos de pessoas, capitais e mercadorias.

Em Sergipe, o surgimento das primeiras feiras é pouco conhecido: [...] não se tem conhecimento certo de quando elas começaram. Embora se saiba que algumas foram criadas a partir de alvarás oficiais. A grande maioria das atuais feiras surgiu espontaneamente, chegando a muitas delas a se tornar um fato importante para a cidade onde ocorrem[6].

No Brasil e em Sergipe, o surgimento de algumas cidades está associado aos mercados periódicos. De acordo com desenvolvimento e a dinâmica assumida, as cidades surgem em decorrência do seu papel comercial e chegam a desaparecer, pelo insucesso comercial. Em outros casos, tornam-se, verdadeiros entroncamentos comerciais e rodoviários prósperos, como: Itabaiana, em Sergipe; Feira de Santana, na Bahia; Arapiraca, em Alagoas; Caruaru, em Pernambuco; Campina Grande, na Paraíba; Campinas, em São Paulo; Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul; Lages, em Santa Catarina; Londrina, no Paraná, dentre outras.

A feira assume papel fundamental para o desenvolvimento econômico, na medida em que a partir dela é possível identificar as formas de organização espacial e as mudanças ocorridas ao longo do tempo.

Em muitas cidades brasileiras, as feiras são geralmente freqüentadas pela população local como também da circunvizinha. No caso específico do Nordeste são comuns as cidades possuírem um prédio público onde funciona o mercado, havendo, por conseguinte dois espaços organizados nas feiras, um localizado dentro do mercado e outro localizado ao ar livre.

A FEIRA LIVRE DE UMBAÚBA

Umbaúba desenvolveu-se no inicio do século XIX, próximo à margem do Riacho da Guia e à sombra de uma grande árvore de umbaúba. O povoamento às margens do riacho deu-se por ser ponto de parada de viajantes que descansavam e pernoitavam no lugar. Começou então a formação de um pequeno comércio de bebidas e gêneros alimentícios nas terras do Senhor Manoel Fernandes da Rocha Braque[7].

O então dono das terras incentivou o crescimento do lugar construindo uma capela consagrada a Nossa Senhora da Guia e doando uma porção de terras a comunidade para que se formasse um pequeno povoado[8].

O pequeno povoado, que passou a ser distrito em 1926, pela Lei nº 961 foi disputado por Itabaianinha, Indiaroba e Cristinápolis. Integrado a Cristinápolis, o distrito é elevado a categoria de vila, através da Lei Federal nº 311, em 02 de março de 1938. Até que no ano de 1954, no governo de Leandro Marciel, Umbaúba adquire a categoria de cidade, por meio da Lei Estadual nº 525-A, de 06 de fevereiro de 1954[9].

Em 1989 a feira de Umbaúba conta com dois mercados, um para se comercializar carnes e vísceras e outro para se comercializar farinha e grãos. A feira acontece nos mercados e a seus arredores, nas ruas e calçadas.

No mercado de carnes são comercializadas as carnes bovinas, suínas, caprinas, e suas vísceras. O mercado da farinha comercializa-se farinha de mandioca e seus derivados. Com o passar do tempo o mercado passou a comercializar outros produtos (grãos) como arroz, feijão etc[10].

Devido a sua dinâmica e diversidade até o ano de 2009, são vários tipos de produtos comercializados e com diferentes padrões de qualidade, havendo a presença de hortifrutigranjeiros em geral, como frutas, verduras, legumes, ovos, bem como barracas de pastéis e bolos, caldo de cana, cereais, queijos, carnes, artesanato, além de numerosos outros tipos de barracas de produtos diversos que compõem a parte correspondente a roupas, tecidos, calçados, bijuterias, brinquedos, armarinhos, etc[11].

Os produtos agrícolas são os que apresentam maior variação que está relacionada à cultura do lugar e da região. Os hortifrutigranjeiros que são comercializados na feira de Umbaúba, uma parte é de procedência dos agricultores do município que têm o incentivo da Secretaria de Agricultura. Outra parte tem procedência de Itabaiana, cidade que se afirma como o maior centro de comercialização agrícola de Sergipe, que atende aos diversos mercados do Estado de Sergipe e dos Estados vizinhos Bahia e Alagoas[12].

Segundo Sr. João da Melância, feirante de Petrolina – PE revende frutas e legumes oriundos de Itabaiana e Petrolina. Comercializa seus produtos na freguesia de Umbaúba há oito anos, afirma que, dentre as feiras que ele vende suas mercadorias, a de Umbaúba, é a que mais cresce do interior de Sergipe. Para ele, entre as feiras em que comercializa, a de Umbaúba é a que ele obtém mais lucro[13].

O umbaubense comerciante e fornecedor de carne bovina (...), conhecido como Delegado de Adi, diz comercializar o produto a vinte e cinco anos na feira de Umbaúba. Herdou a profissão do seu pai. Segundo Delegado, a sua família comercializa a carne bovina a mais de cem anos, e na feira de Umbaúba, desde o início de sua fundação em 1954. Além de comercializar e fornecer o produto, é um grande empregador, gerando mais de cinqüenta empregos direto e indireto, desde o abate até a venda no mercado. Delegado afirma que a feira esta passando por um processo de reestruturação, visando melhorar a qualidade do produto e a organização de espaço. Para ele a feira de Umbaúba é uma das mais rentáveis da região centro-sul do estado[14].

No comércio da feira, são considerados os produtos e suas diversas formas de se comercializar, como tradicionais ou novos, que implicam na prática de preços reduzidos, em função do seu caráter informal, da vulnerabilidade das mercadorias e da concorrência entre os vendedores.

Excepcionalmente no dia da feira, a cidade aumenta a oferta de serviços disponíveis; consultas médicas, cabeleireiro, consertos em máquinas e equipamentos eletrônicos, serviços mecânicos e outros.

Na feira de Umbaúba é possível descortinar uma polissemia de sociabilidades. Semanalmente, o espaço urbano central de Umbaúba é ocupado por inúmeros sujeitos sociais, que a freqüentam para realizarem suas atividades econômicas, sociais e culturais.

Nesses espaços das conversas, das tradições dos encontros, das transgressões, das experiências, das compras, das performances corporais e orais, das paqueras e permutas, inúmeras pessoas efetuam as reproduções sociais e capitalistas da vida cotidiana. Dessa maneira, a feira se institui, antes de tudo, em um espaço de mobilidades comerciais e sociais onde, por meio das diversificadas dinâmicas, ergues-se uma rede de sociabilidades vivenciadas pelos agentes sociais no âmbito dos territórios construídos.

De acordo com Braudel, freqüentada em dias fixos a feira é um centro natural da vida social. É nela que as pessoas se encontram, conversam, se insultam, passam de ameaças às vidas de fato, é nela também que nascem alguns incidentes. A feira é uma instituição fragmentada e articulada, fruto dos processos produtivos desenvolvidos pelos agentes sociais que, ao se apropriarem materialmente e simbolicamente dos espaços, evocam uma multiplicidade de territorialidades e sociabilidades[15].

Para o Sr. Deosdedite freqüentador assíduo da feira de Umbaúba. As segundas-feiras além de ser o local de comprar o sustento semanal de sua família é também um momento de rever os amigos para conversar. Ainda afirma que o melhor da feira é o final, onde o mesmo visitas os bares com os amigos para tomar umas pinga, comer o famoso churrasco da família K-tispero do Sr. Eduardo e dançar aquele forrozinho de fim de feira na seresta de Renivalda da Emplacadora[16].

O Sr. Milsinho, mecânico freqüentador da feira de Umbaúba há mais de vinte anos. Segundo ele, nesses vinte anos houve um crescimento considerável na feira de Umbaúba, pois aumentou bastante o número de feirantes e a oferta de produtos melhorou os preços. Ele coloca que faz a feira de duas vezes: pela manhã compra as carnes e hortaliças, na parte da tarde compra as frutas que estão com os preços mais baixos[17].

Braudel diz: que é no interior das feiras e em suas redondezas que são tecidas uma complexidade de relações econômicas, sociais e culturais. Os mercados livres, dominados pelo setor informal e terciário, apresentam elementos rústicos e técnicos tradicionais de exposição e venda, com possibilidades de barganha, permutas e pechinchas dos produtos exibidos nessas coletivas[18].

A dinâmica das praças de comércio tradicionais ou feiras-livres, não se constituem como um espaço único, mas como um espaço fracionado em territórios delimitados. Nas interações possíveis entre os personagens que compõem os espaços públicos e os espaços privados, na feira-livre, estão estabelecidos os micro-eventos (...) (ou micro-dramas) (...), ou seja, pequenas cenas ou acontecimentos que representam a apropriação de espaço por estes atores sociais[19].

Em fevereiro de 2009 a feira de Umbaúba passou por um processo de reestruturação de espaço realizado pela Secretária de Agricultura do município, entre as providencias tomadas esta: o remanejamento das barracas com o objetivo de facilitar o trafega de pessoas na feira; a retirada de carne bovina das bancas que ficavam no lado de fora do mercado e o horário estipulado para o início e o término da feira. Essas duas últimas medidas geraram muita polêmica, mas segundo o secretário de Agricultura do município Edgar Campos Cerqueira, essas mudanças foram tomadas para melhorar a qualidade dos produtos e garantir mais segurança para os freqüentadores da feira e dos próprios proprietários de bancas. Segundo Edgar todas as mudanças foram baseadas em estudos realizados pelas Secretárias de Agricultura e de Planejamento do município que apontaram à necessidade de reordenar a feira[20].

Apesar de todas as mudanças ocorridas nos últimos dois anos, estar ficando cada vez mais difícil organizar a feira de Umbaúba que tem crescido anos após anos e já ocupa os corredores da principal avenida da cidade: a Avenida Manoel Fernandes e ruas e travessas anexas. Em dias de feira o transito é caótico, devido o impedimento de circulação de veículos nas ruas e avenida ocupada pelas barracas, justamente nos dias de feira onde o fluxo de veículo aumenta. Para solucionar esse problema histórico só mesmo com a construção de uma área exclusiva para a feira livre.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção deste trabalho em torno da feira da cidade de Umbaúba, no período entre 1989 a 2009, possibilitou o estudo de algumas significativas para a compreensão do desenvolvimento da feira livre. Para objetivar a elaboração deste trabalho fizemos estudos em torno de literaturas a respeito das feiras em Sergipe, no Brasil e no mundo.

Apontamos nosso trabalho através de fontes orais e documentais, relacionadas no processo da pesquisa, e em analise das memórias de alguns moradores desta cidade, tentamos reviver e documentar suas lembranças.

Os resultados obtidos são satisfatórios, pois nos permitiram esboçar esse apontamento analítico sobre a dinâmica exercida na feira e suas particularidades no município de Umbaúba. Acreditamos que essa temática será de grande relevância para um melhor entendimento da prática de comercialização de produtos nas feiras livres, sua organização e as transformações ocorridas na sociedade através da mesma. Todo esse estudo sobre a feira livre de Umbaúba é de grande importância para a história e a cultura do município e do estado.

SOBRE OS AUTORES

Edmilson Menezes da Silva é graduando em História pela Universidade Tiradentes. E-mail: [email protected]. Josefina Menezes da Silva é graduanda em História pela Universidade Tiradentes. E-mail: [email protected]. José Edmundo dos Santos é graduando em História pela Universidade Tiradentes. E-mail: [email protected]. Moisés Augustinho dos Santos é graduando em História pela Universidade Tiradentes. E-mail: [email protected]. Cláudia Nunes é graduada em História e Mestre em Geografia. Professora da Universidade Tiradentes – UNIT. E-mail: Clá[email protected].

NOTAS


[1] Fernand Braudel. O jogo das trocas. Rio de Janeiro: Cosmos, 1995, p. 67.

[2] Leo Huberman. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, ZAHAR Editores, 1976, p. 31.

[3] Leo Huberman. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, ZAHAR Editores, 1976, p. 32.

[4] Fernand Braudel. O jogo das trocas. Rio de Janeiro: Cosmos, 1995,p. 73.

[5] Maria Joseli Silva. Cultura e Territorialidades Urbanas. 1987. p 36.

[6] Lígia Maria Paixão. O Papel da feira no Abastecimento de Produtos Agrícolas no Município de Boquim. 1982.p 13.

[7] CLEMENTE, Ivanete de Jesus. Expansão e Desenvolvimento Urbano da Cidade de Umbaúba – 1954-2001. (Monografia) – Estância: Universidade Federal de Sergipe. 2002.

[8] CLEMENTE, Ivanete de Jesus. Expansão e Desenvolvimento Urbano da Cidade de Umbaúba – 1954-2001. (Monografia) – Estância: Universidade Federal de Sergipe. 2002.

[9] CLEMENTE, Ivanete de Jesus. Expansão e Desenvolvimento Urbano da Cidade de Umbaúba – 1954-2001. (Monografia) – Estância: Universidade Federal de Sergipe. 2002.

[10] Secretaria Municipal de Obras e Transportes. 03/03/2009.

[11] Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrário, 02/03/2009.

[12] Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrário, 02/03/2009.

[13] Depoimento de João da Melancia. Umbaúba, 22/02/2009.

[14] Depoimento de Delegado de Adi. Umbaúba, 22/02/2009.

[15] Fernand Braudel. Os jogos das trocas. (1998, p. 16).

[16] Depoimento de Deosdedite Basílio. Umbaúba, 26/02/2009.

[17] Edmilson Ferreira da Silva. Umbaúba, 02/03/2009.

[18] Fernand Braudel. Os jogos das trocas. (1998, p. 16).

[19] Fernand Braudel. Os jogos das trocas. (1998, p. 16).

[20] Depoimento de Edgar Campos Cerqueira. Umbaúba, 07/03/2009.

REFERÂNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAUDEL, Fernand. Os jogos das trocas. – Vol.2 – São Paulo. Martins Fontes, 1998;

HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, ZAHAR Editores, 1976;

SILVA, JOseli Maria. Cultura e Territorialidades Urbanas – Uma abordagem da pequena cidade. Vol. 5, Nº2 – Inverno, 1987;

PAIXÃO, Lígia Maria S.; CRUZ, Maria Costa. O Papel da Feira no Abastecimento de Produtos Agrícolas no Município de Boquim. Aracaju: UFS, 1982.

VEDANA, Viviane. "Fazer a feira"; estudo etnográfico das "artes de fazer" de feirantes e fregueses da Feira Livre da Epatur no contexto da paisagem urbana de Porto Alegre/RS. Dissertação (Mestrado em antropologia Social), Instituto do Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.

CLEMENTE, Ivanete de Jesus. Expansão e Desenvolvimento Urbano da Cidade de Umbaúba – 1954-2001. (Monografia) – Estância: Universidade Federal de Sergipe. 2002.