O DESENVOLVIMENTO DA AGROPECUÁRIA SUSTENTÁVEL NA LOCALIDADE PICOS DOS ANDRES ZONA RURAL DE CASTELO DO - PI

 Fernando Edson de Abreu RAMOS

RESUMO     

O presente trabalho tem como foco a análise do desenvolvimento da agricultura familiar de forma sustentável no povoado Picos dos Andrés, que localiza se na zona rural de Castelo do Piauí. Buscou-se conhecer justamente como são utilizados os espaços rurais desta região pelas atividades agropecuárias, bem como de forma específica discutir fazendo uma relação dos fundamentos teóricos da Geografia e o meio ambiente, caracterização ambiental da área de estudo com fins de subsidiar o melhor aproveitamento dos recursos naturais e por fim sugerindo estratégias ou alternativas para promover o desenvolvimento da agricultura familiar de forma sustentável no povoado Picos dos Andrés. Em relação aos aspectos metodológicos, optou-se pela pesquisa bibliográfica, para melhor fundamentar a pesquisa. Realizou-se também fichamento de outros materiais estudados através de artigos científicos. Em relação á pesquisa de campo fez-se observações de forma direta durante várias visitas a localidade bem como observações através se imagens de satélites.

Palavras- Chave: desenvolvimento, sustentável, agropecuária.

 ABSTRACT

This paper focuses on the analysis of family farming sustainable development in the village Picos de Andrés, which is located in the countryside of Piaui Castle. He sought to know precisely how they are used rural areas of this region by agricultural activities, and specifically to discuss making a list of theoretical foundations of Geography and the environment, environmental characterization of the study area for purposes of supporting the best use of natural resources and finally suggesting strategies or alternatives to promote the development of family farming in a sustainable way in the village Picos de Andrés. With regard to methodological aspects, it was decided to literature, to better support the research. It also conducted BOOK REPORT other materials studied through scientific articles. In relation to fieldwork became as observations directly during several visits to town.

 Key-words: development, sustainable agriculture.

 1 INTRODUÇÃO 

                   Este estudo está focalizado no desenvolvimento da agropecuária familiar de forma sustentável na zona rural de Castelo do Piauí, analisando as possíveis alternativas de desenvolvimento sustentável. O trabalho parte do seguinte questionamento, quais os fatores responsáveis pelo desenvolvimento ou retardamento da agropecuária familiar no espaço em estudo assim como os tipos de impactos ambientais provenientes de possíveis atividades agropecuárias desenvolvidas de forma insustentável na área.

            O interesse do tema surgiu devido às observações feita pelo pesquisador ao verificar as formas de uso e ocupação do espaço rural da localidade e o modo como são utilizadas as técnicas agrícolas pelos agricultores da região, que utilizam da agricultura familiar, sendo que a região apresenta se em boa parte do ano sem chuvas.

             O trabalho tem como objetivo geral conhecer como e utilizado o espaço rural em questão pelas atividades agropecuárias e as consequências para o meio ambiente, bem como de forma especifica, discutir fazendo a relação dos fundamentos teóricos da Geografia e o meio ambiente, fazer a caracterização da área de estudo para fins de melhor aproveitamento dos recursos naturais, e por fim sugerindo estratégias ou alternativas para o desenvolvimento da agropecuária familiar de forma sustentável no Sítio Picos dos Andrés.

            A metodologia aplicada ao seguinte estudo é a pesquisa bibliográfica para uma melhor fundamentação teórica, foi feito também o fichamento de outros materiais estudados através de artigos científicos buscando uma boa base teórica para a pesquisa bem como a utilização de imagem de satélite.

           Ainda como metodologia foi trabalhada também a questão da observação de forma direta que foi feita durante várias visitas a localidade em estudo e conversas com os agricultores.

      Este trabalho apresenta a seguinte estrutura: Primeiro capítulo vai abordar a importância do conhecimento geográfico em relação ao meio ambiente, abordando também os impactos causados pela utilização de agrotóxicos nas atividades agrícolas e o papel da agricultura orgânica frente à agricultura convencional. O segundo capítulo vem abordando à caracterização e análise da área de estudo, e considerações finais.

 2 A RELAÇÃO DA GEOGRAFIA E O MEIO AMBIENTE

              Na história do pensamento Geográfico nos anos de 1950 surge a Geografia Radical ou Crítica que afirma que o conhecimento da distribuição espacial da natureza não é Geografia, mas sim a que estuda a distribuição espacial do homem e sua sociedade, aqui se ver uma geografia humanista na qual tudo gira ao redor do homem, o mesmo passa a ser analisado como parte ativa da natureza, então o que ele faz passa a causar impactos positivos ou negativos na natureza. Nessa época é bom lembrar que a ciência era pautada no positivismo, por isso que causou certo impacto. (MENDONÇA, 2008)

            Nos anos 1960 surge o geossistema proposto por V.Sotchava mesmo sendo ainda de cunho positivista. Até os anos 60 o que se entendia como meio ambiente é um pouco diferente do que se entende hoje porque meio ambiente era a natureza do planeta com todos os seus elementos componentes, depois dos anos 60 passou a se considerar os elementos naturais e sociais conjuntamente, aqui se ver a influência da Geografia Crítica. (MENDONÇA, 2008)

           Segundo afirmação de Guerra e Cunha (1995, p.45) a respeito da interdisciplinaridade do tema ambiental que: “a análise ambiental viabiliza-se por trabalho interdisciplinar, não existindo uma disciplina que possa ser rotulada como aquela que será sempre a mais importante”.

            Será que o meio ambiente é frágil ou não? Respondendo está pergunta Sariego (2000, pág.6) diz “que por incrível que pareça, seria mais verdadeira dizer que projetamos na Terra nossa própria fragilidade e limitação” entende-se que o mesmo afirma que a fragilidade do planeta Terra é o próprio homem que causa essa fragilidade, o mesmo ainda fala do manejo irresponsável do meio ambiente que não é uma coisa da sociedade moderna mais que já vem desde a antiguidade:

            Hoje se vive num mundo onde se busca cada vez mais o desenvolvimento, mais como seria este desenvolvimento sem agredir o meio ambiente? Pois ”O desenvolvimento econômico e o bem estar do ser humano depende de recursos da Terra” (DIAS, 2004. pág.226). Este desenvolvimento é conhecido como desenvolvimento sustentável que é uma maneira de usar o meio ambiente causando o mínimo de impactos possíveis, pois segundo este autor o mesmo defende que o desenvolvimento e a proteção do meio ambiente podem andar juntos:

O desenvolvimento econômico e o cuidado com o meio ambiente são compatíveis, interdependentes e necessários. A alta produtividade, a tecnologia moderna e o desenvolvimento econômico podem e deve coexistir com um meio ambiente sustentável. (DIAS, 2004. p.226)

             E o desenvolvimento sustentável segundo o mesmo autor é “simplesmente impossível se for permitido que a degradação ambiental continue”. (DIAS, 2004. p. 226)

             O tema que envolve a natureza e suas mudanças devido ao uso da mesma não é de hoje que vem sendo estudado, desde muito tempo atrás como diz Camargo (2008, p.81) em sua obra quando fala de “Parmênides no ano 580-480 A.C e Heráclito de Éfeso 540-480 A.C que já questionavam a questão de mutabilidade e imutabilidade da natureza”. O que o autor quer chamar a atenção é que as questões com respeito á natureza vem sendo observada á muitos anos, e sendo estudada muitas vezes, não da maneira como se observa hoje, mas sim estudada, para a realidade de cada época.

            Surge então uma pergunta, quem é responsável por preservar o meio ambiente? “a sociedade como um todo, cidadãos, empresas, órgãos governamentais e não governamentais, é responsável por preservar o meio ambiente de forma a assegurar o bem coletivo que representa”. (STRAUCH, 2008, pág.191). Mas será que dentre esses seguimentos ou atores da sociedade, responsável por preservar o meio ambiente, existe algum que é o principal ou não todos são responsáveis? “O governo e o meio político assumem um papel fundamental, determinando as formas com que se processa essa proteção ambiental”. (STRAUCH e ALBUQUERQUE, 2008, p.191).

           Então cabe ao governo e ao meio político exercer essa fiscalização desenvolvendo políticas que visam diminuir a destruição do meio ambiente inclusive no meio rural onde se usa muitos produtos para aumentar a produção, como para combater as pestes das lavouras.

           Observando o que Reis (2010, p.50) fala sobre a conservação do meio ambiente, e que aqui se inclui também a proteção contra os impactos ambientais, a mesma cita a constituição brasileira de 1988, com seu art.225, e ela defende como o meio ambiente, utilizado de uma maneira correta, é importante para que as pessoas tenham uma vida melhor.

           Portanto, o meio ambiente está incluso no espaço que é o objeto de estudo da Geografia, desde a origem da mesma e a preocupação com esse tema visa diminuir os impactos causado ao mesmo, pois dele depende a qualidade de vida do planeta. Logo antes de qualquer atividade que venha intervir no meio ambiente é necessário se fazer um estudo da área para que se tenha conhecimento de quais os impactos que essa atividade irá causar e procurar com isso diminuir o máximo possível esses impactos, pois é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente.

2.1 A modernização da agricultura e os impactos ambientais

           A modernização da agricultura começa com a utilização de máquinas e tecnologias através de pesquisas com a finalidade de aumentar a produção.

De acordo com Porto-Gonçalves (2011) no ano de 1949 na China foi levantada as bandeiras comunistas vermelhas e temendo que as mesmas chegassem em seu território com os ideais defendidos pelos comunistas, nesse contexto histórico os Estados Unidos da América lançam mão de uma reforma agrária usando o termo revolução verde, essa reforma agrária tirava as oligarquias tradicionais do poder e neutralizava os pensamentos ideológicos dos comunistas nos Estados Unidos da América.

        Ainda segundo Porto-Gonçalves (2011) o termo revolução verde era uma jogada ideológica da política da época combatendo os movimentos camponeses que lutava contra a fome, miséria e usavam as bandeiras comunistas vermelhas.

         No Brasil segundo Mendonça & Júnior (2004) na década de 1960, época da revolução verde começa a modernização da agricultura visando um aumento da produção com um melhor aproveitamento do solo contando com isso com os incentivos do Governo brasileiro para aquisição de máquinas e novas tecnologias.

         De acordo com Silva (1999) a modernização da agricultura no Brasil fez com que houvesse um crescente uso de insumos agrícolas, pois a modernização agrícola requer cada vez mais elementos artificiais nas atividades agrícolas.

        Santos e Vale (2012) afirmam que a modernização gerou a exclusão e marginalização de muitas pessoas o que acabou causando sérios problemas para o campo e para as cidades que ficaram cheias de pessoas em busca de emprego por não ter como sobreviver, a modernização acabou forçando essas pessoas a venderem suas terras e deixarem seu local de origem.

          Balsan (2006) fala a respeito dos impactos ambientais que são causados pela modernização da agricultura, que usa maquinários, insumos agrícolas e pratica a monocultura, derrubando florestas inteiras e prejudicando e destruindo a biodiversidade genética, causando erosão dos solos, afetando assim a capacidade de produção futura.

Ainda segundo Balsan (2006) falando da modernização da agricultura com o uso de fertilizantes que inclui os adubos inorgânicos e agrotóxicos causa sérios danos para o meio ambiente porque contamina as fontes de água e os recursos naturais, que na sua maioria não são renováveis, causando sérios riscos para o homem, pois tal contaminação pode chegar até os alimentos produzidos.

          A primeira revolução agrícola ocorreu segundo Mazzoleni e Oliveira (2010) com a utilização da tração animal e de fertilizante animal que com isso houve um melhor aproveitamento do solo que agora poderia ser usado sempre sem a necessidade de períodos de descanso do mesmo, de um ou mais anos, com isso houve uma aproximação da agricultura com a pecuária porque uma passou a depender da outra.

A segunda revolução agrícola de acordo com Mazzoleni e Oliveira (2010) teve a participação do químico alemão Justus Von Liebig que publicou a teoria da nutrição mineral das plantas em 1840, visando um melhor aproveitamento do solo através de fertilizantes químicos.

De acordo com Ross (2009), com a modernização da agricultura passou-se a utilizar mais máquinas e pouca mão de obra, mais adubos, inseticidas e herbicidas sendo que essa modernização ocorreu com mais intensidade após a Segunda Guerra Mundial.

        De acordo com Sales et.al. (1986) a utilização de elementos químicos no Brasil isso se fazendo referência ao uso de agrotóxicos começou nas primeiras décadas do século XIX. A própria legislação de 1934 é a prova, o primeiro a ser usado foi o DDT e mais tarde outros inseticidas orgânosintéticos passaram a serem utilizados.

            Ainda segundo Mazzoleni e Oliveira (2010) a revolução verde nas décadas de 1960 e 1970 visava o aumento da produção do solo e consequentemente de alimentos. No contexto histórico dessa época era uma resposta para combater a fome e à miséria no mundo, por isso houve um grande esforço na produção de fertilizantes químicos.

            Sales et. al. (1986) relatam que nos anos 70 o consumo aumentou consideradamente levando o Brasil a ser o terceiro país do mundo em consumo de agrotóxicos, esse aumento teve a ver o com o Plano de Desenvolvimento Nacional e os incentivos governamentais através do FUNDAG (Fundo Especial de Desenvolvimento Agrícola), pode-se citar aqui também o PNDA (Programa Nacional de Defensivos Agrícolas), que visavam o aumento da produção agrícola brasileira visando à exportação, desta forma se desenvolve a monocultura de vários produtos intensificando o consumo de agrotóxicos, mas a infraestrutura de fiscalização e produção, a venda dos mesmos bem como a própria legislação não acompanhou esse crescimento.

            Uma observação importante quanto ao uso de agrotóxicos e que:

Determinadas pragas, com o aumento da utilização desses produtos, tornam-se resistentes a eles, adquirindo assim maior importância. Há ainda vários exemplos de surgimento de novas pragas em função de utilização continua dos produtos químicos e casos de destruição parcial e/ou exterminação de insetos uteis. (SALES; CAPIBARIBE; RAMOS; COSTA, 1986, p.43-44).

          Ross (2009) afirma que o uso de monoculturas favorece o aparecimento de uma série de animais invasores que são as pragas, que para serem controlados precisam do uso obrigatório de produtos químicos que acabam contaminando o solo e as fontes de águas, pois são levados para os riachos e rios bem como para o lençol freático.

          Sales et.al. (1986) falam sobre as consequências do uso de agrotóxicos que acabam contaminando os vegetais em maior ou menor escala dependendo do vegetal, podendo até mudar geneticamente alguns, quando uma vez contaminados, sem contar que não agridem somente o vegetal com sua genética, mas também o solo e no solo vive uma quantidade imensa de micro-organismos, quanto mais profundo for à penetração dos mesmos no solo mais danáveis são as consequências gerando até a mudança do sabor e desenvolvimento dos produtos agrícolas, e quanto ao transporte dos mesmos na utilização e pôs utilização podem ser transportados pelo vento e pela chuva para outros locais ou mesmo ficar retido perpetuando a sua ação, os danos dos mesmos pode ser muito sério porque podem se estender tanto horizontalmente como verticalmente.

       Os piores agrotóxicos que causam maiores danos ou impactos são os clorados, por que: “tem como característica grande persistência no ambiente e ampla faixa de ação, sendo possíveis armazenamento no organismo; são neurotóxicos, causando tumores, hiperexcitabilidade, perda de mobilidade, danos a fetos e morte” (SALES et.al., 1986, p.44)

          Ross (2009) afirma que com respeito aos agrotóxicos:

O veneno afeta a fauna, os pássaros e os peixes desaparecem rapidamente das áreas de monocultura, favorecendo a proliferação de pragas, lagartas, mosquitos, e insetos em geral, a impregnação do solo com venenos e adubos químicos tende a torná-lo estéril pela eliminação da vida microbiana. (ROSS, 2009, p.226).

         Sales et. al. (1986) falam de alguns agrotóxicos clorados como; os organoclorados que, por exemplo, podem ser: DDT, DDC, BHC, Aldrin, Edrin, Dularim, Endosulfan, Cloridane, Decalcloro, Dodecacloro, etc. Outro tipo são os fosforados que nem todos são persistentes, nem se armazenam nos tecidos orgânicos mais são tóxicos e provocam náuseas, dificuldades respiratórias, danos a fetos e morte. Pertecem a esse grupo o Diazim, Nexiton, Thiocron, Gusthian, Alazinan, Thrithion, etc. Podemos citar também os Carbomatos que são altamente tóxicos atingindo o sistema nervoso os principais são: Carboryl, Baygon, Mesural, Elocron, Zextran, Furadam, etc. Os mesmos autores ainda afirmam que o uso de pesticidas, também afeta o homem e os animais de sangue quente funcionando assim como biocida, e o uso também de adubos que não são naturais e sim químicos provoca mortes da vida microbiana, compactação do solo, salinização das camadas superficiais do solo e ainda onde se usa a irrigação:

A gravidade do problema é maior, pois a irrigação permite que o mal se espalhe por áreas maiores, através do escoamento superficial, levando o produto aos cursos de água, que assim terão também sua fauna e sua flora atacadas e suas águas poluídas. (SALES et.al. 1986, p.44).

            Guerra e Cunha (1995, p.187) falam de algumas causas de impacto que o solo do meio ambiente sofre, devido à utilização inadequada do mesmo onde podemos incluir aqui o uso de agrotóxicos que podem causar: “a erosão, mas pode ser a acidificação, á acumulação de metais pesados, á redução dos nutrientes no solo, á redução de matérias orgânicas, etc.”.

Parece extremamente óbvio que qualquer interferência na natureza pelo homem, necessita de estudos que levem ao diagnóstico, ou seja, a um conhecimento do quadro ambiental onde se vai atuar. No entanto, isso não é tão lógico aos leigos quanto possa parecer aos estudiosos e cientistas em geral, os grandes projetos para implantação de [...] reassentamentos de populações face aos programas de reforma agrária, [...] são atividades que interferem no ambiente, quer seja ele natural ou já humanizado. Por outro lado não se pode coibir a expansão da ocupação dos espaços, reorganizações dos já ocupados e fatalmente a ampliação do uso dos recursos naturais, tendo-se o nível de expansão econômica e demográfica da atualidade. Por outro lado, se é imperativo ao homem como ser social expandir-se, tanto demograficamente como técnica e economicamente, torna-se evidente que apareçam, nesse processo, os efeitos contrários. (ROSS, 2008, p.81).

            Sobre o mau uso do meio ambiente Sariego (2006, p.6) afirma que: “Nossa história fornece eloquentes exemplos das consequências desastrosas do manejo irresponsável do ambiente, lição de que a crise ecológica não é um fenômeno recente, nem uma conquista da sociedade moderna”.

            Nas lavouras o uso de agrotóxicos é importante para se aumentar a produção, porém como se observou o ponto de vista de alguns autores, é necessário um estudo de tudo que pode gerar impactos, bem como a observância da própria constituição brasileira observando o artigo que trata da conservação do meio ambiente, porque as mudanças no meio ambiente sendo ocorridas de maneira irracional, devastadora, acarretam mudanças na própria vida do planeta, o uso de agrotóxicos pode ser incluso aqui como uma dessas atividades que agem no meio ambiente, por isso é necessário estudos dos mesmos para se verificar onde os mesmos estão sendo usados e como estão sendo usados, e tentar no máximo diminuir esses impactos causados pelos mesmos.

2.2 O papel da agricultura orgânica frente à agricultura convencional

         Porto-Gonçalves (2011) afirma que a agricultura surge a 11.000 e 8.000 anos atrás em várias partes do planeta e de forma independente, dependendo da cultura de cada localidade do planeta, então ele liga a agricultura a questão cultural, ou seja, agricultura é cultura também.

De acordo com Ross (2009) no passado o homem usava muito a agricultura orgânica, usando adubo animal, mas visando uma melhor produção ou aumento de produção a agricultura passou por uma modernização e com esta veio o uso dos agrotóxicos.

Mazoyer e Roudart (2010) afirmam que a revolução verde na década de 1960 veio trazendo uma intensa mecanização e uso de fertilizantes químicos, houve em vários países políticas de incentivo para os agricultores se modernizarem e muitos fizeram uso dessa modernização graças a essas políticas.

Por outro lado os mesmos Mazoyer e Roudart (2010) falando desse período afirmam que houve muitos camponeses que não tiveram acesso a essas políticas e continuaram a produzir de maneira manual, sem sementes selecionadas ou mesmo uso de fertilizantes e de agrotóxicos.

Oliveira e Junior (2008) afirmam que com o uso do modelo convencional principalmente no período de 1960 a 1970 ocorreu a revolução verde, e se observou que esse modelo usava muitos insumos agrícolas sintéticos como agrotóxicos e fertilizantes químicos que causam danos ao meio ambiente então contradizendo a agricultura convencional aparece então à agricultura orgânica que não utilizava os mesmos, mas sim valorizava a produção de alimentos sem substâncias químicas e automaticamente geravam poucos impactos ao meio ambiente.

Com o tempo o modelo orgânico foi conquistando seu espaço novamente porque é uma maneira saudável de produção segundo a própria Associação de Agricultura Orgânica - AAO (2013) que afirma que o modelo da agricultura orgânica esta preocupado com a organicidade e sanidade na produção de alimentos para a saúde dos seres humanos.

Segundo a Lei n. 10.831/2003 produto orgânico é: “aquele obtido em sistema orgânico de produção agropecuário ou oriundo de processo extrativista sustentável e não prejudicial ao ecossistema local.” (BRASIL, 2003).

Mas no inicio não foi fácil, entre 1960 e 1970, segundo Mazzoleni e Oliveira (2010) a produção orgânica foi menosprezada e houve uma desestimulação da agricultura orgânica porque estavam todos envolvidos na euforia desse período do método convencional, somente com o fator “tempo” foi que se começou a ver que esse modelo convencional gerava muitas críticas porque causava muitos danos ao meio ambiente.

O que se observa baseado nos autores acima citados é que houve um grupo de agricultores que não tiveram acesso ás políticas de modernização da agricultura e continuaram produzindo manualmente sem uso de fertilizantes químicos ou mesmos agrotóxicos e outro grupo que por escolha própria, e visando uma produção mais natural, não quiseram fazer uso do modelo convencional priorizando o modelo orgânico.

3  CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA ÁREA DE ESTUDO   

     

      

Fonte: Google Earth, 2015.

Fonte: Google Earth, 2015.

        A área do povoado Picos dos Andres segundo o IBGE (2001) está localizado na Mesorregião do Centro Norte Piauiense e na Microrregião Geografica de Campo Maior tendo o relevo plano suavemente ondulado. Apresenta feições ruiniformes, elaboradas a partir do desgaste erosivo das rochas areníticas pelas forças exógenas do vento e das chuvas (Lima, 2006). Ainda segundo o IBGE a área de Castelo do Piauí, município onde fica o Sítio em estudo apresenta  altitudes oscilando entre 200 a 400 metros.

        As condições climáticas do município de Castelo do Piauí apresentam temperaturas mínimas de  23º C e máximas de 35 º C, com clima quente Tropical. A precipitação pluviométrica média anual é definida no regime Equatorial Marítimo, com isoietas anuais entre 800 a 1.600 mm, cerca de 5 a 6 meses como os mais chuvosos e o período do ano restante de estação seca. Os meses de fevereiro, março e abril correspondem ao trimestre mais úmido da região. Estas informações foram obtidas a partir do Projeto Radam (1973), Perfil dos Municípios (IBGE – CEPRO,1998) e Levantamento Exploratório – Reconhecimento de solos do Estado do Piauí (1986).

 As classificações de Thornthwaite (1948) e de Thornthwaite e Mather (1955) apresenta caráter analítico e tem importante aplicação nos estudos de zoneamento agrícola. Utilizam como indicadores os índices do balanço hídrico de um local, calculados apartir da evapotranspiração potencial(Etp).Assim representa a “ precipitação necessária para atender à necessidade de água da vegetação.(Camargo e Camargo, 2000,p.127).

             De acordo com  Maindar Medeiros (2004) ,apud, Lima (2006) Sobre as características climáticas da região, levando em consideração a classificação de Thornthwaite (1948) e de Thornthwaite e Mather (1955) as temperaturas médias anuais da região do município de Castelo do Piauí ficam em torno dos 27º, o clima é classificado como tropical Subúmido Seco com máximos pluviometricos no Outono, e suas  precipitações variam ao longo do ano de 800 a 1000 mm, tendo como o maior periodo de ocorrência das chuvas os meses de Dezembro a Abril .

Os solos da região compreendem principalmente plintosolos álicos de textura média, fase complexo campo maior. Solos pdzólicos vermelho-amarelos, plínticos e não plínticos com transições vegetais caantinga /cerrado caducifólia, floresta ciliar de carnaúba e caantinga de várzea e, secundariamente, solos arenosos essencialmente quartzosos, profundos, drenados, desprovidos de minerais primários, de baixa fertilidade, com transições vegetais, fase caantinga hiperxerófila e ou/ cerrado sub-caducifólio/ floresta sub- caducifólia e carrasco. . Estas informações foram obtidas a partir do Projeto Sudeste do Piauí II ( CPRM, 1973), Projeto Radam (1973), e Levantamento Exploratório – Reconhecimento de solos do Estado do Piauí (1986).

            Os solos que predominam em geral no Sítio em Pesquisa segundo a Embrapa em 1999 são os Neossolos Quartzarênicos bem como associações de Latossolos, Neossolos e afloramentos rochosos, que são solos de pouca fertilidade, mas fazendo se as correções adequadas de forma sustentável pode ser aproveitado pela agricultura.

            A formação Geológica e a vegetação da região do município de Castelo do Piauí onde localiza se o Sítio em estudo, conforme adaptação de mapa geológico do Piauí, CPRM, em 2006 há a predominância das formações geológicas:Serra Grande, Cabeças, Longá ,Pimenteiras e possiveis Depositos Colúvio-Eluviais em algumas porções do território municipal. Quanto a vegetação Emperaire na área esta uma zona de transição entre o Cerrado e a Caatinga, nas regiões de transição ou ecotónos ocorrem uma diversidade vegetal muito grande podendo ocorrer mais de um ecossistema. (Emperaire,1983 , apud, Lima, 2006).

             No modelo de produção agrícola fundamentado no conceito de sustentabilidade, as caracteristicas geoambientais de uma área constitui-se em  fator de extrema importância para o bom desenvolvimento da produção, partindo-se do conceito de Geossistema  a proposta a ser lançada constitui-se na Agropecuária Sustentável através de um sistema de produção onde todos os elementos estabeleçam relações de equilíbrio ou sistema biodinâmico.      

            A atividade agropecuária está presente de forma irregular em várias regiões do território do município de Castelo do Piauí, fato que está relacionado a fatores históricos, condições ambientais e investimentos no setor. Com a finalidade de melhor fundamentar a análise do espaço de produção agropecuária da área em questão fez-se um estudo das atividades desenvolvidas no território municipal.

Tabela 01 Dados sobre á pecuária no Município de Castelo do Piauí

                   REBANHOS                       Nº DE CABEÇAS

                     

                     Bovinos                              5.000 a menos de 10.000

                    Caprinos                           25.000 a menos de 35.000

                    Ovinos                              15.000 a menos de 25.000

                    Suíno                                10.000 a menos de 20.000

                    Galináceo                        50.000 a menos de 100.000            

                           

                                     

                  TOTAL                        5 TIPOS DE REBANHOS                         

                       

Fonte: IBGE: Pesquisa da Pecuária Municipal-PPM, 2006. Elaborado por Ramos, F, 2016.

            Ao observarmos os dados do IBGE referentes a pecuária no Município de Castelo do Piauí  podemos constatar que na área em análise os rebanhos que mais se destacam em números por cabeças são a Avicultura em primeiro lugar seguido pelos Caprinos, Ovinos e Suínos, sendo por sua vez, a criação de gado a atividade menos desenvolvida na região.

           A distribuição da criação do gado no Piauí historicamente acompanha os vales dos rios, até mesmo dos rios intermitentes ou temporários, afinal, nestes podem ser perfurados poços em seus leitos para se obter água com maior facilidade. Condições essas que são raras na área em foco, visto ser uma região que apresente excasses hídrica e chuvas bastante irregulares e concentradas ao longo do ano, explicando a minoria do gado entre os rebanhos em análise.

           Levando se em considaração a Caprinocultura, pode se dizer que a microregião geográfica de Campo Maior, onde localiza se o Município de Castelo do Piauí está entre as regiões de maiores produções no Estado segundo IBGE, 2006. A distribuição de Ovinos é semelhante a de caprinos, o que pode levar a um consorciamento das duas atividades ou Ovinocaprinocultura. Estes rebanhos respondem bem as características ambientais de Picos dos Andres.

           A suinocultura por ser atividade predominantemente ligada a produção familiar, apresenta-se com maior intensidade em lugares densamente povoados  assim como a razão para a maioria de cabeças nos rebanhos de Galináceos está também relacionada ao fato da atividade ser típica da produção familiar presente nos lares Piauienses desde os primórdios da colonização. (Araújo, 2006).

           Dentre as atividades humanas mais dependentes dos fatores ambientais esta, sem sombras de dúvidas, a agricultura, em seus mais diversos formatos e modos de produção, onde os elementos de um Geossistema devem  estabelecer relações sustentáveis. A distribuição da produção agrícola foi feita considerando-se  três grupos, a produção de grãos, produção de frutas e a produção de produtos diversos segundo metodologia utilizada por Araujo, 2006 no Atlas Geo-Histótico e Cultural do Piauí.

Tabela 02 Dados sobre á produção de grãos no Município de Castelo do Piauí

             CULTURAS             VALORES EM ( t)

                     

                  Arroz                           1a menos de 100

                  Feijão                     200 a menos de 500

                  Soja                              sem ocorrências

                  Milho                      200 a menos de 500

                               

 

                      

Fonte: Coordenação Estadual de Pesquisas Agrícolas 2005. Elaborado por Ramos. F, 2016.

           Em termos de balanço hídrico, pelo baixo porte e baixa produtividade de Biomassa a cultura do feijão mesmo quando exigida para a obtenção de elevada produtividade, é uma cultura que demanda relativamente pouca água, girando em torno de 40 metros cúbicos ha, por dia. ( Embrapa, 2011). Adaptando-se bem ao ambiente da região de Picos dos Andres. O milho é uma cultura que faz parte da agricultura de subsistência, fazendo parte da dieta alimentar tanto dos homens quanto de animais, sobretudo de suínos e aves, além de animais de montaria. (Araújo, 2006).

           Além disso o milho vem sendo cada vez mais processado industrialmente, passando por tanto a ter grande procura no mercado, com sua utilização para a produção de ração animal. Quanto ao parâmetro profundidade do solo, é medianamente exigente. Pela condição do sistema radicular e pela própria fisilologia da planta, tem pouca resistência ao encharcamento do solo por longos períodos.

( Embrapa, 2011).

            Em termos de balanço hídrico, pelo baixo porte e baixa produtividade de Biomassa, mesmo quando conduzida para a obtenção de elevada produtividade, é uma planta que demanda relativamente pouca água, em torno de 50 metros cúbicos ha, por dia. ( Embrapa, 2011). Isso explica sua posição de destaque frente as demais culturas apresentadas na tabela acima.

           O arroz é uma cultura  que demanda bastante água  para o desenvolvimento das plantas, não se adptando bem a regiões semi-aridas ou tropicais sub-úmidas secas, clima predominante na região de Castelo do  Piauí. Isso explica sua relativa baixa Ana tabela acima em relação as demais culturas de graõs apresentadas, exceto  a soja que não apresenta ocorrências em todo o território do município.

Tabela 03 Dados sobre á produção de Fruticultura no Município de Castelo do Piauí

             CULTURAS             VALORES EM ( t)

                     

               Melancia                 10 a menos de 100                   Castanha de Caju                      100 a menos de 500

                  Manga                                  menos de 10

                Banana                                    menos de 8

                               

 

                      

Fonte: Coordenação Estadual de Pesquisas Agrícolas 2005. Elaborado por Ramos. F, 2016.

          A castanha de caju é cultivada em quase todo o território de Castelo. O cajueiro, árvore que produz a castanha, que por sua vez está no ”fruto falso”, foi tradicionalmente plantado próximo ás residências, pois seu fruto é largamente consumido in natura ou sob a forma de doces, bem como para a extração de seu líquido, largamente utilizada na produção de cajuína.

            Com o advento da industrialização da castanha de caju que, a partir das últimas décadas do século XX, passou a ter grande procura no mercado internacional, o cultivo do cajueiro passou a ser feito em escala comercial, quando proliferaram em todo o Estado, plantações de caju em pequenas, médias e grandes propriedades.  (Araújo, 2006).

         Tradionalmente a cultura da melância foi plantada na roça, juntamente com com o milho e o feijão, uma vez que é consumida pelos proprios produtores ou vendidas no mercado local. Mas atualmente , a produção de melância vem tornando-se atividade exclusiva em muitas áreas onde é utilizado o emprego da irrigação, a fim de se obter em um mesmo campo, mais de uma colheita por ano. (Araújo, 2006).

         Conforme observa se na tabela a cima e em dados mais recentes do IBGE, 2008  a produção de melância no conjunto das frutas produzidas no munícipio fica em torno de 100 t,  atrás apenas do caju. Isso explica-se por  questões históricas e culturais como foi mencionado acima, mais sobretudo por fatores ambientais, como solo e clima favoráveis. Entretanto essas informações seram tomadas apenas como dados gerais, devendo-se proceder estudos mais detalhados sob cada atividade pensada.

          A cultura da Manga e da banana em Castelo do Piauí não apresenta uma boa produção segundo a tabela acima, isso deve-se a falta de investimentos no setor tanto por parte dos orgãos públicos responsáveis, quanto por parte dos produtores do munícipio além características ambientais desfavoráveis como solo e clima  para o cultivo da banana.Além de outras fruteiras não mencionadas na bibliografia atual sobre o território municipal, mas que foi constatada em várias áreas da região sendo produzida para fins de total subsitência como a laranja, limão e coco-da-baía.

Tabela 04 Dados sobre á produção de Culturas diversas no Município de Castelo.

             CULTURAS             VALORES EM ( t)

                     

               Mandioca                  500 a menos de 1000                      

                Mamona                          sem ocorrências                       

         Algodão herbáceo                  sem ocorrências                       


                               

 

                      

Fonte: Coordenação Estadual de Pesquisas Agrícolas 2005. Elaborado por Ramos. F, 2016.

         A mandioca, cultura tradiocional de subsistência, está presente em todo o território do municipio de Castelo do Piauí. Grande parte da sua produção é processada de forma artesanal para elaboração  de farinha e polvilho, regionalmente denominada goma ou tapioca. Além do consumo humano a tapioca vem sendo largamente empregada na fabricação de ração para animais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A agricultura orgânica caracteriza se por ser uma atividade que apresenta uma

estrutura funcional que sustenta se no tripé, sustentabilidade econômica, social e ambiental, sendo estas três dimensões pensadas na prática, de forma integrada.            Constatou se na área delimitada para o estudo, que a questão hídrica é o fator mais relevante como responsável pelo retardamento da agropecuária familiar no espaço em estudo, em seguida o solo da região, que são solos de pouca fertilidade. Devendo se fazer á analise do solo e posteriormente possíveis correções de acordo com o resultado das análises.

         Quanto a questão hídrica, sabe se que a área apresenta escasses de chuvas sendo os meses de fevereiro, março e abril correspondentes ao trimestre mais úmido da região. Por tanto uma das possíveis soluções para o agricultor familiar é voltar se para as atividades agropecuárias alternativas, ou seja, que possam ser desenvolvidas nestas condições, tais como a  avicultura, suinocultura, caprinocultura e culturas agrícolas que condizem com solo e clima da região como, feijão, milho, , castanha de cajú, acerola, melancia, mandioca, e uma infinidade de hortalisas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável na região em estudo. 

        Propõem se neste projeto a realização de estudo de diagnóstico ambiental com fins de fazer o levantamento dos problemas de impacto ambiental existentes na área bem como um plano de gestão ambiental com fins de evitar possíveis impactos ao meio ambiente local.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

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