É evidente que a opinião pública descrê do poder de transformação social do sistema político brasileiro e, os grandes responsáveis, por isso, são os partidos políticos, que não cumprem com sua função social de representação organizada, de intermediário entre o povo e o governo. Então vejamos alguns motivos que nós leva ao descredito com sistema politico brasileiro.

Os partidos políticos dês da redemocratização não tem conseguido organizar um debate amplo a respeito de como enfrentar os problemas do presente e preparar um futuro melhor para o país, a cada quatro anos os programas de governo dos partidos são sempre os mesmos juntamente com os problemas invencíveis pela política brasileira, transparecendo uma ideia de imobilidade social, que realidade é imutável.

Além do mais, eles estão passando por um processo de “desideologização”, que nós acreditamos ter duas causas: primeira à universalização das demandas sociais, ou seja, as demandas existentes na sociedade são comuns a todos os segmentos sociais não se restringindo a um especifico e, muitas vezes, elas não têm familiaridade alguma com a ideologia do partido, mas acabam fazendo parte do programa de governo para atrair um maior número de eleitores, descontentando os filiados que se coligiram ao partido por conta da ideologia que os representa; segunda a influência que os grupos de pressão exercem sob o mandato dos parlamentares dos partidos que recebem doações para campanhas, prevalecendo-se nessa relação o interesse do financiador (particular) em detrimento do público e de sua orientação ideológica partidária.

A relação de clientelismo estabelecida entre os partidos e o executivo na formação da maioria para este conseguir governabilidade, tem um preço, essa dinâmica de negociação de cargos e verbas traz problemas para a definição e execução eficiente de políticas públicas, sujeitas a mudanças de gestores e prioridades. Esse padrão de relacionamento entre o governo e partidos compromete a qualidade da representação e das politicas públicas.

A inexistência de mecanismos legais que permitam ao eleitorado através dos partidos controlar rigidamente os atos de seus representantes, estabelecendo uma verdadeira aproximação entre eleitor e seu representante político, ratificando os direitos existentes aos partidos, mas também criando deveres para com eleitor até então inexistentes.

Estas situações aprofundam a sensação de distanciamento entre os cidadãos e as instâncias de representação política, criando-se uma expectativa de corrupção, de que interesses particulares estejam sobrepostos ao interesse público, nós levando a desacreditar do poder de transformação social que a política possui.

Referência

BASÍLE, Felipe. PARTIDOS, REPRESENTAÇÃO E REFORMA POLÍTICA. Disponível em http://www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-ii-constituicao-de-1988-o-brasil-20-anos-depois.-o-exercicio-da-politica/partidos-representacao-e-reforma-politica acessado em 08 de mar de 2015.

FILHO, Cloves de Barros. Partidos Político Parte I. disponível em www.youtube.com/watch?v=dDGZrG_kKUE acessado em 08 de mar de 2015.

FILHO, Cloves de Barros. Partidos Político Parte II. disponível em www.youtube.com/watch?v=FAUbY3OhiZ4  acessado em 08 de mar de 2015.

FILHO, Cloves de Barros. Opinião Pública Como Você Nunca Viu. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=e8vd18S5_Ws acessado em 08 de mar de 2015.