O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO EM ARACAJU NO PERÍODO DE 1996 A 2007.
Publicado em 02 de agosto de 2011 por Claudia Fabiana Santana Santos
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO EM ARACAJU NO PERÍODO DE 1996 A 2007.
SANTOS, Cláudia Fabiana Santana
[email protected]
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo analisar o crescimento da população de Aracaju em período 1996 a 2007, levando-se em consideração os impactos ambientais causados com essa evolução. O desenvolvimento da imigração na cidade, acarretando uma urbanização acelerada. Entre tantos pontos em destaque pretende-se uma inovação no assunto abordado, tratar da história passada e presente. Por isso realizamos entrevistas e pesquisas em livros para comprovação dos dados adquiridos, conforme se percebe em leituras de livros e autores. A definição da estratégia de campo iniciou com a indicação de cinco bairros: Cirurgia, Siqueira Campos, Santo Antonio, Industrial e Santos Dumont um dos mais antigos, para este período letivo, traçamos as rotas de orientação para melhor entender a população visualmente presente na cidade e sua importância na história de Aracaju, tanto econômica quanto social.
PALAVRAS-CHAVES: Crescimento populacional. Industrialização. Migração. Urbanização.
1 INTRODUÇÃO
O crescimento da população aracajuana se deu a partir da Revolução Industrial e a urbanização que foi ganhando proporção com a chegada de imigrantes de outros municípios do Estado de Sergipe especialmente das áreas rurais e até mesmo de outros Estados da Federação, valendo lembrar que grande parte vem do Nordeste e Sudeste brasileiro. O seu surgimento se deu a partir dos povoados de pescadores, notificando sua existência desde 1699, que ficava às margens do Rio Sergipe, com o nome de Santo Antônio de Aracaju.
Como muitas cidades brasileiras caracterizaram pela mestiçagem resultante da presença de vários elementos étnicos. Assim pode-se dizer que sua população não possui um único elemento étnico, já que seus históricos estão presentes individuais brancos, negros, indígenas e negros, além de tipos humanos vindos do mundo inteiro.
Como muitas cidades brasileiras, Aracaju se caracterizou pela mestiçagem resultante de presença de vários elementos étnicos. Assim pode-se dizer que sua população não possui uns únicos elementos étnicos. Assim pode-se dizer que sua população não possui um único elemento formado, já que em seu histórico estão presentes indivíduos de cor brancas, indígenas e negros, além de tipos humanos vindos do mundo inteiro.
Considerando 428.194 da população residente na cidade em 1996 e percebendo que houve um crescimento populacional significativo principalmente nas áreas de expansão. Acredita-se que esses avanços demográficos ocorreram por conseqüência de diversos fatores de imigração tanto do campo como de outros estados e por um crescimento de taxa de natalidade. Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE em 2007, Aracaju possui 520.303 populações residentes. Essa densidade demográfica é considerada numerosa tendo em vista sua distribuição, que é de 2.800 hab./km.
Analisar esse crescimento da população de Aracaju no período de 1996 a 2007. Identificando por meio de literaturas e pesquisas quantitativas o estado como se encontra e como é distribuída a população. Demonstrar possíveis impactos ambientais causadores com essa evolução no crescimento populacional. Definir a metodologia para elaboração da vulnerabilidade da ação do desenvolvimento da imigração na cidade. Demonstrar através de levantamento de pesquisa de campo o desenvolvimento econômico em virtude da faixa etária, controle de natalidade, educação, índice de violência, qualidade de vida, renda mensal e tipo de moradia com quantidade de pessoas que residem.
Trata-se de uma pesquisa descritiva, tendo como objetivos saber como se deu o crescimento da população de Aracaju. As analise demográficas que estão sendo feitas são essenciais ao estudo dos problemas do desenvolvimento econômico e o crescimento populacional.
A técnica utiliza buscar informações que serão aplicados questionários para avaliar melhor o desenvolvimento dos próprios bairros, levando em consideração as condições financeiras para cada localidade da cidade. O questionário consiste em demonstrar e divulgar esses resultados apresentados na estrutura e no decorrer da continuidade da pesquisa. O crescimento populacional afeta a política que encara como obstáculo ao desenvolvimento econômico que afeta moradia e na qualidade de vida.
Foram analisados através de pesquisa de campo numa amostragem de aplicação de 100 questionários divididos em percentuais de acordo com a população residente em 5 (cinco) bairros da cidade para esta primeira etapa, que são os seguintes: 5% Bairro Cirurgia referente ao número de moradores no ano de 2007 com 5.767 população residente, 15% Bairro Siqueira Campos com 15.705 população residente, 31% Bairro Industrial com 18.012 população residente, 14% Bairro Santo Antônio com 11.950 população residente e os 35% Bairro Santos Dumont com 25.061 população residente. Os levantamentos dos dados analisados ocorreram nos seguintes períodos: 31/05/2009, 06, 11 e 14/06/2009, foram tabulados e demonstrados em gráficos posteriormente, dando continuidade aos demais bairros nas próximas etapas.
2 DESENVOLVIMENTO
O delineamento da pesquisa utilizado foi o estudo de campo e bibliográfico, que tem como principal função a explicação sistematizada dos fatores que ocorrem num determinado contexto do crescimento populacional. Os perfis nas áreas de desenvolvimento econômico, social e político que afeta aos seguintes itens: faixa etária, controle de natalidade, qualidade de vida, renda/emprego e tipo de moradia.
A lógica da coleta de dados descritivo-quantitativos bibliográficos e de campo foi utilizada uma análise de levantamento, através de aplicação de questionário que servem de amostragem na realização de entrevistas semi-estruturadas, observação não participante, participativa da analise.
A pesquisa esta sendo realizada no nível organizacional e as unidades de analise estão sendo compostas por organização de tabulação por tempo do trabalho nos referidos bairros: Cirurgia, Siqueira Campos, Santo Antônio, Industrial e Santos Dumont. O corte do estudo foi transversal porque os dados foram coletados em um curto ponto de tempo, baseados numa amostra selecionada para descrever o crescimento da população no período de 1996 a 2007. As caracteriza como categorias analisadas documental de campo no estudo em estabelecer as relações em tela, buscando-se: "compreender os fenômenos segundo as perspectivas dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo" (GODOY, 1995, p.58).
Para compreender o crescimento populacional de Aracaju temos que analisar a história da capital de Sergipe. Aracaju (antigo povoado Santo Antônio de Aracaju) Sua fundação ocorreu inversamente ao convencional, ou seja, não surgiu de forma espontânea, como as demais cidades, foram planejadas especialmente para ser a sede do Governo do Estado. Passou à frente de municípios já estruturados, principalmente São Cristóvão, do qual ganhou a posição de capital.
Acredita-se que uma capelinha, a Igreja de Santo Antônio erguida no alto da colina tenha sido o início da formação do arraial que se transformaria depois na capital do Estado a cidade de Aracaju surgiu de uma colônia de pescadores que pertencia juridicamente a São Cristóvão seu nome é de origem tupi, e segundo estudiosos da língua indígena significa cajueiro dos papagaios. Por ter o privilégio de estar localizado no litoral e ser banhado pelos rios Sergipe e Vaza-Barris, o pequeno povoado foi escolhido pelo presidente da província Inácio Joaquim Barbosa, para ser a sede do Governo deixando para trás, além de São Cristóvão, grandes cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga d'Ájuda.
A cidade cresceu inflexível dentro do tabuleiro de xadrez aterrou vales e elevou-se nos montes de areia, foram feitas desapropriações onerosas e desnecessárias, para que o projeto mantivesse a reta, a única exceção foi uma alteração imposta pelo próprio presidente permitindo que a Rua da Frente ganhasse uma curva, criando a bela avenida que margeia o Rio Sergipe. As terras de Aracaju originaram-se das sesmarias, doadas a Pero Gonçalves por volta de 1602 compreendia 160 quilômetros de costa que iam da barra do Rio Real à barra do Rio São Francisco, onde em todas as margens do estuário não existia uma vila sequer. Apenas eram encontrados arraiais de pescadores.
Em 1669 existia uma aldeia chamada Santo Antônio do Aracaju que hoje é o bairro Santo Antônio onde começou o crescimento da população, que foi expandindo por todo o território da capital até chegar ao que vemos hoje. Aracaju seu centro histórico, onde sua planta inicial serviu de ordenamento, espécie de Plano Diretor, mas são também seus bairros, nascidos no correr do tempo, como resultado de uma expansão que ritmou o crescimento da cidade. O centro mantém a paisagem mais harmoniosa, mesmo com a degradação das últimas décadas, modificando as casas e as ruas, ampliando os espaços do comércio, empurrando a moradia para outras áreas, notadamente para os condomínios que têm surgido, formando novos bairros.
"Como maioria dos centros urbanos brasileiros, o centro comercial e de negócios de Aracaju vem sendo ampliado, ao mesmo tempo em que vem se especializando no comércio de produtos das classes populares (FRANÇA, 1999)."
O Centro, atualmente, não pode ser confundido com a noção do traçado de Pirro, que previa construir a cidade nas três direções, com mil metros para cada rumo. A legislação faz do Centro da cidade uma área menor, cujos limites são os seguintes: ao sul, a Travessa João Francisco Silveira, (que começa na Avenida Ivo do Prado e que tem continuidade, após a Praça Camerino, com a Avenida Barão de Maruim; ao oeste a Avenida Pedro de Calazans; ao norte a avenida Coelho e Campos. Ou seja, 400 metros para o sul, 800 para o oeste, e 500 a 600 para o norte. As ruas do centro receberam os nomes das cidades do interior do Estado, salvo algumas exceções. E são elas: Pacatuba, Itabaiana, Itabaianinha, Santa Luzia, Santo Amaro, Arauá, Capela, Lagarto, Simão Dias, Siriri, Boquim, Estância, Maruim, Laranjeiras, São Cristóvão, Geru (Tomar do Geru), Divina Pastora, Santa Rosa (de Lima).
Outros nomes de cidades estão no bairro Santo Antonio - Rosário, Japaratuba, Carmo (Carmópolis), Muribeca; outros no bairro São José - Riachuelo, Campo do Brito, Frei Paulo, Campos (Tobias Barreto), Socorro, Cedro, Vila Cristina (Cristinápolis); outras, ainda, no bairros Cirurgia e Suissa - Gararu, Porto da Folha, Riachão (do Dantas), Nossa Senhora das Dores, Ribeirópolis.
Com o tempo alguns nomes foram substituídos, mercê de homenagens que as autoridades prestaram a vultos do Estado e do País, como o Barão do Rio Branco, falecido em 1912, que deu nome a Rua da Aurora, João Pessoa, morto em 1930, que passou a denominar a principal rua comercial do centro, que era Japaratuba, José do Prado Franco, o Zezé do Pinheiro, que morreu em 1949, e mereceu ter seu nome no trecho da rua de João Pessoa, compreendido entre a praça General Valadão e a avenida Coelho e Campos, dentre outros.
Para o sul, Aracaju cresceu pela Avenida Ivo do Prado, alcançando os bairros São José, que surgiu no antigo Carro Quebrado, 13 de Julho, em torno da Praia Formosa e da velhíssima região do Tramanday, Salgado Filho, Conjunto João Alves e Conjunto Dom Távora, Tramanday, Loteamento Garcia, tomando o rumo das praias, pela esquerda atravessando o rio Poxim, e passando pela Coroa do Meio, área urbanizada nas últimas duas décadas, e seguindo em frente, passando pela velha região do Raposo, depois Sementeira, hoje Parque Governador Augusto Franco, atravessando a ponte do Poxim, a Farolândia, chegando na Atalaia, onde a cidade conquistou uma orla de mais de 20 quilômetros, e que leva até a foz do Vaza-barrís e onde estão os conjuntos Santa Tereza e Augusto Franco.
Para o oeste surgiram os bairros Getúlio Vargas, Cirurgia e Siqueira Campos, Novo Paraíso, América, chegando até a região do Capucho, onde está o Centro Administrativo Governador Augusto Franco, com diversos edifícios de repartições, destacando-se o Fórum Gumercindo Bessa, o Tribunal de Contas do Estado, o Tribunal de Contas da União, a Justiça Federal, o Tribunal Regional Eleitoral, o Arquivo do Poder Judiciário, o Hospital Governador João Alves, o Centro de Referência da Mulher Leonor Barreto Franco, a Secretaria de Estado da Fazenda, o Terminal Rodoviário Governador José Rollemberg Leite, dentre outros, e, ainda, a região denominada Olaria e dentro dela o conjunto Veneza.
Surgiram, também, os bairros Suissa, Pereira Lobo, Conjuntos dos Bancários, Vila Militar, e outros. Para o norte, o bairro Industrial foi com o bairro Santo Antonio dois prolongamentos naturais do centro. A instalação, a partir de 1884, da Fábrica Sergipe Industrial determinou a formação imediata de uma povoação ligada, diretamente, ao funcionamento daquela indústria, mais tarde reforçada com a instalação da Fábrica Confiança. A construção de vilas operárias ajudou na urbanização daquela área, conciliando com pedaços de mata, com o Morro do Urubu, que estão hoje integrados ao Parque da Cidade Governador José Rollemberg Leite, e com o Porto Dantas.
O bairro Santo Antonio, sede do antigo povoado o mesmo nome, tem uma relação próxima e íntima com o centro e em suas ruas moraram primitivos habitantes da nova capital, funcionários públicos, comerciantes, trabalhadores em geral. A cidade cresceu, também, nos bairros 18 do Forte, Palestina, Cidade Nova, Santos Dumont, chagando até o Jardim Centenário e a região do Bugio, onde está o conjunto residencial Assis Chateaubriand.
"A população pobre foi atraída pela nova capital a procura de emprego e pela fábrica de tecidos do estado de Sergipe, instalada em 1884, ao norte da cidade, onde se desenvolveu e consolidou-se, anos mais tarde, como bairro popular, o bairro Industrial. Os elevados preços das terras e o forte poder de controle do Estado fizeram com que os migrantes se localizassem na periferia fora do traçado de Pirro de forma desordenada (CARDOSO, 2003)."
Há ramificações notáveis entre as três áreas que seguiram as direções fixadas pelo planejamento inicial da cidade. E lá estão, entre o sul e o oeste, os conjuntos Castelo Branco, Médici, Costa e Silva, Inácio Barbosa, Sol Nascente, a Luzia, o Grageru, o novíssimo e belo bairro Jardins, a Cidade dos Funcionários, e muitos outros locais de densa povoação. As vias Contorno Norte, ou avenida general Euclides Figueiredo, e Contorno Sul, ou Avenida Tancredo Neves, estabeleceram ligações que facilitam, extraordinariamente, as comunicações entre todos os bairros com o centro e entre eles mesmos.
Os novos bairros reproduzem, esteticamente, velhos modelos de casa, juntamente com a padronização das moradias dos conjuntos habitacionais, e com os condomínios de apartamentos que mais do que determinarem o crescimento vertical da cidade, criou um padrão diferenciado de moradia, que vem sendo aceito cada vez mais pela população aracajuana.
Os bairros velhos e novos de Aracaju mantêm o bom gosto dos aracajuanos, atestando o poder econômico da classe média, que responde pelo crescimento e pelo ritmo frenético das construções que alargam as fronteiras das três direções originárias da cidade que, arrumada e bonita, chega aos 150 anos em contínua expansão. Contida em seus acanhados 170 quilômetros quadrados, Aracaju projeta-se sobre os municípios de São Cristóvão, onde está sediada a Universidade Federal de Sergipe, onde estão algumas empresas e conjuntos residenciais, dentre eles o Rosa Elze, ou Eduardo Gomes e Luiz Alves de Oliveira, e de Nossa Senhora do Socorro onde estão grandes conjuntos residenciais - João Alves, Fernando Collor, Albano Franco, Marcos Freire, e outros, e galpões industriais, empresas comerciais e industriais.
"Entre 1977 e 1989 foram construídos em Aracaju conjuntos habitacionais, a maioria deles através da COHAB, intermediados pela ação das construtoras. Totalizaram 20.839 moradias construídas na periferia (FRANÇA, 1999)."
Aracaju é bastante quente durante a maior parte do ano. A temperatura média é de 26º C. As chuvas se concentram entre os meses de março e agosto e a precipitação média anual é de 1.590 mm. A cidade é banhada pelos rios Sergipe, Vaza Barris, Rio do Sal, Poxim e Pitanga e se limita com os municípios de São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Santo Amaro das Brotas.
A capital sergipana tem 35 km de litoral. À beira-mar, sobretudo nos bairros Atalaia e Coroa do Meio e nas praias do litoral sul, estão os hotéis e casas de veraneio. Os prédios baixos no litoral facilitam a circulação de ar por toda a cidade. A vegetação predominante é o manguezal, que se concentra às margens dos rios. Além de mangues, também são consideradas áreas de preservação ambiental algumas restingas e o Morro do Urubu, um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica.
A construção da ponte sobre o rio Sergipe ligará Aracaju a Barra dos Coqueiros, o que significa uma nova fronteira a conquistar, como trânsito para a economia e o turismo com a zona norte das praias da Barra dos Coqueiros ao Cabeço, passando por Pirambu e valorizando outros municípios, e como expansão impactante nas áreas habitacional e comercial.
2.1 Apresentação e análise dos dados
2.1.1 Caracterização das estratégias organizacionais
As estratégias organizacionais estão relacionadas com os objetivos estabelecidos. Com os objetivos estabelecidos do comparativo comportamental da cidade. Estes objetivos funcionam para outras capitais mais desenvolvidas que Aracaju, de acordo com a sua região em questão.
As funções estão sendo desempenhados para atingir as expectativas políticas e socioeconômicas da capital, procurando definir em termos organização, organogramas e gráficos estatísticos do seu crescimento por faixa etária, taxa de natalidade, renda/emprego, moradia e imigração rural dos municípios do Estado e outros Estados círculos vizinhos. Foram avaliados cinco bairros uns dos mais antigos para esta etapa e posteriormente será continuada a referida avaliação dos demais até finalizar os 37 bairros da cidade de Aracaju.
A principal finalidade da pesquisa é avaliar o crescimento populacional da capital, de forma que ajude a alcançar o conhecimento e compreender como melhorar a paisagem, infra-estrutura e socioeconômica de Aracaju. Nesse processo vem sendo feito estratégias sobre os planejamentos e as regras básicas para formulação de questionário e sua aplicação em campo desenvolvido a primeiro momento.
2.1.2 Caracterização das estratégias de campo
A definição da estratégia de campo iniciou com a indicação de cinco bairros: Cirurgia, Siqueira Campos, Santo Antonio, Industrial e Santos Dumont um dos mais antigos, para este período letivo, traçamos as rotas de orientação para melhor entender o crescimento populacional visualmente presente na cidade. A pesquisa de porta-porta esta sendo uma experiência produtiva e aprendizado dia-a-dia, propiciando uma qualificação mais ampla do trabalho. Isso significa saber até o período 2007, a velocidade do crescimento populacional da capital mesmo encontrando problemas operacionais de ordem política e socioeconômica que ocorreram. Os levantamentos dos dados analisados ocorreram nos seguintes períodos: 31/05/2009, 06, 11 e 14/06/2009, foram tabulados dando continuidade aos demais bairros nas próximas etapas.
A evolução urbana populacional de Aracaju que se deu nos últimos dez anos foi em virtude da melhoria das condições de vida, o que resultou num crescimento acelerado. A construção de conjuntos habitacionais nas áreas periféricas, obrigando a ocupação, o poder público no planejamento do ponto de vista do crescimento da cidade, interferindo diretamente no sentido de preparar a cidade para um crescimento populacional, as ações, serviços e obras para um futuro tentar antecipar-se aos problemas, fazendo com que o planejamento urbano, o desenvolvimento econômico e o crescimento da cidade sejam planejados com antecedência para que as pessoas que cheguem tenham certos caminhos a percorrer.
Uma observação mais acurada das demandas que contribuíram para a modernização foi à agricultura, que libera mão-de-obra, a concentração de terra, a falta de postos de trabalho além da política habitacional. Assim as pessoas migram para a cidade, especificamente para a capital Aracaju, dando origem a construção de projetos arquitetônicos como conjuntos habitacionais, edifícios e melhoria na paisagem aracajuana sem agredir seus aspectos físicos e ambientais.
Analise dos dados da pesquisa de campo esta sendo realizada de acordo a realidade da capital, verificando as mudanças ocorridas no período em tela. Demonstrando os resultados colhidos no decorrer das visitas em campo dos questionários aplicados estão mensurados ao projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entender a estratégia principal da pesquisa constitui em informar a evolução do crescimento populacional evidenciando o ritmo rápido político e socioeconômico sejam eles por faixa etária, taxa de natalidade, renda/emprego, educação, moradia e imigração rural dos municípios do Estado e outros Estados vizinhos.
Baseados no levantamento in loco e nas entrevistas através de questionário com a população de cada bairro estão visualizando alguns fatores que estão chamando a atenção no contexto urbano da cidade. Além de nos servi como exemplo marcante da situação em que se encontra Aracaju, como projetos arquitetônicos de edifícios e casas em conjuntos habitacionais, como também o abandono da arquitetura da cidade. Dentro dos aspectos mostraremos percentuais de favorecimento do seu desenvolvimento estrutural preservando as suas culturas, meio ambiente, sociedade e economia.
Verificando como funciona a estratégia organizacional do crescimento e seus problemas ocorridos e visualmente vistos na cidade e como também tabulações e percentuais expostos posteriormente após finalização dos referidos dados coletados. E o futuramente tentar mostrar os problemas, fazendo com que o planejamento urbano, o desenvolvimento socioeconômico e o crescimento da cidade sejam mais bem planejados com posteriormente.
Enfim, as observações abordadas das demandas que contribuíram para melhorar e conhecer a modernização da capital, explica-se pela grande imigração do crescimento em valores absolutos e compreender melhor as formas de relacionamento entre a população. As metas ou objetivos serão estabelecidos futuramente o que deve ser atingidos e quando seriam atingidos os determinados resultados conquistados.
REFERÊNCIAS
BACELLAR, C. A. P., SCOTT, A. S. V., BASSANEZ, M. S. C. B: Quarenta Anos de Demografia Histórica. Caxambu, XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, 2006.
BARRETO, L. A. Os 150 anos de Aracaju de história 1855 ? 2005. Mídia digital
BHD-Boletim de História Demográfica. São Paulo: N.E.H.D.-Núcleo de Estudos em História Demográfica/FEA-USP, Ano I, número 2, julho de 1994.
CARVALHO, J. A. M., SAWYER, D. O., RODRIGUES, R. N: Introdução a alguns conceitos básicos e medidas em Demografia. 2a edição. Caxambú.ABEP.1998 p.26 COSTA, I. N: Por uma definição de demografia histórica. In: BOLETIM ELETRÔNICO.
FRANÇA, V. L. A. FALCON, M. L. de O. Aracaju: 150 anos de vida urbana / Organização Vera Lúcia Alves França e Maria Lúcia de Oliveira Falcon. - - Aracaju: PMA / SEPLAN, 2005
MAIA, R. L. A. da C. O Sentido das Diferenças Migrantes Naturais: observação de Percursos de vida no Bonfim. Edição: Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Agosto de 2003. Ministério da ciência e do Ensino Superior.
MELINS, M. Aracaju romântica que vi e vivi / Murilo Melins 3º edição Aracaju: Unit, 2007.
PEREIRA, W. Demografia do Subdesenvolvimento: Formação de Recursos Humanos em Países Subdesenvolvidos. 1ª edição 1978. Editora Saraiva.
RODRIGUES, A. de J. Metodologia Cientifica. / Auro de Jesus Rodrigues. ? Aracaju: UNIT, 2009. 154 p.: il.
SANTOS, A. R. dos. Metodologia Cientifica: a construção do conhecimento / Antonio Raimundo dos Santos. ? 6. Ed. Revisada (conforme NBR 14724:2002). ? Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
SANTOS, J. L. F. LEVY, M. S. F. SZMRECSÁNYI, T. (organizadores) ? Dinâmica da População: teoria, métodos e técnicas de análise. Série 2ª ? TEXTOS, Vol. 3. São Paulo.
SEVERINO, A. J., 1941 - Metodologia do Trabalho Científico ? Antônio Joaquim Severino. ? 21. ed. rev. e ampl. - São Paulo: Cortez, 2000.
TORRES, A. Demografia e Desenvolvimento: Elementos Básicos. 1ª Edição: janeiro 1996, Editora Gradiva. Coleção: Trajectos / Portugueses.
UNESCO, 2000. Levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas para a educação, Ciência e Cultura ? UNESCO, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ? PNUD. Índice de Desenvolvimento da Educação para Todos, Senegal,2000.
www.google.com.br
www.ibge.gov.br
SANTOS, Cláudia Fabiana Santana
[email protected]
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo analisar o crescimento da população de Aracaju em período 1996 a 2007, levando-se em consideração os impactos ambientais causados com essa evolução. O desenvolvimento da imigração na cidade, acarretando uma urbanização acelerada. Entre tantos pontos em destaque pretende-se uma inovação no assunto abordado, tratar da história passada e presente. Por isso realizamos entrevistas e pesquisas em livros para comprovação dos dados adquiridos, conforme se percebe em leituras de livros e autores. A definição da estratégia de campo iniciou com a indicação de cinco bairros: Cirurgia, Siqueira Campos, Santo Antonio, Industrial e Santos Dumont um dos mais antigos, para este período letivo, traçamos as rotas de orientação para melhor entender a população visualmente presente na cidade e sua importância na história de Aracaju, tanto econômica quanto social.
PALAVRAS-CHAVES: Crescimento populacional. Industrialização. Migração. Urbanização.
1 INTRODUÇÃO
O crescimento da população aracajuana se deu a partir da Revolução Industrial e a urbanização que foi ganhando proporção com a chegada de imigrantes de outros municípios do Estado de Sergipe especialmente das áreas rurais e até mesmo de outros Estados da Federação, valendo lembrar que grande parte vem do Nordeste e Sudeste brasileiro. O seu surgimento se deu a partir dos povoados de pescadores, notificando sua existência desde 1699, que ficava às margens do Rio Sergipe, com o nome de Santo Antônio de Aracaju.
Como muitas cidades brasileiras caracterizaram pela mestiçagem resultante da presença de vários elementos étnicos. Assim pode-se dizer que sua população não possui um único elemento étnico, já que seus históricos estão presentes individuais brancos, negros, indígenas e negros, além de tipos humanos vindos do mundo inteiro.
Como muitas cidades brasileiras, Aracaju se caracterizou pela mestiçagem resultante de presença de vários elementos étnicos. Assim pode-se dizer que sua população não possui uns únicos elementos étnicos. Assim pode-se dizer que sua população não possui um único elemento formado, já que em seu histórico estão presentes indivíduos de cor brancas, indígenas e negros, além de tipos humanos vindos do mundo inteiro.
Considerando 428.194 da população residente na cidade em 1996 e percebendo que houve um crescimento populacional significativo principalmente nas áreas de expansão. Acredita-se que esses avanços demográficos ocorreram por conseqüência de diversos fatores de imigração tanto do campo como de outros estados e por um crescimento de taxa de natalidade. Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE em 2007, Aracaju possui 520.303 populações residentes. Essa densidade demográfica é considerada numerosa tendo em vista sua distribuição, que é de 2.800 hab./km.
Analisar esse crescimento da população de Aracaju no período de 1996 a 2007. Identificando por meio de literaturas e pesquisas quantitativas o estado como se encontra e como é distribuída a população. Demonstrar possíveis impactos ambientais causadores com essa evolução no crescimento populacional. Definir a metodologia para elaboração da vulnerabilidade da ação do desenvolvimento da imigração na cidade. Demonstrar através de levantamento de pesquisa de campo o desenvolvimento econômico em virtude da faixa etária, controle de natalidade, educação, índice de violência, qualidade de vida, renda mensal e tipo de moradia com quantidade de pessoas que residem.
Trata-se de uma pesquisa descritiva, tendo como objetivos saber como se deu o crescimento da população de Aracaju. As analise demográficas que estão sendo feitas são essenciais ao estudo dos problemas do desenvolvimento econômico e o crescimento populacional.
A técnica utiliza buscar informações que serão aplicados questionários para avaliar melhor o desenvolvimento dos próprios bairros, levando em consideração as condições financeiras para cada localidade da cidade. O questionário consiste em demonstrar e divulgar esses resultados apresentados na estrutura e no decorrer da continuidade da pesquisa. O crescimento populacional afeta a política que encara como obstáculo ao desenvolvimento econômico que afeta moradia e na qualidade de vida.
Foram analisados através de pesquisa de campo numa amostragem de aplicação de 100 questionários divididos em percentuais de acordo com a população residente em 5 (cinco) bairros da cidade para esta primeira etapa, que são os seguintes: 5% Bairro Cirurgia referente ao número de moradores no ano de 2007 com 5.767 população residente, 15% Bairro Siqueira Campos com 15.705 população residente, 31% Bairro Industrial com 18.012 população residente, 14% Bairro Santo Antônio com 11.950 população residente e os 35% Bairro Santos Dumont com 25.061 população residente. Os levantamentos dos dados analisados ocorreram nos seguintes períodos: 31/05/2009, 06, 11 e 14/06/2009, foram tabulados e demonstrados em gráficos posteriormente, dando continuidade aos demais bairros nas próximas etapas.
2 DESENVOLVIMENTO
O delineamento da pesquisa utilizado foi o estudo de campo e bibliográfico, que tem como principal função a explicação sistematizada dos fatores que ocorrem num determinado contexto do crescimento populacional. Os perfis nas áreas de desenvolvimento econômico, social e político que afeta aos seguintes itens: faixa etária, controle de natalidade, qualidade de vida, renda/emprego e tipo de moradia.
A lógica da coleta de dados descritivo-quantitativos bibliográficos e de campo foi utilizada uma análise de levantamento, através de aplicação de questionário que servem de amostragem na realização de entrevistas semi-estruturadas, observação não participante, participativa da analise.
A pesquisa esta sendo realizada no nível organizacional e as unidades de analise estão sendo compostas por organização de tabulação por tempo do trabalho nos referidos bairros: Cirurgia, Siqueira Campos, Santo Antônio, Industrial e Santos Dumont. O corte do estudo foi transversal porque os dados foram coletados em um curto ponto de tempo, baseados numa amostra selecionada para descrever o crescimento da população no período de 1996 a 2007. As caracteriza como categorias analisadas documental de campo no estudo em estabelecer as relações em tela, buscando-se: "compreender os fenômenos segundo as perspectivas dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo" (GODOY, 1995, p.58).
Para compreender o crescimento populacional de Aracaju temos que analisar a história da capital de Sergipe. Aracaju (antigo povoado Santo Antônio de Aracaju) Sua fundação ocorreu inversamente ao convencional, ou seja, não surgiu de forma espontânea, como as demais cidades, foram planejadas especialmente para ser a sede do Governo do Estado. Passou à frente de municípios já estruturados, principalmente São Cristóvão, do qual ganhou a posição de capital.
Acredita-se que uma capelinha, a Igreja de Santo Antônio erguida no alto da colina tenha sido o início da formação do arraial que se transformaria depois na capital do Estado a cidade de Aracaju surgiu de uma colônia de pescadores que pertencia juridicamente a São Cristóvão seu nome é de origem tupi, e segundo estudiosos da língua indígena significa cajueiro dos papagaios. Por ter o privilégio de estar localizado no litoral e ser banhado pelos rios Sergipe e Vaza-Barris, o pequeno povoado foi escolhido pelo presidente da província Inácio Joaquim Barbosa, para ser a sede do Governo deixando para trás, além de São Cristóvão, grandes cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga d'Ájuda.
A cidade cresceu inflexível dentro do tabuleiro de xadrez aterrou vales e elevou-se nos montes de areia, foram feitas desapropriações onerosas e desnecessárias, para que o projeto mantivesse a reta, a única exceção foi uma alteração imposta pelo próprio presidente permitindo que a Rua da Frente ganhasse uma curva, criando a bela avenida que margeia o Rio Sergipe. As terras de Aracaju originaram-se das sesmarias, doadas a Pero Gonçalves por volta de 1602 compreendia 160 quilômetros de costa que iam da barra do Rio Real à barra do Rio São Francisco, onde em todas as margens do estuário não existia uma vila sequer. Apenas eram encontrados arraiais de pescadores.
Em 1669 existia uma aldeia chamada Santo Antônio do Aracaju que hoje é o bairro Santo Antônio onde começou o crescimento da população, que foi expandindo por todo o território da capital até chegar ao que vemos hoje. Aracaju seu centro histórico, onde sua planta inicial serviu de ordenamento, espécie de Plano Diretor, mas são também seus bairros, nascidos no correr do tempo, como resultado de uma expansão que ritmou o crescimento da cidade. O centro mantém a paisagem mais harmoniosa, mesmo com a degradação das últimas décadas, modificando as casas e as ruas, ampliando os espaços do comércio, empurrando a moradia para outras áreas, notadamente para os condomínios que têm surgido, formando novos bairros.
"Como maioria dos centros urbanos brasileiros, o centro comercial e de negócios de Aracaju vem sendo ampliado, ao mesmo tempo em que vem se especializando no comércio de produtos das classes populares (FRANÇA, 1999)."
O Centro, atualmente, não pode ser confundido com a noção do traçado de Pirro, que previa construir a cidade nas três direções, com mil metros para cada rumo. A legislação faz do Centro da cidade uma área menor, cujos limites são os seguintes: ao sul, a Travessa João Francisco Silveira, (que começa na Avenida Ivo do Prado e que tem continuidade, após a Praça Camerino, com a Avenida Barão de Maruim; ao oeste a Avenida Pedro de Calazans; ao norte a avenida Coelho e Campos. Ou seja, 400 metros para o sul, 800 para o oeste, e 500 a 600 para o norte. As ruas do centro receberam os nomes das cidades do interior do Estado, salvo algumas exceções. E são elas: Pacatuba, Itabaiana, Itabaianinha, Santa Luzia, Santo Amaro, Arauá, Capela, Lagarto, Simão Dias, Siriri, Boquim, Estância, Maruim, Laranjeiras, São Cristóvão, Geru (Tomar do Geru), Divina Pastora, Santa Rosa (de Lima).
Outros nomes de cidades estão no bairro Santo Antonio - Rosário, Japaratuba, Carmo (Carmópolis), Muribeca; outros no bairro São José - Riachuelo, Campo do Brito, Frei Paulo, Campos (Tobias Barreto), Socorro, Cedro, Vila Cristina (Cristinápolis); outras, ainda, no bairros Cirurgia e Suissa - Gararu, Porto da Folha, Riachão (do Dantas), Nossa Senhora das Dores, Ribeirópolis.
Com o tempo alguns nomes foram substituídos, mercê de homenagens que as autoridades prestaram a vultos do Estado e do País, como o Barão do Rio Branco, falecido em 1912, que deu nome a Rua da Aurora, João Pessoa, morto em 1930, que passou a denominar a principal rua comercial do centro, que era Japaratuba, José do Prado Franco, o Zezé do Pinheiro, que morreu em 1949, e mereceu ter seu nome no trecho da rua de João Pessoa, compreendido entre a praça General Valadão e a avenida Coelho e Campos, dentre outros.
Para o sul, Aracaju cresceu pela Avenida Ivo do Prado, alcançando os bairros São José, que surgiu no antigo Carro Quebrado, 13 de Julho, em torno da Praia Formosa e da velhíssima região do Tramanday, Salgado Filho, Conjunto João Alves e Conjunto Dom Távora, Tramanday, Loteamento Garcia, tomando o rumo das praias, pela esquerda atravessando o rio Poxim, e passando pela Coroa do Meio, área urbanizada nas últimas duas décadas, e seguindo em frente, passando pela velha região do Raposo, depois Sementeira, hoje Parque Governador Augusto Franco, atravessando a ponte do Poxim, a Farolândia, chegando na Atalaia, onde a cidade conquistou uma orla de mais de 20 quilômetros, e que leva até a foz do Vaza-barrís e onde estão os conjuntos Santa Tereza e Augusto Franco.
Para o oeste surgiram os bairros Getúlio Vargas, Cirurgia e Siqueira Campos, Novo Paraíso, América, chegando até a região do Capucho, onde está o Centro Administrativo Governador Augusto Franco, com diversos edifícios de repartições, destacando-se o Fórum Gumercindo Bessa, o Tribunal de Contas do Estado, o Tribunal de Contas da União, a Justiça Federal, o Tribunal Regional Eleitoral, o Arquivo do Poder Judiciário, o Hospital Governador João Alves, o Centro de Referência da Mulher Leonor Barreto Franco, a Secretaria de Estado da Fazenda, o Terminal Rodoviário Governador José Rollemberg Leite, dentre outros, e, ainda, a região denominada Olaria e dentro dela o conjunto Veneza.
Surgiram, também, os bairros Suissa, Pereira Lobo, Conjuntos dos Bancários, Vila Militar, e outros. Para o norte, o bairro Industrial foi com o bairro Santo Antonio dois prolongamentos naturais do centro. A instalação, a partir de 1884, da Fábrica Sergipe Industrial determinou a formação imediata de uma povoação ligada, diretamente, ao funcionamento daquela indústria, mais tarde reforçada com a instalação da Fábrica Confiança. A construção de vilas operárias ajudou na urbanização daquela área, conciliando com pedaços de mata, com o Morro do Urubu, que estão hoje integrados ao Parque da Cidade Governador José Rollemberg Leite, e com o Porto Dantas.
O bairro Santo Antonio, sede do antigo povoado o mesmo nome, tem uma relação próxima e íntima com o centro e em suas ruas moraram primitivos habitantes da nova capital, funcionários públicos, comerciantes, trabalhadores em geral. A cidade cresceu, também, nos bairros 18 do Forte, Palestina, Cidade Nova, Santos Dumont, chagando até o Jardim Centenário e a região do Bugio, onde está o conjunto residencial Assis Chateaubriand.
"A população pobre foi atraída pela nova capital a procura de emprego e pela fábrica de tecidos do estado de Sergipe, instalada em 1884, ao norte da cidade, onde se desenvolveu e consolidou-se, anos mais tarde, como bairro popular, o bairro Industrial. Os elevados preços das terras e o forte poder de controle do Estado fizeram com que os migrantes se localizassem na periferia fora do traçado de Pirro de forma desordenada (CARDOSO, 2003)."
Há ramificações notáveis entre as três áreas que seguiram as direções fixadas pelo planejamento inicial da cidade. E lá estão, entre o sul e o oeste, os conjuntos Castelo Branco, Médici, Costa e Silva, Inácio Barbosa, Sol Nascente, a Luzia, o Grageru, o novíssimo e belo bairro Jardins, a Cidade dos Funcionários, e muitos outros locais de densa povoação. As vias Contorno Norte, ou avenida general Euclides Figueiredo, e Contorno Sul, ou Avenida Tancredo Neves, estabeleceram ligações que facilitam, extraordinariamente, as comunicações entre todos os bairros com o centro e entre eles mesmos.
Os novos bairros reproduzem, esteticamente, velhos modelos de casa, juntamente com a padronização das moradias dos conjuntos habitacionais, e com os condomínios de apartamentos que mais do que determinarem o crescimento vertical da cidade, criou um padrão diferenciado de moradia, que vem sendo aceito cada vez mais pela população aracajuana.
Os bairros velhos e novos de Aracaju mantêm o bom gosto dos aracajuanos, atestando o poder econômico da classe média, que responde pelo crescimento e pelo ritmo frenético das construções que alargam as fronteiras das três direções originárias da cidade que, arrumada e bonita, chega aos 150 anos em contínua expansão. Contida em seus acanhados 170 quilômetros quadrados, Aracaju projeta-se sobre os municípios de São Cristóvão, onde está sediada a Universidade Federal de Sergipe, onde estão algumas empresas e conjuntos residenciais, dentre eles o Rosa Elze, ou Eduardo Gomes e Luiz Alves de Oliveira, e de Nossa Senhora do Socorro onde estão grandes conjuntos residenciais - João Alves, Fernando Collor, Albano Franco, Marcos Freire, e outros, e galpões industriais, empresas comerciais e industriais.
"Entre 1977 e 1989 foram construídos em Aracaju conjuntos habitacionais, a maioria deles através da COHAB, intermediados pela ação das construtoras. Totalizaram 20.839 moradias construídas na periferia (FRANÇA, 1999)."
Aracaju é bastante quente durante a maior parte do ano. A temperatura média é de 26º C. As chuvas se concentram entre os meses de março e agosto e a precipitação média anual é de 1.590 mm. A cidade é banhada pelos rios Sergipe, Vaza Barris, Rio do Sal, Poxim e Pitanga e se limita com os municípios de São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Santo Amaro das Brotas.
A capital sergipana tem 35 km de litoral. À beira-mar, sobretudo nos bairros Atalaia e Coroa do Meio e nas praias do litoral sul, estão os hotéis e casas de veraneio. Os prédios baixos no litoral facilitam a circulação de ar por toda a cidade. A vegetação predominante é o manguezal, que se concentra às margens dos rios. Além de mangues, também são consideradas áreas de preservação ambiental algumas restingas e o Morro do Urubu, um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica.
A construção da ponte sobre o rio Sergipe ligará Aracaju a Barra dos Coqueiros, o que significa uma nova fronteira a conquistar, como trânsito para a economia e o turismo com a zona norte das praias da Barra dos Coqueiros ao Cabeço, passando por Pirambu e valorizando outros municípios, e como expansão impactante nas áreas habitacional e comercial.
2.1 Apresentação e análise dos dados
2.1.1 Caracterização das estratégias organizacionais
As estratégias organizacionais estão relacionadas com os objetivos estabelecidos. Com os objetivos estabelecidos do comparativo comportamental da cidade. Estes objetivos funcionam para outras capitais mais desenvolvidas que Aracaju, de acordo com a sua região em questão.
As funções estão sendo desempenhados para atingir as expectativas políticas e socioeconômicas da capital, procurando definir em termos organização, organogramas e gráficos estatísticos do seu crescimento por faixa etária, taxa de natalidade, renda/emprego, moradia e imigração rural dos municípios do Estado e outros Estados círculos vizinhos. Foram avaliados cinco bairros uns dos mais antigos para esta etapa e posteriormente será continuada a referida avaliação dos demais até finalizar os 37 bairros da cidade de Aracaju.
A principal finalidade da pesquisa é avaliar o crescimento populacional da capital, de forma que ajude a alcançar o conhecimento e compreender como melhorar a paisagem, infra-estrutura e socioeconômica de Aracaju. Nesse processo vem sendo feito estratégias sobre os planejamentos e as regras básicas para formulação de questionário e sua aplicação em campo desenvolvido a primeiro momento.
2.1.2 Caracterização das estratégias de campo
A definição da estratégia de campo iniciou com a indicação de cinco bairros: Cirurgia, Siqueira Campos, Santo Antonio, Industrial e Santos Dumont um dos mais antigos, para este período letivo, traçamos as rotas de orientação para melhor entender o crescimento populacional visualmente presente na cidade. A pesquisa de porta-porta esta sendo uma experiência produtiva e aprendizado dia-a-dia, propiciando uma qualificação mais ampla do trabalho. Isso significa saber até o período 2007, a velocidade do crescimento populacional da capital mesmo encontrando problemas operacionais de ordem política e socioeconômica que ocorreram. Os levantamentos dos dados analisados ocorreram nos seguintes períodos: 31/05/2009, 06, 11 e 14/06/2009, foram tabulados dando continuidade aos demais bairros nas próximas etapas.
A evolução urbana populacional de Aracaju que se deu nos últimos dez anos foi em virtude da melhoria das condições de vida, o que resultou num crescimento acelerado. A construção de conjuntos habitacionais nas áreas periféricas, obrigando a ocupação, o poder público no planejamento do ponto de vista do crescimento da cidade, interferindo diretamente no sentido de preparar a cidade para um crescimento populacional, as ações, serviços e obras para um futuro tentar antecipar-se aos problemas, fazendo com que o planejamento urbano, o desenvolvimento econômico e o crescimento da cidade sejam planejados com antecedência para que as pessoas que cheguem tenham certos caminhos a percorrer.
Uma observação mais acurada das demandas que contribuíram para a modernização foi à agricultura, que libera mão-de-obra, a concentração de terra, a falta de postos de trabalho além da política habitacional. Assim as pessoas migram para a cidade, especificamente para a capital Aracaju, dando origem a construção de projetos arquitetônicos como conjuntos habitacionais, edifícios e melhoria na paisagem aracajuana sem agredir seus aspectos físicos e ambientais.
Analise dos dados da pesquisa de campo esta sendo realizada de acordo a realidade da capital, verificando as mudanças ocorridas no período em tela. Demonstrando os resultados colhidos no decorrer das visitas em campo dos questionários aplicados estão mensurados ao projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entender a estratégia principal da pesquisa constitui em informar a evolução do crescimento populacional evidenciando o ritmo rápido político e socioeconômico sejam eles por faixa etária, taxa de natalidade, renda/emprego, educação, moradia e imigração rural dos municípios do Estado e outros Estados vizinhos.
Baseados no levantamento in loco e nas entrevistas através de questionário com a população de cada bairro estão visualizando alguns fatores que estão chamando a atenção no contexto urbano da cidade. Além de nos servi como exemplo marcante da situação em que se encontra Aracaju, como projetos arquitetônicos de edifícios e casas em conjuntos habitacionais, como também o abandono da arquitetura da cidade. Dentro dos aspectos mostraremos percentuais de favorecimento do seu desenvolvimento estrutural preservando as suas culturas, meio ambiente, sociedade e economia.
Verificando como funciona a estratégia organizacional do crescimento e seus problemas ocorridos e visualmente vistos na cidade e como também tabulações e percentuais expostos posteriormente após finalização dos referidos dados coletados. E o futuramente tentar mostrar os problemas, fazendo com que o planejamento urbano, o desenvolvimento socioeconômico e o crescimento da cidade sejam mais bem planejados com posteriormente.
Enfim, as observações abordadas das demandas que contribuíram para melhorar e conhecer a modernização da capital, explica-se pela grande imigração do crescimento em valores absolutos e compreender melhor as formas de relacionamento entre a população. As metas ou objetivos serão estabelecidos futuramente o que deve ser atingidos e quando seriam atingidos os determinados resultados conquistados.
REFERÊNCIAS
BACELLAR, C. A. P., SCOTT, A. S. V., BASSANEZ, M. S. C. B: Quarenta Anos de Demografia Histórica. Caxambu, XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, 2006.
BARRETO, L. A. Os 150 anos de Aracaju de história 1855 ? 2005. Mídia digital
BHD-Boletim de História Demográfica. São Paulo: N.E.H.D.-Núcleo de Estudos em História Demográfica/FEA-USP, Ano I, número 2, julho de 1994.
CARVALHO, J. A. M., SAWYER, D. O., RODRIGUES, R. N: Introdução a alguns conceitos básicos e medidas em Demografia. 2a edição. Caxambú.ABEP.1998 p.26 COSTA, I. N: Por uma definição de demografia histórica. In: BOLETIM ELETRÔNICO.
FRANÇA, V. L. A. FALCON, M. L. de O. Aracaju: 150 anos de vida urbana / Organização Vera Lúcia Alves França e Maria Lúcia de Oliveira Falcon. - - Aracaju: PMA / SEPLAN, 2005
MAIA, R. L. A. da C. O Sentido das Diferenças Migrantes Naturais: observação de Percursos de vida no Bonfim. Edição: Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Agosto de 2003. Ministério da ciência e do Ensino Superior.
MELINS, M. Aracaju romântica que vi e vivi / Murilo Melins 3º edição Aracaju: Unit, 2007.
PEREIRA, W. Demografia do Subdesenvolvimento: Formação de Recursos Humanos em Países Subdesenvolvidos. 1ª edição 1978. Editora Saraiva.
RODRIGUES, A. de J. Metodologia Cientifica. / Auro de Jesus Rodrigues. ? Aracaju: UNIT, 2009. 154 p.: il.
SANTOS, A. R. dos. Metodologia Cientifica: a construção do conhecimento / Antonio Raimundo dos Santos. ? 6. Ed. Revisada (conforme NBR 14724:2002). ? Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
SANTOS, J. L. F. LEVY, M. S. F. SZMRECSÁNYI, T. (organizadores) ? Dinâmica da População: teoria, métodos e técnicas de análise. Série 2ª ? TEXTOS, Vol. 3. São Paulo.
SEVERINO, A. J., 1941 - Metodologia do Trabalho Científico ? Antônio Joaquim Severino. ? 21. ed. rev. e ampl. - São Paulo: Cortez, 2000.
TORRES, A. Demografia e Desenvolvimento: Elementos Básicos. 1ª Edição: janeiro 1996, Editora Gradiva. Coleção: Trajectos / Portugueses.
UNESCO, 2000. Levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas para a educação, Ciência e Cultura ? UNESCO, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ? PNUD. Índice de Desenvolvimento da Educação para Todos, Senegal,2000.
www.google.com.br
www.ibge.gov.br