Faremos referência a seguir de uma proposta que somatize a função do coordenador enquanto psicopedagogo. Assim Fernández, Paín e Barbosa colaboram com registros da psicopedagogia que vem emergindo, "ganhando corpo", quanto a reconhecida função de coordenador, que se não for melhorada – pois hoje é um agente intermediário que "apaga fogo", não será agregada a nova clientela ao qual estamos e estaremos atendendo.

Mediante essa reflexão a ideia remete a uma discussão valorativa que pode ser associativa as vivências escolares, minimizando causos de dificuldades de aprendizagem, na adoção de práticas voltadas a sanar as mesmas. Contudo, serão instrumentos orientadores da conduta educacional, que por sua vez atribuirá maior significado sócio-educacional, visto que esteja alicerçada a ação do psicopedagogo.

Então, convido os leitores a pensar e levantar pontos: positivos ou negativos no transcorrer das páginas que se seguem.

DESENVOLVIMENTO

Coordenar é tarefa que exige apreço, olhar e ação pró-ativa. Sendo psicopedagogo é uma contribuição que evoca um trabalho ativo partindo de hipóteses no desenvolvimento educacional da criança e do adolescente. É a maneira de se esgotar as possibilidades de intervenção pedagógica para sanar dificuldades e desafia-los a novos aprendizados.

Duas atividades que se complementam almejando qualidade no ensino, de forma que o coordenador especialista acrescente a sua equipe: formação e estratégias de ensino diferenciadas, inovadoras.

Essa junção é a atualidade necessária que permeia através da parceria a erradicação da força representada na união de forma que seja a complementação que remete a atuação especializada que através da ação tende a orientar o estudo da prática respeitando as condições do aprendente através da colaboração mútua favorecendo do espaço de interação e troca viabilizando a renovação da prática educativa, repensando ações, dialogando sobre elas.

Nesse caso, retrata-se o enfoque dialético ao coordenador adquirida na função complementar de psicopedagogo.

Barbosa, complementa:

"A psicopedagogia nasceu no Brasil, final da década de 70 e inicio da década de 80. Seu surgimento veio, não como mais uma especialidade a se incorporar a tantas outras dentro da escola, mas como uma especialidade que tinha como objeto de estudo a aprendizagem e, posteriormente, o ser que aprende, de caráter interdisciplinar, que objetivava somar com a escola, considerando a sua realidade". (2006, pg.9).

Ou seja, por não ser uma profissão considerada essa dever-se-ia ser valorizada enquanto formação possibilitando atribuir de forma institucional atividades de caráter preventivo. Defesa essa, no sentido de garantir que o coordenador enquanto psicopedagogo utilize-se dessa metodologia de ensino nas formações de professores. Porque a psicopedagogia é a percepção da ação pedagógica.

Nesse caso, o que determinará qual a linha de trabalho, são os valores familiares, os valores da escola que o individuo estuda, e sua cultura.

Alícea Fernandez e Sara Paín defendem que o processo de aprendizagem se dá em quatro níveis: organismo, corpo, inteligência e desejo.Então, não há aprendizagem que não esteja registrada no corpo. Tudo o que se passa por esse é marcado e jamais se esquece. Contudo, para se entender a aprendizagem, temos que ler o aluno.

Todavia, Sara Paín, pontua:

"A Educação deve ser libertadora. A função da educação pode ser alienante ou libertadora, depende de como for usada, quer dizer, a educação como tal não é culpada de uma coisa ou de outra, mas a forma como se instrumenta essa educação pode ter um efeito alienante ou libertador". (1990, pg.11).

Assim, o coordenador necessita colaborar com diretrizes que viabilizem o cumprimento da missão institucional, que como tal, deverá priorizar a formação do cidadão critico e atuante na sociedade. Essa colaboração será advinda da formação de psicopedagogo que instrumentaliza no olhar e na pesquisa um direcionamento refletido e dialogado na ânsia de melhor atender nosso público alvo: professores e educandos na escola.

O ato de coordenar na visão leiga da sociedade se faz desnecessária pois; não existem diferenciais nas posturas adotadas e/ou conduzidas por esses.Sabemos que existem profissionais que exercem cargos sociais, mas não internalizam seus deveres. Nesse caso, acabam por reforçar estatísticas da mídia, referente à má formação educacional. Contudo, sabemos que a atuação psicopedagógica não resolverá muitos problemas, mas será uma ferramenta a mais de trabalho coletivo. Adquirirá ainda mais respeito da comunidade externa mediante inovações na prática educacional.

Embora simplório, quisemos mostrar as contribuições dessas duas áreas educacionais unidas em prol da qualidade educacional.

CONCLUSÃO

Notificamos que mais uma vez a educação deve ser refletida. E, como tal indissociável da ação, por isso: Barbosa, Fernández, Paín trouxeram apontamentos relevantes e usuais a liderança do coordenador enquanto psicopedagogo. Mostrando que essas duas práticas poderiam ser unidas, voltadas à qualidade na formação educacional e social uma vez que o educando é percebido como: sujeito afetivo, sujeito cognitivo, sujeito social e sujeito biofisiológico.

Nesse caso ainda, além de ser valorizado o espaço de interação e troca oriundo da especialização, há a atuação através da colaboração mútua que complementa respeito às condições do aprendente e união no estudo da prática da ação atualizada.

Contudo apresentamos a renovação da prática educativa que objetiva repensar ações dialogando sobre elas, dentro de um enfoque dialético que projeta ações no sentido: aprender-ensinar-aprender. Reflexão possível ao coordenador enquanto psicopedagogo no âmbito escolar, se lhe forem confiadas essa autonomia didática.

Houve um trabalho de conclusão de curso, pontuado por mim, Renata Bortolo da Silva, que mostrou mais pormenores dessa defesa ao qual foi sintetizada nesse artigo-relatório, do qual temos o prazer de compartilhar com leitores.

RECOMENDAÇÕES

Reconhecimento das vantagens de uma associada à outra.

Remuneração compatível aos esforços depositados: carga horária e momentos de ser o profissional pesquisador atuante.

Introduzir na Unidade Escolar essa prática do "psicopedagogo" especializada.