Os eventos de design no Brasil tem movimentado bem a cena e atraído olhares curiosos em torno deste mundo ainda tão confuso. Leigos não sabem o que é e nem mesmo os profissionais conseguem explicar. Porém, o tempo todo se ouve: design pra cá, designer pra lá, design disso e daquilo. O design virou status, sinônimo de "chiquê", luxo, é pra quem pode, será? Muitos desses eventos que acontecem, tem mostrado que não, que há espaço pra tudo e todos no design. Por exemplo, a Design Weekend 2015, cresceu ainda mais na cena e virou o evento do momento, até notícia de jornal global ele apareceu, assim como tantos outros.

A interatividade e a tomada de consciência das coisas, popularizou o design, trazendo discussões cada vez mais assíduas, sobre o seu presente e futuro.  As tecnologias avançando e a criatividade em expansão junto com o progresso. A economia criativa e a colaboratividade estão tomando a vida das pessoas, promovendo um acesso maior a tudo, ou pelo menos, quase tudo, e a todos.

Uma mescla desses fenômenos vem surgindo com a TOG uma loja fundada por grandes designers, tais como Phillipe Starck e que tem sua sede inaugurada no Brasil em São Paulo durante a Design Weekend 2015. Com a ideia de criar mobiliários "naked", ou seja, produtos que são passivos de custumização pelo consumidor. Cada peça se apresenta da maneira mais singela possível, com possibilidade de escolher cores e estampas em um catálogo extenso, cada cliente tem sua peça de acordo com o seu gosto.

Fora isso, outra coisa que vem fazendo sucesso entre os jovens envolve a economia criativa com responsabilidade social e engajamento nas questões sustentáveis. Mostrando que para tudo e todos há sempre uma oportunidade de criar e recriar com infinitas possibilidades. O mundo, cada vez mais demanda pessoas que usam design em sua vida sem nem mesmo perceber, pessoas que fazem do caos a solução prática para os problemas recorrentes.

Um exemplo disso é o Upcycling, termo que surgiu para denominar o reaproveitamento criativo de objetos, embalagens, roupas, móveis, etc. que normalmente são descartados. Designers do mundo inteiro têm se utilizado desse artifício, transformando lixo em objetos de luxo.

As impressoras 3D, cada dia mais próxima de ser acessível a todos, ainda é um recurso caro hoje em dia, alguns designers e outros profissionais já utilizam o recurso em casa ou no escritório, porém a realidade tende a se expandir para a casa das pessoas, que em futuro não tão distante, consumirão arquivos de programas de impressão ao invés do próprio objeto.

As FabLabs que também já são muitas pelo mundo, hoje vêm pipocando no Brasil, com a cultura do "Do It Yourself". Ensinando pessoas que tem interesse em manipular máquinas não só de impressão 3D como fresadoras, para que os próprios cidadãos no futuro, possam fabricar seus próprios móveis e objetos de acordo com suas necessidades.

Por isso o design, não pode ser isolado, por isso não existe definição, não se explica. Design é tudo e nada, é mais e menos. É político, é geográfico, é econômico e social. Também é matemático, filosófico, científico, artístico e até mesmo musical.