O Brasil chegou a imprimir 2 bilhões de boletos em 2008 e em 2009 e diminuiu para 1,8 bilhões graças aos meios eletrônicos de pagamento, conforme dados da Febraban. Isso representa um crescimento de 53,85% de 2008 em relação aos números de 2007 e uma redução de 10% de 2008 a 2009. Para entender todos os dados já citados há que se destacar a crescente introdução da tecnologia nos meios de pagamentos dos mais variados serviços, conforme já citado acima. Esta tecnologia está no DDA e na emissão de boletos por e-mail, isto somente para citar 2 exemplos. Esta tecnologia pode reduzir este número drasticamente com pequenas aplicações, como integrar o sistema de cobrança a um disparador de e-mail. Para entender um pouco mais deste processo é interessante dividir o boleto impresso em algumas áreas de custo. São elas:
a. Custo de criação da arte: Normalmente os boletos são impressos em folhas A4. O boleto ocupa cerca de 50% da folha e o restante é enviado um comunicado ou propaganda. Esta arte tem um custo fixo de aproximadamente R$6000,00 ao mês;
b. Impressão dos documentos com a perda já prevista: A contratação de uma gráfica, custo do desenvolvimento de um método no sistema de cobrança para envio das informações, papel, tinta, luz. Estes são alguns dos custos para se imprimir os boletos. Este custo gira na casa do valor unitário de R$0,11 (valor referenciado por gráficas de impressão de grandes clientes);
c. Postagem do material na EBCT: Usando o Serviço de Franqueamento Autorizado de Cartas (FAC), sistema onde a empresa deve seguir algumas regras disponibilizadas pela EBCT para conseguir um importante desconto no custo de postagem. Este custo fica em R$0,90 por documento (desde que impressa uma quantidade de 100.001 até 1.000.000);
d. Taxas bancárias: O boleto deve ser cadastrado em uma instituição bancária para gerar os dados. Este cadastro tem um custo unitário de aproximadamente R$1,25 de custo variável.
Os itens acima fazem o boleto custar aproximadamente R$2,27 de custos variáveis, mais o R$6.000,00, a ser dividido entre a quantidade de boleto, de custo fixo. Vale lembrar que estes valores de postagem são inversamente proporcionais à quantidade de boletos impressos.
As empresas têm muito a lucrar com a mudança do seu modelo atual de cobrança impressa para um modelo mais ágil e moderno que satisfaça o seu cliente e o meio ambiente.
Além disso, pode-se trabalhar com a diminuição efetiva do desmatamento de uma árvore a cada 24 (vinte e quarto) mil boletos, o que não é muito para uma pequena empresa, mas para uma grande empresa, com grande volume de boletos, é uma redução significativa. Isto sem falar na propaganda que a empresa pode fazer aderindo a um discurso de ser uma empresa sustentável, preocupada com o meio ambiente e com o aquecimento global, tema amplamente discutido nos tempos de hoje.
Afora todos os dados apresentados podemos ver o impacto ambiental recorrendo à Revista Galileu, que informa que uma árvore de reflorestamento, como o eucalipto, produz entre 20 (vinte) e 24 (vinte e quatro) mil folhas A4. Para efeito de cálculo usaremos o número mais conservador, que é de 1 (uma) árvore para 24 (vinte e quatro) mil folhas. Pensar em mudar a forma de cobrança é uma boa contribuição para a empresa e para o planeta.