Sem nenhuma sombra de dúvida viver é muito bom, principalmente quando se têm saúde física e mental,estabilidade financeira, uma boa família, etc. Porém mesmo assim o ser humano como matéria mortal finita se apressa para o fim comum, a cada dia de sua vida o homem desce mais um degrau da escada da existência, que só irá levá-lo a um destino comum a todos nós,a morte física, o mal que ninguém aceita, o abismo endereçado a todos, pretos e brancos, pobres e ricos, analfabetos e letrados, a morte é uma abismo que não abre parênteses para um milagre, ou qualquer outra força sobrenatural oriunda da crença na divindade monoteísta ou politeísta, pois já foi preestabelecido por aquele que habita em luz inacessível e que não esta interessado em se explicar acerca do que faz ou deixa de fazer, porque é auto- suficiente e não necessita de conselheiros, "a ele toda glória".
Ser consciente deste fato tão comum a todos nós, não significa ser pessimista quanto a vida, desistir dos nossos sonhos, parar de viver, mas aceitar uma condição que a nós foi imposta por sermos simplesmente objetos da criação e não criador. Tudo o que criamos tem um destino comum, o fim, destinado ao lixo e sujeito ao tempo e espaço, o homem poder constituir família, riquezas, amontoar fortunas,montar impérios, mas tudo esta fadado ao fracasso, como o império assírio, babilônico, romano, etc. Quando somos conscientes de tal realidade, aprendemos a viver melhor, procuramos aproveitar mais cada momento da vida de forma espetacular, valorizamos mais as pessoas que estão em nossa volta, aproveitamos melhor o tempo que nos resta, tentamos ser mais humanos, compreendendo que nossos dias já estão previamente contados na história da nossa existência e que precisamos viver cada dia de nossas vidas exaustivamente como se fosse o ultimo.
Segundo Schopenhauer, com uma filosofia profundamente pessimista, afirma que a vontade é concebida em seu sistema como algo sem nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e inconsciente. Sendo um mal inerente à existência do homem, ela gera a dor, necessária e inevitavelmente, aquilo que se conhece como felicidade seria apenas a interrupção temporária de um processo de infelicidade e somente a lembrança de um sofrimento passado criaria a ilusão de um bem presente. Para Schopenhauer, o prazer é momento fugaz de ausência de dor e não existe satisfação durável. Todo prazer é ponto de partida de novas aspirações, sempre obstadas e sempre em luta por sua realização: "Viver e sofrer.