A beleza de um riacho em nada diminui Apesar de seu curso tortuoso, Cheio de imperfeições, Com trechos muito rasos, Outros mais profundos. Com margens ora floridas, Ora destruídas por erosões. Esse mesmo riacho segue adiante E em sua natureza imprevisível Carrega em suas águas um pouco Do que encontra pelos caminhos onde passa. Ainda assim, segue incessante! Precisa desaguar no mar que lhe espera. Se transforma, ganha corpo, E a despeito de todas as dificuldades, Ao encontrar o mar, simplesmente lhe abraça. (Que nossas vidas sigam como o caminho das águas...)