O BULLYING NO ÂMBITO ESCOLAR

Laura Rezende de Lima

O bullyng vem occorendo no meio escolar durante muito tempo. Por isso que ultimamente esses atos de agressividade tem se tornado caso de estudos entre educadores, psicólogos e psiquiatras. Sabe-se que o bullyng causa às pessoas sérios danos principalmente no convivio social, pois muitos indivíduos que sofrem esse tipo de agressão acabam se excluindo, levando consigo traumas difíceis de serem esquecidos. Segundo Guareschi e Silva,

Ao tratar de bullying, é importante considerar ainda uma questão fundamental: o contexto, isto é, o quanto a cultura em que os jovens estão imersos pode influenciar no modo com que lidam com problemas e pessoas [...]. Muitos alunos envolvidos no bullying receberam influência cultural que eliminava opções que não envolvessem violência na resolução de problemas do dia-a-dia. (2008, p. 55).

Quando o bullyng é praticado dentro da escola por estudantes, é preciso que a equipe escolar busquem soluções para tentar sanar com esse fato, buscando formas que ajudem a resolver esse problema. Para que isso realmente aconteça é necessário que haja o apoio principalmente da família e de especialistas, como psicólogos.

Para proteger as pessoas que sofrem bullying, principalmente crianças, existe no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), documento que estabelece direitos e deveres às crianças e adolescentes. O artigo 17 prescreve que : O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integração física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação de imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Como é possível perceber o bullyng pode acontecer por meio de três personagens: o agressor, a vítima e o expectador. Como diz Silva (2010), “as vítimas do bullying, em geral, fogem do padrão imposto por um determinado grupo de alunos, sendo pelo seu caráter físico, (altura, peso, imperfeições físicas), raciais, culturais, regionais, geralmente são inseguras, e possuem dificuldades de se expressar em grupo e na coletividade. “

O bullying é um fato sério. Não podemos nos esquecer é que na maioria das vezes falta vontade política e disposição por parte dos gestores educacionais em encarar essa situação. É necessário que o agressor tenha consciência sobre as consequências do que faz, e uma maneira é colocá-lo no lugar do agredido.

Um caminho de tentar prevenir o bullyng é tentar levantar situações e meios que ajudem a combater essas agressões. E isso só será possível com a colaboração de todos. Segundo Almeida (2012), “os pais só percebem que a criança está sofrendo algum tipo de agressão, quando aparecem com marcas pelo corpo.” Não podemos nos esquivar diante dessas atitudes, porque se cada um fazer a sua parte com certeza esses fatos ocorrerão com menos frequência.

Segundo Nascimento ( 1999, p. 62):

[...] as famílias podem ajudar a manter seus filhos afastados da violência, podem, também, socializá-los para ela. Pais violentos podem estar contribuindo para tornar violentos os seus filhos. Se a violência familiar pode, de alguma forma, agravar os efeitos da violência urbana sobre as crianças e jovens, é possível que ele produz consequências muito significativas e imediatas sobre a vida escolar [...].

É necessário que a família acompanhe os filhos, seja em qualquer ambiente. Nesse sentido o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 4°, prescreve:

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público essegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

 

 

Enfim, esperamos que os vários programas que visam acabar com o bullyng ajudem a diminuir essas ocorrências. E que a partir de agora todos caminhem juntos na luta contra essas agressões.