UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CURSO DE PEDAGOGIA

 

 

 

                                 

                       FRANCISCA CARINA DE OLIVEIRA SILVA

 

 

 

 

 

 

O BRINCAR E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALTO SANTO

2015


 

 

                      

FRANCISCA CARINA DE OLIVEIRA SILVA

 

 

 

 

 

 

 

 

      O BRINCAR E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

 

 

 

 

Artigo apresentado como requisito da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú.

                        

                                                                                                           Orientadora:

 FRANCESCA DANIELLE GURGEL DOS SANTOS

 

 

 

 

ALTO SANTO

2015

 

                                            

                       FRANCISCA CARINA DE OLIVEIRA SILVA

 

 

 

O BRINCAR E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

 

Artigo apresentado como requisito da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú.

Aprovada em: ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA

 

 

 

Prof.ª Ms. Francesca Danielle Gurgel dos Santos (Orientador)

Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

 

Prof. Xxxxxxxxxxxxxxxxxx (A combinar)

(IES)

 

Prof. Prof. Xxxxxxxxx Xxxxxxx (A combinar)

(IES)

 

SUMÁRIO

 

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................

   04

2 A CULTURA DO BRINCAR E A SOCIEDADE...............................................

   05

3 APRENDIZAGEM MEDIADA PELO BRINCAR.............................................

   08

4 CONTRIBUIÇÕES DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA....................................................................................................................

   15

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................

   17

6 REFERÊNCIAS .............................................................................................

   18

7 APÊNDECE ..................................................................................................

   19

 

 

 


 

 

O BRINCAR E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

                                                                  SILVA, Francisca Carina de Oliveira [1]

 

Resumo

O brincar é uma atividade fundamental para as crianças pequenas, é brincando que elas descobrem o mundo, se comunicam e se inserem em um contexto social. Propõe-se neste artigo analisar a importância do brincar na Educação Infantil para as crianças de 02 a 05 anos, mostrando sua contribuição para o desenvolvimento das crianças desta faixa etária, fazendo uma breve análise da sua história cultural na sociedade e depois relatando outros tópicos relevantes ao tema, enfatizando que não basta brincar, é preciso que seja de qualidade e para isso é importante prestar atenção nos agentes mediadores da atividade. Para realizar este trabalho foram feitas pesquisas bibliográficas fundamentadas nos estudiosos Friedmann (2012), Alves e Sommerhaler (2011), através da leitura e reflexão de livros, artigos científico e periodicos, também foi realizada uma pesquisa qualitativa com caráter descritivo, buscando refletir sobre como os professores de Educação Infantil colocam o brincar em seu cotidiano. Conclui-se com o estudo que brincar além de ser um direito da criança é de suma importância para o seu desenvolvimento e por isso as escolas e professores devem dar a devida atenção para essa atividade.

 

Palavras-chave: Brincar, Educação Infantil e Desenvolvimento.

 

1 INTRODUÇÃO

Brincar é bom e divertido, para as crianças é uma atividade simples e espontânea. O ato de brincar facilita o desenvolvimento do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional, e cognitivo. Para tanto é necessário que os pais, a sociedade e principalmente os educadores entendam que tal atividade faz parte de uma aprendizagem prazerosa, não sendo somente um lazer.

Tem-se falado e estudado muito o fenômeno do brincar, da importância para o desenvolvimento das crianças, é importante perceber a relevância de um tempo no cotidiano das crianças destinado a um brincar de qualidade, em um espaço, com matérias interessantes e que estimulem a criatividade. A ciência vem estudando e provando cada vez mais a importância do brincar, sendo que tais informações estão chegando com maior velocidade e abrangência nas escolas de Educação Infantil, local esse que é privilegiado para o incentivo dessa prática.

Afinal, brincando a criança forma sua personalidade e aprende a lidar com o mundo, estando assim ligado ao desenvolvimento infantil, o brincar e a educação devem caminhar juntos com o objetivo de auxiliar o processo de ensino aprendizagem. Para Solé (2011), quanto mais a criança brinca, levando em conta a qualidade e a quantidade, mais possibilidade ela terá na sua vida adulta.

O presente artigo está dividido em três itens, o primeiro irá fazer uma breve análise histórica do brincar, mostrando que ele sempre esteve presente na vida do ser humano, e que também pode ser visto como uma forma cultural, lembrando que “Os jogos, as brincadeiras, os brinquedos, enfim, as atividades lúdicas acompanham o desenvolvimento da civilização humana desde seus primórdios [...]” (ALVES; SOMMERHALDER, 2011, p.11).

No segundo item irei abordar a relação entre o brincar e aprendizagem, buscando deixar claro o valor que essa atividade tem para o desenvolvimento das crianças na escola e chamando atenção para o importante papel que o professor deve desempenhar durante esse processo, buscando conceituar o que é jogo, brinquedo e brincadeira, mostrando a importância do educador saber diferenciá-los e fazer uso delas de forma adequada. Também será feita uma análise em cima de uma pesquisa qualitativa que foi realizada com os professores de Educação Infantil do município de Alto Santo - Ceará, com base no questionário disponível no apêndice p.19.

Por fim, será feita uma reflexão sobre a importância do brincar para o desenvolvimento da criança, deixando explícitos os vários motivos que justificam o seu uso na Educação Infantil.

2   A CULTURA DO BRINCAR E A SOCIEDADE

O brincar sempre esteve presente na vida dos seres humanos, os jogos e as brincadeiras sempre acompanharam a evolução histórica e esteve presente em todas as civilizações. É certo que ao longo do tempo, assim como a sociedade também passa por transformações, logo os brinquedos e brincadeiras dependem e variam de acordo com o modo de vida dos agrupamentos humanos, o tempo e também o espaço.

O brincar já existia na vida dos seres humanos bem antes das primeiras pesquisas sobre o assunto: desde a antiguidade e ao longo do tempo histórico, nas diversas regiões geográficas, há evidencias de que o homem sempre brincou (FRIEDMAN, 2012. p. 19).

Para entender a brincadeira como expressão cultural é preciso perceber que as crianças enxergam o mundo através das experiências que incorporam quando brincam, entre si e com os adultos e que a figura do adulto funciona como referência, sendo suas ações reproduzidas, porém com um sentido próprio e essencial da criança.

No Brasil, as brincadeiras sofreram influências dos portugueses, negros e índios, onde os portugueses trouxeram os versos, adivinhas, lendas, alguns jogos e brinquedos como jogos de amarelinha, bolinha de gude, jogo de botão e pião, entre outros. A influência negra contribuiu com os jogos simbólicos e os índios trouxeram as brincadeiras junto à natureza e os animais. (FRIEDMANN, 2012, p.26)

Por ser um ser histórico-social, o homem constitui sua história no decorrer dos anos, com base nesse pressuposto, a noção ou sentimento de infância foi construída ao longo dos tempos. O brincar sempre esteve presente na vida da humanidade, mas nem sempre teve o reconhecimento necessário e algumas vezes foi visto como desnecessário.

O conceito de infância que conhecemos é recente, surgiu no século XVII e esta ligada a noção de família e ao desenvolvimento escolar. Recorrendo ao sentido literal da palavra infância vem do latim infantia significa “incapacidade de falar”, pois se considerava que antes dos sete anos as crianças eram incapazes de expressar seus desejos e pensamentos. Sugeria-se assim que a criança era menos que o adulto, por isso era representada como um adulto em miniatura, por se tratar de um período que apenas antecedia a vida adulta, havia neste caso um profundo desinteresse pela infância (GUIMARÃES, 2008, p. 15).

No decorrer da história surgiram vários modelos de infância, em alguns momentos as crianças eram representadas como anjos, abandonando a idéia de adulto em tamanho reduzido, em outro modelo a criança passa a ser vista com um ser sagrado, nessa época a estava de infância estaria ligada ao menino Jesus. Os altos índices de mortalidade infantil da época explicam a indiferença com relação às crianças, pois a possibilidade de perda era muito grande. As crianças só começaram a sair do anonimato quando os adultos desenvolveram o gosto pelo retrato, pois devido a possibilidade da criança morrer, era comum serem pintadas para guardar como lembrança.

Na sociedade feudal, a criança era vista como um adulto em miniatura, logo era obrigada a trabalhar, já para a burguesia a criança deveria ser amparada e escolarizada. Com a chegada do capitalismo, do consumismo e da globalização, o conceito de infância passou por várias mudanças, com esses avanços a escola e a família tiram juntas as crianças do mundo dos adultos. Outro fator que está ligado à visão contemporânea da infância é o fato dos pais estarem presos a uma rotina profissional.

Por falta de espaço e segurança, as crianças estão perdendo a liberdade de brincar, assim a brincadeira tem se limitado ao espaço escolar, pois até mesmo em casa a criança tem sofrido a influência dos avanços tecnológicos. Além disso, o tempo das crianças tem sido preenchido por obrigações e deveres, ou seja, elas devem participar de todos os cursos e aulas que os pais poderem pagar, tudo visando um futuro promissor, uma boa profissão que seja interessante e lucrativa, fazendo das crianças pequenos aprendizes.

Diante desta realidade, os pais só visam o futuro e esquecem-se do presente, da infância, fase essa que precisa ser vivenciada, pois é através do brincar que a criança se desenvolve e se prepara para ser um crítico, criativo e autônomo capaz de fazer suas próprias escolhas.  Alves e Sommerhaler (2011) afirmam que:

[...] a linguagem da infância é o jogo e o brincar. Portanto, o aprendizado da criança é muito mais rico muito mais significativo nesse espaço. Arriscamos a dizer que para a criança não há outro espaço de aprendizagem tão significativo que não seja o espaço lúdico (p.8).

A ausência do brincar na infância tem sido a causa de muitos problemas entre eles a obesidade infantil, pois além dos problemas já descritos, com o avanço da tecnologia, o brincar tem sido delimitada a brinquedos tecnológicos e jogos virtuais, a criança passa horas no computador, tablete ou celular, o levando ao sedentarismo e com isso, causando a obesidade. Infelizmente crianças que vivenciam a brincadeira com naturalidade demandam mais espaço por estarem constantemente em movimento, além de exigirem mais atenção dos docentes, com isso, geralmente acabam sendo taxadas erroneamente como hiperativas ou agitadas.

Com o avanço da tecnologia, os brinquedos infantis passaram por grandes transformações, a criança agora é apenas espectadora do brinquedo, ou seja, não tem a oportunidade de criar, recriar e explorar, assim logo os brinquedos tornam-se desinteressantes, além de estar sempre surgindo novos brinquedos, o que transforma a criança em um consumidor compulsivo. E Cury (2013) comprova isso, ao afirmar que: “Pais brilhantes dão presentes materiais para seus filhos, mas não os estimula a ser consumista, pois sabem que o consumo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar tensão e prazeres superficiais” (p.13).

Concordando com o autor, é preciso estimular uma reflexão de pais e educadores, sobre as mudanças que vem ocorrendo na sociedade, que influenciam a vida das crianças. Se por um lado todo avanço da tecnologia tem oferecido conforto e praticidade à população, o mesmo é o responsável por um estilo de vida mais sedentário e menos ativo.

Com base nas reflexões feitas até aqui, fica claro que a escola, na maioria das vezes é o único espaço onde a criança pode ter um brincar de qualidade, que além de trazer melhorias na qualidade de vida gera também aprendizagem e desenvolvimento. Mas será que as escolas e professores de Educação Infantil estão preparados para atender as crianças e as demandas exigidas nesse processo? Esse e outros questionamentos serão abordados e debatidos no próximo item.     

3   APRENDIZAGEM MEDIADA PELO BRINCAR

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998), o ambiente escolar deve oferecer oportunidade para que os alunos sejam capazes de desenvolver suas capacidades e habilidades, e o brincar aparece como uma das principais oportunidades. Para entender a relação existente entre o brincar e a aprendizagem é necessário refletir sobre como essa atividade foi e, é vista pela educação. Entender que a criança tem direito é proporcionar a ela um brincar de qualidade e isso inclui tempo, espaço, materiais e incentivo.

As concepções de educação infantil, até a década de 50 no Brasil estavam centradas no brincar, as brincadeiras infantis da época eram: pular amarelinha, brincar de pique esconde, pintar com lápis de cor, montar blocos de construção, vestir bonecas ou levar os carrinhos para passear (BARBOSA, 2011). O brincar foi um tema muito importante para a construção de propostas educacionais, para crianças e formação do professor. Porém, entre as décadas de 60 e 70, as propostas de Educação Infantil foram deslocando-se do campo da socialização, da ludicidade, da brincadeira, passando assim a dar lugar para a preparação para a escola e o desenvolvimento da inteligência. A palavra pré-escolar foi definida como ano de educação formal que precede a escolaridade. Para Barbosa (2011), a pré-escola na época era o lugar ideal para realizar o período preparatório, para o futuro ingresso na escola, ficava assim a formação nos aspectos perceptivos, motores e lingüísticos.

Surgiram várias concepções de Educação Infantil no Brasil, uma delas enfatizava que a educação deve centrar-se no brincar, individual e coletivo, considerando que as crianças desenvolvem suas cognições brincando. Outra concepção defendia que a educação infantil deveria ser totalmente votada para o brincar, já que este tem tempo delimitado na sociedade, já as aprendizagens acadêmicas podem ser realizadas durante o ensino fundamental, levando em conta que as crianças passam por um longo processo de escolarização. Refletindo a fundo essa concepção, sua versão simplista poderia levar a propostas pedagógicas que abandonam as crianças e deixam o brincar livremente, esquecendo que o brincar exige planejamento, organização, tempo, espaço, informação, objetos e pessoas.

Para Barbosa (2011), outra concepção surgiu no Brasil na década 1970, esta focava o currículo nas capacidades cognitivas das crianças. Para tanto procurou-se organizar o currículo com objetivo de propor atividades específicas para que as crianças desenvolvessem certas aquisições cognitivas.

Já no final dos anos de 1980, a disputa entre culturalistas e conteudistas, acabou construindo uma concepção de conhecimento como conteúdo. Para Barbosa (2011), é impossível pensar em um currículo que não leve em consideração o diálogo existente entre família, professores e crianças. Os professores são responsáveis por organizar e transmitir o conhecimento, ou seja, pelo lado pedagógico, já as famílias trazem a preocupação com a educação das crianças e estas por sua vez tem o direito de vivenciarem a infância e a receber uma educação de qualidade é partindo destes pontos de vista que deve ser sustentada uma proposta curricular.    

Fica evidente a relação simultânea que existe entre brincadeira e aprendizagem, o brincar no currículo escolar estimula o desenvolvimento físico, cognitivo, criativo, social e também a linguagem da criança, mas para que isso ocorra, é necessário que os professores estejam capacitados e principalmente conscientes de que o brincar gera aprendizagem e desenvolvimento. Além da formação acadêmica também é preciso investir em formações continuadas que ofereçam ao professor a segurança necessária para que ele possa usar com segurança essa ferramenta e também, salas de aula com espaço adequado e brinquedos que estejam de acordo com a faixa etária de cada criança.

Em relação às formações continuadas seria interessante que fossem oferecidas ao professor os saberes práticos e teóricos referente às brincadeiras.. É de fundamental importância que o professor de Educação Infantil saiba diferenciar os termos jogo, brinquedo e brincadeira, para que assim possam usá-los de forma adequada. Pois existem muitos conceitos e questionamentos presentes nesses termos.

Partindo do significado literal dessas palavras definidas pelo dicionário Júnior de Língua Portuguesa temos:

1- jogo – Atividade que se desenvolve com regras que permitem indicar vencedor / Total de objetos que formam uma coleção.

2 brinquedo: Coisa com que se brinca.

3- brincadeira: Ação de brincar / Ato que se pratica sem o desejo de ofender, apenas para fazer graças / sem ser pra valer / sem ser sério.

Pode-se perceber que as palavras, jogo, brinquedo e brincadeira vêm agregados de significados positivos e negativos. No entanto, neste artigo buscarei analisar os termos citados a partir de uma visão pedagógica, onde os mesmos serão instrumentos usados para educar as crianças de forma lúdica.

Friedmann (2012) analisou boa parte das obras de Piaget e a partir dessas, esclarece as relações existentes entre o jogo e funcionamento intelectual. Também interpreta o jogo através do pensamento das crianças, distinguindo seis critérios utilizados no jogo: 1) O jogo é espontâneo, sendo assim, o oposto ao trabalho; 2) Todo o jogo tem o objetivo de despertar o interesse, pois quem joga se preocupa com o resultado; 3) O jogo é uma atividade prazerosa, expressado pelo indivíduo durante o mesmo, cujo significado representa sua adaptação ao real sentido da atividade;  4) O jogo tem uma relativa falta de organização;  5) O jogo é gerador de conflitos, e é por meio dele que a criança aprende inconscientemente a resolvê-los;  e, 6) O jogo envolve motivação intensa.  

O jogo pode variar desde a mais simples atividade, como também, com regras de maior complexidade para aquelas que exigem maior concentração, o ideal é que seja utilizado pelo professor como meio para educar, mas para isso as características lúdicas devem ser respeitadas.

O brinquedo faz parte da vida das crianças e está associada ao brincar, para Fortuna (2011), “Um brinquedo só é brinquedo pela ação de brincar, isto é, porque alguém brinca com ele” (p.9).  Para as crianças o valor material do brinquedo não tem importância, já que sua importância está no que ele representa, um exemplo disso é quando uma criança usa sua imaginação e transforma um cabo de vassoura em um cavalo e um pedaço de madeira em um microfone. Não é a grande variedade de brinquedos que vai determinar a qualidade do brincar, mais sim as possibilidades que o brinquedo oferece para as crianças criarem e recriarem de acordo com o contexto na qual estão inseridas.

O brinquedo está totalmente associado ao conceito de infância, ele permite um trabalho pedagógico que gera o conhecimento da criança. Ela estabelece com o mesmo uma relação natural e consegue extravasar suas angustias e entusiasmo, assim como também suas alegrias, tristezas, agressividades e frustrações.  

Segundo Brock (2011), o conceito de brincadeira é flexível, o que permite liberdade na sua interpretação, partindo desse ponto de vista dentro do universo educacional, a brincadeira é o lúdico em ação, expressado através do jogo ou do brinquedo, porém na brincadeira, a criança não costuma usar regras prontas como nos jogos, as brincadeiras permitem que a criança seja autora das regras e que use o espaço, o tempo e os objetos para criar e recriar significados.

Assim, a principal característica da brincadeira é o imaginário e a liberdade, pois ela pode ser desenvolvida através de brinquedos ou não, e em alguns casos a criança pode atribuir outros significados ao brinquedo ou objeto usado. Para Guimarães (2008), “A diferença fundamental entre jogo e brincadeira é que o jogo delimita regras, podendo necessitar de materiais específicos como quadras, tabuleiros, bolas e outros acessórios enquanto a brincadeira é mais livre podendo existir regra ou não”.

Como o objetivo deste trabalho é mostrar as contribuições que o brincar oferece ao desenvolvimento infantil e a aprendizagem no contexto escolar, neste sentido precisamos compreender que, a brincadeira é uma atividade não estruturada, que gera prazer podendo ter regras implícitas ou explicitas, o brinquedo é o objeto mediador da brincadeira, já o jogo é algo que possui regras explicitas pré-estabelecidas, sem perder a característica lúdica.

Para Friedmann (2012), quando levamos o brincar para o contexto escolar é de fundamental importância, proporcionar opções de brincadeiras criativas e bem planejadas. Com base nesse pressuposto é necessário que o professor seja conhecedor de algumas brincadeiras consideradas por ele essenciais:

  •  Brincadeiras ou jogos de perseguir, procurar e pegar são atividades que requerem agilidade, rapidez e desempenho físico, como exemplos têm-se: cabra-cega, caça-bandeira, cada macaco no seu galho e esconde-esconde, etc.
  •  Brincadeiras ou jogos de correr e pular são atividades que exige movimentos como sair do lugar, percorrer uma distância ou sair do chão, exemplificando: carrinho de mão, elástico e corrida com saco, dentre outras.
  • Brincadeiras ou jogos de atirar: na atividade diversos objetos são lançados a uma determinada distância para cima dentro do espaço determinado ou não, exemplo: argola da sorte, peteca e amarelinha, etc.
  • Brincadeiras ou jogos de agilidade, destreza e força: nessas atividades a agilidade física e mental entra em jogo para conseguir alcançar seus objetivos. Exemplos: bambolê, bola ao túnel, queimada, dança das cadeiras e outras.
  • Brincadeiras de roda: essas atividades são realizadas ao som de uma música, cantiga de roda ou rima, onde as crianças se mexem e representam, exemplificando podemos citar as brincadeiras escravos de Jó, a canoa virou, ciranda, e também as parlendas, pirulito que bate-bate e outras.   
  • Brincadeiras ou jogos de adivinhar: esse tipo de jogo exige reflexão e humor. Exemplo: quem está diferente, onde está a bola, vaca amarela e outras.
  • Brincadeiras ou jogos de faz de conta: nessa brincadeira a criança pode brincar sozinha ou em grupo, onde a mesma cria através da sua imaginação papeis situações que lhes permite compreender o mundo a sua volta.

Dessa forma, a brincadeira não deve ser uma atividade usada pelo professor apenas para recrear as crianças, mas como atividade em si mesma, que faça parte do plano de aula do professor. Segundo Poli (2010), “As brincadeiras sugeridas e os brinquedos oferecidos a criança na escola devem ter sempre o objetivo de enriquecer a imaginação, desenvolver habilidades e percepções e promover a integração entre os coleguinhas de sala (p.39)”.

Levando em consideração a importância do brincar e sua qualidade nas escolas de Educação Infantil, realizei uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo, com alguns professores que lecionam nessa modalidade da educação básica no município de Alto Santo – Ceará, de início busquei saber o perfil profissional de cada professor e depois analisar suas concepções, conhecimentos e práticas em relação ao brincar na escola. Já que é “Na escolha ou na proposição de jogos, brinquedos e brincadeiras o educador coloca seus desejos, suas convicções e suas hipóteses acerca da infância e do brincar” (FORTUNA, 2011, p.9).

Foi aplicado um questionário a seis professores, os quais foram resguardados o sigilo da identidade, sendo os mesmos identificados apenas no momento da entrega dos questionários. Para tanto convencionei uma letra e um número para cada professor identificando-os como p1, p2, p2, p3, p4, p5 e p6.

Os professores entrevistados têm entre 28 e 48 anos de idade e entre 02 e 15 anos de experiência na pré-escola. Em relação à formação, um é formado em Português com Pós-graduação em Alfabetização e Letramento, e atualmente está cursando Pedagogia, outro é formado em Pedagogia e está cursando Psicopedagogia, e os demais estão cursando Pedagogia.    

Em relação às concepções sobre o brincar na Educação Infantil a partir das respostas analisadas, foi possível identificar que os professores têm consciência da importância do brincar e que o mesmo está presente em suas metodologias, porém fica evidente que uma parcela dos entrevistados tem apenas um conhecimento prévio sobre o tema.

Um fator- chave é, então a qualidade do conhecimento, do pensamento e da tomada de decisões do profissional. Ele deve ter flexibilidade para tomar suas próprias decisões profissionais, examinar sua participação na construção das experiências lúdicas e contribuir para os desafios que estão sendo propostos (BROCK, 2011, P.7).

A compreensão do termo brincadeira, por exemplo, para p1 (2015), “É algo que desenvolve o pensamento”. Para p2 (2015): “É tudo aquilo que a criança pode praticar com a vontade de se distrair enquanto aprende, sem ter a obrigação de aprender [...]”.  As duas concepções são válidas, porém o termo brincadeira, embora seu conceito seja flexível, envolve uma reflexão mais ampla.  Concordando com p1, a brincadeira ajuda a desenvolver o pensamento, mas não é só isso, para Alves e Smmerhalder (2011), é na brincadeira que: “[...] a criança busca alternativas e respostas para as dificuldades e/ ou problemas que vão surgindo, seja na dimensão motora, social, afetiva ou cognitiva.”. P2 está correto ao pensar que na brincadeira a criança aprende sem ter a obrigação de aprender, porém professor não pode ver a brincadeira como uma distração. Ao assumir a função educativa e lúdica, a brincadeira proporciona diversão, prazer e gera conhecimento, brincar é uma experiência fundamental para as crianças de todas as idades, principalmente para as crianças de Educação Infantil.

Com relação ao termo jogo, pode perceber que ainda existe dificuldade por parte de alguns professores para compreender o real sentido do termo quando direcionado a educação. Num fragmento de resposta, foi possível identificar essa dificuldade: “[...] jogo é algo competitivo” (p3). Na educação essa é apenas uma da característica do jogo, porém o professor deverá compreender que o importante é o conhecimento que o aluno irá adquirir no decorrer da atividade.

Para Friedmann (2012), através dos jogos “[...] as crianças desenvolvem aspectos sociais, morais, cognitivos, políticos e emocionais” (p.39). O termo jogo pode ser entendido como uma atividade lúdica, espontânea, motivadora, que possui regras implícitas ou explicitas.

Existem muitos professores que pensam, que primeiro deve-se explicar o conteúdo a ser trabalhado e só depois realizar a brincadeira, de acordo com Solé (2011), na brincadeira a criança aprende na prática, experimentando, assim não há necessidade de aulas prévias com conteúdos mencionados para depois ser realizada a brincadeira, ao contrário é através da brincadeira, que o professor aplicará os conteúdos, temas e idéias de acordo com os contextos.

Outro ponto relevante em relação ao brincar é a mediação, existem muitas dúvidas a respeito de quando o professor deve intervir nesse momento. Para p4 (2015), a mediação deve ocorrer: “No momento adequado para levar a aprendizagem”, porém, será que os professores sabem identificar esse momento? Segundo Fortuna (2011), existem várias formas de o professor ser um excelente mediador, uma delas é brincar junto com os alunos, assim sua presença além de agregadora e estimulante estaria mostrando como se brinca, não só por ser conhecedor das regras, mas por sugerir modos de resolução de problemas e atitudes alternativas nos momentos um pouco mais tensos. A presença do educador não deve inibir as crianças, assim como a ausência em alguns momentos não pode ser vista como abandono.

Outra forma seria circular pelo espaço onde as crianças brincam, não com a intenção de fiscalizar e sim de acompanhar, mostrando-se disponível, assim seria um amigo/parceiro de brincadeiras. Porém suas mediações não devem ficar restritas apenas na observação, oferta de brinquedos e sugestões se brincadeiras, ele deve intervir não apenas para resolver conflitos, mas para estimular a atividade mental, social e psicomotora das crianças, através de sugestões  de encaminhamentos e questionamentos. No brincar as mudanças devem ocorrer sempre que necessário, para que a brincadeira seja aproveitada ao máximo pelas crianças.  

Segundo Friedmann (2012), para alcançar seus objetivos lúdicos, o professor deverá adotar algumas posturas, entre elas estar possibilitando tempo, espaço e matérias; escutar o que as crianças têm a dizer; incentivar a autonomia das crianças; possibilitar ações físicas; nas brincadeiras dirigidas não impor regras, em vez de impor deixar as crianças participarem da sua criação; proporcionar a troca de idéias e incentivar todas as crianças a cumprirem as regras.

Já nos jogos dirigidos é necessário que o educador seja claro e objetivo na hora de explicar as regras, é importante exemplificar a explicação verbal e também reservar um tempo após as atividades para que as crianças possam se expressar, conversar a respeito do jogo ou representarem atividades através de desenhos e pinturas. Para Poli (2010), é muito importante que a criança possa agir com liberdade durante as brincadeiras, com o mínimo possível de interferência do professor. Nesse momento o professor deve observa atentamente o comportamento de cada aluno a fim de conhecê-los melhor e de identificar quais brincadeiras são mais eficazes em auxiliar o desenvolvimento e a aprendizagem.

 Para Fortuna (2011), nos momentos em que o professor se colocar em uma brincadeira apenas como observador, o mesmo, deverá estar atento, pois neste momento o ideal é fazer anotações dos comportamentos dos alunos, dos avanços e dificuldades que eles apresentam durante as brincadeiras, com base nessas anotações, deverá selecionar brincadeiras que sejam relevantes aos seus alunos e que realmente acrescente com relação ao desenvolvimento e conhecimento das crianças. Friedmann (2012) acrescenta que durante o registro o professor devera levar em conta os aspectos cognitivos, afetivos e sociais.  

O professor é um mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaço e situações de aprendizagens que articulemos recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus campos de conhecimentos humanos. Na instituição de Educação Infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro, mas experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas. (BRASIL,  1998, p.30).

As concepções que os professores possuem é o que vai determinar a qualidade do ensino, sendo necessário refleti-las, estudá-las e por que não modificá-las. Isso torna evidente a necessidade de discutir essas concepções desde a formação acadêmica, como também, na formação continuada.  Para Brock (2011):

Os profissionais devem, portanto estar bem-informados sobre a pedagogia do brincar. Para o profissional contemporâneo, este é um processo de constante desenvolvimento, no qual ele se mantém atualizado com sua complexidade e natureza multidimensional. [...] manter-se a par das pesquisas contemporâneas ajuda a renovar ou mudar a pratica daqueles que buscam oferecer atividades lúdicas de alta qualidade, que satisfaçam as necessidades e os interesses das crianças (p. 7).

Também é preciso ressaltar que o sucesso dessas atividades não depende apenas do professor, pois muitas escolas não dispõem do espaço necessário para prática de brincadeiras. É necessário que a escola como um todo se aproprie da brincadeira e que ofereça aos professores as ferramentas necessárias para o sucesso dessa atividade.   

4   CONTRIBUIÇÕES DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

É difícil imaginar uma criança que não goste de brincar e envolver-se pela imaginação e pela fantasia. O brincar é natural da criança e caminha e se modifica junto com ela no decorre da infância, oferecendo a mesma aprendizagem e desenvolvimento.

Compreendendo melhor o fenômeno do brincar, fica evidente a importância dessa atividade não apenas para a aprendizagem, mas também para o desenvolvimento das crianças. Segundo Fortuna (2011), a brincadeira é tão importante para as crianças que até quando geram brigas ou conflitos está contribuindo de forma direta ou indireta para o desenvolvimento.

Para Solé (2011), quanto mais à criança brinca em quantidade e qualidade, mais estará se desenvolvendo e mais possibilidades de se tornar um ser crítico e consciente terá em sua vida adulta. A brincadeira seja ela dirigida ou não, com ou sem intencionalidade, estimula uma série de aspectos que contribuem para o desenvolvimento individual e social das crianças, também auxiliam o desenvolvimento físico, sensorial e emocional, porém quando as crianças são estimuladas, o reconhecimento dos benefícios tem um valor muito maior.

Além do prazer, a brincadeira permite a criança a dominar a angústia, a agressividade, a aumentar as experiências e a estimular o convívio social, além de ser uma rica fonte de comunicação, pois até e quando brinca sozinha a criança usa a imaginação e através do que faz de conta, imagina que está conversando com alguém ou com um brinquedo. São muitos os benefícios proporcionados pelo brincar, pois ele favorece a descoberta, exercita a memória, a curiosidade, a concentração, percepção e ajuda na formação dos músculos sendo assim fundamental para o desenvolvimento das crianças.

Através da brincadeira, as crianças também conseguem avaliar suas habilidades e compará-las com as das demais e com isso, se apropriam dos papeis sociais e dos códigos culturais.

Brincando, a criança se predispõem a ser generoso, bondoso, a partilhar e amar ao próximo. Através dessa prática, o indivíduo também começa a expressar-se com mais facilidade, a ouvir, respeitar e assumir liderança. Portanto, as crianças que brincam, estarão mais preparadas para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social. Para Alves e Sommerhalder (2011), “Brincar é fundamental para a criança na medida em que possibilita que se desenvolva, ou melhor, que se constitua como humano” (p.21).

        

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

No decorrer deste artigo foram apresentados alguns resultados de pesquisa e estudos que evidenciam a importância de usar a brincadeira como suporte para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças.

Considerando a brincadeira como uma forma de expressão cultural, enquanto atividade natural e essencial para as crianças pode-se dizer que a brincadeira sempre fez parte da vida humana, mantendo suas especificidades em cada povo. Ficou evidente que a ludicidade é uma necessidade do ser humano principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas com o objetivo de divertir, mas com o intuito de desenvolver as potencialidades das crianças.

Pode-se constar que os termos jogo, brinquedo e brincadeira, são ferramentas importantes que auxiliam o processo de desenvolvimento e aprendizagem, que quando usados de forma adequada propiciam diversão, prazer e gera o conhecimento de forma significativa. Para Brock (2011), as crianças tanto precisam brincar livremente, como também necessitam dos desafios e do adulto. Ao oferecer uma pedagogia que compreende as questões teóricas do brincar, o professor passara a incluir em suas aulas percepções, princípios e desafios, que quando moldados a brincadeira trazem uma maior oferta de oportunidade e aprendizagem.

O contexto social tem passado por transformações, que tem modificado o estilo de vida da sociedade, de forma que os cidadãos estão abarrotados de compromissos e atividades, com espaços e tempo limitados, com a introdução da tecnologia a violência e a insegurança causada pelo crescimento acelerado das cidades e do consumo, todos esses fatores estão contribuindo para a mudança do conceito de brincar na vida das crianças. Levando em consideração todos esses fatores, conclui-se que o professor ocupa um importante papel nesta situação, pois a escola talvez seja o único lugar onde a criança tem oportunidade, tempo e espaço adequado para um brincar de qualidade que ofereça aprendizagem e desenvolvimento.

Portanto, a introdução do brincar no cotidiano escolar é de fundamental importância devido à influência que o mesmo exerce sobre os alunos, pois quando estão envolvidos na ação, torna-se mais fácil e prazeroso o processo de ensino-aprendizagem, porém é necessário que o educador reflita sobre a importância do brincar, criando estratégias que permitam a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. Acima de tudo é necessário que o professor tenha consciência de que brincar é aprender e aprender é brincar. (FRONCKOWIANK; RICHTER, 2011).

Não resta dúvida sobre o importante papel do professor nesse processo, porém, para que ele possa realizar o seu trabalho com qualidade, é necessário que sejam oferecidas condições básicas como: sala de aula com espaço adequado, brinquedos variados de acordo com a idade das crianças, e formações continuadas, que ofereçam para o mesmo um auxílio teórico e prático mais aprofundado em relação ao tema.

6 REFERÊNCIAS

ALVES, Fernando Donizete; SOMMERHALDER, Aline . Jogo e a Educação da infância: muito prazer em aprender. 1 ed. Curitiba, PR: CRV, 2011.

BARBOSA, Avril. As crianças o brincar e o currículo na Educação Infantil. Revista. Pátio de Educação Infantil: Brincar e aprender, [S.L], n.27, p.36-38, 2011.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BROCK, Avril. A importância do brincar na infância. Revista Pátio de Educação Infantil: Brincar e aprender, [S.L], n.27, p. 4-7, 2011.

CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes: A educação inteligente: formando jovens pensadores e felizes. 1 ed.  Rio de Janeiro: sextante, 2013.

FORTUNA, Tânia Ramos. O lugar do brincar na Educação Infantil. Revista Pátio de Educação Infantil: Brincar e aprender, [S.L], n.27, p.8-10, 2011.

FRIEDNMANN, Adriana. O brincar na Educação Infantil: observação e inclusão. 1 ed. São Paulo: moderna, 2012.

FRONCKOWIAK, Ângela; RICHTER, Sandra. A tensão lúdica entre brincar e aprender na infância. Revista Pátio de Educação Infantil: Brincar e aprender, [S.L], n.27, p.39-41, 2011.

GUIMARÃES, Aline Fernandes. A importância do brincar no cotidiano das crianças na educação infantil, [S.L.], p. 1 – 108, 2008, disponível em:

< http://www.fc.unesp.br/upload/aline_guimaraes.pdf >. Acesso em 04 de fev. 2015.

 

MATOS, Geraldo. Dicionário júnior de Língua Portuguesa. 4 ed. São Paulo; FTD, 2011. P. 102 e 386.

POLI, Cris. Educação na sala de aula. 1 ed. São Paulo: Gente/ Redul, 2010.

SOLÉ, Maria Borja.  Uma vida dedicada ao brincar. Revista Pátio de Educação Infantil: Brincar e aprender, [S.L], n.27, p.16-18, 2011.

 

 

7  APÊNDICE         

 

 

QUESTIONÁRIO

 

 

  • Tempo de magistério:
  • Idade:   
    • Formação:
    • Quando realiza uma brincadeira em sala, ela sempre tem um objetivo?
    • Qual a importância do brincar na educação para você?
    • Em suas metodologias sempre usa as brincadeiras como forma de aprendizagem?
    • Você acha que brincando a criança aprende mais rápido?
    • Na sua rotina o brincar seja ele com brinquedos, brincadeiras ou jogos ele sempre está contextualizado com o conteúdo ou vem de forma separada?
    • O que você entende por brincar?
    • O que é brincadeira?
    • O que é jogo?
    • De que seus alunos brincam?
    • Você enquanto educador faz a mediação necessária para que a criança desenvolva as suas capacidades e criatividade durante a brincadeira?
    • Como e quando deve haver mediação pedagógica no brincar das crianças?
    • Quais brincadeiras você considera importante para o desenvolvimento das crianças?      


[1] Graduanda em Pedagogia na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), professora de Educação Infantil na Escola de Ensino Fundamental Cazuza Bezerra. E-mail: [email protected]