O Brasil para nossos filhos

Muitos textos impressionam pela forma sofisticada da gramática utilizada nos jornais, revistas e internet.  São textos de intelectuais, filósofos ou ex-políticos que buscam impressionar e fazer opinião de pessoas desinformadas, menos instruídas e confundi-las.

Com a agilidade das informações através dos mecanismos eletrônicos muitos buscam um destaque barato. Ainda se isto não bastasse, com ofensas pessoais a pessoas públicas e autoridades do mais alto escalão do Governo Federal.

Ler algo muitas vezes tão revoltante e degradante quanto tamanhas idiotices publicadas me dá a certeza absoluta de que só pode escrever tanta insensatez a respeito do momento econômico do país, quem procura apenas fazer uma provocação e um desserviço ao Brasil.

Muitos temas além de serem grosseiros e deselegantes acreditam que memória é sinônimo de inteligência. Grosserias e desrespeito nunca foram sinônimos de democracia.

Nosso maior problema não é a pobreza nem a desigualdade: é a educação de nosso povo, de nossas crianças. Educá-las é ensinar valores a elas que não dependem de origem, credo, cor ou classe social.

Somos uma grande nação e vivemos momento impar na história da nação brasileira. Para acreditar basta ser coerente e imparcial olhando para nosso passado comparando-o aos dias que vivemos no presente. Certamente estaremos entre as cinco maiores potências nos próximos 20 anos. Ainda temos um longo percurso a caminhar e devemos começar valorizando, aceitando os valores daqueles que se dedicaram a elevar alto o nome do país, independente de tendências políticas partidárias, pois acima de qualquer rivalidade política deve prevalecer o bem estar da nação.

Não quero me igualar a quem se julga dono da verdade, mas que possam refletir sobre os desserviços dos intelectuais ou mal intencionados neste momento e as atitudes de pessoas que, apesar de pouca instrução consegue levar ao mundo o pleno conhecimento da capacidade de governabilidade e crescimento do país. Filosofar é diferente de praticar, ter sobre si responsabilidade. Todos merecem ser respeitados como expoentes de um grande empreendimento.

Vamos mostrar nossa cara para o mundo globalizado. Vamos sim, lavar a roupa suja em casa, aperfeiçoando nossa democracia, combatendo a corrupção, a fome e a miséria. Vamos investir num modelo de educação também global, mas transparente. Vamos trabalhar para ajustar as diferenças inaceitáveis nos ganhos do trabalhador e também algumas das razões mais fortes que nos ajudem a entender estas diferenças.

Não se muda a cultura de uma nação inteira do dia para a noite. Requer tempo, competência, determinação. Precisamos acreditar na soma verdadeira de todos que tem por objetivo determinar o futuro da pátria. Assim, a ação de cada um será essencial para que possamos resolver o atraso político e educacional ainda persistente.

O que não é aceitável é o uso tendencioso de informações sem que a verdade seja respeitada. Não querer aceitar momento nunca vivido pela nação brasileira é demonstrar incoerência e conviver com a mentira de quem quer tirar proveito pessoal ou partidário de uma informação que não reflete a verdade.  Trata-se de um expediente que visa claramente intimidar as pessoas, o leitor e o eleitor. Não podemos esquecer que este mesmo expediente com bases falsas e representadas por mentiras ocorreu em 2002 quando anunciavam uma catástrofe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva caso fosse eleito.

A reforma política com o amadurecimento democrático brasileiro precisa sim ser incrementada e como toda a obra humana deve ser aperfeiçoada. Quem tentar utilizar-se de outros mecanismos para tirar vantagens pessoais estará prestando um desserviço ao país. (neste exato momento em que finalizo este texto a Rede Globo acaba de anunciar a prisão do Governador de Brasília Jose Roberto Arruda). Será o inicio do fim de uma era de impunidades?

Quero finalizar dizendo que não ignoro a liberdade de expressão de opiniões divergentes. Mas com todo o respeito, a pregação aberta mentirosa e tendenciosa é hoje algo inconcebível para um povo em constante crescimento. Cada um vê com os olhos que tem.

 

Autor: Plínio Luiz Teixeira - 11/02/2010