O BRASIL PARA NOSSOS FILHOS
Publicado em 12 de fevereiro de 2010 por Plinio Luiz Teixeira
O Brasil para nossos filhos
Muitos textos impressionam pela forma sofisticada da
gramática utilizada nos jornais, revistas e internet. São textos de intelectuais, filósofos ou
ex-políticos que buscam impressionar e fazer opinião de pessoas desinformadas,
menos instruídas e confundi-las.
Com a agilidade das informações através dos mecanismos
eletrônicos muitos buscam um destaque barato. Ainda se isto não bastasse, com
ofensas pessoais a pessoas públicas e autoridades do mais alto escalão do
Governo Federal.
Ler algo muitas vezes tão revoltante e degradante quanto
tamanhas idiotices publicadas me dá a certeza absoluta de que só pode escrever
tanta insensatez a respeito do momento econômico do país, quem procura apenas
fazer uma provocação e um desserviço ao Brasil.
Muitos temas além de serem grosseiros e deselegantes
acreditam que memória é sinônimo de inteligência. Grosserias e desrespeito
nunca foram sinônimos de democracia.
Nosso maior problema não é a pobreza nem a desigualdade: é a
educação de nosso povo, de nossas crianças. Educá-las é ensinar valores a elas
que não dependem de origem, credo, cor ou classe social.
Somos uma grande nação e vivemos momento impar na história da
nação brasileira. Para acreditar basta ser coerente e imparcial olhando para
nosso passado comparando-o aos dias que vivemos no presente. Certamente
estaremos entre as cinco maiores potências nos próximos 20 anos. Ainda temos um
longo percurso a caminhar e devemos começar valorizando, aceitando os valores
daqueles que se dedicaram a elevar alto o nome do país, independente de
tendências políticas partidárias, pois acima de qualquer rivalidade política
deve prevalecer o bem estar da nação.
Não quero me igualar a quem se julga dono da verdade, mas que
possam refletir sobre os desserviços dos intelectuais ou mal intencionados
neste momento e as atitudes de pessoas que, apesar de pouca instrução consegue
levar ao mundo o pleno conhecimento da capacidade de governabilidade e crescimento
do país. Filosofar é diferente de praticar, ter sobre si responsabilidade.
Todos merecem ser respeitados como expoentes de um grande empreendimento.
Vamos mostrar nossa cara para o mundo globalizado. Vamos sim,
lavar a roupa suja em casa, aperfeiçoando nossa democracia, combatendo a
corrupção, a fome e a miséria. Vamos investir num modelo de educação também
global, mas transparente. Vamos trabalhar para ajustar as diferenças
inaceitáveis nos ganhos do trabalhador e também algumas das razões mais fortes
que nos ajudem a entender estas diferenças.
Não se muda a cultura de uma nação inteira do dia para a
noite. Requer tempo, competência, determinação. Precisamos acreditar na soma
verdadeira de todos que tem por objetivo determinar o futuro da pátria. Assim,
a ação de cada um será essencial para que possamos resolver o atraso político e
educacional ainda persistente.
O que não é aceitável é o uso tendencioso de informações sem
que a verdade seja respeitada. Não querer aceitar momento nunca vivido pela
nação brasileira é demonstrar incoerência e conviver com a mentira de quem quer
tirar proveito pessoal ou partidário de uma informação que não reflete a
verdade. Trata-se de um expediente que
visa claramente intimidar as pessoas, o leitor e o eleitor. Não podemos
esquecer que este mesmo expediente com bases falsas e representadas por
mentiras ocorreu em 2002 quando anunciavam uma catástrofe econômica do governo
de Luiz Inácio Lula da Silva caso fosse eleito.
A reforma política com o amadurecimento democrático
brasileiro precisa sim ser incrementada e como toda a obra humana deve ser
aperfeiçoada. Quem tentar utilizar-se de outros mecanismos para tirar vantagens
pessoais estará prestando um desserviço ao país. (neste exato momento em que finalizo este texto a Rede Globo acaba de
anunciar a prisão do Governador de Brasília Jose Roberto Arruda). Será o
inicio do fim de uma era de impunidades?
Quero finalizar dizendo que não ignoro a liberdade de
expressão de opiniões divergentes. Mas com todo o respeito, a pregação aberta
mentirosa e tendenciosa é hoje algo inconcebível para um povo em constante
crescimento. Cada um vê com os olhos que tem.
Autor: Plínio Luiz Teixeira - 11/02/2010