Ao longo dos meus 10 anos trabalhando na área médico-hospitalar tenho percebido uma certa carência que pequenos fornecedores de produtos para saúde tem enfrentado ao buscar introduzir seus produtos no Brasil.
 
Nosso país tem demandado um número cada vez maior de pequenos fabricantes que chegam aqui de forma, muitas vezes bastante desorientada buscando parcerias. A Hospitalar 2011 (maior feira de produtos para saúde da América Latina) registrou um crescimento na visitação internacional de 30% em relação ao ano anterior. Fazendo uma pequena comparação entre o Brasil e nossa vizinha Argentina, podemos olhar para duas feiras importantes nestes países, no Brasil a Hospitalar que acontece em São Paulo e na Argentina a ExpoMedical, em Buenos Aires, enquanto que na primeira chove empresas estrangeiras, praticamente de todos os cantos do mundo, na segunda temos apenas fornecedores, distribuidores locais demarcando seu espaço. Mas um fato interessante e que a mim não é surpreendente mas que poderia ser evitado, é que muitas empresas estrangeiras não retornam a feira, ou seja, desistem de nosso país devido as complicações de comunicação e também as leis controversas que envolvem outros fatores como a qualidade primária nas prestações dos serviços públicos e conseqüente burocratização dos processos. Em suma, o Brasil só pode ser entendido por um brasileiro, e não se trata de um discurso nacionalista, mas sim de uma preocupação em atender uma necessidade de forma adequada. Qualquer empresário estrangeiro que resolva introduzir produtos aqui no Brasil, sem o correto auxílio, irá se tornar um aventureiro e desperdiçará tempo e dinheiro tentando decodificar nosso sistema.
ficam com uma impressão de que o Brasil não funciona direito. A grande verdade dessa história toda é que para essa área, medico-hospitalar, temos a ANVISA que é uma das mais complexas agências reguladoras do mundo.

Mas a grande questão é: o Brasil precisa conseguir auxiliar os exportadores estrangeiros para que possamos filtrar os clientes potenciais e ter como resultado empresas que tenham reais condições, sejam competitivas e legais, de entrar aqui.