O Brasil, como uma Potência Mundial
Publicado em 24 de março de 2010 por Francisco Costa
O governo brasileiro, os simpatizantes e os economistas que das ideologias e dos interesses em manter o PT ( o Partido dos Trabalhadores) e os partidos aliados no poder, falam que o Brasil vai bem e que no ranking mundial alcançamos uma boa posição e estamos conseguindo nos manter; mostram falando apenas na questão econômica do País, fato importante, mas, deixam de mostrar a existência de problemas de ordem social considerados graves, que sufoca a população e torna lento o crescimento do país. A imagem de grande potência, é divulgada no Brasil e no mundo, na imprensa escrita e falada, e quando alguém se opõe a esta idéia, ainda se mostram chateados e se sentem ameaçados. Precisamos mesmo é entender o que tem por traz desta questão e conscientizar a população da realidade em que vivemos, que é bem diferente da que é divulgada e que grande parte da população acredita na farsa. Sabemos da existência de problemas sérios que precisam de solução com urgência e quando surgem idéias para solucioná-los ficam apenas documentadas, sem receberem a atenção necessária por parte dos governantes. Segundo a jornalista Marília Cardoso em seu blog, a Fundação Getulio Vargas em 2008 divulgou um estudo que mostra que o Brasil terá uma estimativa de crescimento de até 150% , até o ano de 2030 e se isto se concretizar,o Brasil poderá se tornar a oitava potência do mundo. Para que este estudo se torne realidade o Brasil deve crescer em média 4 % ao ano e deverá ter como respaldo o aumento do nível de escolaridade do brasileiro, o impulso na produção de petróleo e de minérios e de bionergia. Estas expectativas foram frustradas no ano passado, pois, segundo o ministro da Fazenda Guido Mantega, a economia brasileira encolheu em 2009 , mas, que para o governo isto não significa que o País vá mal. Ainda explica de forma coerente mas, não convincente pela maneira como a questão social é tratada e pelo preço que pagamos pela estabilidade econômica, pela carga tributária que temos, este encolhimento é um fato imperdoável. O ministro prevê crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2010, mas, sem muitas perspectivas já que em 2009 cremos e a expectativa foi frustrada. Uma edição da Revista Veja do mês de março 2010 nos mostra alguns trechos nos discursos de representantes do governo que contraria a idéia de sermos ou de chegarmos a uma grande potência, quando comparados os fatos reais com o que se espera para alcançarmos este crescimento, constatamos que ainda estamos distantes, encontramos ainda, uma citação em que a ministra da Casa Civil Dilma Rouceff, candidata a presidente da República em sucessão ao Presidente Lula, que fala de um hospital que com manicures e maquiadores para atender as pacientes para que voltem para suas casas depois de atendidas com rosto e lábios corados, como se fosse uma realidade em nosso país, com relação a atendimento público. Boa idéia, muito boa. Quem não gostaria de ser atendido num hospital destes? Mas, é um sonho totalmente irreal, deve ser um caso isolado, pois o que tem de problemas para ser solucionados neste Brasil a fora e que devem ser priorizados e não são, não está escrito. Num País onde os pobres são mal atendidos na saúde e em todos os setores públicos, negligenciam atendimentos aos seus doentes e deixam seus idosos a margem, deixando de cumprir o estatuto do idoso. Estes são problemas existentes no nosso Brasil, mas, que precisam ser tratados com a seriedade no sentido de melhorar esta realidade. Como se tornar uma forte potência com este tratamento a população? Com os serviços públicos de péssimas qualidades, o povo sendo tratado como lixo humano, pessoas com doenças graves sendo desrespeitadas e vendo seu tratamento negligenciado. Agora vejo o presidente da República, o senhor Lula, sonhando em carros para os todo mundo e dizendo que os políticos precisam construir estradas, como se fosse simples (páginas da Revista Veja), quando sabemos que São Paulo não suporta mais os carros que tem e que no mundo não há mais lugar para poluição; precisamos sim de carros, de estradas e de políticos comprometidos com a administração pública e com a preservação da vida humana, seu habitat e com a ascensão social, não só com o crescimento econômico do país, que é muito importante, mas, uma nação que o povo tenha qualidade de vida, quando estas coisas mudarem tenha certeza que o crescimento econômico acontecerá e o povo terá ter vida digna, será respeitado, terão serviços públicos de qualidade como: saúde, educação, segurança, habitação, empregos e salários dignos. Carros o povo vai precisar quando puder pagar o curso para ser habilitado, pagar as prestações do financiamento ou do consórcio e o IPVA; assim vai usar seu carro ou sua moto sem sofrer a humilhação de ser preso, perder seu veículo ou ter seu veículo apreendido, numa blitz policial na primeira esquina próxima a sua casa. O povo precisa é ser respeitado como cidadãos e contribuintes; e não de créditos pra ficarmos endividados e nem de advogados para livrar sua cara ou seus carros. Voltando ao hospital dos sonhos da ministra (com manicures e maquiadores), que tal humanizarmos o atendimento na saúde pública de todo o Brasil em substituição aos hospitais sonhados pela ministra? Que tal trinarem os profissionais de saúde de todo o país tratar bem a clientela, já que são pagos com o dinheiro do povo?Claro que eles precisam ser melhores remunerados e suas condições de trabalhos precisam ser melhoradas para que possam se sentirem mais a vontade para exercerem suas funções, para que as pacientes saiam bonitas e bem coradas do hospital mas, sem correrem o risco de terem uma depressão pós-parto. Este é o retrato da nossa potência, que tem tudo pra ser muito forte, pelas riquezas naturais e minerais que tem, mas, que cada vez mais se distancia, principalmente pelo aumento da violência, a impunidade e o desrespeito a vida humana, precisamos crescer economicamente, mas, antes precisamos melhorar a condições de vida do povo, se a educação, a saúde e o social como todo anda mal, nada poderá está bem.
Referências:
Leitor blogosfera. Revista Veja. Nº 11, pág. 42, 17 de março de 2010.
O tropeço do PIB. Revista Veja. Nº 11, pág. 82 e 83, 17 de março de 2010.
Panorama: Veja Essa. Revista Veja. Nº 11, pág. 57, 17 de março de 2010.
Fontes: