O ATO DE JULGAR NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

VOCÊ JULGA SÓ OUVINDO OS SEUS PENSAMENTOS??????????

 Estamos nesse mundo para compartilhar as nossas percepções e não para impô-las. Além disso, não podemos esquecer que somos criaturas capazes de analisar, interpretar e transformar nossos comportamentos e atitudes através do próprio pensamento.Conseguimos ter um domínio consciente sobre os nossos atos, logo, cada pessoa possui em si a capacidade de analisar,construir, reconstruir e dar limites as suas verdades.

Há pessoas têm dificuldade em entender que as suas verdades são boas para si e não para outro e que elas não constituem uma regra geral. Logo, para se ter um bom relacionamento interpessoal é preciso, concordando ou não, respeitar as verdades do outro que apesar de pensar diferente, não deixa de estar certo dentro da sua realidade.Caso esteja fazendo diferente, será a primeira vítima da sua prepotência pois além de não conseguir impor as suas verdades será descriminado pelo outro.

Cuidado!!!!Ao se relacionar com o outro tendo como único critério de realidade, as suas verdades, além de não vislumbrar a realidade do outro,passará a observar e a julgar as pessoas e a vida de forma pré-conceituosa e restrita,criando uma realidade que em alguns momentos o distanciará do fato. Viverá a ilusão que a sua lógica cognitiva/vivencial é poderosa que além de justificar as suas atitudes e comportamentos determinará a ação e a reação do outro.

Nesse pensar prepotente, produz casos interessantes como esse: a pessoa julga o outro e ao ser julgado pelo mesmo critério, não aceita.

Acorde!!!A sua lógica cognitiva/vivencial é boa para si, quando o envolvido na ação é só você, porém quando é compartilhada, a lógica do outro também fará parte da ação. Ainda mais!! O outro interpretará a sua ação de acordo com a lógica dele e imitirá uma resposta ao acontecido baseado no que entendeu. Logo,não a como ignorar a lógica cognitiva/vivencial do outro.

Para o autogerenciamento vivencial a sua lógica é apropriada para explicar ou justificar as suas ações, a do outro não.Ela não tem em si, o poder de ser real no outro.

Outro ponto interessante: o seu poder sobre a sua lógica só existe até o momento de imiti-la. A partir desse instante, o poder de julgar passa a ser do outro que o fará de acordo com a própria lógica.

Na verdade, não viemos para julgar o outro e sim aprender a conviver com as diferenças.

Por que será que carregamos conosco essa necessidade de julgar e criticar o outro?

Por que será que vivemos olhamos para os erros dos outros esquecendo de olhar os nossos próprios erros?

Por que será que sentimos necessidade concertar os erros dos outros mas não concertamos os nossos?

Por que será que achamos que julgar o erro passado do outro iremos mudá-lo?

Antes de responder é preciso refletir sobre alguns pontos da dinâmica vivencial. Para ela:

  •  A lógica cognitiva/vivencial determina quem você é. Logo, as pessoas e o mundo não são o seu espelho.
  • O passado é visto como uma ferramenta de orientação. Serve para mostrar o resultado do ato praticado. Nesse caso, julgar o ocorrido não o muda. A transformação só é possível em um novo presente. Quando o ato está acontecendo.
  • Só a pessoa possui o poder de se transformar. O máximo que se pode fazer pelo outro é orientá-lo para que não cometa os mesmos erros e não julgá-lo.
  • A imperfeição do outro só o prejudica. Você só tem o livre arbítrio de querer ou não conviver com a imperfeição dele.
  • Não são as pessoas e as suas diferenças a grande causa de seus males e sim a sua negligência em relação a si.
  • Pare de ter como estratégia para superar a sua baixa auto-estima, julgar o outro negativamente.

 Para o autogerenciamento vivencial,todos nós possuímos meios de transcender os estreitos limites das nossas verdades e dessa forma ter acesso a conhecimentos mais amplo e profundo.O ato de julgar precisa ser repensado. É preciso estar atento ao seu critério de realidade pois ao interagir com o outro, tendo-o como único critério de verdade além delimitar o seu olhar vivencial, irá restringir a sua capacidade de analisar e compreender as atitudes e comportamentos diferentes dos seus.

Para se ter uma melhor interação, cada pessoa deverá desenvolver em si uma lógica cognitiva/vivencial que agregue diferenças pois só assim poderá melhor analisar e compreender as atitudes e comportamentos diferentes dos seus, conseguindo, dessa maneira, harmonizar a sua relação com o outro. Já que o seu grande enigma, não é a validação das suas verdades e sim, não dar motivos para que o outro construa uma imagem negativa de você.

Nesse mundo das interrelações é importante não esquecer que as suas atitudes e comportamentos têm um peso na forma que o outro irá reagir a você. Estar abertos a interagir e a respeitar as diferenças vivenciais é o caminho.Logo, quando pensamentos opostos coexistem dentro de si sem conflito, a maturidade vivencial é alcançada.

 Enfim!!A vida é arte do encontro embora haja muitos desencontros. (VINICIUS DE MORAES)

 Para refletir!!!! Há pessoas que acham que ao pedir desculpa e reconhecer os seus erros, que são evoluídas.Evoluídas!!! São aquelas que não precisam pedir desculpas que pensam várias vezes, antes de expressar uma opinião ou tomar uma atitude. Sabem que entre a sua lógica e do outro, existe uma linha tênue com conseqüências vivenciais, muitas vezes irreversíveis.

Ainda mais!!! Existem pessoas que crêem que ao explicar ou justificar as suas reações inadequadas presentes, através do passado ou do outro, estão sendo sábia. Será!!!!

ORAÇÃO DA AUTORREFLEXÃO

Cláudio de Oliveira Lima

 Oh! Deus!

O que mais me apavora

É que sou capaz

De mudar a minha vida

Oh! Deus!

É o meu próprio acreditar

Que me destrói.

Impede a minha

Metamorfose vivencial

Preciso renascer

Para mim.

Oh! Deus!

Tire-me do escuro

Desperte em mim

O olhar de mãe

Pra que não me julgue

O dono da verdade

E não sufoque em mim

A capacidade de autorreflexão

Pois só assim

Estarei apto

A ver e a reagir

Às dificuldades vivenciais

Com sabedoria.

Amem.

 Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo

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