O APRENDER A APRENDER NO ENSINO FUNDAMENTAL DA EDUCAÇÃO LAICA À PEDAGÓGICA DIGITAL


Foi a partir da Revolução Francesa que houve o desencadeamento da educação e da educação para todos, quando foi instituído a escola laica como ensino obrigatório, porem, a preocupação pedagógica, já havia surgido nas civilizações clássicas.
Sabemos que na realidade escolar de hoje, muitas vezes, acaba sendo empregada a didática do fingimento, como afirma WERNECK, p. 14, não há na maioria das vezes uma sintonia entre o discurso pedagógico e a pratica atual do processo de democratização do ensino, isto é, "o professor estar na sala de aula, no entanto, não se sabe se há algum ensino. (WERNECK 2000, p. 14).
Com a evolução sofrida nos últimos anos, em termos de tecnologias, não há mais esperança para professores que versam, mas não praticam, ou seja, que o discurso é belíssimo mas, a realidade é assustadora, pois nada que é colocado na teoria, reflete na pratica, ou pelo menos, não há nenhuma condição de ser contextualizado com a pratica do aluno.
Dessa forma, como podemos perpetuar a emancipação do aprendente, se este acaba sendo um sujeito passivo que está sendo "passado para traz", isto é, não está crescendo, evoluindo, aprendendo, apenas está fingindo aprender, pois o seu professor finge ensinar.
Não estamos mais na época de tapeações, do professor confundir que é construtivista, e sugerir que seus alunos façam algo que os agradem, pois o aluno precisa construir seus conhecimentos e, na realidade, o que acontece não tem nada de construtivismo, pois o aluno está sem direcionamento, sem medição, que com certeza seria papel do professor orientá-lo.
Isso não é aprender, é se perder num turbilhão de fingimentos, onde o ponto final é frustração do aluno, por ter tido um professor que não teve uma formação continuada, que estagnou e acha que já aprendeu tudo.
Temos convicção que a pedagogia do fingimento é uma realidade brasileira, pois o professor tem autonomia e a capacidade de "organizar uma linda pauta, perfeitamente enquadrável numa espécie de "pauta-fria" (WERNWCK, 2000, P. 16), mas na verdade sabemos que essa pauta funciona totalmente distorcida da realidade, porém, ninguém prova isso, pois somente ele, o professor, é uma autoridade unilateral.
No entanto, apesar das folhas incorrigíveis que acontecem no meio escolar, não é necessário que se mude apenas o discurso pedagógico, e sim, mais que urgente a mudança da pratica pedagógica, pois a escola física vai continuar existindo, porém a pedagogia digital tem avançado, e portanto, deverá haver uma conscientização dos educadores, em ousar mais, criar novas propostas e praticas, pois com o processo de globalização nada mais é estático, tudo necessita ser dinâmico.
Portanto, precisamos ensinar os nossos alunos aprender a aprender, porque se não teremos no futuro uma cadeia "professores pensando ter ensinado e os alunos convictos de que sabem alguma coisa" (WERNWCK, 2000, P. 14). Se de fato, as pratica não forem transformadas, significa que continuamos na educação laica e ainda não atingimos o ápice da educação pedagógica digital, onde a sociedade diariamente se globaliza e a escola não, gerando uma dicotomia entre a teoria e a pratica educacional.



BIBLIOGRAFIA

WERNECK, Hamilton. Se você finge que ensina eu finjo que aprendo. 18ª Ed. Petrópolis/RJ, Vozes, 2000.