RESUMO 

A prática de acolher crianças abandonadas esteve presente em várias sociedades e, durante décadas, a exclusão e a segregação social foram marcantes no trato com aqueles que tiveram que conviver com o abandono e a falta de uma resposta efetiva do Estado, da sociedade e da família. O acolhimento de crianças e adolescentes vem se configurando de várias formas, partindo de problemas intrafamiliares, que, somados ao contexto socioeconômico e político, terminam por acentuar essa situação. Os recursos oferecidos são escassos e a forma de enfrentamento também é complexa, requerendo, assim, um olhar diferenciado quanto ao enfrentamento desse processo. O presente trabalho teve como objetivo investigar se o Acolhimento Institucional é um processo que visa o enfrentamento da exclusão ou reprodução da segregação social, pois, frequentemente, as Instituições que desenvolvem Programas de Acolhimento Institucional convivem com vários dilemas, como a evasão, o baixo rendimento escolar, a má conduta das educandas, dificuldades na reinserção familiar, insuficiência de abrigos que atendam ao perfil das crianças e adolescentes e outros impasses. Para obtenção do conhecimento da realidade empírica, foi realizada pesquisa quali quantitativa, com entrevista semiestruturada aplicada às educandas, educadoras e à equipe técnica, cuja resposta indicou que o Acolhimento Institucional é um processo que tem corroborado para a reprodução da segregação social, impelida pela exclusão do Direito à Convivência Familiar. É sabido que as crianças e adolescentes que são encaminhadas para acolhimento se encontram com vínculo familiar e comunitário rompidos. Porém, a pesquisa revelou que a família tem feito do acolhimento um recurso de descarte do filho; além de apresentar resistência pela reintegração familiar do mesmo.

 

Palavras- chave: Acolhimento, família, exclusão e segregação social.

 

 

 

 

 

 

 

Segue monografia para avaliação e publicação,

Grata,

Joédila Santana.