Esta é uma ordem bem imperativa. Mas só funciona no coração daqueles que sabem o que é estar sozinhos em um instante de infelicidade. Em muitos momentos fiquei em um canto sozinha, chorando, com vontade de gritar por alguém e sabia que não havia ninguém, absolutamente ninguém prá me socorrer.

Como em um passe de mágica, vinha de dentro do meu peito uma força, uma coragem, um fôlego gigante que me parecia catapultear para cima e para longe. Não foram poucas as vezes que aconteceu. A cada vez que isto sucedia, em vez de me lamuriar achando que era a mais infeliz das criaturas, descobria o quanto era fortalecida. Aprendi que o escuro, o frio, a dor e as lágrimas são reservadas aos que podem encontrar respaldo para seus gritos. A criança cresceu e descobriu que o medo é o maior inimigo da fé, da confiança e do sucesso.

Com isto posso afirmar categoricamente que o medo tem medo dos fortes, dos decididos, dos bons e some buscando outros recantos onde se sinta tão grande quanto à pequenez que lhe é própria.

Os seres humanos aprenderam a castrar outros seres humanos, como se o próprio crescimento dependesse dos pedaços alheios. Apreenderam o caminho curto da desculpa, ou da culpa imposta a outros em uma fuga atroz do medo que aprenderam a assimilar para esconder a capacidade de crescer sozinhos em si mesmos. Isto não lhes causava medo.

Vimos gritos, falas, lamentos, colocações, lágrimas, adoecimentos em função da eterna desculpa: “Do tenho medo”. Medo de que?! Eia, o medo é fraco, pequeno, insignificante.

Avance usando a sua força imensurável e nunca mais diga que tem medo e que em função disto atrofiou seus sonhos, matou ideal ou assassinou emocionalmente a tanta gente.