Em fins da década de 70 um grupo de cientistas britânicos que fazia pesquisas na região da Antártida (pólo sul) descobriu que houvera uma destruição parcial desse "escudo protetor" da estratosfera terrestre chamado "CAMADA DE OZÔNIO" contra a livre incidência dos raios solares sobre a superfície do planeta, e que poderia causar, além da alteração das moléculas nos tecidos animais e vegetais, também o derretimento progressivo das calotas polares, ocasionando um superaquecimento na atmosfera.

E de lá para cá, apesar das reiteradas advertências dos meios de comunicação, de grupos ambientalistas, médicos e cientistas, ninguém além deles parece estar muito preocupado com isso (governos, instituições, etc.). Os agentes químicos agressores, como os propelentes de aerosol, continuam a ser utilizados e o composto CFC (Cloro-Flúor-Carbono) liberado sob diversas formas para as altas camadas da atmosfera sem nenhum controle efetivo ou fiscalização das autoridades.

Aqueles que assistiram ao filme "PAPILLON" devem estar lembrados de que muito antes da descoberta dos cientistas britânicos, já os prisioneiros deportados para Caiena ou para a Ilha do Diabo, mesmo sob o regime de trabalho forçado, tinham a orientação e o direito de usar roupas e chapéus adequados para se protegerem do sol equatorial. Embora não estejamos aqui no sul dentro da faixa do Equador, ninguém deve ignorar que neste setor do planeta estamos expostos a um risco talvez maior do que em outras regiões, principalmente depois do surgimento do buraco na "camada de ozônio", e que a incidência dos raios solares diretamente sobre a pele desprotegida (especialmente a incidência dos raios ultravioleta) passou aqui a ser mais grave e a ocasionar males irreversíveis, entre os quais a alteração das células epiteliais e o chamado "câncer de pele".

E há pessoas (adultos e crianças) que permanecem por gosto (ou são obrigadas a permanecer) com a pele diretamente exposta ao sol de modo contínuo e prolongado, enquanto os que poderiam evitá-lo permanecem à sombra das árvores ou comodamente sentados em seus gabinetes, como se nada tivessem a ver com isso nem pudessem ser, por deliberada ação ou omissão criminosa, responsabilizados.

Luciano Machado