NU E ESCORRAÇADO

No outro dia às 3 horas da tarde Zé Dentista chega à casa do Manuel. Precisava de alguém pra tomar conta da casa a noite. A casa é grande e um guarda só não dá conta.A conversa entre os dois é animadora. Acertam tudo. Manuel vai trabalhar de guarda a noite na casa do Zé Dentista. Até que enfim ele arrumou o serviço que queria: ficar à toa a noite e não fazer nada durante o dia. Serviço bom era aquele. Era o que ele mais sonhara toda a vida.

A noite ele se apresentou na casa do Zé dentista. Que casarão! Aquilo sim era uma casa. Quantas e quantas salas havia ali. Zé dentista mostrou toda a casa ao Manuel e o que ele deveria fazer. Mostrou Jáiro, o outro guarda. Era pra fazer revezamento à noite. quando Jáiro fosse para o fundo, ele iria para a frente da casa e vice-versa. Isto durante toda a noite, pois de dia havia um outro guarda.

Zé Dentista também mostrou as duas empregadas da casa. Além da família e dos guardas, eram só aquelas duas moças que entrariam ali. Manuel arregalou os olhos. Que meninas lindas! Eram fofinhas as duas. Tinham peitinhos saborosos uns. Que gostosas! Uma delas encarou Manuel por um bom tempo. Que ótimo! Manuel caiu no céu.

Jáiro era um verdadeiro pilantra. Mais conversava que tomava conta da casa. Já conhecia uma das empregadas. Dormia com ela quase todas as noites, lá no fundo do quintal. Ninguém importava. Aquilo é que era vida, dizia Jairo ao Manuel.

O trabalho era bom. Manuel se adaptou logo. Ele não gostava mesmo de trabalhar e ganhar para ficar sem fazer nada era ótimo. Mas Jáiro era mesmo muito levado. Depois de um mês de trabalho, apresenta a outra empregada a Manuel. Aí sim, Manuel se alegrou. Era a mesma que o encarou por longo tempo. Manuel foi logo encarando a bichinha e foi alisando os seinhos dela. Eram lisinhos, durinhos e bem pontudos. Tirou logo a blusinha dela e observou-os atentamente. Coisinhas gostosas.

Jário e Manuel convidam as meninas para uma noitada. Levam as gazelas para o fundo da casa. Tiram a roupa e brucutu nas meninas. Todos gemem de prazer. Manuel fica doido. Que felicidade! E gemem e fungam e falam baixinho. Permanecem ali até de madrugadinha.

Zé Dentista que tinha viajado, retorna mais cedo. Não encontra os guardas. Onde se meteram? Como ele tem a chave, abre o portão e entra. Vai direto para os fundos. Encontra a roupa dos quatro. Estranho. Vê algo mais estranho ainda no canto da parede e ouve uns gemidinhos. Eles estavam tão esquecidos da vida que não percebem a presença do patrão. Zé Dentista volta pra frente, abre a porta, entra em casa e pega um 38. Esconde a roupa deles e abre a porta da cozinha com o 38 engatilhado.Cambada de vagabundos. Então eu ponho empregados aqui pra fazerem minha casa de motel? Sumam daqui já seus desgraçados, antes que eu passo uma bala nos quarto.

Eles levam um tremendo susto e correm para as roupas, mas cadê as peças? Roupas? Então vocês estão preocupados com roupas? Por que então estavam pelados? Disse Zé Dentista. Por favor, seu Zé, foi um erro, devolve nossas roupas e não voltaremos mais aqui - disseram eles. Saiam já daqui, seus pilantras. Não quero ver vocês nem pintados de ouro.

Eles saem correndo nus pela rua tapando as partes sem-vergonhas. Correram só um pedacinho e encontraram as roupas. Vestiram rapidamente aquilo e se mandaram dali, cada um culpando o outro.

Jário e Manuel vão a um barzinho num posto de gasolina. Ali, conversam muito e bebem quase o dia todo. Jário conta tudo que aconteceu com ele na casa de Zé Dentista. Era um homem muito bom. Eles abusaram muito mesmo. E as meninas? Boas meninas. Jáiro conhecia-as há muito tempo. Gostava delas. Zé Dentista voltaria atrás. Gostava de todas eles. Só que a sacanagem foi muito grande. Zé Dentista reconsideraria. Pelo menos era isto o que esperavam.