INTRODUÇÃO 

            O presente trabalho cujo tema é “O Uso das Novas Tecnologias na Sala de Aula” foi escolhido pelo fato de que se precisa rever como estas novas tecnologias estão sendo utilizadas pelos professores e pelos alunos nos dias atuais.

É sabido que a educação é uma arte do desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, tendo em vista a sua melhor integração individual e social.

Considerando essa função de proporcionar ao homem a chance de se adequar e modificar o ambiente em que vive, seria possível conscientizá-lo, durante todo processo escolar, para a precisão de identificar as distintas formas de comunicação e que cada maneira tem um ambiente social diverso.

A educação está sofrendo diversas transformações que decorrem da reorganização econômica do mundo. Sendo assim, modelos educacionais estão se modificando e sendo reconstruídos numa nova visão, num novo espaço cognitivo que está sendo estruturado. Porém é importante relevar que estas transformações nem sempre traz benefícios para todos, pois estão conectadas à atitude de quem estrutura a proposta educacional como as instituições, os professores e a comunidade.

E, dentro desse novo cenário, está a questão da prática educativa, da atitude do professor, da sua posição diante da tecnologia digital em uso na educação. Essas questões determinam a potência do processo de construção do conhecimento. Processo este em que a interação entre sujeito e objeto se compõe de forma lógica, assim sendo, o professor e o aluno.

Este estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica, tendo como base os teóricos Almeida (2004), Azevedo (2004), Bastos (1998), Bencostta (2007), Candau (1991), Couto (2008), Kawamura (1998), Sancho; Herandez (2006), Silva (2012) e Viana (2004) para aprofundamento dos estudos acerca do tema abordado.

O presente trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro trata do processo educacional e suas características, os tipos de educação e os estilos de aprendizagem; o segundo trata das novas tecnologias educacionais, bem como do uso do computador na sala de aula e o terceiro trata das influências positivas e negativas das novas tecnologias na aprendizagem e das novas tecnologias aplicadas na sala de aula.

Esse trabalho tem como objetivos compreender o processo educacional e suas características, identificando os tipos de educação e os estilos de aprendizagem na escola, bem como identificar as novas tecnologias educacionais e a utilização do computador na sala de aula e refletir sobre as influências positivas e negativas das novas tecnologias aplicadas na sala de aula pelos alunos e pelos professores nos adias atuais.

 




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 O PROCESSO EDUCACIONAL E SUAS CARACTERÍSTICAS

 

 

A Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um elemento ressaltado em qualquer meio social e nas coligações características destas, responsável pela sua sustentação e efemeridade a partir da adaptação, às gerações que se acompanham, das formas culturais de ser, estar e agir indispensáveis ao convívio e ao amoldamento de um componente no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo social, a educação é desempenhada nos múltiplos ambientes de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade.

A Educação representa o desenvolvimento do indivíduo a fim de que ele possa atuar em uma sociedade pronta para a busca da aceitação dos objetivos coletivos. Ela busca ao longo dos séculos uma forma de englobar a comunicação vinculada a posturas de relacionamentos e interação entre cidadãos.

No sentido mais abrangente, educação consiste num processo de atuação de uma determinada comunidade sobre o desenvolvimento de um indivíduo, capaz de compreender e refletir sobre a realidade do mundo que o cerca, devendo considerar seu papel de transformação social, que supere nos dias atuais a economia e a política, buscando a solidariedade entre as pessoas, respeitando as diferenças individuais de cada um. Envolve consciência de um conhecimento e de uma ação, de uma ideia de concepção de ser humano, de cultura e sociedade.

Segundo afirma Ferreira (2000), educação consiste no ato ou efeito de educar (se) e ainda afirma ser um processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano. Para Viana (2004, p. 41):

A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objetivo suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, particularmente, se destinem.

            Isso implica dizer que não há uma fórmula a ser seguida, pois a educação é desvendada a cada passo estimulado aos alunos, e estes não têm seus conhecimentos prévios, uma soma de atos educativos encadeados em função da formação do ser humano. Deve-se, então, levar em consideração para acrescentar na fórmula de educar, inserir a história da comunidade no currículo da escola para que estas se incluam na educação e no processo de ensino-aprendizagem do indivíduo.

            Educação representa o desenvolvimento integral do indivíduo como um todo: o corpo, a mente, o espírito, a saúde, as emoções, os pensamentos, os conhecimentos, as expressões, a cultura, o folclore. Aproxima-se do conceito de sociedade educativa, ocorre em relação benéfica da própria pessoa, é uma linha geral e harmônica para tornar o ser autônomo e protagonista de sua própria história. Isso se reflete na integração construtiva do outro com o indivíduo envolvido e o papel de ambos na sociedade. Segundo Viana (2004, p. 42):

Educação não é só ensinar, instruir, treinar, domesticar, é formar autonomia do sujeito histórico competente, uma vez que, o educando não é o objetivo do ensino, mas sim o sujeito do processo, parceiro de trabalho, este entre individualidade e solidariedade.

            É importante considerar que as práticas educativas formais observadas em instituições específicas se dão de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso das escolas.  No caso específico formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar. E a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade dão-se o nome de Educação Tecnológica.

1.1 Tipos de Educação

1.1.1 Educação Ambiental

Em se tratando de meio ambiente, temos a percepção da ação humana na biodiversidade que nos envolve, nas variadas demonstrações da vida.

            O ser humano, através de ações, vem destruindo a natureza cada vez mais. A relação homem/meio ambiente faz repensar no futuro do planeta, através das nossas atitudes e ações conscientes. Pois, o meio ambiente nos últimos anos, passou a ser preocupação frequente de todos, devido à ameaça que existe nos dias atuais às reservas florestais e suas consequências, causando incômodo e fazendo resistir o instinto de sobrevivência dos seres vivos. Acrescentar que as catástrofes são naturais e pioram por conta da ação do homem.

Desde o dia 27 de Abril de 1999, a educação ambiental tornou-se lei. A Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Considerando o que diz no Art. 2° da Lei Ambiental, a educação ambiental procura despertar em todos os seres humanos a consciência de que o homem faz parte do meio ambiente. Ela procura ir além da visão antropocêntrica, que faz com que o homem se sinta sucessivamente o centro de tudo, esquecendo o valor da natureza, da qual ele é parte integrante.

É importante ressaltar que desde muito cedo na história da humanidade, para que se sobreviva no meio social, todos necessitam conhecer o ambiente em que vive.  De acordo com Viana (2004, p. 43):

A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.

Sendo assim, a educação ambiental é um conceito de valores e clarificações, que tem o objetivo de desenvolver as habilidades e modificar os caracteres no que diz respeito ao meio ambiente, para atingir e contemplar as inter-relações entre os homens, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental ainda está ligada à prática das tomadas de decisões e à moral que governam para a melhoria da qualidade de vida. Segundo a Lei Ambiental, Art. 1°:

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Isso implica dizer que a Educação Ambiental é um processo em que se procura acordar para a preocupação do indivíduo e do coletivo para a questão do meio ambiente, dando-lhe a garantia do acesso à informação em linguagem apropriada, colaborando para o desenvolvimento de uma consciência crítica e instigando para o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Ela desenvolve-se num contexto complexo, buscando trabalhar não somente a mudança cultural, mas também a variação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política.

1.1.2 Educação Familiar

É sabido que desde a década de 60 a família tem se modificado muito. Primeiramente, sua forma ponderou-se já que no espaço do velho modelo homem e mulher que se casam, ficam juntos até que a morte os separe e têm filhos, abrem espaço para o surgimento de outras formas de grupo familiar com a chegada do divórcio, dos recasamentos e das adesões homossexuais.

Então, o papel de cada integrante também tem se modificado. Se o homem antes era o maior responsável pela sustentação da família e a mulher pela organização da casa e da educação dos filhos, atualmente esses papéis são mais participados.

Porém, essas e outras alterações, incorporadas a peculiaridades da sociedade como o individualismo, a prioridade do consumo, a procura da juventude inabalável e da felicidade imediata têm modificado de forma radical as relações entre pais e filhos e, portanto, a educação dos mais novos e sua formação. Conforme Azevedo (2004, p. 19):

Cada vez mais, a educação escolar – entendida como preparação para o futuro êxito profissional – ganha destaque exagerado e isso gera um fenômeno importante: o lugar de filho vai se esvaziando e as crianças passam a ocupar, quase que exclusivamente, o lugar de aluno. Pais, professores e adultos se relacionam com as crianças tendo preferencialmente como elemento mediador a vida escolar delas.

Vale ressaltar, aqui, que o processo da doutrina aos filhos da experiência com os outros, a transparência da história, reminiscências, apegos e hábitos familiares, a formação das virtudes e da moral da família, a doutrina de princípios caros ao grupo, entre muitos outros atributos dos pais, perdem terreno. 

É importante refletir sobre tais acontecimentos e procurar novas formas de enfrentar velhas tradições familiares nesse tempo de mudança e colapso.

1.1.3 Educação Escolar

Quanto à Educação Escolar, sabe-se que ela é um procedimento educacional concretizado num sistema escolar de ensino, o qual ser desenvolvido em estabelecimentos legitimadas para exercê-la. O aparecimento da Educação Escolar está relacionado ao aparecimento das escolas e das políticas educacionais exercidas pelo Estado.

Entretanto, a definição de Educação Escolar passa a existir para diferenciá-la do processo de educação, uma vez que este não acontece, essencialmente, institucionalizado. Para Bencostta (2007, p. 13):

O conhecimento deve, antes de tudo, ser considerado como o principal recurso existente no espaço mundial, já que é um recurso capaz de gerar outros recursos. Sendo assim deve ser enunciado “recurso produtivo” e o valor de seus derivados deve ser diretamente proporcional ao valor do recurso conhecimento no mercado mundial. Portanto, não devemos considerar a educação um gasto e sim um investimento, pois o Estado não é público, ele é privado.


             É necessário ressaltar que o conhecimento, não se limite a um simples recurso econômico, sendo fundamental para a formação moral e civil de qualquer que vive na sociedade. Se o mesmo apresentar qualquer déficit de informação ética social, estabelecerá um fechamento para o avanço social.

1.2 Estilos de Aprendizagem

A aprendizagem é o meio pelo qual as competências, as habilidades, os conhecimentos, o comportamento ou os valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Tal processo pode ser avaliado a partir de distintos pontos de vista, de modo que há diversas teorias de aprendizagem. A aprendizagem é uma das funções da mente mais extraordinários em humanos e animais e também pode ser aplicada a sistemas artificiais.

Os estilos de aprendizagem são formas que uma pessoa usa para obter a aprendizagem daquilo que lhe é proposto. Esses estilos são singulares e muito pessoais, pois cada indivíduo apresenta facilidade com um determinado estilo e dificuldade em outros. Atualmente, é aceitável empregar a aprendizagem física, a interpessoal, a intrapessoal, a linguística, a matemática, a musical e a visual.

1.2.1 A Aprendizagem Física

A aprendizagem física é aquela em que as pessoas que, com estas características, são inquietas, desmontadoras de equipamentos e brinquedos, aquelas que querem saber como funciona e ver por dentro, os que não conseguem ficar sossegados em seu lugar.

São pessoas que não ficam sentadas por muito tempo. Elas raciocinam melhor quando seus corpos estão em movimento. Interagem melhor com o mundo por meio do contato manual e corporal. Os aprendizes físicos gostam de esportes, inventam, constroem e dançam.

Essas pessoas quando estão aprendendo ou adquirindo capacitação acadêmica, são beneficiadas com atividades de demonstração corporal, manuseando e tocando objetos, realizando exercícios.

1.2.2 A Aprendizagem Intrapessoal

 

Em relação à Aprendizagem Intrapessoal, pode-se dizer que são as pessoas solitárias, as que caminham segundo o compasso da sua própria conformidade, e podem ser consideradas como tímidas. Mas, elas não são anti-sociais, apenas pensam melhor quando são deixados à vontade para determinarem seu próprio ritmo.

Na aprendizagem intrapessoal, as pessoas se relacionam melhor com o mundo por meio de uma ótica isolada e por meio da auto-reflexão. Pessoas assim gostam de escrever, pesquisar e explorar a Internet e são bem sucedidas. Quando elas estão aprendendo ou obtendo habilitação na escola, os principiantes Intrapessoais obtêm melhores implicações com atividades nas quais possam trabalhar sozinhos, projetos independentes, e trabalhos de pesquisa.

 

 

1.2.3 A Aprendizagem Interpessoal

Na Aprendizagem Interpessoal, as pessoas são conhecidas com os ajudantes de plantão, os assistentes comunitários, os autênticos carregadores da equipe. Elas obtêm o melhor de si quando conseguem defender suas ideias e podem ajudar os amigos a solucionarem problemas.

São pessoas que se relacionam melhor com o mundo por meio de suas interações com os outros e um entrosamento com as pessoas que trabalham em grupo. As atividades nas quais elas terão melhores resultados são equipes esportivas, grupos de discussões e organização de eventos.

Quando elas estão adquirindo novas informações ou desenvolvendo suas habilidades na escola, obtêm melhor desempenho com Jogos em Equipe, Trabalhos de Pesquisa em Grupo, ou trabalhando em pequenas equipes.

 

 

1.2.4 A Aprendizagem Linguística

Na aprendizagem linguística, os indivíduos são conhecidos como verdadeiros devoradores de livros, os artesões das palavras, e pessoas que sempre sabem o que vão falar.

Tais indivíduos causam ímpeto ao se expressarem por meio de palavras faladas ou escritas, ou seja, eles se relacionam melhor com o meio social por meio da linguagem. E podem, ainda, conseguir melhores resultados com atividades que incluam o uso da palavra falada, escrita de poemas e leitura Literária.

Isso quer dizer que quando estão aprendendo ou construindo suas habilidades profissionais, se beneficiam mais como Contadores de Histórias, Conferencistas, na condução de Entrevistas, Leitura e Escrita.

1.2.5 A Aprendizagem Matemática

Na aprendizagem matemática, pode-se dizer que se têm as pessoas denominadas gênios matemáticos, os apaixonados por jogos, os seguidores e defensores das teorias científicas. Mas, isto não quer dizer que para aderir a alguma coisa esta necessite ser comprovada cientificamente, isto significa somente que elas pensam conforme o padrão lógico.

A sua ligação com o mundo é melhor por meio do Raciocínio, dos Números, dos Padrões e das Sequências. As atividades que melhor de aproximam delas incluem contagem e classificação de objetos, criação de tábuas cronológicas e tabelas, e solução de problemas complexos.

E, no desenvolvimento de sua capacitação na escola, elas adquirem melhor performance com experiências científicas, acompanhamento passo a passo de processos e usam cálculos matemáticos.

 

 

1.2.6 A Aprendizagem Musical

 

Nesse tipo de aprendizagem, as pessoas vivem cantando ou harmonizando algum som mesmo com a boca fechada, os cantores e aqueles descritos como tendo um ouvido musical. Pois, elas veem sons em tudo. Elas podem não ser consideradas os melhores cantores ou músicos, mas eles têm uma habilidade natural para interagir e entender os sons, musicais ou não.

Isso significa dizer que sua relação com o mundo é por meio dos sons e ritmos sonoros. As atividades que podem ser mais proveitosas para elas são ouvir músicas, tocar instrumentos, interpretar sons, e cantar.

Quando estão aprendendo ou adquirindo habilidades acadêmicas, essas pessoas se beneficiam mais escrevendo letras e canções para músicas, tocando instrumentos para acompanhar seus trabalhos ou de outros, ou desenvolvendo projetos de multimídia.

 

 

 

 

1.2.7 A Aprendizagem Visual

 

Na aprendizagem visual, as pessoas são consideradas os modernos Picassos e Renoirs, os grafiteiros e rabiscadores, e indivíduos que têm um talento natural para as cores e para harmonizar ambientes. Os indivíduos visuais parecem ter um senso artístico que faz com que tudo criem pareça agradável aos olhos.

Sua relação com o mundo é através de pinturas e imagens. As atividades que podem ser mais proveitosas para elas incluem pintura, escultura, e a criação de artes gráficas.

Quando estão aprendendo ou adquirindo capacitação acadêmica, essas pessoas se beneficiarão mais com desenho e criação de diagramas inclusive gráficos, leitura cartográfica, criação de mapas, ou realizando demonstrações

Pensando nesses estilos de aprendizagem deve-se detectar o estilo de cada aluno dentro de uma sala de aula para que estes possam desenvolver-se e entender o que está sendo proposto de maneira mais fácil. Esses estilos de aprendizagem justificam a utilização de música, dança, encenações, jogos, atividades extraclasse no processo de ensino, pois deve-se buscar a identificação de cada aluno em determinadas atividades para que seja destacada a sua habilidade e seu estilo de aprendizagem.

2 AS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

 

2.1 Conceitos e Características Gerais

 

Ultimamente, tem-se falado com muita frequência em tecnologia educacional. Com a vinda da informática nas escolas, uma perspectiva cresceu bastante: os computadores afinal chegaram para revolucionar o ensino?

No entanto, ao longo dos últimos anos de experiência com as mídias e softwares disponíveis foi descoberto que não basta ter computadores e softwares na escola: é preciso algo mais, inclusive de natureza diferente desta mídia, por mais inconstante que ela possa parecer à primeira vista, para que se produzam ganhos significativos  nos processos educacionais, contando com tais recursos. Para Candau (1991, p. 14):

A imprecisão e impropriedade como a que se verifica na nomeação de um conceito como o de Tecnologia Educacional não é meramente uma questão semântica. Passa, afinal de contas, a se constituir em um reducionismo, obstruindo possibilidades efetivas na elaboração de aulas e processos educacionais mais consistentes e ricos.

Isso implica dizer que as Tecnologias Educacionais são usadas desde o começo da educação sistematizada. Mas, ainda hoje se utiliza a tecnologia dos livros didáticos e, atualmente, os vários estados do mundo perguntam-se sobre quais poderiam ser os currículos escolares mais apropriados para o tipo de sociedade desejado. E, no mundo ocidental, um dos grandes desafios é ajustar a educação às novas tecnologias aos meios comunicativos da atualidade como a internet, a televisão, o rádio, os softwares que operam como recursos educativos formais ou informais.

Nos anos 1950 e 1960, a tecnologia educacional mostrava-se como um recurso que gerava aprendizagem, para a resolução de problemas educacionais dentro de uma concepção tecnicista de educação. Nos anos 70, passou a ser um processo tecnológico no ensino. Na metade dos anos 90, caracterizou-se pela busca de novas concepções sobre o uso das tecnologias no campo educacional. De acordo com Candau (1991, p. 15):

A tecnologia educacional é a área de conhecimento onde a tecnologia se submete aos objetivos educacionais. Ela procura auxiliar o processo ensino e aprendizagem de modo a propiciar formas adequadas de utilizar os recursos tecnológicos na educação, ou seja, as funções maiores da escola serão enriquecidas com a grandeza das novas fontes de informações e ferramentas tecnológicas modernas preocupando-se com as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos educandos, da escola, do professor, da cultura em que a educação está inserida.

Considerando o que diz o autor, vê-se que contínuas transformações tecnológicas em todo o mundo influenciam as relações da sociedade. E, neste contexto, a Escola que é um ambiente onde se constrói a educação formal e é um ambiente social, começa a refletir sobre a influência das Novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Então, como resultado do avanço das pesquisas em microeletrônica, no início do século XXI as tecnologias começaram a ser vistas e empregadas sob outra perspectiva no processo educativo. A escola, então, começou a se apropriar do uso técnico dos recursos tecnológicos para repensar as formas e metodologias apropriadas a cada contexto social.

Nos dias atuais, as Tecnologias educacionais deixam de ser encaradas como simples ferramentas que tornam mais eficientes e eficazes, passando a ser analisadas como elementos estruturais de outro modo de refletir a educação, intercedida pela Tecnologia e esta associada aos objetivos pedagógicos, com o objetivo de propagar a diversidade cultural e à realidade em que cada escola se introduz a diferentes metodologias empregando recursos tecnológicos. Segundo Kawamura (1998, p. 16):

Nesse sentido, a TV, o vídeo, o Rádio, a Internet, o material impresso possibilitam articularem-se novas linguagens e novas forma de apropriação do conhecimento na escola. É crescente o número de escolas e centros de educação que estão usando ferramentas on-line e colaborativas para aprendizado e busca de informações. As principais ferramentas usadas e conhecidas são agregação e distribuição de conteúdo (RSS, ATOM), Ambientes de aprendizagem como Weblogs (Blogs), Web Quests e Wikis e objetos educacionais.

Isso significa dizer que todas as ferramentas podem ser empregadas como instrumentos educacionais. Entretanto, é necessário que se avalie sua aplicação de modo que se promova a aprendizagem significativa, crítica e reflexiva.

De acordo com a história da humanidade, o uso tecnológico educacional sustenta-se em três eixos sociais: a comunicação, a psicologia da aprendizagem e a teoria sistêmica. Pode-se dizer que a didática foi abandonada. Porém a ciência e a técnica se separaram e isso provocou algumas arbitrariedades em suas relações.

O professor deve estar apto a mudar e consciente da importância da tecnologia educacional como ferramenta fundamental no processo de ensino e aprendizagem, oferecendo facilidades para o aluno, bem como proporcionando-lhe um avanço na formação de novos conhecimentos. Ele é quem estimula a curiosidade do aluno em querer conhecer, pesquisar e buscar a informação mais importante. Além disso, ele é o coordenador do processo de amostra dos resultados pelos alunos, convertendo informação em conhecimento e conhecimento em saber, em vida, em sabedoria, o conhecimento com ética. Conforme Kawamura (1998, p. 17):

O crescimento tecnológico trouxe junto com ele novos artifícios e métodos tecnológicos utilizados para o desenvolvimento e aprimoramento dos métodos educacionais utilizados hoje em dia. A utilização da internet, tablets e jogos para facilitar a assimilação dos alunos sobre determinado tipo de assunto ou a criação de sistemas computacionais para a análise do desenvolvimento de uma sala de aula em relação a seu nível de aprendizagem, são alguns exemplos do uso dessas novas tecnologias na educação.

Vê-se, então, que o modelo educacional da atualidade foi estabelecido devido ao desenvolvimento de modelos antigos. Tal desenvolvimento decorreu do modelo clássico Greco-romano que usava a disciplina para a formação de um cidadão ideal, com determinação prévia e ligava o amor à sabedoria, onde existiria uma proliferação da educação entre todas as camadas sociais, chegando ao modelo do século XXI e atual, onde a educação proporciona a construção de uma pessoa capaz de auxiliar no progresso da sociedade. Por meio da disseminação da internet na década de 90 e o aumento no desenvolvimento de novas tecnologias, o uso de ferramentas tecnológicas passou a ser muito refletido no meio educacional.

É sabido que o professor sempre sentiu a necessidade de se atualizar, não apenas no campo de seu conhecimento, mas também na sua função pedagógica. As metodologias de ensino denominadas tradicionais são concretizadas com o tempo e dominam nas instituições de ensino. Ainda continua, com muitos professores, o método onde o professor fala, o aluno escuta; o professor dita, o aluno escreve; o professor manda, o aluno obedece. Uma grande maioria, porém, já é mais flexível: o professor fala, o aluno discute; o professor discursa, o aluno toma nota; o professor pede, o aluno analisa. Em casos particulares, o aluno fala, o professor escuta, o grupo debate e todos tomam nota, inclusive o professor, procurando ir ao encontro das necessidades que nascem. Para Bastos (1998, p. 21):

Isto e outras questões levam à crise do ensino, desde o primário até a universidade. Popularizou-se muito, nas instituições, o uso do retroprojetor, ou projetor de transparências, que mereceu o apelido de "retroprofessor". Facilitou um pouco a vida do professor, não precisando escrever sempre no quadro negro, principalmente quando o docente leciona a mesma disciplina para mais de uma turma, contemporaneamente ou não. Aliás, até o quadro e o giz se modernizou: hoje já é muito comum a lousa branca com o pincel especial cancelável. Mas o que prejudica não é o uso do retroprojetor, como em outras aplicações tecnológicas, mas sim o mau uso do mesmo.

É importante dizer que, antes de qualquer coisa, deve-se ter cuidado com os excessos, pois o professor não deve apenas ler, ou ditar, ou escrever ou mesmo projetar transparências durante toda a aula. Ele deve, também, oferecer alternativas. O uso de uma técnica, como o retroprojetor, por mais de uma hora contínua, torna-se cansativo, e os alunos perdem a concentração.

Portanto, a tecnologia modifica os meios de comunicação de massa e os meios de ensino, não apenas dentro da sala de aula. Está mudando até a própria sala de aula, com a inserção do ensino à distância, por exemplo.

Finalmente, as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) têm sido assinaladas como componente que define os atuais discursos do ensino e acerca do ensino. Nos dias atuais, os mais diversos textos sobre educação têm algum tipo de referência à presença das TIC no ensino. Entretanto, a essa presença têm sido conferidos sentidos tão variados que tiram a autorização de leituras singulares. Deste modo, se visivelmente não há dúvidas sobre um lugar central conferido às TIC, também não há consonância quanto à sua demarcação.

2.2 O Uso do Computador na Sala de Aula

 

            Sabe-se que o computador e a internet na sala de aula dão possibilidades ao aluno de buscar infinitas informações e é o professor que deve ser o mediador para que isso torne conhecimento. O aluno não precisa da dependência do professor e com o passar do tempo ele se torna independente ao buscar outros conhecimentos. De acordo com Almeida (2004, p. 13):

O uso desses recursos facilita e agiliza as aulas do professor, aumentando muito o campo de buscas de ideias, informações recentes, descobertas científicas. O aluno tem ainda, oportunidade de visualizar melhor muitos processos em qualquer área, através de vídeos ou online, o que antes era possível através do livro didático.

É importante que se ressalte o fato de que os alunos gostam de aulas mais dinâmicas e que dêem a possibilidade de uma maior participação deles. Utilizar o computador é um meio de chamar a atenção dos alunos e, a internet, sendo bem utilizada, pode ser um bom recurso de informação a qual servirá de base para discutir em sala de aula. Além disso, os professores devem acompanhar os avanços tecnológicos para que suas aulas tornem-se mais interessantes e produtivas.

É fato que as novas tecnologias, quando inseridas no contexto escolar, trazem a necessidade do envolvimento de todos no processo educacional – professores, alunos e comunidade escolar – para se capacitarem, haver interação, articulando entre os mesmos, as possíveis viabilizações para que o processo ensino-aprendizagem aconteça com novos estímulos e novas perspectivas.

Sendo assim, as novas tecnologias dariam permissão a estímulos diferentes e diversos no dia-a-dia escolar, permitindo, então, maior contato entre os envolvidos.

Nesse sentido, deve-se destacar que o uso das novas tecnologias possibilita ao professor a realização de atividades diferentes e atrativas, pois a internet dá a possibilidade de professor e aluno acessarem as informações em tempo real e as aulas com as novas tecnologias dão a possibilidade de abrir um novo leque dentro dos conteúdos, com imagens e sons, que são muito interessantes para os alunos. A aprendizagem torna-se mais fluente, os alunos passam a ter mais interesse pelas aulas por serem aulas dinâmicas. Para Almeida (2004, p. 14):

O computador na sala de aula é uma “ferramenta” a mais no desenvolvimento de nossas atividades, estes avanços tecnológicos vieram somar às nossas práticas cotidianas maneiras diversificadas de ensino-aprendizagem. No entanto, vale ressaltar que estamos em processo de conhecimentos sobre este momento, faz-se necessário então que nós educadores nos empenhemos em buscar e desenvolver essas novas habilidades em sala de aula, gerando assim aulas mais significativas e interessantes para ambas as partes.

            Deve-se considerar, então, que o computador veio de fato auxiliar o professor na sala de aula, porém para tanto é necessário que o professor se prepare muito bem fazendo pesquisas e cursos para usar essas tecnologias. A partir daí suas aulas ficarão muito mais atraentes e certamente os alunos aprenderão com mais facilidade.

            Não se pode negar enfim, a presença e a necessidade do uso das tecnologias em sala de aula. No entanto, é cabível aos professores a identificação da melhor maneira de empregá-las, sem que se esqueçam de que várias mudanças estão ocorrendo e não se pode ignorá-las ou condená-las.

            Vale ressaltar que o uso da tecnologia é muito importante, porém não se pode permitir que ela se torne o único meio de conhecimento para os alunos. De acordo com Almeida (2004, p. 15):

Muitas vezes os brasileiros que possuem computadores em casa o utilizam apenas para entretenimento e comunicação. Grande parte dos alunos da escola pública, entretanto não têm essa possibilidade.

            Isso implica dizer que como a escola é a responsável pelo ensino e produção de conhecimento dos alunos, também será no caso do computador. É necessário levar em consideração o envolvimento de fatores relevantes como as finanças, a tecnologia e a pedagogia, pois o uso dos computadores deve dar resultados na área educacional e sócio-cultural para os que estão envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

            Entretanto, o computador não deve ser considerado mais uma ferramenta pedagógica, porque o resultado do seu uso vai além dos resultados alcançados através de DVDs ou do projetor de multimídias. O computador não tem a capacidade de ensinar e construir conhecimento sozinho. Só a sua simples presença não dá a garantia de uma melhor aprendizagem.

            Pode-se afirmar, então, que a ação do homem permanece fundamental, até para que se garanta uma boa interação com as novas tecnologias.

 

 

 

 

 

3 AS INFLUÊNCIAS POSITIVAS E NEGATIVAS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA APRENDIZAGEM

 

3.1 As Novas Tecnologias Aplicadas na Sala de Aula

 

Sabe-se que a escola tem sido persistente em relação às mudanças, até quando tenta reunir meios de inovação. Muitas vezes, a presença de equipamentos nas escolas como os vídeos ou a informática corresponde mais ao empenho dos pais ou aos empenhos comerciais de alguma empresa do que aos educacionais e didáticos. Na opinião de Almeida (2004, p. 16):

Em projetos de informática educativa, por exemplo, laboratórios de informática são instalados, mas o trabalho com o aluno é desenvolvido de forma desarticulada do projeto pedagógico da escola, sem o questionamento sobre sua contribuição de ordem pedagógica e sócio-cultural, o que acaba resultando no fracasso do projeto. É importante que a escola perceba que o valor instrumental  não está nos  próprios meios, mas na maneira como se integram na atividade didática, em como eles se inserem no desenvolvimento da ação.

Sendo assim, um projeto inovador de tecnologia na educação deve produzir sugestões envolvidas com as intenções de educação, assumindo como fundamental o significado transformador da prática pedagógica.

É necessário que sejam apresentados aceitáveis direcionamentos da alteração indispensável dos subsídios da prática pedagógica no contexto de projetos inovadores da tecnologia escolar, que podem tornar mais sólida a abordagem construtivista.

Ainda que seja bom para todos que a utilização das tecnologias da informação e da comunicação educacional não vá suprir o professor, é reconhecido nos dias de hoje, que o trabalho do professor tem apoio desses meios. Pois, o trabalho do educador é essencial nos projetos inovadores da tecnologia mesmo porque a condição educativa de tais recursos de ensino está sujeito ao uso ou exploração didática que desempenha o professor e do contexto em que ele se desenvolve. Para Bastos (1998, p. 22): “O professor deixa de ser o repassador do conhecimento para ser o criador de ambientes de aprendizagem e facilitador do processo pelo qual o aluno adquire conhecimento”.

            Muito se tem tentado redefinir a função do professor, a qual não é apenas dar aula, porque isso pode ser realizado por meio da televisão ou do microcomputador. O professor, porém, representa aquele que orienta o processo de reconstrução do aluno, por meio da avaliação constante, dos materiais a serem trabalhados, da motivação variável e da coordenação sistemática do processo.

            A utilização das novas tecnologias determina o perfil do novo professor, um ser aberto, humano, que valoriza a investigação, a incitação, o apoio e que tenha a habilidade para criar formas democráticas de pesquisa e comunicação.

Diante disso, vale ressaltar, ainda, que nas atividades pedagógicas desempenhadas por meio da Internet, deve-se considerar que educador e educando são participantes de um novo jogo discursivo, não reconhecida a autoridade ou as vantagens de direito da fala presentes nas semelhanças de ensino-aprendizagem clássicas, introduzindo relações de comunicação e de interpessoalidade mais harmônicas. De acordo com Candau (1991, p. 16):

O papel do professor, na abordagem construtivista, aproxima-se de uma concepção de profissional que facilita a construção de significados por parte do aluno nas suas interpretações do mundo. Assim, este profissional será mais bem denominado de facilitador pedagógico. Para que possa ajudar o aluno, o facilitador pedagógico, primeiramente, deverá possuir uma concepção clara da construção de conhecimento enquanto processo dinâmico e relacional advindo da reflexão conjunta sobre o mundo real.  Deverá possuir base teórica consistente, clara concepção do objetivo da aprendizagem e da metodologia a ser utilizada, assim como do processo de avaliação de acordo com a visão construtivista de conhecimento.

Isso implica dizer que em sua prática, o facilitador pedagógico deve ampliar conceitos com maior produtividade, animar o educando a procurar outros conceitos e a esperar aprender e entender, oportunizar a apreciação de experiências expressivas e a sua reflexão crítica, originar a conversação entre os alunos e grupos de alunos e a influência mútua de experiências.

Mas, de fato, as relações combinadas professor-aluno estão pautadas na discussão não apenas como decorrência da visão de construção da aprendizagem, mas também porque o educador deixou de ser o único que tem acesso à informação nessa afinidade relacional.  Isso está conduzindo o professor à mudança na sua postura, abrindo mão do poder que apreendia enquanto único que possuía o conhecimento proeminente no contexto escolar, beneficiando uma ligação mais harmônica com o educando. De acordo com Couto (2008, p. 30):

Os computadores, a tecnologia digital e as inovações no mundo audiovisual já transformaram as nossas sociedades. E tudo continua a mudar a uma velocidade estonteante. Nas escolas as novas tecnologias estão a dar os seus frutos e prevemos que irão produzir uma verdadeira revolução nos tempos mais próximos. Já começamos a ver a utilização dos quadros interativos que tornam muito mais atraentes e fáceis de perceber as explicações do professor. Em breve teremos que mudar a expressão chamar o aluno à pedra. Ele poderá também manipular o que está no quadro e dar o seu contributo interessadamente e de uma maneira lúdica.

É importante que se frise o fato de que a utilização dos retro-projetores, para a explicação das aulas, já era uma boa metodologia, porém com a utilização do projetor de vídeo, as novas probabilidades são extraordinárias. Cada bom profissional de educação deverá ter no seu computador um embasamento de dados com textos, diagramas, planos de aula, pequenos vídeos que poderá projetar assim que achar que seja conveniente.

É sabido, por todos, da força e do impacto que as lustrações têm. É hábito fazer alusão ao fato de que uma imagem vale bem mais que mil palavras. E na verdade elas podem ser um bom ponto de partida para que se atinjam os processos do conhecimento mais incontestáveis. Os educandos crescem cercados de imagens e os seus encéfalos estão adaptados a esse contexto. E, sendo assim, a escola tem que ir ao encontro de tal circunstância para, então, alcançar seus objetivos mais audaciosos.

Sabe-se também que um dos maiores problemas escolares é o fracasso, o abandono antes da hora e a falta de disciplina que, muitas vezes, resulta da passividade dos alunos que duramente obtêm suporte para extensas apresentações teóricas, por diversas vezes desenquadradas dos seus empenhos. Segundo COUTO, (2008, p. 31):

Não dá para ficar nas eternas lamentações que atribuem todas as culpas aos pais, ao desinteresse, ao despreparo e má vontade dos alunos, que só querem brincadeira, que estão viciados nos jogos, nas novelas e em tudo o que é superficialidade e que, ainda por cima, só sabem é faltar o respeito aos professores.

            É necessário que se compreenda que tudo isto pode ser verdade, mas não se pode continuar agindo de modo recriminado sem se esforçar para mudar metodologias de 30 anos atrás que podiam ter eficiência, todavia já não são úteis para esta geração que foi adaptada pela televisão e pelos computadores.

Entretanto, sabe-se que é muito difícil reverter toda uma forma habitual de ensinar. É notório que há toda uma apatia que leva a querer eternizar os velhos hábitos e estilos. Existem educadores que ainda não derrotaram as suas dificuldades mediante os computadores e das novas tecnologias e que as veem como um monstro.

Portanto, as novas tecnologias fazem o processo de comunicação mais participativo, dando incentivo cada vez mais ao trabalho coletivo de educandos e educadores e, em consequência disso, a afinidade do professor com o aluno mais aberta e interativa, além, é claro, de dar possibilidades de integração à comunidade nos projetos.

Mas, para que isso ocorra, é indispensável que o educador saiba fazer proveito do que há de melhor no ensino, sempre ligando as novas tecnologias ao currículo. Há várias ferramentas na Web, o professor deve procurar conhecê-las e desvendar formas inventivas de utilizá-las.

Porém há algo a ser levando em conta: treinar professores em cursos intensivos e depositar aparelhamentos nas escolas não quer dizer que as novas tecnologias serão utilizadas para melhorar a qualidade do ensino. É muito importante que se concilie as novas tecnologias com a educação, pois elas completam-se, pode-se verificar isso na informática, que está em todas as atividades, acompanhando todos no cotidiano. Então, a escola quando tenta transportar conhecimentos aos educandos permite-lhes promover a sua vida, ajudando-os num futuro cada vez mais promissor.

É necessário que se enfatize, aqui, as influências negativas do uso das novas tecnologias aplicadas na sala de aula. Pois, as crianças dos dias de hoje crescem usando computadores, celulares, mp3, televisões, pendrives dos mais avançados que há, até mesmo dentro da sala de aula. Sancho e Hernández (2006, p. 19), afirmam que:

Muitas crianças e jovens crescem em ambientes altamente mediados pela tecnologia, sobretudo o audiovisual e a digital. O computador, assim como o cinema, a televisão e os videogames atrai de forma especial a atenção dos mais jovens que desenvolvem uma grande capacidade para captar suas mensagens. A evolução tecnológica mudou definitivamente a educação, seus métodos e valores, passaram a acrescentar qualidades, facilidades e dinamismo à vida do homem, assim buscou-se aperfeiçoar os equipamentos utilizados antigamente a fim de conseguir maior satisfação.

Entretanto, o surgimento de problemas cada vez mais complexos e multidisciplinares faz com que a tecnologia se evolua cada dia mais e mais na busca de equipamentos cada vez mais sofisticados, eficazes, que venham a resolver tais problemas e suprir as necessidades do ser humano. (SILVA, 2010).

Neste sentido, pode-se ver que com o passar dos anos os maquinismos de trabalho no ensino foram se modificando, os aparelhos foram sendo trocados por outros até mais modernos, a educação foi seguindo o contexto da sociedade ao se informatizar, pode-se ainda fazer uma comparação com os equipamentos utilizados antigamente com os que são utilizados hoje em dia, percebendo-se que a inovação foi grandiosa e bem pensada, por ter proporcionado mais qualidade e maior acesso à informação.

Todavia, para muitos alunos um teclado na mão vale mais do que mil canetas no estojo, este é o pensamento e o valor dado ao notebook na escola, os alunos tiram dúvidas pelo MSN sobre a aula, falam on-line com professores, trocam e-mail entre si e com os professores, em fim eles sentem-se mais à vontade do que redigindo a mão, só escrevem mesmo quando não tem outro jeito.

Sabe-se, também, que a vida do professor se tornou mais fácil e moderna, desde que surgiu o uso do notebook, pois como eles tinham grande dificuldade com recursos didáticos antigos passaram a ter mais material para estudo e em menor tempo e a exposição dos fatos e do conhecimento passou a ter mais qualidade tanto na quantidade de informações adquiridas como em transmitir os conhecimentos com a visualização dos fatos expostos por data show.

 

 

 

 

 

 

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A educação corresponde a não somente uma forma de conhecimento e aprendizagem, mas também a um processo de esclarecimentos e assimilação dos fatos ocorridos no mundo, desse modo com o passar do tempo, a educação foi cada vez mais exigindo mudanças em seus valores educacionais, atraídas pelas evoluções contidas nas sociedades e prendendo-se a moldes cada vez mais atuais e modernos.

Ao longo do tempo, a educação sofreu diversas transformações em sua gestão, obteve oportunidades para mudar o ensino e a aprendizagem na sociedade, deixou de ser rudimentar ao quadro e giz para se tornar eficaz e viável. O avanço tecnológico foi o grande agente condicionante que impulsionou a transformação da educação através da mudança dos métodos e práticas exercidos em sala de aula. Também expandiu os conceitos e a utilização de recursos tecnológicos, principalmente o computador que revolucionou os modos de organizar e armazenar informações importantes.

A tecnologia é o grande elemento de mudança da condição humana, que contribuiu para a execução de um ensino capaz de formar pessoas com grande desempenho profissional, desempenhadas na busca constante pelo aperfeiçoamento tecnológico.

As novas tecnologias proporcionaram a todos as civilizações a concepção de um ensino, uma educação revolucionada voltada para a qualidade, que possa contribuir no desenvolvimento profissional ao longo da vida do indivíduo. Ao mesmo tempo em que passou a manipular e exercer um poder sobre o homem através de suas facilidades e comodidades, que contribuíram para inibir comportamentos e atos designados aos relacionamentos pessoais, comunicação e contatos exercidos dentro da sociedade.

Os impactos causados pela Internet no ensino são irreversíveis. A tendência ao uso do computador e da Internet e da interação destes com a educação é fato que se necessita incluir no processo ensino-aprendizagem. A colaboração do sistema educacional em contornar os males inerentes ao uso ineficaz de uma tecnologia ajudará os alunos a serem críticos com os excessos do uso de qualquer ferramenta por tempo indeterminado.

5 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Doriedson Alves. Criação e aprendizagem em ambientes virtuais livres por alunos e professores do ensino fundamental. Dissertação de Mestrado em Educação. Vitória, 2004.

AZEVEDO, Janete M. Lins de. A Educação como Política Pública. 3 ed. Campinas: Autores Associados, 2004.

BASTOS, Fernando. 1998. Construtivismo e Ensino de Ciências. In: NARDI, Roberto. (Org.). Questões Atuais no Ensino de Ciências. SP: Escrituras Editora.

BENCOSTTA, Marcus Levy (org.) Culturas escolares, saberes e práticas educativas: itinerários históricos. São Paulo: Cortez, 2007.

CANDAU, Vera M. 1991. Informática na Educação: um desafio. Tecnologia Educacional, v.20,  n.98, 99, p.14-23, jan/abr.1991.

COUTO, Coré. As novas tecnologias aplicadas à educação em meio eletrônico, Disponível em <http://jornal.esfmp.pt/node/4 > 2008.

KAWAMURA, Regina. 1998. Linguagem e Novas Tecnologias. In: ALMEIDA, Maria José P.M. de,  SILVA,  Henrique  César  da.  (Orgs.).  Linguagens, Leituras e Ensino da Ciência. Campinas: Mercado das Letras.

SANCHO, Juana Maria; HERANDEZ, Fernando. Tecnologias para transformar a Educação. Trad. Valéria Campos. Porto Alegre: Artmed, 2006.

SILVA, Marco Aurélio da. A Física na Evolução Tecnológica. Equipe Brasil Escola. Disponível em: Acesso em: 13 de novembro de 2012.

VIANA, Nildo. Marx e a Educação. Estudos – Revista da Universidade Católica de Goiás. Vol. 31, n.º 3, março de 2004.