NOVAS DIDÁTICAS E PRÁTICAS DOCENTES PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA PARA TURMAS DE 6ºAO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Délvison José Araújo dos Santos1

Juliana Simões Bolfe2

RESUMO

O presente artigo apresenta novas práticas pedagógicas e técnicas para o ensino da matemática para serem aplicadas em turmas de nível fundamental de 6º ao 9º ano. Essas práticas levam o profissional de educação a aprimorar seus métodos didáticos e avaliativos, aplicando formas mais fáceis do discente assimilar conteúdos complicados e de utilizar esses mesmos conteúdos em variadas situações no seu percurso de aprendizagem. Para o docente, também mostra várias formas de estruturar sua prática docente e das suas formas de avaliação da aprendizagem de forma significativa. Esta pesquisa foi baseada em um estudo de caso tratado com uma abordagem e intervenção didático-metodológica em uma escola pública do município pernambucano do Brejo da Madre de Deus com alunos nas faixas etárias entre 10 e 19 anos nas turmas de 6º ao 9º ano do 2º nível do ensino fundamental.

  1. INTRODUÇÃO

A docência em matemática nos dias de hoje está atrelada às novas formas de ministrar aulas para desmitificar os padrões de ensino tradicionais. Visto em si, que a matemática para alguns é uma forma de tortura pelo fato de não atingir uma significância na aprendizagem de conceitos básicos inerentes ao avanço dos conteúdos essenciais para a aprovação nos futuros níveis de aprendizado. Para isso, esse artigo vem apresentar algumas maneiras de como uma abordagem didática pode fazer diferente no sentido qualitativo das aprendizagens individuais ou em grupos para alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.

O estudo de caso tratado nesse artigo foi a abordagem e intervenção didático-metodológica em uma escola pública do município pernambucano do Brejo da Madre de Deus com alunos nas faixas etárias entre 10 e 19 anos nas turmas de 6º ao 9º ano do 2º nível do ensino fundamental.

Esses alunos foram acompanhados por seus professores nas atividades rotineiras entre as aulas e as avaliações. Em algumas situações foi oferecida uma mudança na didática aplicada pelo professor para atender a uma necessidade específica da turma ou de um aluno e foi feito um levantamento das reais potencialidades de aprendizagem de cada ano escolar. “Tornar o saber matemático acumulado um saber escolar, passível de ser ensinado / aprendido, exige que esse conhecimento seja transformado” (BRASIL, 1998, p.36).

  1. MUDANÇA QUALITATIVA PARA MELHORAR O APRENDIZADO: UMA TROCA PARA UMA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA

As variantes nas formas de ensinar fazem parte do leque de ferramentas em que o professor dispõe para aplicar em suas aulas e avaliações, mas devido a muitos fatores, tais como a falta de tempo para preparação da aula, da ausência do planejamento ou até mesmo das não observações das qualificações do público-alvo para qual o tema da aula é abordado faz com que o processo de ensino-aprendizagem seja um caminho extenso e tortuoso para uma aprendizagem significativa. Um risco que o docente corre é de perceber que o alunado não acompanha o ritmo necessário para o avanço dos conteúdos propostos, fazendo com que o mesmo seja visto de forma superficial e até mesmo às vezes é ignorado.

O professor precisa constantemente adotar uma melhor forma de abordar os temas em suas aulas e aperfeiçoar constantemente essas maneiras para conseguir uma aprendizagem qualitativa, seja ela individualmente ou em grupos.

Com a forma de abordagem construtivista, o docente deixa o aluno mais a vontade com seus pensamentos, o aluno reflete, interage e cria soluções compatíveis com os problemas apresentados.

A necessidade do planejamento se faz gritante para atingir os objetivos almejados dentro das possibilidades e dos recursos oferecidos.

A mudança da perspectiva tradicionalista das metodologias utilizadas em salas de aula insere uma forma diferente de pensamento, o de criar de forma conjunta o conhecimento e faz com que caminhem de forma paralela aluno e docente. Dizia Coll, 2010, p24:

A concepção construtivista oferece ao professor um referencial para analisar e fundamentar muitas das decisões que toma no planejamento e no decorrer do ensino – por exemplo, dela são extraídos critérios para comparar materiais didáticos; para elaborar instrumentos de avaliação coerentes com o que ensina; para elaborar unidades didáticas etc. Paralelamente, propicia critérios para compreender o que acontece na aula: por que um aluno não aprende; por que essa unidade cuidadosamente planejada não funcionou; por que, às vezes, o professor não tem indicadores que lhe permitam ajudar seus alunos.

Ou seja, aplicando aulas diferenciadas o docente eleva o grau de interesse dos alunos, desmitificando o padrão arcaico que a matemática é chata, disciplina difícil e complicada, tornando as aulas mais atraentes, pois o aluno só não se interessa pela disciplina devido às dificuldades que ele passou em momentos anteriores. Assim, não somente isso, mas essa falta de interesse do aluno deve estimular o docente a escolher as melhores ferramentas pedagógicas e procurar meios eficazes de utilizá-las, além de analisar o rendimento de suas aulas e dos seus alunos.

Um fator determinante para o sucesso das aulas é partir com a ideia que o profissional docente precisa se motivar para gerir bem as suas aulas e engalar ao seu trabalho o gosto pelo sucesso alheio e fomentar as diversas formas disso acontecer.

Nesse aspecto, a Matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios
(BRASIL,1998, p.27).

As novas práticas didáticas e metodológicas aparecem para quebrar tabus tradicionalistas, mostrando, sob um ponto de vista construtivista, que a formação docente carece de buscar perfis capazes de superar o medo de ultrapassar barreiras monótonas das aulas de quadro e giz, das avaliações pouco eficazes, das temidas provas e das futuras reprovações.

 

  1. AS NOVAS DIDÁTICAS E METODOLOGIAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA: UMA DOCÊNCIA DIFERENCIADA

A educação matemática sofre constantemente com a queda do interesse dos alunos pela disciplina e com a falta de perspectiva da aplicabilidade dos seus conceitos no mundo atual. Esses fatores negativos estão associados geralmente ao não acompanhamento dos conteúdos por parte dos alunos por não conseguirem assimilá-los em uma sequência didática eficiente dos períodos letivos anteriores e da dificuldade pessoal dos temas abordados anteriormente em cada assunto.

O professor não precisa necessariamente radicalizar no seu modo de ensinar, primeiramente deve repensar sobre sua prática docente, se seus objetivos estão sendo alcançados e se seu alunado acompanha ou gosta de suas aulas.

A princípio, o professor deve abordar os conteúdos de forma prática, com experimentações, desafios lógicos e propondo tarefas que causem indagações. Partindo das primeiras impressões causadas pela receptividade dos alunos a esses novos temas, o professor então aplica sua didática e metodologia para abordar o conceito de maneira formal, mas levando em conta a importância desse tema e sua utilização-aplicação. Sendo assim, todo assunto será sempre um novo assunto, pois sempre haverá questionamentos.

A criação de atrativos capazes de manter a atenção de forma constante é difícil, pois o público alvo pode ser diferente e alguns fatores atípicos não facilitarão essa questão, como a adequação do tema à linguagem dos alunos (falar na linguagem deles), relacionar conteúdos com temas atuais, usar dos mesmos meios que os discentes costumam usar, como as redes sociais, os aplicativos de smartphone, etc.

Outro ponto importante e indispensável é a contextualização de problemas para a facilitação do processo de ensino-aprendizagem, pois “O contexto propicia aquilo que a matemática ainda não pode oferecer”, (SADOVSKY, 2007, p.90).

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