Está nascendo uma nova geração.

Para garantirmos a desgraça plena de um novo e promissor amanhã, precisamos urgentemente de pais que não corrijam seus filhos. Aliás, não precisamos do modelo tradicional de família, com um pai e uma mãe que se amam e esforçam-se para criar bons cidadãos.

Precisamos, porém, de muitas crianças. Crianças acostumadas a fazer absolutamente tudo o que querem, não se importando com nada além de suas vontades.

Precisamos que, desde cedo, garotos desenvolvam uma mentalidade bad boy e garotas copiem as veneradas poposudas tuti-fruti  da televisão.

Precisamos de jovens que desejem apenas curtir a vida, de maneira adoidada, inconsequentemente, sem se importar com o mundo ou com o amanhã.

Precisamos de homens e mulheres que se vendam por pouco, que não cultivem valores, que não respeitem ninguém e que amem-se a si mesmos acima de tudo e de todos. Que adoram expressar suas opiniões absurdas, mas rotulem de preconceituosa qualquer opinião que tenha fundamentos.

Precisamos de governantes que prefiram o dinheiro ao invés da ética; a satisfação pessoal ao invés da coletiva; mas que garantam pão e muita diversão para levar algum contentamento hipnótico a seus eleitores.

Precisamos de alguns corajosos que se oponham a Deus e dediquem suas vidas para, a qualquer custo, apagar Seu Nome da memória da humanidade.

Precisamos que o planeta seja habitado por bilhões de pessoas que não saibam demonstrar amor ou algum afeto. Que todos sejam amantes de si mesmos e jamais utilizem de bondade ou gratidão para com os outros, principalmente àqueles que não são de seus interesses ou que não os sirvam.

Não precisamos de educadores, mas de uma classe artística televisiva cada vez mais rica e proeminente que influencie a todos com suas opiniões doentias e distorcidas dos assuntos mais fundamentais.

Tampouco precisamos de exemplos de pacificadores ou de piedosos, mas que esta nova geração aprenda a idolatrar os indolentes, os irreverentes e os promíscuos; que cultue os orgulhosos, os avarentos, os obstinados, os cruéis e os presunçosos e que façam da mentira um estilo de vida disseminando-a como verdade.

Mas para que tudo isto se concretize, precisamos – principalmente – que os “homens de Deus” sejam meramente religiosos que preguem uma falsa piedade e façam de seus altares um grande negócio. Que reivindiquem para si autoridade e poderes divinos, preocupados apenas com sua auto projeção, seus títulos e suas instituições repletas de regras e ou modismos embrulhados em papel de Bíblia. Que amem o poder e busquem domínio sobre os mais simples, sobre aqueles que ainda alimentam alguma esperança, e – em nome de Deus – lhes roube tudo: o pouco que lhes resta.  

 Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.

 (II Timóteo 3.1-5)