No deslize da falésia
A eterna vida sussurra
Por salvação
Da dor da morte
Em prantos de lágrimas
Escorridas.

Na neblina matinal
De uma ferida excomunhal
Em torrentes de águas doces
Salgadas pelo mal.

Num deambular de tristeza
Serôdia e eterna
De uma vida falecida
Por dor escondida
Em trémulas mãos
Escuras e apodrecidas
De sofrimento ?

Em alentos corações viventes
Que lutam por entes
De verdades impuras
E murmuram aos ouvidos
Eternas loucuras?

De paixões arrebatantes
Em momentos de doçura
De um néctar amaldiçoado
Pelo vento?

Levado e embalado
Pela frieza matinal?
No amanhecer uma verdade
De impura e infausta significância
A vaguear nesta destreza?
Perante a matança
Imunda do ser humano.