LEILANE KÉRCIA BARRETO SOARES

RESUMO

Este estudo trata da análise do nível de satisfação e perfil dos profissionais que atuam na unidade de saúde básica Antônio Gomes, no município de Jaguaribe/CE. A problemática da falta de profissionais nos postos de atendimento deve ser o ponto chave para a implantação de novas políticas públicas que possibilite uma melhora da prestação de serviço oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Diante desse contexto, procura-se nesta pesquisa identificar o perfil e os reais motivos da insatisfação da classe de profissionais da saúde no Posto de Saúde Antônio Gomes, localizado no município de Jaguaribe-CE. Como objetivo geral procura-se identificar o nível de satisfação e perfil dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, no Município de Jaguaribe/CE. Como objetivos específicos verificar o nível de formação profissional dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde objeto da pesquisa; evidenciar a correlação entre a área de formação profissional e a área de atuação dos profissionais pesquisados diagnosticar o perfil dos profissionais da Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, no município de Jaguaribe-Ce, levando em consideração características como, satisfação salarial e do ambiente, comprometimento, realização profissional etc; propor sugestões para que se possa melhorar a qualidade do trabalho dos profissionais e com isso a melhora do atendimento dos pacientes. Como Metodologia utiliza-se pesquisa qualitativa e estudo de caso. A pesquisa foi realizada na Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, situado no Bairro Manoel Costa Morais, conhecido popularmente por Conjunto COHAB, no município de Jaguaribe que se situa na posição Centro do Estado do Ceará, na Microrregião do Médio Jaguaribe.

Palavras-chave: Jaguaribe, SUS, satisfação de profissionais.

1. INTRODUÇÃO

Com nossa experiência de alguns anos trabalhando em uma Unidade de Saúde básica, deparamos com situações-problemas que fogem à nossa compreensão e governabilidade. Aproveito o momento desta pesquisa para colocar em ação alguns problemas que permanecem com as quais não apresentamos solução e está relacionado à qualidade do atendimento nos serviços públicos de saúde.

O debate sobre a qualidade da saúde brasileira não é novo, isso decorre desde a implantação do SUS (Sistema Único de Saúde) através da constituição federal de 1988, momento em que toda a população brasileira passou a ter acesso à saúde. Quando se fala em qualidade de saúde é necessário entender quais os problemas que tornam esse sistema muitas vezes tão ineficaz. E o profissional de saúde, quem está na linha de frete do atendimento e tem grande parcela de responsabilidade para tornar o serviço de saúde satisfatório aos usuários.

Vários estudos estão disponíveis sobre a satisfação dos profissionais de saúde. Conhecer o perfil, bem como a satisfação desses profissionais que trabalham diariamente em uma instituição de saúde é de suam importância, pois estes são responsáveis pelos cuidados com a saúde da população. Conforme CAMPOS E MALIK (2008) a literatura avalia que um dos principais fatores que leva um profissional a deixar uma organização é seu grau de insatisfação com a função que desempenha. Outro fator que pode vir a causar descontentamento no trabalho é a falta de estrutura para a realização de um bom trabalho. A insatisfação pode ser causada por qualquer um dos muitos aspectos que compõem o trabalho.

A problemática da falta de profissionais nos postos de atendimento deve ser o ponto chave para a implantação de novas políticas públicas que possibilite uma melhora da prestação de serviço oferecido pelo SUS.

Em busca da melhoria das condições de trabalho, os profissionais públicos optam pela realização de greves, que são movimentos, muitas vezes em forma de paralisação coletiva da força de trabalho, para pressionar os gestores públicos à implantação de medidas para a melhora no desempenho de suas funções diárias. E que essas medidas adotadas venham a se tornar políticas públicas, evitando assim desagrados futuros. A grande maioria das vezes essas greves são desencadeadas pela problemática dos baixos salários pagos pelos órgãos públicos aos seus profissionais. Outro fator englobado pelas greves são as longas jornadas de trabalho e a falta de um Plano de Cargos e Carreiras.

Diante desse contexto, pretende-se, nesta pesquisa, identificar o perfil e os reais motivos da insatisfação da classe de profissionais da saúde no Posto de Saúde Antônio Gomes, localizado no município de Jaguaribe-CE, para que se possa entender o grau de satisfação destes profissionais e verificar a qualidade de atendimento oferecido aos pacientes que procuram o local.

Para se entender os reais motivos dos problemas e dificuldades enfrentados pela atual sociedade em relação à saúde, é necessário fazer um retrospecto da história em relação à implantação do SUS na sociedade brasileira. Então, o primeiro capítulo oferece uma volta ao passado, relatando a trajetória de implantação do SUS, que conforme Barbosa e Carvalho:

Ao estabelecer os princípios de universalidade, de equidade e de integralidade da atenção como diretrizes organizacionais da descentralização e da participação da sociedade, o SUS rompeu com o sistema anterior e fundou novas bases institucionais, gerenciais e assistenciais para o provimento das ações e dos serviços de saúde no País, considerados como direito universal ao cidadão e dever do Estado... (BARBOSA e CARVALHO, 2010, p. 09).

O segundo capítulo aborda uma visão geral da situação atual do profissional da saúde, mostrado as dificuldades enfrentadas por estes profissionais para oferecer um atendimento de qualidade, mesmo com tantos problemas que envolvem a atual estrutura pública.

O terceiro capítulo retrata os resultados e discussões obtidos dos questionários aplicados aos profissionais de saúde que trabalham no Posto de Saúde Antônio Gomes, no Município de Jaguaribe, evidenciando as condições de trabalho, o grau de satisfação e o perfil destes.

Portanto, em todos os capítulos deste trabalho procura-se enfatizar a necessidade de um bom ambiente de trabalho para garantir desta forma a satisfação dos profissionais, melhorando automaticamente a qualidade de atendimento para com a população.

1.1. CRIAÇÃO DO SUS NO BRASIL, BREVE HISTÓRIA

Podemos constatar diariamente a crise do Sistema de Saúde através de fatos vastamente conhecidos e anunciados pela mídia, tais como: filas quilométricas de pacientes, falta de leitos hospitalares para atender a grande e crescente demanda da população falta de investimentos financeiros para que o sistema seja operado com eficiência e eficácia, baixos valores pagos pelos órgãos públicos de saúde, dentre outros. Então segundo Polignano para que se possa analisar a realidade existente hoje é necessário conhecer os determinantes históricos envolvidos no processo de criação dos SUS, conhecendo como o setor saúde sofreu influências de todo o contexto político-social pelo qual passou o Brasil ao longo do tempo.

Conforme SOUZA (2010) a criação do Sistema Único de Saúde foi o maior movimento de inclusão social já visto na História do Brasil. Sua implantação se iniciou em 1986, com a realização de VIII Conferência Nacional de Saúde, onde foram estabelecidos os fundamentos do novo SUS, nessa conferência foi desencadeado o movimento conhecido como Reforma Sanitária, posteriormente foi instituída a Constituição Federal de 1988 que consagrou a saúde como um direito de todos e dever do Estado, tornando-se um bem universal. Anteriormente a essa constituição só tinha direito à saúde quem pagava por ela e era integrada à previdência social. Após a constituição houve a dissociação da saúde com a previdência.

Nessa constituição foram criados os três princípios básicos da saúde que são: universalidade, integralidade e equidade. O SUS foi efetivamente regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde, lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispões acerca das devidas condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, organização e funcionamento dos serviços correspondentes, mostrando de forma clara os objetivos do SUS, suas competências e atribuições; bem como as funções dos governos Federal, Estadual e Municipal. E a lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação e o controle social na gestão do SUS, com a criação dos conselhos e das conferências e sobre as transferências a serem repassadas para a saúde nas três esferas governamentais BARBOSA (2010).

1.2. IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA SAÚDE NA FAMÍLIA (PSF)

Em virtude da necessidade de mudanças nos métodos de atendimento fez com que outros programas fossem criados, dentre eles o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991 e o Programa de Saúde da Família (PSF) em 1994, criado pelo Ministério da Saúde. O PSF foi criado em virtude do êxito do PACS, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O PSF anseia agregar os princípios do SUS com a comunidade, centra-se na concepção de saúde centrada na promoção da qualidade de vida, tem uma relação mais próxima entre as pessoas, tende a humanizar a assistência formando uma nova relação entre os profissionais da saúde e a comunidade, CICONI (2004).

O PSF prioriza as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde de indivíduos e famílias, de forma integral e continuada, ao contrário do modelo tradicional, centrado na doença e no hospital. As equipes do Programa de Saúde da Família são formadas por um médico generalista, uma enfermeira, um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários, dependendo do campo de abrangência de atendimento do posto. Cada equipe deve cobrir de 600 a 1.000 famílias, com limite máximo de 4.500 habitantes, sendo que cada agente comunitário deve cobrir uma área aproximadamente de 20 a 250 famílias, dependendo de cada realidade geográfica, econômica e sócio-política CICONI (2004).

O objetivo da atenção primária da Estratégia de Saúde da Família recomendado equipe de caráter multiprofissional que trabalha com definição de território de abrangência, a descrição de clientela, cadastramento e acompanhamento da população residente na área. Pretende-se que a Unidade de Saúde da Família (USF) integre a porta de entrada ao sistema local e o primeiro nível de atenção, o que supõe a relação à rede de serviços mais complexos. Recomenda-se que cada equipe fique responsável por em média 3.000 pessoas residentes em área geográfica delimitada. Essa equipe deve conhecer as famílias do seu território de abrangência, identificar os problemas de saúde e as situações de risco existentes na comunidade, elaborar programação de atividades para enfrentar os determinantes do processo saúde/doença, criar ações educativas relacionadas aos problemas de saúde identificados e prestar assistência integral às famílias sob sua responsabilidade no âmbito da atenção básica, BRASIL (2006).

O agente comunitário de saúde passa a ser o responsável pelo elo entre a equipe e a comunidade, já que sua função está ligada à divulgação e aplicação das atividades propostas por toda a equipe, através de visitas domiciliares. Esse vínculo é uma conquista, não um fato imediato. Quanto mais aproximado for o vínculo, melhores serão os resultados a serem alcançados.

Apesar do grande investimento essas equipes ainda trabalham com pouca estrutura, como mostra pesquisa realizada pelo IBGE (2002, 2009) concluindo que os estabelecimentos ambulatoriais em geral são unidades pequenas (46% com área construída de até cem metros quadrados), e pouco equipadas, observando-se, contudo ampliação dos serviços oferecidos nos últimos anos.

Grande maioria das unidades ambulatoriais do SUS corresponde a postos e centros de saúde, que realizam também ações de saúde pública. Dois terços das unidades ambulatoriais SUS realizam imunização (70%), conforme dados do IBGE (2009). Contudo, apenas 20% fazem investigações epidemiológicas, uma das funções de controle de doenças tradicionalmente de responsabilidade dos centros de saúde – o que sugere insuficiente responsabilização de tais estabelecimentos por ações de saúde pública imprescindíveis. E a distribuição de medicamentos não é realizada em todos os postos de atendimento, IBGE, AMS, (2002).

1.3. DESAFIOS PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA

Ao ser lançado como estratégia, o Programa Saúde da Família difunde uma nova perspectiva para a atenção primária no país, voltada para a família e para a comunidade, que tem potencialidades para desencadear mudanças no modelo assistencial, concretizado o direito à saúde no cotidiano dos cidadãos. Os resultados positivos de algumas das experiências sugerem essa potencialidade. Contudo, o sucesso da implantação da estratégia para a grande maioria da população brasileira dependerá da política adequada, que viabilize: a profissionalização dos agentes comunitários de saúde; a fixação dos profissionais de saúde, proporcionando-lhes satisfação no trabalho; políticas de formação profissional e de educação estável apropriada à ampliação de suas atribuições em atenção primária à saúde; iniciativas locais competentes e criativas para enfrentar a diversidade existente no país.

Como a grande maioria das políticas implantadas não é adequada ao bom funcionamento das unidades a insatisfação e a falta de estímulo torna-se um dos pontos mais debatidos nos movimentos de greve. Diante dos desafios e das constantes buscas dos profissionais por melhorias de trabalho não é raro deparar-se nas páginas de jornal com reportagens sobre greve de trabalhadores do SUS.

A constituição Federal assegura que a greve é um dispositivo democrático assegurado pelo artigo 9º da Constituição federal Brasileira de 1988, que diz: "Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei" BRASIL (1988).

No dia 26 de outubro de 2011 o Diário do Nordeste apresenta uma reportagem dizendo: “Médicos do SUS suspendem atendimento por 24 horas”, nesse dia houve uma paralisação nacional onde 21 (vinte e um) Estados do Brasil aderiram à greve, dentre eles o Ceará. O objetivo da categoria com a paralisação era protestar e despertar a sociedade brasileira para os baixos salários e pelas péssimas condições de trabalho a que estão submetidos nas instituições públicas de saúde, além de mostrar a falta de recursos destinados ao SUS. Salienta ainda que a demanda dos hospitais regionais é muito grande tornando o atendimento demorado e longo o prazo para realização de procedimentos mais complexos. Sendo que uma das soluções expostas seria o bom funcionamento das redes primárias (onde entram as Unidades de Saúde Básicas) e secundárias PAZ, (2011).

Outra reportagem publicada no mesmo jornal acima citado, esta no dia 01 de novembro de 2011, relata a greve de dentistas e enfermeiros do PSF (Programa Saúde da Família) de Fortaleza, capital cearense, que haviam para do seus trabalhos a quase um mês. Na manifestação os grevistas estavam vestidos de preto, com velas e placas com os rostos de alguns gestores municipais em mãos. Manifestação essa que tinha como objetivo chamar a atenção da população sobre a situação caótica da atenção básica, conforme relatavam, postos de saúde com paredes cheias de infiltrações, telhados cedendo, falta de matérias primordiais para o atendimento como luvas, gases, anestésicos e medicamentos. Dentre as reivindicações dos grevistas estão isonomia da gratificação da área de risco e equiparação dos vencimentos dos dentistas e enfermeiros.

No dia 24 de junho de 2011 os profissionais da área de saúde do município de Jaguaribe iniciaram uma greve que durou 10 (dez) dias, tendo seu término no dia 04 de julho de 2011. Essa greve teve a participação de todos os profissionais concursados que trabalham na área da saúde, não aderindo apenas aqueles que ainda estão passando pelo período de estágio probatório. Esse movimento teve como principais solicitações o reajuste salarial e a redução da carga horária dos plantonistas do hospital municipal, passando de 14 para 12 horas. Vale ressaltar que, todos os pedidos dos grevistas foram atendidos pela atual Gestão de Saúde. Algumas exigências foram prontamente atendidas e as demais ficaram de ser debatidas no mês de dezembro do corrente ano.

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Identificar o nível de satisfação dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, no Município de Jaguaribe/CE.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Verificar o nível de formação acadêmica dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde, objeto da pesquisa;
  • Evidenciar a correlação entre a área de formação profissional e a área de atuação dos profissionais pesquisados;
  • Identificar se o local de trabalho é adequado para atende a todas as necessidades para uma boa atuação profissional;
  • Diagnosticar o perfil dos profissionais da Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, no município de Jaguaribe-Ce, levando em consideração características como, satisfação salarial e do ambiente, comprometimento, realização profissional etc;
  • Propor sugestões para que se possa melhorar a qualidade do trabalho dos profissionais e com isso a melhora do atendimento dos pacientes.

3. MATERIAL E MÉTODO

Utilizou-se para o estudo as bases teóricas da pesquisa com a utilização de um questionário com abordagem quantitativa e qualitativa, bem como estudo de caso. Uma pesquisa quantitativa tem o fim de colher opiniões e atitudes explícitas dos entrevistados e utiliza-se questionário pré-estruturado, já a abordagem qualitativa leva aos entrevistados terem uma livre opinião sobre o tema questionado, um estudo de caso trata-se de uma investigação para se compreender ou descrever acontecimentos complexos onde há várias características.

Como procedimento inicial, a pesquisa foi realizada na Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, situado no Bairro Manoel Costa Morais, conhecido popularmente por Conjunto COHAB, no município de Jaguaribe que se situa na posição Centro do Estado do Ceará, na Microrregião do Médio Jaguaribe[1]. A figura 01 a seguir apresenta o mapa do município e a situação em relação ao Estado. O acesso ao município, a partir de Fortaleza, pode ser feito através da BR-116, que corta a cidade, até a sede do município com percurso total de 300 km.

 

Figura 01: Mapa do Município de Jaguaribe e sua localização no estado do Ceará.

De acordo com dados do IBGE houve um decréscimo da população residente ao município de Jaguaribe no ano 2000 havia uma população de 35.062 habitantes, já no censo de 2010 a população regrediu para 34.212, totalizando um percentual de 2,42%.

Para a coleta de dados e atender os objetivos específicos relacionados: verificar o nível de formação acadêmica dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde, evidenciar a correlação entre a área de formação profissional e a área de atuação dos profissionais pesquisados objeto da pesquisa, identificar se o local de trabalho é adequado para atende a todas as necessidades para uma boa atuação profissional e diagnosticar o perfil dos profissionais da Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, no município de Jaguaribe-Ce, levando em consideração características como, satisfação salarial e do ambiente, comprometimento, realização profissional etc, foi feito através da aplicação de um questionário semi-estruturado contendo abordagens quantitativas.

Para propor sugestões que se possa melhorar a qualidade do trabalho dos profissionais, além das respostas obtidas nos questionários com a abordagem qualitativa foi obtida por meio de conversas ao longo da aplicação dos instrumentos de pesquisa e pelas visitas ao local objeto de pesquisa.

Todos os profissionais da Unidade de Saúde pesquisada, num total de 14, aceitaram colaborar com a pesquisa e responder o questionário, dos quais: 01 médico, 01 enfermeira, que exerce a função de supervisora e coordenadora, 03 auxiliares de enfermagem, 01 auxiliar de serviços gerais, 08 agentes comunitários de saúde. Os únicos profissionais que não foram pesquisados foram o odontólogo e o auxiliar de odontologia, que estavam de férias e sem previsão de retorno. Os questionários foram entregues individualmente a cada profissional em seu posto de atendimento, os dados foram coletados na própria Unidade, exceto o do médico que em virtude da facilidade de localizá-lo foi aplicado no Hospital Municipal de Jaguaribe, na qual estava de plantão. A pesquisa foi realizada durante o mês de outubro de 2011.

As informações, provenientes do preenchimento dos questionários por parte dos profissionais, forneceram os alicerces necessários para a descrição do nível de satisfação dos profissionais entrevistados, no que diz respeito ao objetivo primordial do trabalho. Os dados foram processados e analisados por meio de gráficos, pela aplicação do software excel.

O questionário utilizado nesta pesquisa encontra-se em anexo e será apresentado e discutido no capítulo a seguir:

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos por meio da aplicação de questionário sobre o Nível de satisfação dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, no Município de Jaguaribe/CE, conforme a seguir:

Local de pesquisa: Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, na sede do Município de Jaguaribe/CE

Amostra: Profissionais que atuam na unidade de saúde supracitada.

Número de professores entrevistados: 14, dos quais: 01 médico, 01 enfermeira, que exerce a função de supervisora e coordenadora, 03 auxiliares de enfermagem, 01 auxiliar de serviços gerais, 08 agentes comunitários de saúde.

Período da pesquisa: outubro de 2011.

Quase todos, computando 93%, dos profissionais pesquisados que atuam nessa unidade de saúde são do sexo feminino, exceto o médico, observa-se que a classe feminina está fazendo parte de toda a sociedade, principalmente na área da saúde como se pode constatar. Percebe-se em toda área da saúde brasileira uma larga atuação das mulheres principalmente nas áreas de enfermagem, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde, confirmando que essas áreas permanecem como profissões eminentemente femininas.

Vale ressaltar que todos os profissionais pesquisados possuem formação acadêmica correlata com sua área de atuação no posto de saúde. Cada área de atuação há um regulamento específico com as normas que serão seguidas, com direitos e deveres. Essa informação é importante já que com isso se evita o descontentamento dos profissionais em relação à profissão escolhida. Todos esses profissionais aderiram o cargo por meio de concurso público o que implica serem profissionais qualificados para o cumprimento de sua função, esta característica favorece a criação do vínculo e da interação interprofissional, mas pode gerar a acomodação e resistência a mudanças.

 

Figura 02: Faixa etária dos profissionais da Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes.

Pela interpretação da figura 02, pode-se observar que 43% dos profissionais pesquisados estão na faixa etária compreendida entre 41 e 50 anos, 29% entre 31 e 40 anos, 14% mais de 50 anos e outros 14% entre 25 e 30 anos. Ou seja, a maioria dos profissionais que atuam na unidade já está com idade avançada o que aumenta a resistência a mudanças, principalmente na saúde um ramo que está constantemente em mudanças e renovações.

 

Figura 03: Profissionais pesquisados que possuem plano de saúde.

Observa-se na figura 03 que há uma grande diferença entre a quantidade de profissionais que possuem planos de saúde. Observa-se que 79% não possuem plano de saúde, enquanto apenas 21% utilizam-se desse serviço. O que foi alegado durante a aplicação dos questionários é que o salário não era suficiente para usufruir de tais serviços, tendo que optarem pelo atendimento público de saúde, as quais fazem parte.

 

Figura 04: Realização de discussões para avaliar a qualidade do serviço prestados pelos porfissionais da Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes.

Infere-se pela figura 04 que 46% dos entrevistados discutem a qualidade do serviço prestado, 31% afirmam que muitas vezes existem avaliações sobre o trabalho oferecido a população e 23% afirmam haver essas discussões apenas às vezes. Fazer uma análise e uma análise individual sobre o seu desempenho no trabalho se torna de grande valia, pois somente assim é possível identificar as dificuldades enfrentadas tanto individual quanto coletiva, possibilitando o desencadeamento de ações que permitam o desenvolvimento e/ou aprimoramento das competências necessárias ao bom desempenho de suas funções, com isso, melhorando consideravelmente o atendimento à população que busca atendimento no posto objeto de pesquisa.

 

Figura 05: Oportunidade de dar sugestões nas reuniões para que haja melhora do atendimento da população.

De acordo com as respostas contidas nos questionários e representadas na figura 05, 58% das vezes que ocorrem reuniões é possível que os profissionais dêem opiniões acerca da melhoria de atendimento, 25% muitas vezes e 17% afirmam que somente às vezes é possível opinar para a melhoria do serviço prestado. Com a opinião de todos os profissionais é possível desenvolver estratégias sólidas para a melhoria do atendimento aos pacientes. O que é interessante ressaltar que o profissional responsável pelos serviços gerais não participa das reuniões sendo impossível este emitir qualquer opinião ou sugestão acerca do serviço prestado no posto de atendimento.

 

Figura 06: Aceitação das sugestões dos profissionais pelos gestores públicos.

Por meio da análise da figura 06, vê-se que 92% dos profissionais pesquisados alegam que os gestores públicos aceitam as sugestões dadas e apenas 8% afirmam que as opiniões oferecidas não são aceitas. Opiniões e sugestões dadas pelos profissionais se fazem de suma importância, pois são estes que estão na linha de frente do atendimento e lidam diariamente com os pacientes que buscam por ajuda nos portos de saúde, então eles sabem das deficiências e o que precisa ser melhorado, criando estratégias de atuação visando o melhor funcionamento do posto de atendimento para a população.

 

Figura 07: Oferta de cursos para atuação na Unidade de Saúde da Família (PSF).

De acordo com a figura 07, todos os profissionais da Unidade de Saúde receberam curso de capacitação para atuação em seu respectivo cargo de ocupação, contudo, um dos entrevistados não participou do curso por motivos maiores. Toda forma de aprimoramento, não só no início de uma carreira profissional mais em toda ela, deve ser considerada como um ponto fundamental para o desenvolvimento profissional de cada pessoa, principalmente no ramo da saúde que constantemente está em mudança com novas descobertas.

 

Figura 08: Ambiente de trabalho adequado para exercer as funções diárias.

Conforme retrata a figura 08, 71% dos profissionais entrevistados consideram o ambiente de trabalho regular para a realização do atendimento, enquanto que 29% consideram bom o ambiente de trabalho. Os entrevistados que responderam regular, afirmam que a estrutura do posto está pequena para atender a grande demanda da população, já que o posto faz atendimento à população de três bairros: Bairro Manoel Costa Morais, Conjunto Caixa e Bairro Expedito Diógenes, bairro mais populoso do Município. Um bom ambiente de trabalho se fazem necessários para a perfeita realização do trabalho.

Segundo LIMA (2006), humanizar a arquitetura do ponto de atendimento de saúde é a arte de adaptar sua construção ao atendimento das necessidades práticas e expressivas dos pacientes, acompanhantes, visitantes e funcionários. Seu objetivo é a criação de um adequado ambiente físico que favoreça o desenvolvimento do trabalho e contribua na recuperação do paciente, aliviando o seu desconforto físico ou o seu distúrbio mental, por meio de expedientes arquitetônicos.

 

Figura 09: Equipamentos e materiais atendem satisfatoriamente a demanda da população.

Nos devidos termos analisados na figura 09, 57% dos entrevistados consideram regular a quantidade de equipamentos e matérias do posto, afirmam que apenas algumas vezes que os equipamentos e matérias são escassos para atender a população, 36% compreendem ser ruim assegurando que esses equipamentos não são suficientes para atendimento da população, principalmente em épocas de epidemia que o número de atendimento aumenta, e apenas 07% dos pesquisados garantem ser bom a quantidade dos equipamentos e materiais da unidade, não sendo necessárias quaisquer mudanças. Para que haja um atendimento eficiente é necessário que sejam ofertadas condições dignas de trabalho aos funcionários.

 

Figura 10: O salário é sufiente para as atividades realizadas.

Falar em salário é um fator bastante delicado para se discutir, tendo em vista que uma das características inerentes do ser humano é sempre ir à procura de algo a mais. Portanto, 79% afirmam ser regular o salário recebido pelas atividades prestadas, enquanto 21% se mostram insatisfeitas com o salário pago. Apesar da maioria dos profissionais considerarem o salário regular todos eles possuem apenas esse emprego como fonte de renda.

 

Figura 11: Quantidade de profissionais é suficiente para atender a demanda da população.

Conforme dados revelados pela figura 11, 93% dos profissionais pesquisados consideram pequena a quantidade de profissionais para atender a demanda da população, enquanto 7% afirmam ser suficiente o número de funcionários do posto para atendimento. Muitas vezes a demora do atendimento na unidade se dá pela pouca quantidade de profissionais para atender a demanda.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O fazer e o pensar saúde demandam uma nova lógica e preparo de trabalho, exigindo o desenvolvimento de um processo educacional que permita aos gestores e trabalhadores do SUS o aprendizado de outros conhecimentos, saberes e formas de atuação.

O que se pode perceber com os resultados que a maioria dos funcionários da unidade já possui uma idade avançada o aumenta a resistência a mudanças que venham a ocorrer. Várias discussões são feitas para se verificar e diagnosticar o atendimento prestado à população, na ocasião os participantes tem o possibilidade de emitir sugestões para que haja melhora no atendimento e algumas vezes são aceitas. Contudo o que se verifica é que não são ofertados cursos de reciclagem para o aperfeiçoamento ou aprimoramento do trabalho. Algumas vezes faltam equipamentos e materiais para o atendimento, estrutura pequena, pouca quantidade de profissionais para atendimento da população e o salário insuficiente para as atividades prestadas.

A qualificação e a capacitação do profissional da área da saúde, seguramente, é um dos caminhos e um dos desafios a enfrentar para que se alcance maior qualidade dos serviços de atenção à saúde.

Para melhorar o atendimento de Unidades de Saúde dentre outras avaliações são indispensáveis, o aumento salarial, novas contratações, além da melhora dos relevantes serviços de responsabilidade social prestados pelos profissionais do Programa Saúde na Família, divisão do número de famílias atendidas para duas equipes completas de PSF, aquisição de equipamentos adequados para a realização das atividades, integração das equipes e espaço físico adequado.

6. REFERÊNCIAS

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SOUZA, Georgia Costa de Araújo; COSTA, Iris do Céu Clara. O SUS nos seus 20 anos: reflexões num contexto de mudanças. Saúde soc., São Paulo, v. 19, n. 3, set. 2010. Disponível em . Acesso em 30 nov. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902010000300004

APÊNDICE

QUESTIONÁRIO SEMI-ESTRUTURADO

 

Sexo: (  ) Masculino      (  ) Feminino

Idade: _____________

Exerce qual atividade nessa instituição? _______________________________

Estado Civil:   (  ) Solteiro(a)        (  ) Casado(a)       (  ) Outros

Você e sua família, possui plano de saúde particular? (  ) sim    (  ) não

 

1. Formação Profissional:

(  ) 2° Grau Completo

(  ) Cursando Curso Superior. Área: _______________________

(  ) Formação Superior. Área: ____________________________

(  ) Especialização. Área: _______________________________

3. Forma de admissão na rede pública? _____________________________________

4. Tempo de serviço na rede Pública? ______________________________________

5. Há vínculo com outra instituição pública ou particular?   (  ) sim     (  ) não

6. Se tivesse chance optaria por outra profissão? Qual? Por quê? ________________

7. A formação profissional corresponde ao seu trabalho nessa instituição? __________

 

8. Há discussões internas para avaliar a qualidade do serviço prestado?

(  ) Nunca

(  ) Às vezes

(  ) Muitas vezes

(  ) Sempre

 

9. Nessas discussões há a oportunidade de sugerir melhoria no serviço?

(  ) Nunca

(  ) Às vezes

(  ) Muitas vezes

(  ) Sempre

 

10. Há aceitação pelos gestores das sugestões dos profissionais na tomada de decisões?

(  ) Nunca

(  ) Às vezes

(  ) Muitas vezes

(  ) Sempre

 

11. Foram ofertados cursos de preparação para atuação no PSF?

(  ) Sim

(  ) Não

(  ) Não fiz

 

12. O ambiente de trabalho é adequado para exercer as funções diárias?

(  ) Ruim

(  ) Regular

(  ) Bom

 

13. Os equipamentos e os materiais atendem satisfatoriamente as necessidades dos profissionais e da população?

(  ) Ruim

(  ) Regular

(  ) Bom

 

14. O salário é suficiente para atividades realizadas?

(  ) Regular

(  ) Bom

(  ) Não

 

15. A quantidade de profissionais que trabalham no posto é suficiente para atender a demanda da população?

(  ) Sim

(  ) Não

 

16. Dê sua sugestão para a melhora das condições de trabalho dos profissionais de saúde.

______________________________________________________________

 

 

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

NÍVEL DE SATISFAÇÃO E PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA UNIDADE DE SAÚDE BÁSICA ANTÔNIO GOMES, NO MUNICÍPIO DE JAGUARIBE/CE.

 

O título de nossa pesquisa é o Nível de satisfação e perfil dos profissionais que atuam na Unidade de Saúde Básica Antônio Gomes, no Município de Jaguaribe/CE essa pesquisa tem como objetivo avaliar o perfil dos profissionais e os entraves diários que tornam o esses profissionais insatisfeitos, refletindo com isso na qualidade de atendimento da população. Esta pesquisa está sendo realizada por Gurpo do Centro de Estudos Sociais e Aplicados (CESA) / Universidade Aberta do Brasil (UAB) e a universidade Estadual do Ceará (UECE).

Sua participação nesta pesquisa compreenderá responder um instrumento para avaliar a quali­dade da atenção recebida no seu serviço de saúde e identificar o perfil dos profissionais.

Este estudo não implica em nenhum risco para sua saúde ou permanência no emprego, apenas a disponibilidade de tempo para responder ao instrumento. A entrevista em forma de questionário semi-estruturado, será realizada no local de trabalho e contamos com cerca de 10 minutos de sua atenção.

Ressaltamos que a concordância ou não em participar da pesquisa em nada irá alterar seu atendi­mento no seu local de consulta e que você poderá em qualquer momento desistir da pesquisa.

Para fins de pesquisa os pesquisadores garantem que seu nome será preservado e que nenhum dado sobre sua pessoa ou família será divulgado.

Eu, ___________________________________, fui informado(a) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada. Recebi informação a respeito do método que será utilizado. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão se assim eu desejar. Fui igualmente informado da garantia de receber resposta a qualquer dúvida acerca dos procedimentos, da liberdade de tirar meu consentimento, a qualquer momento, e da garantia de que não serei identificado quando da divulgação dos resultados e que as informações obtidas serão utilizadas apenas para fins científicos vinculados ao presente projeto de pesquisa.

Jaguaribe/CE, ______ de ______________de 2011.

 

 

___________________________________

Assinatura do Entrevistado