NÍVEL DE AGILIDADE EM MENINOS DE 11 E 12 ANOS, FREQUENTADORES DE PROJETOS SOCIAIS NO MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO- PR

 

ANDRÉ FONSECA SOARES, 2016.

EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO

FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO – PR

 

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RESUMO

No decorrer dos anos as pessoas foram percebendo a necessidade de conhecer melhor o corpo humano, suas medidas, sua composição e suas capacidades/ potencialidades. A partir dessa necessidade surge a medida e a avaliação, que se tornou um processo de fundamental importância nos estudos do corpo humano, é muito presente na Educação Física, nos mais variados âmbitos, como o escolar, o desportivo, o de alto rendimento, entre outros.    Através da evolução da avaliação física, corporal e mental, além da mensuração e do desenvolvimento das capacidades físicas, o presente estudo teve como objetivo, verificar o nível de agilidade de crianças de 11 e 12 anos, com o intuito de identificar se o desempenho dos mesmos encontra-se em um linear adequado a sua faixa etária e se há implicações em outras atividades devido ao nível de agilidade. A população deste estudo foi formada por crianças de 11 e 12 anos que frequentam projetos sociais em Campo Mourão – PR, tendo como amostra 15 voluntários. Para a coleta de dados foi aplicado o teste de agilidade Shuttle Run. A partir da pesquisa e da análise dos dados conclui-se que o nível de agilidade encontrado, pode ter relação com o baixo desempenho nas atividades recreativas e/ou do dia a dia das crianças avaliadas, e que para uma melhor avaliação do desempenho físico desse público é necessário estudar outras capacidades físicas que podem interferir no desempenho atlético das crianças. Nesse sentido essa pesquisa pode ser revertida em conhecimento, trazendo contribuições, como base de estudo e incentivando novas pesquisas desse gênero.    

Palavras-chave: agilidade – criança - avaliação. 

 

1 INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos as pessoas foram percebendo a necessidade de conhecer melhor o corpo humano, suas medidas, sua composição e suas capacidades/ potencialidades. A partir dessa necessidade surge a medida e a avaliação, processos de fundamental importância nos estudos do corpo humano, muito presente na Educação Física, nos mais variados âmbitos, seja escolar, desportivo, de alto rendimento, entre outros.

Segundo Estrela (2006), medida pode ser considerada como uma determinação de grandeza, onde se constitui como o primeiro instrumento para se obter informações sobre os dados pesquisados e avaliação é o que determina o valor e a importância da informação que foi colhida, ou seja, atua como uma forma de classificar o testado. Também é uma forma exprimir e comparar critérios, de formas subjetivas e objetivas, por meio de medidas.

Em outras palavras medidas pode ser entendida como a quantificação da resposta de um teste. Já a avaliação, como um processo que permite comparar critérios e determinar a evolução de uma pessoa ou grupo numa linha do tempo, como os avanços e retrocessos.

Uma forma de medir e/ou avaliar o aspecto físico de um individuo é a verificação do nível de agilidade. Segundo Ilha (2013), “agilidade é a habilidade de mudar rápida e eficientemente a direção de um movimento executado com velocidade. É a capacidade que a pessoa tem de se deslocar rapidamente em distancias curtas e com precisão de movimentos”.

Para Ribas (2002), a agilidade depende extremamente da coordenação motora e da força e requer capacidade de realizar mudanças rápidas de direção, com deslocamento bem veloz e bom tempo de reação.

Através das perspectivas levantadas, que norteiam a evolução da avaliação física, corporal e mental, além da mensuração e do desenvolvimento das capacidades físicas, o presente estudo buscou por meio da avaliação física, verificar o nível de agilidade de crianças de 11 e 12 anos, para identificar se o desempenho dos mesmos encontra-se em um linear adequado a sua faixa etária.

  • OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral deste trabalho é identificar o nível de agilidade de crianças de 11 e 12 anos.

  • OBJETIVO ESPECIFICO:

Os objetivos específicos deste trabalho são:

- Aplicar o teste de agilidade Shuttle Run.

- Identificar o nível de agilidade de crianças de 11 e 12 anos

           - Analisar o desempenho da agilidade de crianças.

- Comparar os com resultados obtidos com outros estudos;

  • HIPÓTESE:

A hipótese do estudo é de que as crianças avaliadas encontra-se em um linear, abaixo do que é esperado para sua faixa etária, uma vez que previamente, foi observado em atividades cotidianas e atividades que envolvem agilidade, um baixo desempenho.

 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Medida em educação física é uma técnica de caráter avaliatório, com processos objetivos e precisos, que resulta uma resposta expressa normalmente em forma de números. A medida apresenta-se em duas formas, sendo elas, qualitativa e a quantitativa. No entanto, existem ocasiões onde à resposta não pode ser integralmente quantificada, e sim julgada com base em parâmetros. (ABAD, MACHADO, 2012).

De acordo com Nogueira (2004, p.3), medida:

É a quantificação da resposta do teste. É uma técnica capaz de nos dar, através de processos precisos e objetivos, dados quantitativos que exprimam caracteristicamente, e em bases numéricas, as qualidades que desejamos situar. Qual a minha estatura? Quanto obtive de índice na prova de espanhol? Qual o meu QI? Qual o meu índice de força nos membros inferiores? Qual a minha velocidade de deslocamento? Porém, simplesmente os dados numéricos podem não ser suficientes, necessitando de acompanhamento qualitativo. Assim, à questão qual a minha estatura? Cabe uma resposta: x m. Qual o meu tempo: y segundos. Porém nem sempre se poderá atribuir à resposta o seu valor quantitativo e qualitativo, apesar de ser este um procedimento preciso e objetivo. Como poderemos quantificar a motivação, atenção, liderança, estética e outros conceitos? Através de uma forma qualificada de forma gradativa: muito, média, regular, fraco ou insuficiente”.

Segundo Machado (2012), existem alguns fatores que são determinantes para a eficiência da medida e da avaliação física, são elas:

- Validade: apresenta-se como a capacidade do instrumento de coletar os dados que se propõe, com exatidão e/ou eficiência;

- Fidedignidade: é caracterizado pela consistência de um teste ou de um instrumento;

- Objetividade: torna a medida consistente, por apresentar resultados semelhantes, mesmo quanto realizados por testadores diferentes.

- Liberdade de tendência: é o enquadramento de um teste para um determinado grupo, podendo ser classificado, pela idade, habilidade, gênero, etnia, entre outros.

Com base nos autores acima citados, é possível identificar a medida, com uma forma confiável de obter informações de um individuo ou um grupo de individuo e suas capacidades e limitações, sua confiabilidade se aplica a sua característica de avaliar com muita precisão, utilizando-se de métodos confiáveis e consistentes.

Já à avaliação, nada mais é do que um processo no qual utiliza a medida, de forma subjetiva ou objetiva para coletar e comparar dados de uma possível evolução em uma linha do tempo, podendo ser de um individuo ou um grupo. Nesse procedimento de avaliação é possível identificar os avanços e retrocessos do avaliado. Com isso, em meio a um programa de treinamento, por exemplo, é possível identificar a real situação do atleta, utilizando como base testes já aplicados e até mesmo outros testes que poderão ser aplicados ao longo da avaliação, para identificar se o resultado é positivo ou negativo, e se há a necessidade de reformular parcialmente ou integralmente o que estava sendo utilizado (NOGUEIRA, 2004).

Segundo Estrela (2006, p.3), existe três fases da avaliação, são elas:

“Avaliação diagnóstica: Nada mais é do que uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo ou da turma, em relação a uma determinada característica. Esse tipo de avaliação, comumente efetuado no início do programa, ajuda o profissional a calcular as necessidades dos indivíduos e, elaborar o seu planejamento de atividades, tendo como base essas características ou, então, a dividir a turma em grupos (homogêneos ou heterogêneos) visando facilitar o processo de assimilação da tarefa proposta. Avaliação Formativa: Esse tipo de avaliação informa sobre o progresso dos indivíduos, no decorrer do processo ensino-aprendizagem, dando informações tanto para os indivíduos quanto para os profissionais, indica ao profissional se ele está ensinando o conteúdo certo, da maneira certa, para as pessoas certas e no tempo certo. A avaliação é realizada quase que diariamente. Quando a performance do indivíduo é obtida e avaliada, em seguida é feita uma retroalimentação, apontando e corrigindo os pontos fracos até ser atingido o objetivo proposto. Avaliação somativa: É a soma de todas as avaliações realizadas no fim de cada unidade do planejamento, com o objetivo de obter um quadro geral da evolução do indivíduo”.

A avaliação é compreendida como uma parte de um processo, de caráter permanente para criar condições de determinar a ação, características, desvios e toda a sequencia do processo avaliatório (NOGUEIRA,2004).

 Segundo Kiss (1987), avaliação é um processo que delimita, obtém e aplica informações descritivas e de julgamento relacionado à conquista de objetivos, através de materiais que norteiam as metas, plano e resultados, que permite tomar uma decisão.A partir disso pode-se dizer que a avaliação não deve ser entendida como o termino de um momento e sim de um processo. 

 Resumindo, Rizzo e Pinto (1997 apud NOGUEIRA, 2004, p.3), afirma que:

“Enquanto a medida nos dá uma informação, quantitativa ou qualitativa, de um fenômeno em um dado momento, a análise nos fornece informações de alguém ou um fato, ante um grupo, também em relação a um instante, a avaliação sempre nos posiciona dentro do fato numa linha de amplitude temporal. A análise nos informa um momento do fenômeno, a avaliação nos revela uma mudança, uma evolução, para mais ou menos, numa linha de tempo”.

A partir dos relatos dos autores citados é possível identificar que a avaliação física tem como objetivo diagnosticar os pontos fortes e fracos dos indivíduos, assim com, verificar seu condicionamento físico, para ter informações que possibilite a criação de programas de treinamentos mais eficaz e adequado aquele individuo.

2.2 AGILIDADE

Segundo Bergamo, Daniel e Morais (1996), a agilidade pode ser definida como uma variável neuromotora marcada pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento, com influencia do centro de gravidade.

A agilidade é considerada uma importante capacidade, onde a combinação de força e coordenação motora possibilita a movimentação do corpo de um lugar para outro em determinado espaço. Os fatores que determinam o índice de dificuldade dessa capacidade é o controle do centro de gravidade, com influência da altura; o controle do centro de gravidade atribuído à distância; o deslocamento do corpo e o controle do ritmo (esses fatores são influenciados pela força e pela coordenação). A execução eficiente desses fatores garante a variedade dos movimentos, e possibilita o avanço do desenvolvimento da agilidade (CASTRO, 2006).

De acordo com Bergamo e Benito (1984 apud BERGAMO, DANIEL e MORAIS, 1996, p. 74):

 “Agilidade é caracterizada já na infância, pois a mesma apresenta maturação precoce, e a partir dos 13 anos, apresenta valores de maturação próximo de 100%, tendo como consequência sua estabilidade até a idade adulta mostrando pouca sensibilidade ao treinamento, após os 13 anos. Seu maior crescimento acontece dos 7 aos 13 anos de idade, período este de maior sensibilidade ao treinamento, como mostra pesquisa realizada. A agilidade é mais efetiva quando está associada a altos níveis de força, resistência e velocidade. Embora dependa basicamente da carga hereditária, da constituição física, pode ser melhorada com o treinamento (coordenação e flexibilidade). A melhor fase de sensibilidade ao treinamento desta capacidade é a infância. Na prática poder-se-á medir a agilidade por intermédio de exercícios que requeiram rápida mudança de direção: corrida em zig-zag, corrida com obstáculos, etc.”

Carnaval (2002) conceitua a agilidade como uma capacidade que os indivíduos possuem e que os permite realizar movimentos rápidos, com troca de direção. Para o autor, existem alguns fatores que podem interferir no desempenho da agilidade, sendo eles coordenação; força; flexibilidade e velocidade.

A agilidade é uma capacidade física muito avaliada, normalmente através de teste, onde é necessário considerar a dificuldade de aplica-lo, pois a agilidade não se caracteriza como um fator único no desempenho de atividades neomotoras, podendo ela ter influencia de variáveis como a coordenação motora, a velocidade e o equilíbrio (BERGAMO, DANIEL e MORAIS, 1996).

A respeito da importância da agilidade, Sobral (1988) afirma que é uma capacidade física de extrema importante, principalmente no âmbito esportivo, presente nas mais variadas modalidades, como por exemplo, o boxe, a ginástica, o handebol, o basquete, o futebol, o tênis, o tênis de mesa, assim como em situações do cotidiano, como desviar de uma bolada.

Na mesma linha de pensamento, Rebelo e Oliveira (2006), afirma que a avaliação da agilidade é um fator muito importante, pois quando associado a outras capacidades, como velocidade e potência muscular, são de estrema importância para identificar a viabilidade da inserção do individuo no âmbito esportivo, onde as capacidades físicas podem ser desenvolvidas com mais rapidez e consistência.

 

3 METODOLOGIA

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa é um estudo de campo, de caráter experimental.  De acordo com Gil (2008), um estudo de campo procura aprofundar uma realidade específica. Basicamente realizada por meio da observação direta de atividades no grupo estudado. Já o estudo experimental é um procedimento técnico que determina o objeto de estudo, seleciona as variáveis que podem influenciá-lo e define-se as formas de controle e de observação.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população do estudo foi formada por crianças de 11 e 12 anos, frequentadores de projetos sociais no Município de Campo Moirão- PR. Tendo como amostra 15 crianças na faixa etária de 11 e 12 anos.

3.3 LOCAL E INSTRUMENTO UTILIZADO

O local de aplicação do teste foi o Centro de Integração Aeroporto- CIA (entidade municipal que atende crianças e adolescentes de 06 a 14 anos, no contra turno escolar).

Para a coleta dos dados foi aplicado o teste de agilidade (shuttle Run). De acordo com Bergamo (2011), para o teste de Shuttle Run utiliza-se como materiais: 2 blocos de madeira (5cmx5cmx10cm), 1 cronômetro,  material para anotação. O procedimento utilizado começa com o uso de duas linhas paralelas traçadas ao solo em uma distância de 9,14 metros marcados pela borda externa, onde serão colocados dois blocos de madeira, a aproximadamente 10 cm da linha externa, deixando 30 cm de espaço entre os dois. O testado terá que buscar os blocos de madeira (um de cada vez), no menor tempo possível, são duas tentativas por participante, considera-se apenas a melhor delas. 

 O teste deve ser aplicado exatamente como indicado no protocolo, caso contrário, os resultados podem sofrer alterações que não condizem com o resultado esperado. A coleta de dados foi feita em um único dia, no período da manhã e da tarde, durando em media de 45 minutos.    

A partir dos dados coletados, foi realizada uma análise que buscou encontrar a relação da agilidade com o bom desempenho nas atividades recreativas e/ou do dia a dia.  

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Logo abaixo estão representados em forma de tabela, os resultados obtidos por meio da aplicação do teste de agilidade Shuttle Run, direcionados a crianças de 11 e 12 anos participantes de projetos sociais do Município de Campo Mourão.

TABELA 1: DEMONSTRATIVO REFERENTE AOS DADOS OBTIDOS COM A REALIZAÇÃO DO TESTE DE AGILIDADE SHUTTLE RUN:

Resultado do teste de agilidade - Shutte Run

Participante

1º Tentativa (em segundo)

2º Tentativa (em segundo)

Melhor desempenho entre as duas tentativas.

Média geral

Desvio Padrão

01

11,46

11,28

11,28

11,2

1,08

02

12,26

11,15

11,15

03

11,34

10,35

10,35

04

11,35

10,27

10,27

05

11,44

10,44

10,44

06

12,52

11,52

11,52

07

13,14

13,04

13,04

08

13,18

12,04

12,04

09

10,58

10,27

10,27

10

13,22

13,06

13,06

11

14,07

13,02

13,02

12

10,44

10,51

10,51

13

10,47

11,48

10,47

14

10,57

10,31

10,31

15

11,39

10,46

10,46

Na tabela a cima é possível identificar os resultados obtidos dos 15 participantes/ voluntários, no teste Shuttle Run. Assim, como prevê o protocolo foram realizadas duas tentativas, sendo considerada apenas a melhor delas. Avaliados de forma geral, segundo os estudos da (AAHPER,1976), os voluntários apresentam média geral de 11,2 segundos, e se enquadram na classificação com o percentil 50 (médio), apresentando um desvio padrão relativamente baixo, com cerca de 1,08 de variação. A curiosidade encontrada é que quase todos os participantes tiveram melhor desempenho na segunda tentativa.  

 

5 DISCUSSÃO

Com base nos dados obtidos, onde foi identificado um índice médio de agilidade nas crianças avaliadas, vale salientar o aspecto motor das crianças, Gallahue (2005) afirma que as exigências físicas motoras interagem com o indivíduo e também depende das ações do ambiente, além do ambiente, existe também a questão da hereditariedade e principalmente dos fatores físicos mecânicos. A característica da atividade, do indivíduo e o meio ambiente inserido, influenciam isolada ou de forma conjunta, no que determinado o nível, sequencia e extensão do desenvolvimento motor, dessa forma é possível compreender que para avaliar e analisar a agilidade em crianças é preciso, buscar compreender outros fatores diretamente ligados ao seu desempenho motor.

É nesse sentido que Afonso e Moreira (2006), complementa que para um bom nível de agilidade, é necessário também a utilização de outras capacidades físicas, com a força, a velocidade, o equilíbrio e a coordenação.

No aspecto de proficiência da agilidade, Souza (2013), salienta que crianças tende a ter de forma geral, um bom nível de agilidade, por estar em pleno desenvolvimento corporal e principalmente de suas capacidades físicas, essenciais na realização de demandas motoras, seja ela complexa ou não.

 Nesse sentido Gallahue (2000), discorre que durante o processo de desenvolvimento motor ocorre uma série de mudanças físicas e mecânicas, onde os fatores do crescimento físico, da maturação, do desenvolvimento da aptidão física, da atividade física, da idade e da experiência estão inter-relacionados. As alterações corporais e até mesmo do desempenho motor, nesse caso da agilidade, estão interligadas com as características somatomotoras do indivíduo, em outras palavras o desempenho da aptidão física está diretamente ligado à maturação das capacidades físicas.

 

CONCLUSÃO

A partir do presente trabalho, foi possível identificar o nível de agilidade de crianças de 11 e 12 anos, frequentadores de projetos sociais no município de Campo Mourão – PR, e relacionar o nível de agilidade encontrado com a performance em atividades de recreação, que envolve agilidade e outras capacidade físicas, além do desempenho em atividades diversas do dia a dia.

Com a aplicação do teste de agilidade Shuttle Run, e a análise dos dados colhidos, identificou-se que as crianças avaliadas encontra-se no percentil 5, ou seja, com o nível médio de agilidade. O resultado aparentemente é normal e aceitável, no entanto, a literatura que deu base ao presente estudo, evidencia que o nível de agilidade em crianças fisicamente ativas, tende a ser superior ao do resultado obtido no presente trabalho.

Contudo, conclui-se que o nível de agilidade encontrado, pode ter relação com o baixo desempenho nas atividades recreativas e/ou do dia a dia das crianças avaliadas, é importante lembrar que a hipótese do estudo acabou se confirmando, uma vez que o percentual de agilidade identificada nas crianças avaliadas encontra-se abaixo do percentual de crianças fisicamente ativas, como dito anteriormente. O nível de agilidade identificado também pode ser derivado do baixo nível de outras capacidades físicas naturais, como, velocidade e força, for isso torna-se importante que novos estudos que relacione essas capacidades, sejam elaborados.

 

REFERÊNCIAS:

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BERGAMO, V. R; DANIEL, J. F; MORAES, A. M. Medida e avaliação em educação física, PUCC, 1996.

CARNAVAL, P. E. Medidas e avaliação em ciências do esporte. 5ª ed. Editora: Sprint, 2002.

CASTRO, L. Medidas e avaliação em educação física. Porto Alegre, 2006. Acesso em: 12/04/2016. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA2KoAD/medidas-avaliacao-educacao-fisica.

GALLAHUE, D. Educação física desenvolvimentistaCinergis, Santa Cruz do Sul, v. 1, n. 1, p. 7-18, 2000.

GALLAHUE, D. Compreendendo o Desenvolvimento Motor: Bebês, Crianças, Adolescentes e Adultos. 3 ed, São Paulo: Phorte, 2005.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

ILHA, V. M. S. H. O que é agilidade. Educação Física escolar, 2013. Acesso: 26/03/2016. Disponível em: http://aartedeeducarofisico.blogspot.com.br/2015/05/o-que-e-agilidade.html

KISS, M. A. P. D. M. Avaliação em Educação Física: aspectos biológicos e educacionais. Manole. São Paulo, 1987.

MACHADO, D. R. L. Fundamentos da avaliação física. Universidade de São Paulo- USP, 2012.

NOGUEIRA, C. D. Medida em avaliação na educação física. Universidade Castelo Branco, 2004.

OLIVEIRA, J.; REBELO, A. N. Relação entre a velocidade, a agilidade e a potência muscular de futebolistas profissionais. Revista Portuguesa das Ciências do Desporto, 2006.

PORTAL EDUCAÇÃO, 2013. Acesso: 26/03/2016. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/artigos/27127/tipos-de-teste-de-agilidade#ixzz442q3koya

RIBAS, A. Desenvolvimento corporal. São Paulo: DCL 2002.

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