Autor: José Patrocínio de Souza

NATAL

 

Para os cristãos, o Natal é a maior de todas as festas. Nela comemoramos o advento, a chegada do Messias, nosso Deus, nosso senhor e sob tudo nosso salvador.

É por isso mesmo, um momento de reconhecimento, mais ao mesmo tempo, de alegria, de agradecimento e de regozijo. Por isso, também é a hora de solidariedade. Aquela em que reunimos em torno da ceia de Natal, agradecemos a deus o milagre da vida e a alegria do que desfrutamos.

Renovamos nossa fé e reafirmamos nossa esperança em uma nova e venturosa vida.

É época carregada de símbolos. Alguns nossos, como a lapinha.

Outros, importados, como a árvore de Natal e o papai Noel, estranho a nossos hábitos e a nosso meio. Diversidade que mostra a universidade de cristãos e do cristianismo e que, num mundo condicionado pelo materialismo cada vez mais acentuado, nos dispõe reflexão e generosidade. Generosidade conosco mesmo, mais, sobretudo, generosidade, compreensão e tolerância com toda a humanidade.

Tolerância não é uma palavra cristã. Tolera aquele que suporta, porque não tem outro jeito. Só somos tolerantes com os nossos adversários. O  sentimento cristão do Natal é muito mais amplo, mais abrangente exatamente porque vai muito além da simples tolerância . Tem a dimensão do amor, da fraternidade, da compreensão e da aceitação. Pois este é o sentimento do Natal que temos de recobrar, se pretendemos viver num mundo menos cruel. Natal é isso e mais do que isso. É também a reconciliação, a aceitação, a verdade, e a vida. Este é o Natal cristão, porque é o exemplo de cristo e de seu magistério. Amai-vos uns aos outros. É o que ele nos ensinou.

Quando nos compenetramos dessas verdades evidentes por si mesmas, e que afloram no Natal, nos tornamos mais humanos, mais compreensivos e mais próximos de Deus. Esquecemos nossos ódios, enterramos nossa ira, sepultamos nossa raiva. Ainda que seja apenas por uma noite, estaremos mais próximos de Deus, e mais conformes com o ensinamento de Cristo. O milagre da vida nos parece mais resplandecente e a própria vida mais digna de ser vivida. É como se o espírito do senhor baixasse por alguns momentos sobre nós , livrado-nos de nossos pecados e dos nossos defeitos. Este é o verdadeiro milagre do Natal.

Se pensássemos com ponderação em tudo isso, seriamos capazes de ser mais compassivos e de compreender que, por um momento, é como se a felicidade fosse varrida da face da terra e o mal banido de nossas mentes e de nossos corações. É por isso que não se pode haver tristeza no Natal. É um momento gato de comunhão do homem com o seu destino e com o seu Deus.

Regozijamo-nos por sermos cristãos e acreditamos em Deus, porque assim deve ser como no Natal, a alegria de vida eterna!