NATAL, PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

Permanecer horas numa  fila para  comprar  um sapato, satisfazer os caprichos de uma  criança na loja de   brinquedos,   adquirir   um bronzeado para   estacionar  o carro são  alguns  eventos   de natal.

Nesse período,   o dinheiro,   até então   escasso,  jorra. Surge um estado de euforia, superado apenas quando chega o  mês de  janeiro.

Janeiro -  primeiro mês do ano, primeira fatura do cartão de crédito, primeira dívida, primeira insônia, primeira queda.

Entre a fila e a gastança, o estômago  - indica através de ruídos  que é hora de caçar. Caçar  uma mesa no espaço caótico chamado Praça de Alimentação. 

Na troca de bandejas, não há tempo para fazer a digestão, nem higienizar a mesa, porque um  faminto está  à  espreita. Um homem deposita a sua bandeja na mesa e  mal  palita os dentes,  outro freguês  aguarda a sua vez. Ele  retira a sua bandeja, olha para os lados, furta  os talheres  e sai.

É festa -  da bebida, comida, amigo oculto,  do excesso.

É importante citar o  Natal,  cerne da comemoração e o motivo (sem conexão), do consumo.

Definir o natal é mais simples do que entender o consumo desenfreado.

O Natal é o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus. Dinheiro e presentes não são  o foco, apenas a fé.