Edson Silva

Desde a redemocratização do país, que podemos adotar como marcos os anos de 82, quando voltamos votar para governadores, e de 89, quando voltamos votar para presidente, o que não ocorria desde o Golpe Militar de 64, o Brasil tem, graças a Deus e a Democracia, Eleições, em média, a cada dois anos, mudando-se os cargos que estão em disputa. No entanto, não sei se é para complicar ou só um dos chamados "jeitinho do brasileiro" de se deixar tudo para a última hora, acontecem mudanças em vésperas de Eleições, deixando os principais interessados, os eleitores, confusos.

Pra começar é necessário esclarecer : A Justiça Eleitoral definiu que votar em candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa, mesmo quem teve candidatura liberada por recurso, é anular votos. Tais votos, segundo a decisão, não serão computados para candidatos ou partidos a que pertençam até que haja decisão final sobre o processo, o que ocorrerá não se sabe quando, mas obviamente após a Eleição, que será domingo, dia 3. Fica a pergunta, não seria menos confuso resolver isso antes do processo eleitoral e Ficha Suja não ser candidato e pronto?! Agora, a decisão está na ponta dos dedos do eleitorado.

Outra polêmica era a obrigação de dois documentos (Título de Eleitor e outro oficial com foto), mesmo sendo alardeado que temos o sistema de votação eletrônica dos mais seguros do mundo. Obviamente, que tal mudança traria alguns transtornos, não apenas de ordem mais particular (aquelas pessoas que não acham os documentos), mas também de motivo de força maior, como quem perdeu documentos em acidente natural (enchente, por exemplo) ou foi roubado. Decisão: Agora pode votar sem o Título, levando só documento oficial com foto. Por via das dúvidas levarei os dois.

Há até a questão de em algumas cidades a Justiça querer proibir eleitor de usar roupa do partido de sua preferência ao ir votar. Em São Paulo foi revogada a Lei Seca, que proibia comércio ( mas não consumo) de bebidas alcoólicas no dia da Eleição. Teve gente que chegou confundir que a revogação era em relação a Lei Seca de trânsito, a de "se beber não dirija", esta sim continua valendo e não poderia ser diferente. Enfim, estas são pequenas dicas para que o eleitorado faça o que todos esperamos na Democracia, votar de maneira consciente, analisando candidatos e escolhendo os que eles considerem melhores para suas cidades, regiões, estados e país. Bons votos pra todos nós!

Edson Silva, 48 anos, jornalista, nasceu em Campinas e trabalha como assessor de imprensa em Sumaré.

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