Não o heroísmo, mas a grandeza
As pessoas ouvem, aceitam ? porque não têm escolha. A Super classe manda no mundo, seus argumentos são doces, sua voz suave, seu sorriso delicado, mas suas decisões, definitivas. Eles sabem. Eles aceitam ou rejeitam. Eles têm o poder.
E o poder não negocia com ninguém, apenas consigo mesmo. Entretanto, nem tudo está perdido. Tanto no mundo da ficção como no mundo real, sempre existirá um herói. Agora falta o salto final, aquilo que fará a diferença. Não basta para um escritor ou músico desenvolver algo de qualidade, é preciso que sua obra não termine mofando na estante ou na gaveta. É preciso visibilidade, sem censura!
Para além do pensamento e da forma, somos seduzidos por filósofos da vida. Ambicionamos definir um ideal de vida, relacionado com o vencimento e exaltação ao mesmo tempo, baseado em atividades mais comuns da existência, dá a essas atividades um sentido que as transfigure. Coisas simples e complexas, como: casamento, conversação, trabalho, prazer, amor, até comprar e vender; mas ao mesmo tempo embelezados e elevados. Aqui não se propõe um heroísmo, mas a grandeza. Não precisamos renunciar a vida, porém, a sermos dignos dela. Não procuramos um super herói dentro de nós, mas homens completos. Estar no campo ou pomar e compreender que o prazer da abelha é de sugar o mel da flor, e que, entender que o prazer da flor é de entregar o mel à abelha, é fundamental para existência, pois a flor entende que a abelha é a mensageira do amor. E para ambas, a abelha e a flor, nesse jogo de sedução, dar e receber, o prazer é uma necessidade vital, é um êxtase.